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sábado, 22 de julho de 2023

PRA VIVER EM LIBERDADE MEU PERIQUITO SOLTEI


 

PRA VIVER EM LIBERDADE

MEU PERIQUITO SOLTEI

Mote de Dalinha Catunda

1

Periquito bem cuidado?

Eu tenho e não nego, não,

Mas vive numa prisão,

E por isso é revoltado,

Porém é muito assanhado…

E prender é contra a lei.

Fui lá no mato e soltei,

Dele tive caridade:

PRA VIVER EM LIBERDADE

MEU PERIQUITO SOLTEI.

Dalinha Catunda

2

Duplo sentido? - Talvez!

Vi o verso explicativo,

E - também - convidativo,

Não perdendo minha vez;

Nunca gostei de escassez

Sobre o dom que cultivei

De libertar, porque sei

Que voar mostra a verdade:

- PRA VIVER EM LIBERDADE,

MEU PERIQUITO, SOLTEI!

 Professor Weslem

3

Meu periquito assanhado,

Teima em não se aquietar,

Todo instante quer trepar,

Em um alçapão armado,

Um fogo descontrolado,

Desde quando ele, ganhei,

Até quando vai, não sei,

Sua libidinosidade,

PRA VIVER EM LIBERDADE

MEU PERIQUITO SOLTEI.

Glosa: Joabnascimento

4

Parecia um papagaio

Era fora da bitola

Mas vivia na gaiola

E dizia daqui eu saio

Vou dar o prazo até maio

E gritava ei ei ei

Vou descobrir o que sei

E vou mentir na verdade

PRA VIVER EM LIBERDADE

MEU PERIQUITO SOLTEI.

Rivamoura Teixeira

5

Tô glosando aqui e agora

Com mote do periquito

Um macho muito bonito

Que comigo não mais mora

Pedia para ir embora

Com pena nunca deixei

Enfim, o bicho mandei

Procurar felicidade

PRA VIVER EM LIBERDADE

MEU PERIQUITO SOLTEI.

 Vânia Freitas

6

Há tempos, na minha casa

Um periquito vivia

Numa gaiola sombria

Cantando e batendo asa

Soltei-o, dizendo: vaza

Nesse momento, notei

Outros chegando, pasmei

E ali, ficaram à vontade

​PRA VIVER EM LIBERDADE

MEU PERIQUITO SOLTEI.

Creusa Meira

7​

Não quis prender o bichinho

Pra viver numa prisão

Deu - me muita compaixão

Abri tudo ligeirinho

Libertei meu passarinho

A melhor coisa, pois, sei

Vê-lo livre eu adorei

Fiz sua felicidade

PRA VIVER EM LIBERDADE

MEU PERIQUITO, SOLTEI.

 Dulce Esteves

8

Faça como eu e liberte

Também o seu Passarinho,

Gaiola não é o ninho

Mais ideal que se oferte,

Me imite, não fique inerte

Siga o exemplo que dei

Viva de acordo com a lei

Prender é pura maldade:

PRA VIVER EM LIBERDADE

MEU PERIQUITO SOLTEI.

 Bastinha Job

10

Já tá quase em extinção

Este querido" bichim"

Que mora em um cupim

Faz sua alimentação

De frutinhos de pinhão

Certo dia lhe tranquei

Mas por pena liberei

E desfiz toda maldade

PRA VIVER EM LIBERDADE

MEU PERIQUITO SOLTEI

 Araquém Vasconcelos

11

Quando peguei pra criar

O periquito era novo

Mas aprendeu com o povo

Chamar nome pra danar

Antes do Ibama chegar

Vou soltar o que achei

Se no Brasil tem a lei

Vou cumprir sem falsidade

PRA VIVER EM LIBERDADE

MEU PERIQUITO SOLTEI.

Jerismar Batista

12

Meu periquito vivia

Muito triste, acabrunhado

Mas ficou todo animado

Cantando de alegria

A partir daquele dia

Quando a rola lhe mostrei

Ninguém sabe nem eu sei

No que deu tal amizade

PRA VIVER EM LIBERDADE

MEU PERIQUITO SOLTEI

 Giovanni Arruda

Parabéns para poetas e poetisas, que no: “GLOSANDO NA REDE COM DALINHA” tiveram a coragem de desenvolver o mote do periquito. Gostei!

Mote proposto por Dalinha Catunda.

Xilo de Cicero Lourenço

dalinhaac@gmail.com

quinta-feira, 20 de julho de 2023

CARREIRÃO DA AMIZADE


CARREIRÃO DA AMIZADE

*

Amigo é coisa sagrada

Não é só adulação.

Muito mais do que palavras

É traduzida em ação.

É telefone atendido

Nas horas de precisão.

Jamais mensagem enviada

Fala sem sustentação.

Amizade é lealdade

É coisa do coração.

Difícil de se quebrar

Sendo mútua a relação.

Amigo por interesse

Na vida tem de montão.

Mas com o tempo se aprende

Quem é bom amigo ou não.

*

Foto e versos de Dalinha Catunda

dalinhaac@gmail.com


domingo, 16 de julho de 2023

DOS TEMPOS DE ANTIGAMENTE CONFESSO SINTO SAUDADE.


 

Poetas e poetisas “Glosando na rede com Dalinha”

DOS TEMPOS DE ANTIGAMENTE

CONFESSO SINTO SAUDADE.

Mote de Dalinha Catunda

1

O namoro na pracinha

Caminhando de mãos dadas

As românticas jornadas

Que outrora a gente tinha

Com beijo com louvaminha

No coreto da cidade

Foi minha realidade

Porém hoje é diferente:

“Dos tempos de antigamente

Confesso sinto saudade.”

Dalinha Catunda

2

A retreta na avenida

A TV tomou lugar

A praça só fez mudar

Abrindo grande ferida

Tirando a graça da vida

E a beleza da cidade

Murchou a felicidade

E a sombra se fez presente

“Dos tempos de antigamente

Confesso sinto saudade.”

 Vânia Freitas

3

Corrupio, bola de gude;

Minhas cédulas de cigarro;

Munição feita de barro,

Pra caçar preá no açude.

Vesti camisa no grude,

Passada e posta na grade;

E na feira, vi novidade,

Arrodeado de gente;

Dos tempos de antigamente,

Confesso, sinto saudade.

 Wellington Santiago.

4

As minhas recordações

Na memória, registradas

Uma a uma evocadas,

Jorram hoje aos turbilhões,

São tantas as emoções

Registradas, de verdade,

Suprema felicidade

Vivida intensamente:

Dos tempos de antigamente

Confesso sinto saudade.

 Bastinha Job

5

Caderno de confidência

Na turma, compartilhado

Piquenique com guisado

No tempo da adolescência

Sentia que a existência

Era a eterna mocidade

Plena em felicidade

No sentido permanente

“Dos tempos de antigamente

Confesso, sinto saudade.”

Creusa Meira

6

Fui criança no Cobé,

Nas terras de Mundo Novo

- Bahia - onde meu povo

Tem princípio, luz, arché,

Boa educação e fé

Que Mãe Véa, de verdade,

Deixou - sob santidade -

E carrego no presente.

Dos tempos de antigamente,

Confesso: - sinto saudade!

 Professor Weslen

7

De namorar na praçinha

E brincar de bambolê

Ver um filme na Tv

Comendo uma pipoquinha

Quermesses com barraquinha

Procissões pela cidade

Político falar verdade

Ajudando muita gente

Dos tempos de antigamente

Confesso sinto saudade.

 Dulce Esteves

8

Armar foge e arapuca

Se esconder da meninada

Brincar de peia-queimada

Jogar baralho e sinuca

Na roça matar mutuca

Namoro sem liberdade

Fazer coisa sem maldade

Cada qual mais inocente

Dos tempos de antigamente

Confesso sinto saudade.

 Jerismar Batista

8

Água fria era de pote

Viajava-se de trem

Namorado era meu bem

Muita gente era magote

Prejuízo era calote

Gente nova, pouca idade

Ir na rua, ir na cidade

Outras tantas tenho em mente

DOS TEMPOS DE ANTIGAMENTE

CONFESSO SINTO SAUDADE

 Giovanni Arruda

9

Das Tertúlias com vitrola

Tocando trio nordestino

Do velho chitão junino

Com abaju e bandeirola

Nas tardes o jogo de bola

As meninas da cidade

Mostrando felicidade

Gritavam o nome da gente

Dos tempos de antigamente

Confesso tenho saudades.

 Jairo Vasconcelos.

*

Xilo: Cícero Lourenço

Obrigada aos poetas e poetisas que participaram do: Glosando na Rede com Dalinha. Gostei muito! Meu abraço a todos.

Glosando na Rede com Dalinha, tem como proponente, Dalinha Catunda que coordena este movimento no Facebook.

Dalinha Catunda dalinhaac@gmail.com