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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

CORDELISTA QUE FAZ - VÂNIA FREITAS


VÂNIA FREITAS, CORDELISTA QUE FAZ

É uma de nossas cordelistas da galeria do Cordel de Saia.

Poeta licenciada em letras, premiada mais de uma vez em concursos literários, cordelista que escreve dentro das regras zelando pela literatura de cordel.
Vânia começou a escrever incentivada pelo marido, mas logo mostrou sua independência e seu talento, ao enveredar por esse caminho.
Hoje Vânia tem um papel importante interagindo com outros poetas e tomando para si, a responsabilidade, de editar cordéis coletivos com os motes sugeridos do face.
Os cordéis editados por Vânia Freitas, tem saído muito bons, papel de qualidade, uma diagramação que não deixa nada a desejar, em relação as edições que se visto.
O mais importante, é que nossos versos que poderiam se perder no espaço e no tempo, são encaixados nas edições de Vânia Freitas, e assim, vamos tendo o registro das rodas de glosas que costumamos participar.
Querida, Vânia, você é: CORDELISTA QUE FAZ! Só tenho a lhe agradecer e parabenizar. Você é muito importante para o nosso movimento do Cordel de Saia, o movimento das Mulheres Cordelistas e Artesãs, enfim, você cabe em qualquer espaço onde a arte e a cultura fincam o pé.
Obrigada pelos cordéis, com registro de nossas interações no face.
Dalinha Catunda Cad. 25 da ABLC
Idealizadora do Cordel de Saia.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

EU SOU - NÓS SOMOS, O canto de Lindicássia e Dalinha

EU SOU, NÓS SOMOS
Dalinha Catunda DC
Lindicassia Nascimento LN

DC
Sou a brisa na palmeira
Sou cheiro de alfazema
Sou a flor da catingueira
Sou espinho de jurema
Sou morena e sou faceira
Sou do cantador parceira
Sou os versos do poema.

LN
Sou canto de seriema
Sou a sequência do rio
Sou cascata em cachoeira
Sou mulher com arte e brio
Sou filha da natureza
Sou reflexo de beleza
Sou a mística do arrepio.

DC
Sou lamparina e pavio
Sou luz na escuridão
Sou vagalume piscando
Sou o luar do sertão
Sou estrela matutina
Sou cabocla nordestina
Sou água de ribeirão.

LN
Sou poesia e canção
Sou uma graça alcançada
Sou fonte de água doce
Sou bando em revoada
Sou bala de parafina
Sou qual ave de rapina
Sou mulher empoderada.

DC
Sou a vela da jangada
Sou a cor verde do mar
Sou o canto da sereia
Sou cruviana a soprar
Sou a renda das rendeiras
Sou filha das Ipueiras
Sou das terras de Alencar.

LN
Sou fibra de caruá
Sou essência do pequi
Sou côco de babaçu
Sou doce de buriti
Sou poeta, sou navalha
Sou rebento da Barbalha
Sou a flor do Cariri.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

AQUI NO RIO DE JANEIRO MORA O CORDEL NORDESTINO.


AQUI NO RIO DE JANEIRO
MORA O CORDEL NORDESTINO.
1
Retiro o velho cordel
Que trouxe no matulão
Onde minha tradição
Trago escrita no papel
Pego e monto um painel
Pra mostrar ao citadino
Meu folheto feminino
No meu linguajar matreiro
AQUI NO RIO DE JANEIRO
MORA O CORDEL NORDESTINO.
Dalinha Catunda/Ipueiras-Ce
2
Antes eram folhas soltas
Leandro Gomes as prendeu
Endireitou e vendeu    
Causando reviravoltas
Dominou mas sem escoltas
Pois sempre foi peregrino
Vivendo igual Beduíno;
Agora achou paradeiro
AQUI NO RIO DE JANEIRO
MORA O CORDEL NORDESTINO.
Zé salvador/Tianguá-Ce
3
Saindo do meu sertão
Vivi Aventuras mil
Vendo bala de fuzil
Furando meu matulão
Ligeiro que nem um cão
Procurei o meu destino
Depois virei bom menino
Pra dizer pro mundo inteiro
AQUI NO RIO DE JANEIRO
MORA O CORDEL NORDESTINO.
João Batista Melo/Itabaianhinha-Se
4
O cordel sei que é verdade,
Não mora em qualquer lugar
Nem basta alguém procurar
Pra matar a sua saudade.
Se houver dificuldade
Nunca faça desatino
Mude logo seu destino
E procure bem ligeiro.
AQUI NO RIO DE JANEIRO
MORA O CORDEL NORDESTINO.
Cicero do Maranhão/Caxias-Ma
5
Prazer, eu sou o cordel
Indo além da inspiração
Métrica, rima e oração
Eu sei botar no papel
Vou concorrer ao Nobel!
Seja qual for o destino
Assino embaixo, eu assino
Sou eterno passageiro
AQUI NO RIO DE JANEIRO
MORA O CORDEL NORDESTINO
Morais Moreira/Ituaçu-Ba
6
A cultura Iberiana
Chegou com as caravelas
E legou como sequelas
Um escrito bem bacana
E quem tem a mente sana
Conhece um folheto fino
Eu mesmo desde menino
Do cordel sou mensageiro
AQUI NO RIO DE JANEIRO
MORA O CORDEL NORDESTINO
Wiliam J G Pinto/Palmeira dos Índios-Al
7
No Rio cosmopolita
Mora da arte a essência
Tem a casa da ciência
Na orla praia bonita
Igreja, centro e mesquita
A moldar o meu destino
Um Cristo humano e divino
Que é mais do que brasileiro
AQUI NO RIO DE JANEIRO
MORA O CORDEL NORDESTINO
Gonçalo Ferreira da Silva/Ipu/Ce
8
No Rio pude chegar

Trazendo forte lembrança
Na alma veio a esperança
E a coragem  pra lutar
Procurando melhorar
Nas veredas do destino
Acertar sem tirar fino
Controlando o meu roteiro
AQUI NO RIO DE JANEIRO
MORA O CORDEL NORDESTINO.
Ivamberto Albuquerque/Alagoa Grande/Pb
 9
Quando eu vim lá do Nordeste
Encontrei grandes artistas
Poetas e repentistas
Com seu talento inconteste
Estes bons cabras da peste
Com a vida de peregrino
Fizeram aqui seu destino
E hoje eu digo ao mundo inteiro
AQUI NO RIO DE JANEIRO
MORA O CORDEL NORDESTINO.
Almir Gusmão/Recife/Pe
10
Saí lá do Maranhão,
No ano sessenta e cinco.
Estudei com muito afinco.
E com amor no coração,
Aprendi muita lição.
Encarei o meu destino.
E sem muito desatino,
Com espírito altaneiro.
AQUI NO RIO DE JANEIRO
MORA O CORDEL NORDESTINO.
Rosário Pinto/ Bacabal/ Ma
11
O Cordel no grande Rio
Que foi também Guanabara.
Chegou em paus-de-arara,
De caminhão e navio.
Exposto ao sol e ao frio,
Ganhou espaço e destino.
Ao se tornar sudestino,
Traçou seu próprio roteiro.
AQUI NO RIO DE JANEIRO.
MORA O CORDEL NORDESTINO.
Erinalda Vilanave/ Natal/Rn
12
A  Cultura Brasileira
Está bem enraizada
No Rio encontrou morada
Caminha na dianteira
Sua raiz estrangeira
Diversificou o tino
Vai cumprindo o seu destino
Criando novo roteiro
AQUI NO RIO DE JANEIRO
MORA O CORDEL NORDESTINO
Geraldo Aragão/Senhora da Glória/Se

13
Tem a Fonte da Saudade
Portela e Maracanã
O museu do Amanhã
Tem Bangu e Piedade
Do mundo a melhor cidade
O mar sempre cristalino
O velho fica menino
Tem o povo hospitaleiro
AQUI NO RIO DE JANEIRO
MORA O CORDEL NORDESTINO.
Chico Salles/ Sousa/PB
14
Em toda esta região
Rica em história e cultura
Encontrou desenvoltura
A cultura da Nação,
Depois veio do Sertão
O folheto genuíno
Ampliando o seu destino
Aos olhos do mundo inteiro,
AQUI NO RIO DE JANEIRO
MORA O CORDEL NORDESTINO.
Spalo Campelo/Campo Redondo/Rn
15
Fui pesquisar na memória
Encontrei todo sentido
De um mundo construído
No aconchego da glória
Antes de cantar vitória
Bem rápido fiz um hino
Com traço apurado e fino
Confesso que fui ligeiro
AQUI NO RIO DE JANEIRO
MORA O CORDEL NORDESTINO.
Severino Honorato/Mulungu/Pb.
16
Se o ritmo do coco é
Alagoano, é também
De Pernambuco e tem
Na Bahia o axé
De todos santos e até
Bate ganzá pro divino,
No calango tira um fino.
E se o calango é mineiro,
AQUI NO RIO DE JANEIRO
MORA O CORDEL NORDESTINO.
Edmilson Santini/Águas Belas-Pe.
*
O Cordel nordestino no Rio de Janeiro.
O cordel que aportou na Bahia no baú dos colonizadores, no nordeste, encontrou terra fértil para se propagar. Ganhou novas feições e na mala do nordestino migrou para as grandes cidades.
Hoje somos muitos escrevendo Literatura de Cordel pelo Brasil afora.
A internet é um termômetro a nos indicar essa estatística.
Sempre me perguntam pelos nordestinos que escrevem cordel aqui no Rio de Janeiro.
Diante da pergunta reincidente, resolvi criar um mote, que nos remetesse ao tema, e convidar alguns cordelistas nordestinos, que atuam na Cidade Maravilhosa a participarem deste cordel coletivo.
 Aos poetas que atenderam minha solicitação, quero aqui agradecer a todos, em especial ao poeta e escritor, José Walter Pires, que gentilmente fez a apresentação deste cordel, por mim organizado.
Contatos: E-mail: dalinhaac@gmail.com tel: (21) 98225-0145
Dalinha Catunda idealizadora e coordenadora do cordel.
Rio de Janeiro, fevereiro de 2017.

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A ABLC NO VII ENCONTRO NACIONAL DE POETAS E CORDELISTAS.


A ABLC NO VII ENCONTRO NACIONAL DE POETAS E CORDELISTAS.
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A ABLC Esteve no Espaço Cultural SABERES DO SERTÃO EM IPUEIRAS – CE, no Cantinho da Dalinha onde aconteceu o VII ENCONTRO NACIONAL DE POETAS E CORDELISTAS.
O evento se deu em 25 de janeiro, marcando a grande confraternização entre as três agremiações, SPB, ACC, ABLC e poetas independentes.
A Academia Brasileira de Literatura de Cordel, representada, por Anilda Figueiredo, Dalinha Catunda, Dideus Sales, Lindicássia Nascimento e Tião Simpatia, cumpriu a sua missão propagando a literatura de cordel, através de seus poetas, para um número considerável de pessoas, que pelos aplausos recebidos encantaram- se com a literatura de cordel.
Dideus Sales recebeu das mãos do poeta/professor, Luiz Ademar Muniz, da cidade de Trapiá
a comenda ofertada a ABLC, que sempre se faz presente como detentora da Literatura de cordel – Bem registrado em setembro de 2018, no Livro das Formas de Expressão, como Bem de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, com esse registro cresce a responsabilidade do cordelista na divulgação desse nosso bem maior. O CORDEL.
Dalinha Catunda cad. 25 da ABLC, promotora do Encontro.

domingo, 16 de fevereiro de 2020

Encontro, Poetas e Alpendre














ENCONTRO, POETAS E ALPENDRE
*
Uma casa, um alpendre,
Um rancho no interior,
Visita de bons amigos
Ocupando o armador
Um encontro nordestino
Com a bênção do divino
Nosso pai e criador.
*
O colorido das redes
Alegrando o ambiente
O zoada das conversas
Na voz de cada presente
Em meio a alacridade
Notícia e novidade
Vi todo mundo contente.
*
Cada um traz sua rede
Cada qual traz seu lençol
Deitam na boca da noite
E se levantam com sol
Curtindo a natureza
Apreciando a beleza
Que oferece o arrebol.
*
Esse encontro se repete
Pra minha felicidade
Celebramos a cultura
E também nossa amizade
Agradeço a interação
Aqui nesse meu sertão
Vocês deixaram saudade.
*
Versos de Dalinha Catunda
Fotos do Encontro.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

SPB NO ENCONTRO NACIONAL DE CORDELISTAS EM IPUEIRAS


A Sociedade dos Poetas de Barbalha no VII ENCONTRO NACIONAL DE POETAS E CORDELISTAS REALIZADO EM IPUEIRAS
 A Sociedade dos Poetas de Barbalha, que tem Lindicassia Nascimento como presidente, marcou presença com sua comitiva que fez bonito no evento.
Além de Lindicássia Nascimento, contamos com a presença de Sergio Pereira, Secretário da SPB e pela primeira vez esteve presente, o ator e Conselheiro Tutelar, Jerônimo Gonçalves que veio enriquecendo a comitiva.
 A presidente da SPB, recebeu o certificado de participação, das mãos de Sérgio Pereira, poeta e membro da diretória da SPB.
A entrega de comendas, reforça o intercâmbio entre as academias, que unidas vão se fortalecendo nesse mundo cultural.
Agradeço a SPB pela participação,
Dalinha Catunda – promotora do evento

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

DO VII ENCONTRO NACIONAL DE POETAS E CORDELISTAS REALIZADO EM IPUEIRAS


DO VII ENCONTRO NACIONAL DE POETAS E CORDELISTAS REALIZADO EM IPUEIRAS
 Seguindo o roteiro do evento, no Teatro Saberes do Sertão, aconteceu a entrega dos certificados as três academias que participaram desse intercâmbio cultural.
Academia Brasileira de Literatura de Cordel – ABLC – Recebeu comenda, o Poeta Dideus Salles das mãos do professor e Poeta de Cordel Luiz Ademar Muniz.
Em seguida foi a vez de Anilda Figueiredo que é presidente da Academia dos Cordelistas do Crato – ACC, receber a comenda das Mãos do Secretário de Cultura, Neto Alves.
Lindicassia Nascimento, presidente da Sociedade dos Poetas de Barbalha – SPB, recebeu o certificado de participação, das mãos de Sérgio Pereira, poeta e membro da diretória da SPB.
Essa entrega de comendas, visa firmar essa interação entre as academias, assim vamos nos fortalecendo culturalmente e apoiando uns aos outros.
Agradeço a todos pela participação,
Dalinha Catunda – promotora do evento

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

AS CIRANDEIRAS DO CORDEL NO ENCONTRO DE POETAS EM IPUEIRAS


Obrigada, CIRANDEIRAS.
O grupo, Cirandeiras do Cordel, é composto por mulheres que cantam e encantam animando os eventos e repassando para as novas gerações os seus conhecimentos. São professoras, poetisas e artesãs.
Agradeço o grupo de cirandeiras que fez bonito no VII ENCONTRO NACIONAL DE POETAS CORDELISTAS EM IPUEIRAS.

A CIRANDEIRAS DO CORDEL
*
DALINHA CATUNDA
Eu sou Dalinha Catunda
Cordelista a cirandar
Na roda dessa ciranda
Quero o cordel divulgar
Sou a força da Mulher
Na Cultura popular.
*
ANILDA FIGUEIRADO
Sou Anilda Figueiredo
O cordel me leva além
Marco o passo da ciranda
Que o cordel no meio tem
Cordel em sala de aula
Não demora logo vem.
*
LINDICÁSSIA NASCIMENTO
Lindicássia Nascimento
Assim eu fui batizada
Gosto muito de ciranda
Adoro saia rodada
E para louvar cordel
Sou poeta preparada.
*
CHICA EMÍDIO
O meu nome é Chica Emídio
Sou professora e atriz
No meio duma ciranda
Danço canto e peço bis
E se tem cordel no meio
Eu sou muito mais feliz.
*
DENISE PRIMO
Chamo-me Denise Primo
Poetisa também sou
Tenho dó de quem entrou
Na ciranda e não dançou
Tenho dó de quem já leu
Um cordel e não gostou.
*
FATIMA CORREIA
Sou a Fátima Correia
Danço, canto e represento
Com uma flor no cabelo
Faceira eu me apresento
Da ciranda e do cordel
Não tiro meu pensamento.
*
FÁTIMA PRADO
Fátima Prado é meu nome
O Cratinho é meu lugar
Eu vim pra dançar Ciranda
Pois gosto de cirandar
Vou rodar a minha saia
Vou cantar e vou dançar.
*
VÂNIA FREITAS
O meu nome é Vânia Freitas
Sou cirandeira também
Faço arte, faço graça
Meu sorriso ninguém tem
É por isso que o Pardal
Só cisca no meu xerém.
*
Versos de Dalinha Catunda