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domingo, 30 de janeiro de 2022

GLOSANDO SOU SALIENTE METO O SARRAFO NO MOTE


 Dalinha e um mói de poetas glosando na rede

GLOSANDO SOU SALIENTE
METO O SARRAFO NO MOTE
Mote Dalinha Catunda
1
Quando me ponho a glosar
Gloso com inspiração.
Com bom parceiro em ação,
Eu começo a incitar,
E vejo a glosa jorrar,
Com pares no mesmo bote.
Porém, sei dar meu pinote,
De maneira irreverente:
GLOSANDO SOU SALIENTE
METO O SARRAFO NO MOTE.
Dalinha Catunda
2
Busco o tema lá na lua
Ou colho no meu sertão
Que me dá inspiração
Com verdade nua e crua
Mas se alguém se insinua
Eu já digo que se bote
Vai pular feito caçote
Porque minha glosa é quente
GLOSANDO SOU SALIENTE
METO O SARRAFO NO MOTE
Rivamoura Teixeira.
3
Gloso com muito querer
Quando o mote me desperta
Parece que a rima flerta
Faz meu ego florescer
A explosão do prazer
Arrepia o meu cangote
Fico feliz, dou pinote
Satisfeita e sorridente:
GLOSANDO SOU SALIENTE
METO O SARRAFO NO MOTE.
Lindicássia Nascimento
4
Efervescendo as entranhas,
Mexendo minha libido;
Jamais fico desprovido,
Te laço nas minhas manhas;
Pois tu sempre me assanhas,
Com charmes de fazer lote ;
Eu também tenho esse dote ;
Tô me sentindo caliente,
"GLOSANDO SOU SALIENTE ;
METO SARRAFO NO MOTE."
Wellington Santiago .
5
Nosso cordel é de fato
cultura e entretenimento,
pois, junta amor com talento
e tudo - num tempo exato -
vê-se harmonia e recato,
bom humor e raro dote,
d’um jeito qu’o leitor note
seu contexto inteligente…
“GLOSANDO SOU SALIENTE,
METO O SARRAFO NO MOTE.”
David Ferreira
6
Desde pequeno que eu gloso
Minha vida foi glosar
Quando saio a poetar
Eu encaro qualquer troço
Faço a rima que eu posso
Quando me pedem que bote
Me arrepia o cangote
Fico rindo, alegremente
QUANDO GLOSO SOU SALIENTE
METO O PAU EM QUALQUER MOTE
Xico Bizerra
7
Quase não meto mais nada
A não ser, meu pé no verso
Com a Musa eu converso
E sempre bem inspirada
Por Erato iluminada,
Cavalgo em ritmo de trote
Agradeço pelo dote
Que me faz mais sapiente:
GLOSANDO SOU SALIENTE
METO O SARRAFO NO MOTE.
Bastinha Job
8
Vânia Freitas
A glosa quando ela boa
Com o mote melhor ainda
Eu vejo a coisa mais linda
Na inspiração da pessoa
Eu não sei se gloso atoa
Eu nasci com tanto dote
Eu não sei se sai do pote
O que sai da minha mente
GLOSANDO SOU SALIENTE
METO O SARRAFO NO MOTE.
Glosa de Vânia Freitas
9
Sou profundo, sou letrado
Quando começo a cantar
Quem quiser me provocar
Vai me deixar afiado,
Imito e já fui imitado
Meus versos sai de magote
Limpo como água de pote
Que mata sede da gente
GLOSANDO SOU SALIENTE
METO O SARRAFO MOTE.
Jairo Vasconcelos.
10
não Frequentei A Escola
mais Deus Me Deu Este Don
muitos Diz Que Eu Sou Bom
vou Em Cima Dá Bitola
canto Com Minha Viola
já Enfrentei Um Magote
desde O Tempo De Pixote
que Faço Glosa E Repente
GLOSANDO SOU SALIENTE
METO O SARRAFO NO MOTE
Alberto Francisco
11
Passo o meu tempo na estrada
Buscando a inspiração
Nem sempre a imaginação
Ajuda nessa empreitada
Só me sinto encorajada
Ao encontrar um mascote
Antes que ele me boicote
Eu me jogo em sua frente
GLOSANDO SOU SALIENTE
METO O SARRAFO NO MOTE.
Creusa Meira.
12
Basta só me provocar
Se chamar eu vou na hora
Até pode ser agora
Minha sede é de glosar
E depois que lhe pegar
Não adianta pinote
Meu verso vira um serrote
Rimo atrás ou na frente
"GLOSANDO SOU SALIENTE
METO O SARRAFO NO MOTE."
Francisco de Assis Sousa
13
Eu gloso já tá com era
Começo bem devagar
Antes de eu me assanhar
Observo o que me espera
Quando começo de vera
É bote em cima de bote
Ninguém segura meu trote
O meu verso é boca quente
GLOSANDO SOU SALIENTE
METO O SARRAFO NO MOTE
Giovanni Arruda
14
P’ra glosar chego munida.
Aceito de imediato.
Eu nunca deixo barato.
E no verso sou atrevida,
Procuro a rima devida.
Não quero levar “caixote”,
Mulher! Não aceito chicote.
Agora! Você me aguente!
GLOSANDO SOU SALIENTE
METO O SARRAFO
Rosário Pinto
15
Meto meu xêro caliente
Na moça do Quincuncá
Isso faço de repente
Quando começo a glosar.
Gloso aqui e gloso lá
Gloso no Sul e no norte
E gloso em cima dum bote
Na foz do rio nascente
GLOSANDO SOU SALIENTE
METO O SARRAFO NO MOTE.
José Nilton de Figueiredo
16
Não sou igual a vocês
Estou começando agora
Demorei quase uma hora
Catando meu português
Se eu tentar outra vez
Erro mais não dou calote
Se Deus me der esse dote
Ficarei muito contente
Glosando sou saliente
Meto o sarrafo no mote.
Jerismar Batista.
Fechando a roda de glosas e agradecendo a cada poeta que passou por aqui e deixou sua interação
*
dalinhaac@gmail.com

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

NO PAÍS DO ESCULACHO!

 

No país do esculacho!

 E no país em que tudo é relativo, a vida segue por um fio...

1

Caros amigos, leitores!

Olhem só que confusão,

Em que suruba danada,

Foram meter o povão.

Parece coisa do demo

                                                    Tamanha complicação.           

2

Os governos revoltam

Com sua democracia,

Que na miséria do povo,

É pura demagogia.

Parecendo até cinismo,

Falar em cidadania.

3

Dizem sempre: Eu não sabia!

E eu não fui um presepeiro.

Mas, se tem farinha pouca,

Quero meu pirão primeiro!

O povo vai se ajeitando,

Talvez saia do atoleiro.

4

E as tais privatizações,

E com o Estado falido,

E vendendo o patrimônio.

O povo vive aturdido.

Sem saber pra onde correr,

Vivendo sempre oprimido.

5

Vamos voltar para o tempo

Com a luz de lampião.

E que afeta nossa vista,

Estraga nosso pulmão.

Tudo como consequência.

Da tal privatização.

6

E no ponto em que chegamos,

Não existe “data vênia!”,

Pois, salvo melhor juízo,

Na cozinha eu uso lenha.

Cada qual faz o que pode,

Da forma que lhe convenha.

7

Para cumprir a medida,

Inventaram uma meta.

No consumo lá de casa,

Parece coisa incorreta.

E bisbilhotando a vida,

De quem anda em linha reta.

8

Até o nosso São Pedro

Recebeu sua incumbência:

Providenciar que chova,

Pela divina clemência!

Assim ficou de plantão,

Sem perder a paciência.

9

Ah! Que saudades que tenho

Dos tempos que já se vão.

Toda chuva que caía,

Anunciava o trovão.

Nosso querido São Pedro,

Nem pensava em apagão.

10

Há governantes que olham

Pra saúde do povão.

Mas aqui, é diferente

Pois o nosso cidadão

Só é bem visto e lembrado,

Quando chega uma eleição.

11

E sofrendo as ameaças,

Com a saúde abalada.

As famílias constrangidas,

E com a vida isolada,

Aguardam pela vacina,

Para sair desta enrascada.

.12

Não se pode ouvir o rádio,

Na corrente é ligado.

Televisão, nem pensar,

O lazer foi controlado.

A gente tem que ficar

No escuro e abafado.

13

E não consigo entender

A tal globalização.

O mundo todo alinhado.

O Brasil na contramão.

Se isto é globalizar...

Fora, a globalização!

14

E veja, as nossas riquezas

São pelo mundo, empenhadas.

Nossas maiores empresas,

Já foram arrematadas,

Em leilões constrangedores,

No país, espoliadas.

15

Sem ter a quem reclamar,

Paga conta exorbitante.

Liga para a Ouvidoria,

Com ouvidos de mercante.

Cansado, o povo desiste,

Do sonho de reclamante.

16

O distante dirigente,

                Quando chega a eleição,

Beija o povo ardentemente.

Chega perto da nação.

Foge dela quando vem

O final da votação.

17

O Brasil é sempre jovem,

Como país do futuro.

Vamos chegar à velhice,

Em regime muito duro.

Nossas crianças vivendo

Neste universo obscuro.

18

Até mesmo o futebol,

Já está prejudicado

Com os estádios vazios.

Está tudo controlado.

Para se ganhar a Copa,

O sonho ficou adiado.

19

Do jeito que a vida anda,

Com as coisas escrachadas,

Nossa seleção não ganha,

Nem dos times de peladas.

Só falta agora perder,

As Copas já conquistadas.

20

Nosso país hoje vive

A grande guerra civil.

A violência parece

Ser de pólvora um barril.

A continuar assim,

Morrerão de mil em mil.

21

Os jornais televisivos,

Só trazem a violência.

E não é simples opção.

É somente a consequência,

Do descaso com o povo

E da falta de decência.

22

O povo passando fome,

Sua a barriga vazia.

E já perdeu as esperanças

E também a fantasia.

Pagando pelos enganos,

Com erros em demasia.

23

Mesmo assim, ainda acredito,

Num pais, mais limpo e justo.

Sem fome, sem corrupção.

Vivendo longe do susto.

Numa vida igualitária.

Que desconheça o injusto.

24

Sem censuras às leituras

E numa discussão igual.

E governos que assumam:

Educação é vital.

Varrer toda a ignorância.

Isto é fundamental!

25

Pelo que a história nos diz,

Pelo tanto que vivemos,

Não queremos repetir,

Tantos erros que tivemos.

Dias de medo e de dor.

Vivendo sempre em extremos.

26

Quem tem o dom de poeta,

Rimando sente alegria.

O cordel é uma luz,

Que a todos “alumia”.

E não existe apagão

Que apague a poesia.

27

Meu nome? Rosário Pinto.

Fiz questão de ressaltar

As amarguras do povo,

Em momento singular.

Deus! Ilumine o poder

Nestes tempos de amargar.

Maria Rosário Pinto

rosariuspinto@gmail.com

FIM

2021