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quarta-feira, 27 de maio de 2015

Na casa que eu fui criado/Nunca mais morou ninguem



NA CASA QUE EU FUI CRIADO
NUNCA MAIS MOROU NINGUÉM.
Mote de Gregório Filomeno
*
A janela do oitão
Está sempre escancarada
E a quem passa na estrada
Aparece assombração
Até no velho fogão
Onde era feito o xerém
Dentro da chaminé tem
Um  capuxu arranchado
NA CASA QUE EU FUI CRIADO
NUNCA MAIS MOROU NINGUÉM.
Gregório Filomeno
*
No alpendre não tem rede
Nem viola pra tocar
Não posso me balançar
Tacando o pé na parede
Para matar minha sede
Já não encontro meu bem
A saudade vai além
Quando lembro meu passado
NA CASA QUE EU FUI CRIADO
NUNCA MAIS MOROU NINGUÉM.
Dalinha Catunda

domingo, 24 de maio de 2015

Posse de Morais Moreira na ABLC




DE MONTEIRO P’RA MOREIRA
*
Manoel Tomaz de Assis
Foi quem primeiro ostentou
O seu nome na cadeira
Onde Monteiro sentou
Manoel Monteiro partiu
A saudade não sumiu
E sua história ficou.
*
Como manda a tradição
Na casa da poesia
A cadeira de um poeta
Não pode ficar vazia
Para seguir o roteiro
Nosso novo companheiro
É um bardo da Bahia.
*
Cantor e compositor
Com as mesmas iniciais
Do poeta que partiu
Coincidentes sinais
Vejo subindo a ladeira
Ele, Morais Moreira!!
Santa Tereza! Meus sais...
*
Poeta Morais Moreira,
Receba nosso louvor
Que a inspiração divina
Conduza esse cantador
Como conduziu um dia
Para nossa alegria
O cantor, compositor.
*
Versos e Fotos de Dalinha Catunda
Essa foi minha fala na posse de Morais Moreira.
Uma homenagem, também, ao nosso saudoso e querido confrade. Manoel Monteiro.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

MULHER TAMBÉM FAZ CORDEL
.
O cordel antigamente
Era coisa masculina
Mas a mulher nordestina
Que já cantava repente
Sem achar que era imprudente
Deu uma de menestrel
Resolveu fazer cordel
E cultura propagar
Pois muito tem pra contar
E faz bem este papel.
.
Hoje fazem recitais,
E peleja virtual
O seu folheto é real
Com histórias geniais
Não tem só suspiro e ais
Em folheto de mulher
A fêmea sabe o que quer
No repassar da cultura
Coisa que a literatura
Atualmente requer.
.
É com gosto e competência
Que a mulher entra na roda
Canta verso e vira moda
E até passa a ser tendência
Pois com jeito ou imprudência
Ela ocupa o seu lugar
Porque bem sabe rimar
A sua sabedoria
Já deixou de ser Maria
Vivendo só paro o lar.
.
Texto e foto de Dalinha Catunda

sábado, 9 de maio de 2015

O TAL DE CHICO CUNHA











O TAL DE CHICO CUNHA
1
HÉLIO CRISANTO
Esse tal de chico cunha
Me deixou todo biqueiro
A boca sem paladar
Amarga que só pereiro
No corpo uma comichão
Parece até meu irmão
Que dormi num formigueiro.
2
DALINHA CATUNDA
O meu fastio foi grande
Confesso perdi a fome
A virose que eu tive
Não me disseram o nome
Só sei que eu me maldizia
A dor no corpo explodia
Dor grande que nunca some.
3
HÉLIO CRISSANTO
Não tem remédio que dome
A dor dessa quebradeira
Essa tal de dipirona
Já tomei de mamadeira
Minha amiga eu tenho dito
O ferrão desse mosquito
Vem me dando uma canseira.
4
DALINHA CATUNDA
Parece uma brincadeira
Mas não tem quem aguente
Evite essa picadura
Para não ficar doente
O ferrão desse mosquito
È de fato esquisito
Pode até matar a gente.
5
HÉLIO CRISANTO
 A gente fica impotente
Sem animação pra nada
O mocotó fica inchado
Nossa unha avermelhada
Amiga é grande a seqüela
Parece a febre amarela
Maltratando na calada.
6
DALINHA CATUNDA
Eu fiquei foi acamada
Com um peso na corcunda
A dor se alastrou no corpo
Nunca vi dor mais profunda
Era uma dor infeliz
Subindo pelos quadris
Pegando o rego da bunda.
7
HÉLIO CRISANTO
A cada dia me afunda
Comadre é grande o castigo
Fazer esforço eu não posso
Se sair corro perigo
Já tive doença ruim
Mas o diabo do “chiquim”
Com essa peste eu me intrigo.
8
DALINHA CATUNDA
Uma coisa digo amigo
Foi bem grande a desgraceira
Deu vômito e febre alta
Me acabei na Caganeira
Foi pior do que supunha,
Se foi mesmo Chico Cunha
Não gostei da brincadeira.