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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Cecordel

Cecordel

Guaipuan e amigos do CECORDEL, obrigada pela postagem de meus versos dedicados ao Mestre, de quem sou fã incondicional por todo o trabalho desenvolvido em prol da literatura de cordel.
Grande beijo,
Rosário Pinto

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Impasse mantém o Museu de Folclore fechado

Impasse mantém o Museu de Folclore fechado

"RIO - No lugar de peças e documentos do folclore brasileiro, o museu do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, na Rua do Catete, expõe apenas entulho de uma obra iniciada em fevereiro e cujo prazo expirou no mês passado. A um custo de R$ 519 mil, a reforma foi paralisada há um mês, por causa de um impasse entre a empresa responsável pelas intervenções, o escritório de arquitetura, que elaborou o projeto e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A obra tinha a pretensão de modernizar o espaço..." Notícia do jornal O Globo.

É uma pena que uma instituição de referência nacional encontre-se nessa situação calamitosa. Os versos abaixos referem -se ao acervo da CORDELTECA – Memória da literatura de cordel, sob guarda da Biblioteca Amadeu Amaral, que também está fechada ao público, desde fevereiro de 2012, pela fadada obra.
(...)
"No Centro Nacional
De Cultura Popular
Acervo de cordel é
Referência singular
Poeta de toda parte
Vem aqui depositar*

*Seus folhetos de cordel
Para conosco gravar
A Memória permanente
Da cultura popular
A Cordelteca respalda
A poesia popular"
(Rosário Pinto)

O CENTENÁRIO EDISON CARNEIRO – natural de Salvador, BA, 12 de agosto é o seu aniversário. O folclorista que percorreu todo o país em busca das mais preciosas tradições da cultura popular brasileira, foi realizado no auditório do Museu da República. Cordel de Saia divulgou o evento com os versos:

O Folclore comemora
Relevante centenário
Neste Agosto é o mês
Do grande aniversário
Do gigante folclorista
Que conviveu com artista
Nos deixou belo cenário
*
De quem falo, já vos digo
O nome homenageado
Edison Caneiro é
Folclorista apegado
Às tradições brasileiras
Fez delas suas bandeiras
Da cultura advogado.
*
Percorreu todo o país
Festas e religiões
Pesquisou, tudo em detalhe
Em todas ocasiões
Nada deixou para trás
De tudo, correu atrás
Também estudou baiões.
*
Amigo de Jorge Amado
Que sempre reconheceu
No folclorista, o mérito
De tudo que descreveu
Muitos anos de pesquisas
Leu também as poetisas
Sobre tudo escreveu
*
Pesquisou sobre a umbanda
E também, o candomblé
Toda a religiosidade
Estudou e fincou pé
Fez minucioso estudo
Foi mestre, tal qual Cascudo
Na cultura, mostrou fé
*
O Rodolfo Cavalcante
Que foi grande menestrel
Um folheto publicou
Todo versado em cordel
Exaltando o folclorista
Passou sua vida em revista
Como um grande nobel
*
Convidei dona Dalinha
Da famíla dos Catunda
Para trazer o seu verso
Com sua verve profunda
Ela é ágil na setilha
Sempre mantem sua trilha
Sua poesia é profunda
*
Leia abaixo o folheto
Clique o “link”, sem temor
Para conferir-lhe a vida
O poeta tem valor
E o Edison Carneiro
Este grande brasileiro
Provocou muito rumor.
(Rosário Pinto)

Bibliografia:
Pinto, Maria Rosário. Catalogação de cordel. Rio de Janeiro, RJ: Academia Brasileira de Literatura de Cordel, 2011. 16 p.

Cavalcante, Rodolfo Coelho.Dr. Edison Carneiro: o gigante do folclore afro-brasileiro. Salvador : Tipografia Ansival, 1977. 8 p.

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cordeldesaia@gmail.com

terça-feira, 28 de agosto de 2012

CECORDEL EM FESTA

Cecordel

Querido poeta Guaipuan,
Bela festa na ABLC e grande encontro! Para mim, foi grande alegria conhecê-lo pessoalmente. Já nos conhecíamos da internet de há muito. Adorei! Jamais vou esquecer que foi você o primeiro a publicar um poema meu. Fiquei honrada!
Grande beijo confrade,

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

RANQUE DE VISITAS - OBRIGADA A TODOS!

CORDEL DE SAIA recebeu a visita dos países: Brasil (180);  EUA (2); Russia (1);  Alemanha (1); Argentina (1); e, Portugal (1). Vindas de várias cidades. Nesta data,  27 de agosto de 2012, recebemos visitas de 86 cidades.  Os percentuais são bem gratificantes e, gostaríamos de FIRMAR nossos agradecimentos e, nos comprometer a realizar sempre o melhor de nós.

Rosário Pinto e Dalinha Catunda

domingo, 26 de agosto de 2012

Zé Walter traz o centenário de JOAQUIM BATISTA DE SENA

CORDEL DE SAIA  traz o confrade Zé Walter Pires com sua homenagem ao centenário de JOAQUIM BATISTA DE SENA. Neste ano, são inúmeras as comemorações a centenários de nomes relevantes, Zé Walter não poderia faltar. PARABÉNS poeta pelos belos versos e por sua sensibilidade.
*
CENTENÁRIO DE JOAQUIM BATISTA DE SENA
SOLENIDADE EM FORTALEZA, 23/05/2012
*
Se pudesse a minha lira
Entoar com maestria 
Numa peça musical
Com certeza, comporia
Pra saudar esses poetas
Em suas artes, estetas
A mais bela sinfonia

Mas, vindo lá da Bahia
Onde se fala cantando
Aos mestres, peço licença
Pra fazê-lo, versejando
Nesta forma de poesia
Transbordante de alegria
Neste instante, declamando

Desse jeito, vou chegando
À famosa Fortaleza
Berço de filhos ilustres
E encantadora beleza
Onde repousa Iracema
No fascínio que emblema
Os dotes da Natureza

Trago no âmago a certeza
Desta minha identidade
Com a gente nordestina
Em sua diversidade
Sendo iguais na diferença
Essa mistura compensa
Na mesma realidade

O Nordeste é, na verdade
O celeiro do Brasil
Semeador de cultura
Pelo povo varonil
Já cantado em verso e prosa
De maneira jubilosa
Que traduz o amor febril

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

AO MESTRE COM CARINHO

(Rosário / Guaipuan / Dalinha)
*
Guaipuan Vieira tomou posse na cadeira do grande folclorista e estudioso da literatura oral dos primeiro cantadores,  passando ao longo de sua pesquisas para o poetas de bancada. Aprofundou-se em tudo que diz respeito ao sertão brasileiro. Nada lhe passou despercebido. Foi assíduo e cuidados. Tem um amplo trabalho de pesquisas publicados em vários compêndios e por vários editores de seu tempo. LEONARDO MOTA foi incansável e nada lhe passou impunemente. Circulou por todo o Nordeste ouvindo, colhendo dados, analisando-os e lhes dando a melhor forma, sem quaisquer distorções do que ouvia. Sua maior característica foi a capacidade de ouvir.
*
Ao meu Mestre Guaipuan,
*
Guaipuan, Mestre querido
Foi com grande alegria
Encontrá-lo aquele dia
Ver seu nome conferido
Entre os vates, deferido
Sua posse, pude ver
Tarde de grande prazer
ABLC em festa
Numa tarde em seresta
O seu nome inserido
*
Lá o nome referido
Junto a Leonardo Mota
O folclorista  que anota
Bom resultado obtido
Em pesquisas, envolvido
Do povo nossa cultura
Tratou com desenvoltura
Incansável na viagem
Nunca perdeu a coragem
De pesquisador ativo
*
Fez com tamanha ternura
Que comoveu o sertão
Em toda intervenção
Descreveu a moldura
Descreveu a arquitetura
Do viver, falar, cantar
Descreveu o verbo amar
Em versos e poesia
Trabalhou com cortesia
Repleto de muita candura
(Rosário Pinto)
*
Dalinha Catunda também fez questão de homenagear o Mestre:


A POSSE DE GUAIPUAN VIEIRA
*
Guaipuan seja bem-vindo,
A casa da poesia
Sua posse nesta casa
É motivo de alegria
Cumprimos mais uma meta
Abraçando este poeta,
Com selo de garantia.
*
As portas estão abertas
E nossos braços também
Pois é mais um cordelista
 A embarcar neste trem
Onde o vagão da cultura
Carrega a literatura
Para levarmos além.
*
Texto de Dalinha Catunda
*
(Em homenagem ao Mestre Guaipuan Vieira)
*
CORAGEM AMIGOS, ESCREVA NA JANELINHA, É SUPER LEGAL, BASTA SELECIONAR SEU EMAIL E SEGUIR AS INDICAÇÕES!!!
DEIXE AQUI SEU COMENTÁRIO OU O ENVIA PARA
cordeldesaia@gmail.com

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Gerardo Mello Mourão e Anselmo Vieira







 GERARDO MELLO MOURÃO E ANSELMO VIEIRA

Gerardo Mello Mourão embora universal não deixou de cantar seu sertão e sua gente em prosa e em versos em sua trajetória literária.

Muito me orgulho de ter privado da amizade deste poeta e escritor que com toda erudição que carregava em seus alforjes, pois falava nove idiomas entre eles o grego, soube falar com singeleza das coisas do sertão o que notadamente ficou registrado no seu livro “Rastro de Apolo” e em tantos outros livros de sua autoria.

Para o deleite do leitor que gosta do bom versejar, pincei do livro de Gerardo Algumas sextilhas onde ele cita os cantadores nordestinos entre eles Anselmo Vieira de Sousa.

“Há cantadores famosos
Nas feiras do Cariri,
Jacó Alves Passarinho
De Mutamba, Aracati,
Há Romano de Mãe d’Água,
Sinfrônio do Jaboti.
*
Azulão em Pernambuco
E Inácio da Catingueira,
Serrador, Cego Aderaldo
E mais Anselmo Vieira
Que foi o melhor de todos
Por ser filho da Ipueira.
*
Na viola e na rabeca
Eu também sou cantador,
Mas somos pobres mortais,
Eu, Anselmo ou Serrador,
Não vamos desafiar
Apolo, Nosso Senhor.”
*
 Anselmo Vieira de Sousa é filho de Ipueiras, e foi, segundo o próprio Gerardo, referência para ele. De Anselmo, são poucos registros na história dos cantadores nordestinos. Em minhas pesquisas, o que li sobre o mesmo foi no livro “Cantadores” de Leonardo Mota e nas entrevistas e livros de Gerardo.

Ser filha de Ipueiras e navegar nas ondas poéticas do popular Anselmo Vieira e do culto Gerardo Mello Mourão é uma honra sem tamanho.
*
Texto: Dalinha Catunda.
Foto de Anselmo retirada do livro Cantadores de Leonardo Mota.
Foto de Gerardo Mello Mourão retirada do: flickr.com

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A Posse de Guaipuan Vieira na ABLC

Guaipuan Vieira
Sábado dia 18 de agosto, tomará posse na ABLC – Academia Brasileira de Literatura de Cordel o poeta cordelista Guaipuan Vieira,
Estaremos lá e convidamos o colegiado e amigos para mais uma tarde festiva na sede em Santa Teresa.

A POSSE DE GUAIPUAN VIEIRA
*
Guaipuan seja bem-vindo,
A casa da poesia
Sua posse nesta casa
É motivo de alegria
Cumprimos mais uma meta
Abraçando este poeta,
Com selo de garantia.
*
As portas estão abertas
E nossos braços também
Pois é mais um cordelista
 A embarcar neste trem
Onde o vagão da cultura
Carrega a literatura
Para levarmos além.
*
Texto de Dalinha Catunda
Foto colhida na internet

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

MULHERES CANTANDO O QUADRÃO À BEIRA-MAR

Texto: Dalinha Catunda
(imagem da internet)

Cordel de Saia, por meio de suas gestoras Dalinha Catunda e Rosário Pinto vem desenvolvendo estudos para localizar quem são essas mulheres POETAS/POETIZAS & CATADORAS/CANTADEIRAS!

MULHERES CANTANDO
O QUADRÃO À BEIRA-MAR

1-Dalinha Catunda
O sol empalidecendo
Ondas subindo e descendo
Nossa paixão acendendo
E o barco a sacolejar.
No balanço do veleiro
Um amor aventureiro
Vivi com meu timoneiro
No quadrão à beira-mar.

Beira mar, beira mar,
O quadrão só é bonito
Quando é feito a beira mar
*
2-Rosário Pinto
Lá no Planalto Central
Em Brasília a capital
Numa noite magistral
A lua a desmaiar
Uma paixão, de repente
Na vida se fez presente
Na cidade reluzente
No quadrão à beira-mar

Beira mar, beira mar,
O quadrão só é bonito
Quando é feito a beira mar
*
(...)
A MULHER EM TRÊS TEMPOS NO CORDEL
*
1º - a mulher teve grande importância no ofício de repassar a cultura popular. Foi mestre em difundir suas tradições, contando histórias, lendas, causos, cantando cantigas de ninar, fazendo advinhas, cantando cantigas de roda, repassando as superstições, pois tudo isso é parte da andante cultura oral. O cordel parente próximo do repente não ficou de fora, era lido contado ou cantado, também, por mulheres. E era assim as pessoas tempos atrás, se reuniam em alpendres terreiros e calçadas;
2º - a mulher foi tema dos folhetos nas mais diversas formas: a musa, louvada por seus poetas, escrachada por outros, conforme o olhar de cada bardo sobre a figura feminina; e,
3º - finalmente, chegou a vez da mulher marcar espaço como poetiza e, ocupar seu lugar ao lado do homem de igual para igual. Não, apostando numa competição, e sim numa parceria. E assim, aconteceu. A mulher hoje escreve cordel, ocupa as academias de literatura popular, onde antes era apenas um clube do bolinha, enfim, a mulher ganhou voz e começa a ser respeitada como poeta cordelista.
Mais uma vez, consegue reunir, aglomerar, não em alpendres, calçadas e terreiros, na debulha do feijão, mas num espaço mais amplo, a internet! Onde navega com garra desbravando novos caminhos e fincando sua bandeira.
Estas mulheres, que juntei para cantar um QUADRÃO A BEIRA MAR, todas engajadas e comprometidas em escrever literatura de cordel e explorar novos espaços, inclusive os das mídias contemporâneas.
*
Dalinha Catunda/ABLC e /AILCA(*1)
Rosário Pinto/ABLC
Creusa Meira/Bancária
Nizete Alencar/ACC (*2)
Williana Brito/ACC
Francy Freire/professora
Josenir Lacerda/ABLC e /ACC
Anilda Figueirêdo/ACC
Bastinha Job/ACC
*
Hoje, nos reunimos através da internet. Se não nos cabe fazer o repente ao vivo, como manda o figurino, é porque somos cordelistas e não repentista, fazermos sim, nosso repente virtual, nossa peleja virtual, utilizando modalidades do repente tradicional.
*
Entre nessa roda e traga sua contribuição de mulher envolvida e dinãmica. Deixe AQUI seu recado em verso.


Texto: Dalinha Catunda
(*1)*AcademIa Ipuense de Letras Ciências e Artes
(*2)Academia dos Cordelistas do Crato