Seguidores

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

CARNAVAL COM EFEITO

CARNAVAL COM EFEITO
Lindicássia Nascimento.
*
Acordei tranquilamente
Na terça de carnaval
Não sei se é bem ou mal
Sei que me sinto contente
Nem um pingo de aguardente
Meu organismo contém
Mas isso até que convém
Hoje estou mais feliz
Pela escolha que fiz
Não me apegar a ninguém.
*
Tomar cachaça é fatal
Quando rola uma paixão
No calor de uma emoção
Um amor de carnaval
Hoje sufoco esse mal
Encurralado no peito
Não há quem possa dar jeito.
Não vou mais beber cachaça
Essa paixão não tem graça
Já não faz nenhum efeito!

Barbalha-Ce, 28/02/2017.
*
Postagem de Dalinha Catunda
Cad. 25 da ABLC
dalinhaac@gmail.com

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

GAZETA DE NOTÍCIA INFORMA

O jornalista Luiz José Teles dos Santos abre espaço na GAZETA DE NOTÍCIAS de 22 de fevereiro de 2019 na coluna CANTINHO DA POESIA, assinada por Dalinha Catunda para noticiar a publicação do folheto Se tem mulher no cordel, você tem que respeitar, lançado em 22/01/2019, no Teatro Saberes do Sertão em Ipueiras, Ce, por ocasião do VI ENCONTRO DE POETAS CORDELISTAS, promovido por Dalinha Catunda.  A publicação é mais uma peça decorrente das pelejas virtuais, em que mulheres poetisas glosam seus motes em homenagem à produção feminina na literatura de cordel. Coube ao CORDEL DE SAIA a responsabilidade pela edição.

SE TEM MULHER NO CORDEL
VOCÊ TEM QUE RESPEITAR.
Mote: Dalinha Catunda
*
DALINHA CATUNDA
O homem é mestre no verso,
e a mulher nunca se acanha,
rodando a saia com manha,
Ingressa nesse universo.
Encara tema diverso
Na cultura popular,
Ocupando seu lugar,
ela faz bem seu papel.
SE TEM MULHER NO CORDEL
VOCÊ TEM QUE RESPEITAR.

ROSÁRIO PINTO
A mulher só aglutina
Com sua sabedoria
Canta noite, canta dia
Burilando sua rima
Tem calma, não desatina
O seu lema é cantar
O verso metrificar
Já provou não ser bedel
SE TEM MULHER NO CORDEL
VOCÊ TEM QUE RESPEITAR

ANILDA FIGUEIREDO
Homem tem nó no pescoço
Mulher tem dengo e tem manha
Tem respeito e não apanha
E quando agarra no osso
Pode ser idoso ou moço
Tá difícil de soltar
Os dois se dana a rimar
Cada um no seu papel
SE TEM MULHER NO CORDEL
VOCÊ TEM QUE RESPEITAR.

BASTINHA JOB
Se o verso não for matuto
Respeitem a nossa língua
Ela está morrendo á míngua
Num português dissoluto;
Com verso mau não disputo
Regra é pra orientar
Existe pra ensinar
Não versejar à revel
SE TEM MULHER NO CORDEL
VOCÊ TEM QUE RESPEITAR

CREUSA MEIRA
O direito à igualdade
Sempre foi nossa bandeira
Seguindo numa trincheira
Lutamos por liberdade
Dentro da sociedade
Marcamos nosso lugar
Conseguindo conquistar
Seu registro em papel
SE TEM MULHER NO CORDEL
VOCÊ TEM QUE RESPEITAR
*
LINDICASSIA NASCIMENTO
Merecemos mais respeito
E mais valorização
Mais amor no coração
Deixar de ter preconceito
Temos os mesmos direito
Aqui e em todo lugar
No papel e no pensar
Nosso instinto é fiel
SE TEM MULHER NO CORDEL
VOCÊ TEM QUE RESPEITAR


Já é regular este tipo de produção que objetiva trazer para a cena a poesia da mulher na literatura de cordel.

Dalinha Catunda e Mana Cardoso, No passo dos versos















NO PASSO DOS VERSOS 1
*
Nos meus tempos de criança
Muitas quadrinhas eu lia
Nunca tirei da lembrança
As trovas que eu ouvia.
*
O tempo foi se passando
Logo saí da cartilha
Peguei o rumo dos versos
E fui seguindo essa trilha
Em pouco tempo saí
Das trovas para sextilha.
*
Fui gostando achando bom
Também fui “pegando pilha”
Acabei até fazendo
Meus versos para quadrilha
Metrificando e rimando
Bons conselhos escutando
Eu alcancei a setilha.
*
As mangas arregacei,
Nas oitavas eu cheguei,
Se no caminho pequei
Não foi falta de oração
Eu posso dizer até
Em meus versos boto fé
Caprichei em cada pé
Eis aqui o meu quadrão.
*
A décima tão querida
Foi a última a chegar
Veio para me encantar
Minha estrofe escolhida
Muitas vezes requerida
Na hora da criação
Com mote e inspiração
Sai uma glosa perfeita
Assim fico satisfeita
E termino a preleção.
*
Versos e fotos de Dalinha Catunda


NO PASSO DOS VERSOS 2
(parodiando Dalinha)
*
Ainda bem pequenina
Depressa aprendi a ler
Escrever uma quadrinha
Foi bem fácil, pode crer.
*
Para escrever melhor
Eu resolvi pesquisar
Chegou a vez da sextilha
É bonito versejar
Mas eu já estou pensando
Noutra estrofe destacar.
*
Estrofe de sete versos
Eu gosto de escrever
Pra mim é a mais completa
Pra escutar e pra ler
Sua metrificação
Com perfeita entonação
Faz da leitura um prazer.
1
 Cada vez mais estudando,
Escrevendo, pesquisando,
Eu fui me aprimorando
Com grande empolgação
Assistindo festivais
Pelas redes sociais
E até presenciais
Enfim cheguei ao quadrão.

*
Sigo sempre esse esquema
Nos cordéis da Academia
Escrevo com simetria
Dez versos em um poema
De acordo com o tema
Faço com satisfação
Quadrinha e até quadrão
Com rima apropriada
Correta, metrificada
Quanto a versificação.

*
Mana Cardoso

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

SOU TROCISTA E FAÇO GRAÇA/DOS VERSOS SOU ALQUIMISTA.


SOU TROCISTA E FAÇO GRAÇA
DOS VERSOS SOU ALQUIMISTA.
*
Eu sei que o mundo não é
Só graça, só alegria,
Mas por nada eu poderia
No bom Deus perder a fé
E por isso estou de pé
Não sou mulher pessimista
Sou poeta cordelista
Não dou aval a desgraça
SOU TROCISTA E FAÇO GRAÇA
DOS VERSOS SOU ALQUIMISTA.
*
Mote e glosa de Dalinha Catunda

.CORDEL DE SAIA NO CIBERESPAÇO.


.CORDEL DE SAIA NO CIBERESPAÇO.
As pelejas virtuais, os cordéis coletivos, tem ocupado a vida de poetas e as páginas do face, e tem se intensificado.
Mais do que interagir, é descobrir e trazer para as redes sociais poetas de todo canto do Brasil, principalmente do nordeste.
O CORDEL DE SAIA, blog que sou autora e gestora junto com a cordelista Rosário Pinto, desde 2009 já vem organizando “As Cirandas de Versos”, as pelejas virtuais e os cordéis coletivos.
Em 19, de janeiro, no Teatro Saberes do Sertão, no Cantinho da Dalinha, O CORDEL DE SAIA com a presença de suas gestoras fez o Lançamento do título: SE TEM MULHER NO CORDEL/VOCÊ TEM QUE RESPEITAR, no VI ENCONTRO DE CORDELISTAS NA CIDADE DE IPUEIRAS.
O cordel desenvolve um o mote de Dalinha Catunda, é uma realização CORDEL DE SAIA.
No lançamento, contamos com várias cordelistas, que participaram das glosas: Anilda Figueiredo, Dalinha Catunda, Lindicássia Nascimento, Rosário Pinto, Vânia Freitas.
Anilda Figueiredo presidente da ACC e Lindicássia Nascimento presidente da SPB levaram seus exemplares, para a cordelteca de cada de cada instituição, para o colegiado e para o acervo pessoal.
Já foram colocados nos correios por mim e por Rosário Pinto uma cota de cordéis para cada participante. É um mimo oferecido pelo CORDEL DE SAIA, que ao longo de sua existência, tem contado com essas mulheres maravilhosas do cordel.
Blog: Cordel de Saia
Dalinha Catunda
dalinhaac@gmail.com
Rosário Pinto
rosariuspinto@gmail.com


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

ATEANDO FOGO NO GRACEJO

ATEANDO FOGO NO GRACEJO.
*
LINDICÁSSIA NASCIMENTO
Das vezes que o procurei
Nenhuma te encontrei
Por certo assim estarei
Outra vez a procurar
Sentindo dificuldade
Pra matar essa saudade
Misturada com a vontade
De poder te encontrar.
*
DALINHA CATUNDA
Um sujeito que se esconde
Se enfia não sei aonde
Fica mudo e não responde
Eu que não vou procurar
Não fico desesperada
Parto pra nova empreitada
E por não ser acanhada
Mando o cabra se lascar.
*
LINDICÁSSIA NASCIMENTO
Poder matar o desejo
Te fazendo um gracejo
Poder sentir no teu beijo
O gosto do paladar
Na ternura do amor
Na quentura do calor
Do teu corpo abrasador
Deixando o meu aflorar.
*
DALINHA CATUNDA
Pra matar o meu desejo
Que é quente é sertanejo
Eu caio em cima sem pejo
Daquele que sabe amar
Eu dou corda e o cabra acorda
Feliz ele pinta e borda
Quando a magia transborda
Eu vejo a cobra fumar.
*
LINDICÁSSIA NASCIMENTO
Aflorando a emoção
Aflorando excitação
Aflorando o coração
Dessa poeta ao versar.
Versar com magnitude
Versar com mais atitude
Versar nessa plenitude
Versar, cantar e glosar!
*
DALINHA CATUNDA
Quando aflora a emoção
Agente cai do colchão
E ali mesmo no chão
Tem jiripoca a piar
E nesse meu escarcéu
O cabra perde o chapéu
Pode não entrar no céu
Mas vê estrela a brilhar.
*
LINDICÁSSIA NASCIMENTO
Se assim com esse canto
Não despertar teu encanto
Eu mudarei pra outro canto
Onde eu possa encontrar
Em outros braços calor
A ternura d'outro amor
Noutro corpo abrasador
Outra fonte para amar!!!
*
DALINHA CATUNDA
Com essa minha cantiga
Só o cabra bom formiga
E acorda o pé da barriga
Sem medo de se estrepar
Eu canto a felicidade
De quem vive de verdade
E tem personalidade
Até para gracejar.
*
LINDICÁSSIA NASCIMENTO
Dessa forma o tal sujeito
Parece ter um defeito
Já que nada surte efeito
Nem tem arte pra encantar
E se ele não respondeu
Também não correspondeu
É porque não conheceu
A tua forma de amar.
*
DALINHA CATUNDA
Tem cabra que é feito galo
Só tem bico pra cantar
E na hora do bem bom
Começa a sapatear
Faz zoada, roda e cisca,
Entre tanto não belisca
Com medo de se borrar.

*
- Lindicássia Nascimento.
Presidente da Sociedade dos Poetas de Barbalha. Cad. 06
Dalinha Catunda da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. cad. 25.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

MULHERES CORDELISTAS DO VIRTUAL AO IMPRESSO



A boa surpresa de Vânia Freitas, no VI ENCONTRO DE POETAS CORDELISTAS NA CIDADE DE IPUEIRAS.
A cordelista, Vânia Freitas, que sempre se dispõe a participar da troca de versos, das pelejas virtuais, achou pouco participar desses desafios apenas via internet e se dispôs a editar dois cordéis com motes de mulheres.
Glosando o mote de minha autoria: BIQUEIRA FAZ MELODIA/QUANDO O PINGO CAI NO CHÃO,
Mote esse, por duas vezes glosado em minha página, no face, Vânia fez um apanhado e editou um cordel.
Mote de Dalinha Catunda desenvolvido em 2017, pelos seguintes autores:
Dalinha Catunda
Raiz Nordestina (Zé Ferreira)
Davi Ferreira
José Lacerda
Rainilton Viana
Edson Francisco
Vânia Freitas
Luiz Ferreira Liminha
Em 2019 o mote voltou a ser apresentado e glosado com participação dos seguintes autores:
Dalinha Catunda
Bastinha Job
Gevanildo Almeida
Antônio Cassiano
Silvano Lyra
Tata Brito
Sueli Diniz
Chico Mulungu.
O segundo mote glosado foi da autoria de Vânia Freitas:
VINHO QUE POETA BEBE/ É VINHO DE INSPIRAÇÃO.
Poetas que acompanharam Vânia nesse mote:
José Fonseca
David Ferreira
Dalinha Catunda
Bastinha Job
Socorro Alencar
Josy Maria
Maria Luciene
Rosário Pinto.
Agradecer a  poetisa Vânia Freitas, o presente, e dizer que já estão em minha Cordelteca em Ipueiras. Foi uma ótima surpresa. Você é uma cordelista, que participa, que interage e que nos encanta sempre.

Dalinha Catunda cadeira 25 da ABLC
dalinhaac@gmail.com

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

O SEMEAR DE LINDICÁSSIA


O SEMEAR DE LINDICÁSSIA
*
Você é semente ao vento
Brota em qualquer estação
Em toda farta colheita
Tem seu pulso, sua mão,
Você é mulher que faz
É de batalha e de paz
Nunca se abate em ação.
*
É a semente plantada
É tronco reprodutor
Seus galhos se espalharam
Nas folhas do esplendor
Oriunda de Barbalha
Fruto seu nasce sem falha
No cultivo do que for.
*
E semeando cultura
Pela serra se esparrama
Desce e sobe agilmente
E se desenrola em rama
Por novos cantos circunda
Nessa difusão profunda
Da raiz vem sua fama.
*
Lindicássia Nascimento
Filha de Dona Angelina
Traz a força da mulher
Num sorriso de menina
E com muita garra e luz
Essa cabocla conduz
Nossa arte nordestina.
*
Versos de Dalinha Catunda cad. 25 da ABLC
Em homenagem a Lindicássia.
dalinhaac@gmail.com