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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

CHUVA NA PORTEIRA


-- CHUVA NA PORTEIRA
*
De um lado um cajueiro
Do outro um pé de jurema
No meio uma porteira
Que hoje me serve de tema
Eu vejo a chuva caindo
É o sertanejo sorrindo
Chega ao fim o seu dilema.
*
A chuva traz alegria
Para o povo do sertão
A água que cai do céu
Molha o ressecado chão
A natureza em festa
Contente se manifesta
Em forma de brotação.
*
O sertão troca de roupa
Cresce o mato na campina
É verde pra todo lado
Mudando a agreste sina
Volta o tempo da bonança
E cresce a esperança
Nessa terra nordestina.
*
Foto e versos de Dalinha Catunda

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

COMENDO E ROENDO CACHAÇA


COMENDO E ROENDO CACHAÇA
*
DÃO DE JAIME
Minha mulher me pediu
Para eu deixar de beber
Você sabe quando é
Que isso vai acontecer?
Quando pinga virar chexo
Aí nesse dia eu deixo
Porque eu faço é roer

*
DALINHA CATUNDA
Eu pedi ao meu marido
Para deixar de beber,
Ele falou bem depressa
Vou deixar se quer saber!
Hoje é uma ladainha
Ele come com farinha
Só mesmo vendo pra crer.
*

Foto do Acervo de Dalinha Catunda

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

AS ATITUDES REAIS, BROTAM DUM GESTO PEQUENO.


AS ATITUDES REAIS,
BROTAM DUM GESTO PEQUENO.
Mote de Dalinha Catunda
*
CONSELHO DE MÃE
*
Minha mãe já me alertava,

Que Tudo demais é sobra.
A vida às vezes me cobra
Os conselhos que ela dava.
Acho até que eu escutava,
Pois meu juízo é pleno.
Remédio vira veneno
Quando se toma demais!
AS ATITUDES REAIS,
BROTAM DUM GESTO PEQUENO.
Dalinha Catunda
*
 Muita coisa em nossas vidas, 
passam que nem percebemos, 
sorrateiras, não as vemos, 
e assim vão despercebidas... 
As pessoas entretidas, 
nem percebem o leve "aceno", 
cheio de AMOR - amor pleno – 
mas, AMOR nunca é demais... 
AS ATITUDES REAIS, 
BROTAM D'UM GESTO PEQUENO.
David Ferreira
*
Minha mãe também falava
Todo excesso é demasia,
Com a barriga vazia,
De luxo não se tratava,
Mulher não se maltratava,
Chuva pequena é sereno,
Linheiro não tem empeno,
Seja na frente ou atrás,
AS ATITUDES REAIS
BROTAM DUM GESTO PEQUENO
Francisco Almeida

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

PROSA DE MATUTO COM DALINHA E ZEALBERTO

PROSA DE MATUTO COM DALINHA E ZEALBERTO
*
ZEALBERTO
Uma cancela que geme
quando passo à tardinha,
cachorro novo latindo
espantando uma galinha,
são coisas do pé-de-serra,
são coisas de minha terra,
São da terra de Dalinha.
*
DALINHA CATUNDA
Na tua terra e na minha
Nunca foi de se espantar
Acordar de manhazinha
Ouvindo o galo cantar
Após tirar a tramela
Se debruçar na janela
Pra ver o gado passar.
*
ZEALBERTO
 Logo cedo, ao acordar
Tomar leite bem quentinho 
Vindo do peito da vaca
Direto pro canequinho,
Cuscuz, ovo, carne assada,
Escutando a passarada,
Saindo alegre do ninho.
*
DALINHA CATUNDA
Comer feijão com toucinho
Na hora de almoçar,
De galinha caipira
Os ovos pra acompanhar,
Com arroz e com farinha
Fica pranto na cozinha
O que se vai degustar.

*

sábado, 2 de janeiro de 2016

NO ALPENDRE










NO ALPENDRE
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GREGÓRIO FILOMENO
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No alpendre do oitão
Cinco ou seis redes armadas
Participam da palestra
Várias pessoas deitadas
Remexendo fantasias 
De mil histórias passadas.

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DALINHA CATUNDA
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As noites são encantadas
São recreios do labor
Um café uma cachaça
Boa prosa com humor
E no meio da conversa
Sempre tem um cantador.
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Fotos de Dalinha Catunda