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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

FESTA JUNINA


FESTA JUNINA
Aqui, de nada resmungo,
Fico só atrapalhada
Sigo o ritual da festa
Deixei faca bem fincada
Lá no pé da bananeira 
E fiquei na espreitada.


Gosto de me divertir
Com todos os rituais
O São João é bem repleto
De crendices sem iguais 
Tem Correios Amorosos
Com cartinhas geniais.


Eu já tenho um rapaz
Lá em casa a me valer,
Mas como gosto da festa
Estou pagando pra ver
E dançando nesta festa
Vou até o amanhecer


Quando eu era bem pequena
Lá na minha Bacabal
Festejava o São João
Em noitada sem igual.
E castanha sapecada,
Pra animar o festival.


Tinha dança de quadrilha,
Casamento na fogueira
Ciranda e cirandinha
Em noites brincadeira.
(Rosário Pinto)

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

AS MULHERES DO CORDEL

A MULHER
De perfume indelével,
a mulher é uma rosa,
seu cheiro é agradável,
deixando-a deliciosa
delicada e sensual,
a mulher é poderosa.
*
A mulher é uma deusa
por vênus é abençoada
a criatura perfeita
por deus foi ornamentada
de beleza deslumbrante,
uma obra bem talhada.
*
Dos poetas é a musa,
do homem a companheira
dos filhos a protetora,
lutando como guerreira
e ainda lhe sobra tempo
pra ser bonita e faceira.
*
Deus a ela concedeu,
o poder de germinar
para do ventre sagrado,
um fruto do amor gerar
a mulher sempre zelosa,
vive edificando o lar.
*
Versos e foto de Rita Cruz

Biografia
RITA NILCE  M. C. DA FONSECA (Rita Cruz), natural de Acaraú-CE, pedagoga, pós graduada em Educação Infantil, cordelista, escritora e contadora de histórias. Foi professora do ensino  fundamental no Ginásio São José, Acaraú CE. Trabalhou no Tributo à Criança, Zona Oeste de Natal, no Brasil Alfabetizado e na Escola Plim Plim. Realizou trabalhos voluntários no grupo de Idoso “ O Idoso Vive”, no Pitimbu , Natal RN.

Hoje é colaboradora no Ateliê de Contação de Histórias, Encantamentos e outros Segredinhos da Daluzinha Alvis. Dedica-se à Literatura de Cordel, à poesia, pintura, artesanato e contação de histórias, conhecida como Catita, a menina que conta histórias.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

MULHERES GLOSANDO

VOCÊ FOI SÓ CHUVA FINA
QUE CAIU MAS NÃO MOLHOU.
Mote de Dalinha Catunda
*
DALINHA CATUNDA
Chegou feito ventania
Abalou meu coração
Pensei que era a paixão
Que me embalava e ardia
Porém logo eu percebia
Foi tempestade e passou
E nem saudades deixou
Mas minha mente rumina:
VOCÊ FOI SÓ CHUVA FINA
QUE CAIU MAS NÃO MOLHOU.
*
BASTINHA JOB
Chegou com pose de artista
Parecia ser da Globo
Cordeiro em pele de lobo
Gabola a cada conquista
Até eu entrei na lista;
Mas a novela acabou
Seu pavio se queimou ,
Sua pipa não empina:
VOCÊ FOI SÓ CHUVA FINA
QUE CAIU MAS NÃO MOLHOU!
*
VÂNIA FREITAS
A vida traz cada peça
Que deixa qualquer um louco
A pois não é que há pouco
Me apareceu um tal de Eça
Dizendo que era da "Greça"
Todo metido a flozô
Logo logo se engraçou
Sem querer baixou a crina
VOCÊ FOI SÓ CHUVA FINA
QUE CAIU MAS NÃO MOLHOU!

*

domingo, 6 de agosto de 2017

DALINHA EM SABATINA



DALINHA EM SABATINA
*
O meu nome é Dalinha
Mas não é nome de pia
Porém eu nutro por ele
Uma enorme simpatia
Ele rege minha sina
Aceitei desde menina
Sem desmerecer Maria.
*
Maria de Lourdes trago
No papel da certidão
Pelo meu pai sou Catunda
Por minha mãe Aragão
Ainda sou Pinho e Prado
Porém ficaram de lado
Fora da declaração.
*
Sou Dalinha de Ipueiras
Sou Dalinha nordestina
Sou Dalinha do cordel
Sou Dalinha bem ladina
Sou Dalinha do universo
Sou Dalinha que faz verso
Sou Dalinha em sabatina.
*
VERSOS E FOTO DE DALINHA CATUNDA

terça-feira, 1 de agosto de 2017

NA FEITURA DO CORDEL

NA FEITURA DO CORDEL
*
DALINHA CATUNDA
Pra fazer cordel perfeito
Meu amigo, meu irmão,
Tenha cuidado na métrica
Na rima preste atenção
Desenvolva bem o tema
Pois assim pede o sistema
Que culmina em oração.
*
JERSON BRITO

 Exatamente, Dalinha
Quem quer um cordel perfeito
Não pode escrever os versos
Sem zelo, de qualquer jeito
Mas se for metrificado
Com sentido e bem rimado
Deixa o leitor satisfeito.
*
Foto de Dalinha Catunda

VERSOS MANGA E MACAXEIRA













RAINILTON DE SIVOCA
Quando eu era pequeno
Minha vó sempre dizia:
Manga com leite é veneno
Se eu chupasse morria
Toda vez era esse enredo
Mas eu chupava sem medo
E nem se quer me ofendia.
*
DALINHA CATUNDA
Quando eu era inda pequena
Mas já mocinha faceira
Minha mãe sempre dizia
Não prove da macaxeira
Mas eu provei e foi quente
E o meu bucho de repente

Cresceu com a brincadeira.