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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

NO EXERCÍCIO DO CORDEL


NO EXERCÍCIO DO CORDEL
*
DALINHA CATUNDA
Essa grande interação
Quero aqui agradecer
Praticar é aprender
É prestar mais atenção
Nessa virtual lição
Onde o cordel é o tema
Esse é um bom sistema
Para quem quer praticar
Conviver e melhorar
É aprender sem dilema.
*
LUIZ ADEMAR MUNIZ
Mesmo com meu verso ralo
Quebrado de baixo à cima
Sem ter métrica nem rima
Para escrever não me abalo
Meu cordel, vou declamá-lo
À toda hora e segundo
No desejo mais profundo
Qu'existe no universo
Eu quero espalhar meu verso
Por toda parte do mundo.
*
DALINHA CATUNDA
Luiz Ademar Muniz
Poeta capacitado
Que foge do pé quebrado
Tua estrofe assim diz
Versejando foi feliz
Fez a metrificação
Caprichou na oração
Não se perdeu ao rimar
Brincando de versejar
Fez versos com precisão.
*
JOÃO RODRIGUES
Para se fazer cordel
Não basta um verso fazer
Nem qualquer coisa escrever
Numa folha de papel
Não basta falar do fel
Que é a terra rachada
Nem falar de enxurrada
De sertão ou de fartura
Pois nossa literatura
Precisa ser respeitada.
*
DALINHA CATUNDA
O cordel é exigente
Pois tem regra na feitura
Não é qualquer criatura
Que leva o cordel à frente
Porém sendo paciente
E tendo dedicação
Usando a inspiração
É possível aprender
Basta somente querer
E prestar muita atenção.
*
CARLOS AIRES
Nosso cordel necessita
De poeta competente,
Que escreva corretamente
Pois a poesia escrita
Ficará bem mais bonita
Quando essa composição
Se encaixa com perfeição
Bem no regime da ética
Com consistência poética
Firmeza na construção.
*
DALINHA CATUNDA
Não quero aqui descartar
Nosso linguajar matuto
Do singelo vate astuto
Que também sabe rimar
Aprendeu metrificar
Através da oralidade
Porque vem da antiguidade
Da boca do menestrel
A história do cordel
Na voz da simplicidade.
*
BASTINHA JOB
Fazer o verso isométrico
Sempre com a mesma medida
Fazer verso heterométrico
No cordel, não tem saída;
A redondilha maior
É a medida melhor 
Para o verso popular 
Ninguém vai achar defeito
O cordel será perfeito
Gostoso de recitar.
*
DALINHA CATUNDA
O verso de pé quebrado
Desabona a criação
Pois sem metrificação
O verso fica aleijado
No cordel esse cuidado
Jamais poderá faltar
Vamos a regra adotar
Fazer bonito papel
Não se faz um bom cordel
Sem saber metrificar.
*
GEVANILDO ALMEIDA
Vendo essa imagem na tela
Posso ver com perfeição 
Sempre Dalinha em ação
Essa Poetisa bela
E valorizando aquela
Nossa cultura adorada
Por autores declamada
Em pontos de festivais
E nas bancas de jornais
Para o povo repassada.
*
DALINHA CATUNDA
Chegou primeiro Ademar
Para nossa interação
Cantou bonito o João
Sem esquecer de contar
E para melhor ficar
Carlos Aires com Firmeza
mostrou a sua grandeza
Falando de competência
Pois o cordel tem ciência
Bardo tem que ter destreza.
*
ROSÁRIO PINTO
CORDEL é literatura.
Vem de antiga tradição,
Por ela tenho afeição.
Reflete nossa cultura
Tem regras, tem estrutura.
Do homem já foi reduto
Sendo erudito ou matuto.
Mas finalmente a mulher,
Chegou com sua colher,
P’ra mexer nesse produto.
*
DALINHA CATUNDA
Quem tem ouvido apurado
Sempre descobre o defeito
Quando o pé não sai perfeito
Logo o erro é notado
Não é bom ser apressado
É melhor ter atenção
Dar sentido a oração
Da rima não descuidar
Pra melhor estruturar
Os versos da criação.
*
BASTINHA JOB
 O ritmo de um cordel
Deve ser sequenciado
Tônica, átono marcado
Isso sabe o menestrel 
Do antigo ao novel 
Sabe ser cadenciado
Não faz verso mutilado
Tudo na justa medida
Rima e métrica dão vida
Ao cordel bem inspirado.
*
CREUSA MEIRA
 Por mais que eu fique distante
Das estradas do Cordel
Ele chega num tropel
E me envolve nesse instante
Na peleja extasiante
Desses grandes menestréis
Abnegados, fiéis
Que constroem a melodia
Rimando com maestria
Os seus brilhantes Cordéis
*
VÂNIA FREITAS
No cordel se usa a rima
A métrica e a oração
E o verso tem expressão
Se a inspiração vem de cima
É tirar ouro de mina
É espalhar a poesia
É fazer com maestria
O cordel de qualidade
Não importa quantidade
No cordão desta magia.
*
LINDICÁSSIA NASCIMENTO
Minha escrita vem da alma
Escrevo com emoção
Discorro no coração
Os versos que me acalma
Tiro o chapéu, bato palma
Pra quem bota no papel.
Eu admiro o menestrel
Que compõe sua poesia
Que dela faz cantoria
E transforma em cordel.
*
JOSÉ WALTER
 Vou entrar na brincadeira,
Falando coisa séria:
O cordel não é pilhéria,
Porém arte verdadeira,
Poesia pioneira,
Numa bela trajetória,
Construindo sua história,
Para ficar nos anais,
Sem se arrefecer jamais,
Numa luta meritória!
*
DAVID FERREIRA
Fazer cordel, com certeza,
pelo menos, para mim, 

não é tão simples assim,
pois, além da sutileza,
requer do dote, clareza,
bom humor, hegemonia,
competência e sintonia
e, decerto, um bom assunto,
sem preterir o conjunto:
métrica, rima e melodia.
*
SETILHAS
ANILDA FIGUEIREDO
Um dia, me perguntaram
Como se faz um cordel,
Eu respondi não precisa
Ser poeta ou menestrel,
Basta escutar com cuidado,
Deus é quem faz o ditado,
E eu ponho no papel!
*
MANA CARDOSO
Pra escrever um bom cordel
É preciso conhecer
Rima, Métrica , Oração

E bom conteúdo ter
É dar conta do recado
Num assunto caprichado
Para quem gosta de ler.
*
MURILO CARDOSO
Cordel é uma delgada corda,
Com as pontas estendidas,
Sendo uma na Europa

E a outra, em nossas vidas;
Pendurando belos versos,
Na verdade réus confessos
Julgados pela barriga.



Foto e edição de Dalinha Catunda
dalinhaac@gmail.com
http://cantinhodadalinha.blogspot.com/

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

A CIRANDA DO CORDEL


A CIRANDA DO CORDEL
*
DALINHA CATUNDA
Eu sou Dalinha Catunda
Cordelista a cirandar
Na roda dessa ciranda
Quero o cordel divulgar
Sou a força da Mulher
Na Cultura popular.
*
ANILDA FIGUEIRADO
Sou Anilda Figueiredo
O cordel me leva além
Marco o passo da ciranda
Que o cordel no meio tem
Cordel em sala de aula
Não demora logo vem.
*
CHICA EMÍDIO
O meu nome é Chica Emídio
Sou professora e atriz
No meio duma ciranda
Danço canto e peço bis
E se tem cordel no meio
Eu sou muito mais feliz.
*
DENISE PRIMO
Chamo-me Denise Primo
Poetisa também sou
Tenho dó de quem entrou
Na ciranda e não dançou
Tenho dó de quem já leu
Um cordel e não gostou.
*
FATIMA CORREIA
Sou a Fátima Correia
Danço, canto e represento
Com uma flor no cabelo
Faceira eu me apresento
Da ciranda e do cordel
Não tiro meu pensamento.
*
ROSÁRIO PINTO
Meu nome é Rosário Pinto
Na Ciranda eu sou a tal
Também escrevo cordel
Eu vim lá de Bacabal
Na história da ciranda
Eu deixei o meu aval.
*
LINDICÁSSIA NASCIMENTO
Lindicássia Nascimento
Assim eu fui batizada
Gosto muito de ciranda
Adoro saia rodada
E para louvar cordel
Sou poeta preparada.
*
Versos de Dalinha Catunda




terça-feira, 29 de janeiro de 2019

PORÉM PRÍNCIPE ENCANTADO/É COISA DE ANTIGAMENTE


PORÉM PRÍNCIPE ENCANTADO

É COISA DE ANTIGAMENTE.
*
Peguei meu lápis de cor
Colori nosso universo
Ao lado de cada verso
Eu desenhei uma flor
No caderninho do amor
Eu brinquei de adolescente
Até cupido inocente
Inventei para recado
PORÉM PRÍNCIPE ENCANTADO
É COISA DE ANTIGAMENTE.
*
Botei um batom carmim
E beijei o bilhetinho
Dobrei com todo carinho
Mas não guardei só pra mim
Mandei pra você, enfim,
Toda feliz e contente
Pois não tirava da mente
Meu pretenso namorado
PORÉM PRÍNCIPE ENCANTADO
É COISA DE ANTIGAMENTE.
*
Mas enquanto eu desenhava
O mais bonito castelo
Meu sonho que era belo
Aos poucos desmoronava
Feito criança eu chorava
A dor no peito presente
E o travesseiro ciente
Solidário me alertava:
PORÉM PRÍNCIPE ENCANTADO
É COISA DE ANTIGAMENTE.
*
Versos e foto de Dalinha Catunda

Cordel de Saia lança cordel coletivo no Teatro Saberes do Sertão em Ipueiras-Ce.













Cordel de Saia lança cordel coletivo no Teatro Saberes do Sertão em Ipueiras-Ce.
O blog Cordel de Saia marca presença no VI Encontro com Poetas Cordelistas no Cantinho da Dalinha, Com o lançamento de um cordel coletivo.
O cordel coletivo e as pelejas virtuais são atividades do Cordel de Saia, que nascem das interações entre poetas nas redes sociais.
Desta feita, As Mulheres do Cordel, glosaram um mote de minha autoria.
“Se tem mulher no cordel
Você te que respeitar”
Agradeço a participação das excelentes cordelistas que enriqueceram essa coletânea.
*
SE TEM MULHER NO CORDEL
VOCÊ TEM QUE RESPEITAR.
Mote: Dalinha Catunda
1
O homem é mestre no verso,
e a mulher nunca se acanha,
rodando a saia com manha,
Ingressa nesse universo.
Encara tema diverso
Na cultura popular,
Ocupando seu lugar,
ela faz bem seu papel.
SE TEM MULHER NO CORDEL
VOCÊ TEM QUE RESPEITAR.
Dalinha Catunda
2
A mulher só aglutina
Com sua sabedoria
Canta noite, canta dia
Burilando sua rima
Tem calma, não desatina
O seu lema é cantar
O verso metrificar
Já provou não ser bedel
SE TEM MULHER NO CORDEL
VOCÊ TEM QUE RESPEITAR
Rosário Pinto
3
Homem tem nó no pescoço
Mulher tem dengo e tem manha
Tem respeito e não apanha
E quando agarra no osso
Pode ser idoso ou moço
Tá difícil de soltar
Os dois se dana a rimar
Cada um no seu papel
SE TEM MULHER NO CORDEL
VOCÊ TEM QUE RESPEITAR.
Anilda Figueiredo
4
Se o verso não for matuto
Respeitem a nossa língua
Ela está morrendo á míngua
Num português dissoluto;
Com verso mau não disputo
Regra é pra orientar
Existe pra ensinar
Não versejar à revel
SE TEM MULHER NO CORDEL
VOCÊ TEM QUE RESPEITAR
Bastinha Job
5
O direito à igualdade
Sempre foi nossa bandeira
Seguindo numa trincheira
Lutamos por liberdade
Dentro da sociedade
Marcamos nosso lugar
Conseguindo conquistar
Seu registro em papel
SE TEM MULHER NO CORDEL
VOCÊ TEM QUE RESPEITAR
Creusa Meira
6
Merecemos mais respeito
E mais valorização
Mais amor no coração
Deixar de ter preconceito
Temos os mesmos direito
Aqui e em todo lugar
No papel e no pensar
Nosso instinto é fiel
SE TEM MULHER NO CORDEL
VOCÊ TEM QUE RESPEITAR.
Lindicássi Nascimento
7
Quem foi que disse algum dia
Que poesia tem sexo?
Machismo hoje é complexo,
Do medíocre a nostalgia,
que não vê que a poesia
É gema por lapidar;
Se o homem sabe lavrar,
A mulher usa o cinzel.
SE TEM MULHER NO CORDEL
VOCÊ TEM QUE RESPEITAR.
Nezite Alencar
8
A linguagem feminina
Tem mais vez, voz e espaço
Saia, batom, flor e laço
Sobre a cultura se inclina
A musa achou outra sina
Outra forma de encantar:
Tramas de seda ao rimar
Em versos, xale e dossel
SE TEM MULHER NO CORDEL
VOCÊ TEM QUE RESPEITAR.
Josenir Lacerda

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Homenagem de Poetas a Dalinha Catunda


Homenagem de Poetas a Dalinha Catunda

No VI Encontro de Poetas Cordelistas Na Cidade de Ipueiras-Ce,
Fui surpreendida com uma linda e emocionante homenagem, organizada por Lindicássia Nascimento, presidente da Sociedade dos Poetas de Barbalha.
De um mote do poeta Cassiano, nasceu esse cordel glosado por poetas da SPB, ACC, ABLC e tantos outros poetas das parcerias no face. Quero aqui agradecer o carinho de todos vocês, confesso que fiquei sem graça e sem palavras no momento.
Só queria resumir nessa nota: Como sou feliz fazendo parte dessa imensa lista de poetas unidos pela poesia, pela cultura popular e principalmente pelo cordel. OBRIGADA!!!!

À MESTRA DALINHA CATUNDA.

Cordel coletivo
Mote: Poeta Cassiano
Organização: Lindicássia Nascimento.

LINDICÁSSIA NASCIMENTO- SPB, ALB, ACC.
O poeta Cassiano
Dotado de inspiração,
Escreveu com emoção
Um mote belo este ano
E para seguir meu plano
Fez de forma genial
Para alguém especial.
Seu mote nos instigou
E a musa se espalhou
Numa rede social.

POETA CASSIANO- SPB
Vejo em Dalinha Catunda
Uma mestra em poesia
Com a sua sabedoria
Seu versejar nos inunda
E a sua rima profunda
Abrilhanta a nossa historia
Inebriante de glória
De uma grande poetisa
- O seu verso se eterniza
Pra sempre em nossa memória.

NOEL JOSÉ DE MOURA
A minha mente porém,
Mais longe se aprofunda,
Vejo em Dalinha Catunda,
Uma pessoa do bem...
Seus versos no vai e vem,
Perpetuará na história,
Que bonita a trajetória,
Desta grande poetisa,
- O seu verso se eterniza,
Pra sempre em nossa memória!

GEVANILDO ALMEIDA
É mestranda na cultura
No improviso da hora
A rima no peito flora
Em profunda espessura
Dalinha é uma criatura
Que tem a dádiva notória
Não existe divisória
Seu dom se mistura a brisa
- O seu verso se eterniza
Pra sempre em nossa memória.

LINDICÁSSIA NASCIMENTO- SPB, ALB, ACC
Vejo a saga da mulher
E a coragem nordestina
Nos traços dessa menina
Que sabe bem o que quer
Dalinha é mestra, mister
Que dar vida a nossa história
É única, sem provisória
Seu canto nos energiza
- O seu verso se eterniza
Pra sempre em nossa memória.

RITINHA OLIVEIRA
Dalinha mulher da gente
É perfil de resistência
Ela é grande referência
No cordel e no repente
Flor do sertão e valente
Jamais é contraditória
Por isso já é história
A cultura profetiza
- O seu verso se eterniza
Pra sempre em nossa memória.

SÉRGIO PEREIRA - SPB
Na cultura semeando
Do por do sol a aurora
Como a chuva, revigora
Escrevendo ou declamando.
A Dalinha versejando
Descreve bem sua história
Sapiência trajetória,
A arte á protagoniza
- O seu verso se eterniza
Pra sempre em nossa memória.

DÃO DE JAIME- SPB
Poetisa de Ipueira
Dona Dalinha Catunda
É primeira sem segunda
Faz verso por brincadeira
Já ultrapassou fronteira
Nessa sua trajetória
Mulher de talento e glória
A sua rima é precisa
- O seu verso se eterniza
Pra sempre em nossa memória.

ANILDA FIGUEIREDO- ACC, ABLC
Não nasceu no Cariri
por um lapso da cegonha,
essa menina medonha,
que vive para sorrir.
Parecendo o colibri
que na flor faz sua história,
a verve peremptória
na sua mente desliza.
-O seu verso se eterniza,
Pra sempre em nossa memória.

FRANCILDO SILVA- SPB
Com o dom de versejar
Dalinha com maestria
Se transforma em poesia
Em cada história a contar
Compõe a luz do luar
Também toda trajetória
Cada batalha e Vitória
Que a rima preconiza
- O seu verso se eterniza
Pra sempre em nossa memória.

ANGELA LIBERATO - SPB
Dalinha faz a poesia
Ter alma e profundidade
Exalar seriedade
Ter sabor de alegria
Com a sua maestria
É poetisa notória
Mas não age com vanglória
No que a caracteriza
- O seu verso se eterniza
Pra sempre em nossa memória.

TICO BENTO - SPB
Tem sua vida marcada ,
Por rima, oração e métrica,
Sua palavra é poética ,
Dalinha é super dotada,
Poetisa renomada,
De uma altivez notória ,
É bonita sua história,
Quem escuta simpatiza,
O seu verso se eterniza,
Pra sempre em nossa memória .

JOSENIR LACERDA- ACC, ABLC
Vamos aplaudir Dalinha
Poetisa sem igual
Da musa tem sempre aval
No versejar é rainha
E a inspiração se aninha
Na mente, sem rogatória
Tem no cordel, trajetória
Fluente igualmente a brisa
O seu verso se eterniza
Pra sempre em nossa memória.

LINDICÁSSIA NASCIMENTO- SPB, ALB, ACC.
Dalinha é arte e cultura
Digna de ser exaltada
É poeta respeitada
Porque tem desenvoltura
É da cana a doçura
Que exala o cheiro do mel
Nessa construção fiel
O poeta se realiza
Com versos que a eterniza
Nas linhas desse cordel.
*
Foto de Lindicássia Nacimento

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

IVONETE MORAIS no VI ENCONTRO DE POETAS e CORDELISTAS em IPUEIRAS


IVONETE MORAIS – natural de Fortaleza, Ce. Socióloga e poetisa de cordel, daquelas que chamamos “de musa cheia”, como eram conhecidos aqueles velhos poetas de inspiração mais profunda. Sensível, mas sem perder de vista o realismo e a coragem na poética e na vida. Sua poesia é carregada de otimismo e esperança. Tem o olhar sempre atento aos valores de nossa cultura popular, por meio de suas lendas, brinquedos e brincadeiras, histórias do imaginário nordestino, a influencia da mulher na sociedade cotidiana e, biografias de figuras importantes da arte, da literatura e do artesanato brasileiro. Dentre alguns de seus folhetos citamos: História das mulheres no cangaço, Lendas e brincadeiras de criança em verso, Brincadeiras, brinquedos e jogos infantis, Mulher cordelista na arte de versejar, Mestre Expedito Seleiro, o artesão da arte do couro do sertão cearense para o mundo.

VI ENCONTRO DE POETAS e CORDELISTAS em IPUEIRAS

Só me deu grande prazer
Poetas eu encontrar
Nesse evento cultural
Cada um eu abraçar
Com total descontração
Não faltou animação
Naquele belo lugar.
A Chácara de Dalinha
É mesmo maravilhosa!
Essa exímia cordelista
E anfitriã, virtuosa.
Tem alpendres para armar
Nossas redes pra deitar
Numa brisa tão gostosa!
Tem também as belas chácaras
São todas especiais
Aconchega os poetas
Com seus jeitos naturais
Tudo é só alegria
Num ambiente de harmonia
Gratidão não é demais.
VI ENCONTRO de Poetas
Cordelistas talentosos
Apresentando seus versos
Todos são maravilhosos
Cantando e declamando
As cordelistas dançando
Com seus jeitos primorosos.
Um Evento nesse nível
Jamais vou esquecer
Um valorizando o outro
só nos faz enriquecer
Com essa boa união
Cordelistas em ação
Nos dando grande prazer.
Minha eterna gratidão
A cordelista Dalinha
É mulher determinada
Que anda na boa linha
Fica aqui o meu abraço
Que enriquece o nosso laço
Na amizade que se alinha.
Autora: Ivonete Morais / cordelista
Janeiro/2019