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quarta-feira, 31 de julho de 2019

MEMÓRIA DO POETA RAIMUNDO SANTA HELENA

Participei, representando o CORDEL DE SAIA, do encontro realizado pela Fundação Casade Rui Barbosa para efetivar a assinatura do contrato de doação do acervo do poeta cordelista Raimundo Santa Helena. O encontro organizado pela doutora Sylvia Nemer contou com a participação de toda a direção da Fundação e do Setor de Memória que fará a guarda, tratamento e disponibilização do acervo para futuras consultas.
O encontro foi marcado pelos depoimentos de poetas contemporâneos e que partilharam do convívio na Feira de São Cristóvão e, pelo comovente relato de sua filha Ynah de Souza Nascimento.

Foram muitos os relatos. O salão estava repleto de poetas e representantes de outras instituições. No encerramento tivemos uma confraternização com regalos oferecidos pela Sra. Chiquita, que também acompanhou a trajetória do poeta naquele espaço cultural.


Nota:Rosário Pinto, do CORDEL DE SAIA.

terça-feira, 30 de julho de 2019

MINHAS CAPAS MINHA ARTE



MINHAS CAPAS MINHA ARTE
*
Eu sempre gostei das artes
Inda hoje dou valor
Eu gosto de desenhar
De fazer versos de amor
Gosto de fotografar
De pintar e de bordar
Aprendi no interior.
*
Às vezes até me arrisco
A fazer ilustração
Fazer capas de cordel
Para minha produção
Nunca gostei de rotina
Sou assim desde menina
Gosto de transformação.
*
Versos e capas de Dalinha Catunda
Essas são capas, de cordel. desenhadas por mim.

quinta-feira, 18 de julho de 2019

A plenária de Julho 2019 da ABLC

A plenária de Julho da ABLC – Academia Brasileira de Literatura de Cordel.
A plenária de julho teve como tema central a homenagem ao paraibano Jackson do Pandeiro em comemoração ao seu centenário.
Lá se fez presente, Alessandra Moraes responsável pelo depósito legal da Biblioteca Nacional, incentivando a doação de cordéis para o acervo da BN.
Alessandra dos Santos, que vem usando a literatura de cordel em suas apresentações nas praças, no interior de São Paulo, também esteve presente enriquecendo a reunião com suas declamações e trazendo proposta de projetos para a literatura de cordel.
Eu lá estive, falando da FLIP – Festa Literária de Paraty. Falei da importância do cordel após ter sido declarado com bem Imaterial e cultural do Brasil.
Falei dos poetas da ABLC que participaram da Festa em Paraty, Moreira de Acopiara, Klévisson Viana e Arievaldo Viana. Agradeci aos poetas parceiros dessa jornada, Severino Honorato, Cícero Maranhão e José Salvador, que estavam presente na plenária, e representaram muito bem o cordel propagando nossa cultura nordestina.
Lá prestigiei quem merecia e dei o meu recado.
Dalinha Catunda cad. 25 da ABLC
dalinhaac@gmail.com

terça-feira, 16 de julho de 2019

FLIP- RODA DE CONVERSA - Anilda Figueiredo e Dalinha Catunda


RODA DE CONVERSA A MULHER NO CORDEL
A Mulher no Cordel foi o tema da Roda de Conversa com Anilda Figueiredo e Dalinha Catunda, na FLIP2019.
A mediadora foi Ana Ferraz, da Editora Coqueiro.
Entre alguns temas debatidos, falou-se do cordel que sempre foi bem popular, mas que hoje muitos acham que ele deve ser escrito na língua culta com a finalidade de entrar nas escolas e chegar às universidades. Eu particularmente sou contra que se escreva errado, mas acho que não compromete ser escrito na linguagem coloquial, com os devidos cuidados.
Discorremos sobre o papel da mulher na história do cordel.  No primeiro momento, quando ela lendo, repassava as novas gerações em calçadas, alpendres em sítios e fazendas as histórias em cordel. Ali também ela contava histórias de trancoso, fazia a roda de versos e brincava com adivinhações.
No segundo momento a mulher se descobriu tema dos poetas nos livretos de cordel, às vezes enaltecida e muitas vezes mal falada e até escrachada.
Depois de muito tempo, a mulher que já escrevia e guardava seus versos, resolveu retirá-los das gavetas e ocupar a lacuna que lhe pertencia por direito na literatura de cordel.
As dificuldades, não foram poucas, pois campear num espaço onde o homem reinava desde sempre, não era tarefa fácil. Mas mulher com sua teimosia, não abriu mão de assegurar o seu espaço no mundo do cordel.
Fomos invisíveis por muito tempo. Hoje somos reconhecidas e convidadas para os grandes eventos e posso até dizer, que o homem tem um novo olhar sobre a mulher cordelista.
Um assunto que me preocupa e até me incomoda, e na roda de conversa foi abordado, é que a mulher que poderia ser mais parceira uma da outra, se veste de vaidade, cada uma quer reinar no seu território e esquecem que a parceria e o que vai nos levar além.
Não podemos ser rivais, devemos ser cumplices, fazer projetos juntas, seminários, encontros, pois só assim ocuparemos dignamente nosso espaço.
O Cariri me abriu essa possibilidade.  Através dessa abertura, eu levei mulheres do Cariri para o Rio de Janeiro e entrei no espaço cultural do Cariri. Fazemos muito bem esse intercâmbio, inclusive, umas hospedando as outras.
Não quero ser a dona da verdade, nem quero todos os louros. Não seremos nada sozinhas. Vamos ser estrelas, sim, cada uma com seu brilho, pois ser grande é pertencer a uma constelação.
Dalinha Catunda cad. 25 da ABLC
dalinhaac@gmail.com




 

Matéria publicada no "EL PAÍS"


https://maladeromances.blogspot.com/2019/07/materia-publica-no-el-pais.html?fbclid=IwAR1f-4l7mnJyP_mEfs3HLHlkA_G1vnDp7WiMJ6_1JIQjmVwT1MdRNFPsg4Q

segunda-feira, 15 de julho de 2019

MULHER - CORDEL E PARATY


O CORDEL COM ESPAÇO NOBRE EM PARATY
Nós os poetas de cordel, tivemos pela primeira vez um espaço, exclusivo, na Festa Literária de Paraty de 2019. Espaço democrático, onde poetas de boa parte do Brasil em perfeita harmonia souberam se acomodar.
Dividimos espaço, dividimos comidas, tomamos conta das bancas de vendas, uns dos outros, declamamos e cantamos em conjunto, e ali pela primeira vez, senti uma perfeita confraternização, onde todos os cordelistas eram do mesmo tamanho.
Sem jogos de vaidades, a alegria foi geral, saímos às ruas cantando cordel, embalando os transeuntes e trazendo a literatura de cordel para uma interação maior.
Eu, Dalinha Catunda e Anilda Figueiredo, convidadas pelo IPAN, fomos representando a Academia Brasileira de Literatura de Cordel, Academia dos cordelistas do Crato e o blog Cordel de Saia.
Posso aqui dizer, que nos valeu o registro do cordel como Patrimônio Imaterial e Cultural do Brasil, pois esse movimento levou a literatura de cordel para as grandes mídias e o IPHAN com sua sensibilidade nos presenteou com a oportunidade de brilharmos nessa grande festa, onde cada um com sua estrela deu brilho a grande constelação do cordel.
Aqui agradeço a cada poeta e a cada funcionário do IPHAN, a cada amigo que foi nos visitar, enfim, a todos que se irmanaram conosco nessa grande festa.
Dalinha Catunda cad.25 da ABLC
dalinhaac@gmail.com


domingo, 7 de julho de 2019

CORDEL DE SAIA, CORDEL COLETIVO E AS REDES



CORDEL DE SAIA, CORDEL
COLETIVO E AS REDES
*
A internet chegou
Para o cordel melhorou
A sua divulgação.
A mulher bem atuante
Logo seguiu adiante
Pois gostou da inovação.
*
Deu nova vida ao cordel
Faz a ciranda a granel
E tem um objetivo,
Que é conectar poeta
Pois adotando essa meta
Faz o cordel coletivo.
*
Cordel de Saia é vezeiro
Posso dizer pioneiro
Isso não é novidade.
Sabe dar o seu pinote
Traz o poeta pro mote
E glosa a modalidade.
*
O Blog Cordel de Saia
Que se adianta e ensaia
Traz pra vitrine a mulher.
Aquela que no passado
Guardou seu verso rimado
Porém hoje espaço quer.
*
O Ciberespaço é rinha
Aonde a mulher caminha
Sem medo de pelejar
Pois hoje tem parceria
Não foge da cantoria
Pois conquistou seu lugar.
*
Versos e fotos de Dalinha Catunda
dalinhaac@gmail.com

sábado, 6 de julho de 2019

A MULHER, O CORDEL, E A TÃO SONHADA FLIP



A MULHER, O CORDEL E A TÃO SONHADA FLIP.
A mulher vem travando uma luta constante em busca da igualdade.
E a luta para se firmar na literatura de cordel não é diferente.
Quantas vezes fomos a pequenas feiras ou bienais de livros, apenas como consumidoras, ou para bater palmas para os poetas que tinham seus estandes e um palco para declamar seus versos.
A internet veio para ser nossa vitrine, um espaço democrático onde todos podem mostrar seus trabalhos, suas performances e sua capacidade.
Hoje divulgamos nossa caminhada em sites, blogs e principalmente no face. Organizamos e participamos de Seminários, participamos dos eventos do IPHAN onde se discutia o processo do registro do cordel. Recebemos convites de universidades, hospitais, escolas, do SESC, de restaurantes. Somos motivo de estudos em monografias, enfim, a mulher conquistou seu lugar.
Eu acho que tanto o cordel, como a mulher, após o registro do cordel, como patrimônio cultural e imaterial do Brasil, ganharam asas. A mulher marcou presença, como pesquisadora, como poeta, e apareceu abraçada a essa literatura, não tem como desvencilhar.
E para coroar a crescente trajetória, ser convidada pela Superintendência do IPHAN/RJ – www.iphan.gov.br/rj – através de sua superintendente Mônica Costa, em conjunto com o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular/CNFCP – www.cnfcp.gov.br – com Elisabeth Costa diretora do Departamento de Pesquisa, em parceria com Iphan/Paraty, para participar das atividades de literatura de cordel na FLIP – Feira Literária Internacional de Paraty, como já registrou, a cordelista Rosário Pinto, é simplesmente chegar ao pódio.

Aqui do Rio de Janeiro na caravana da ABLC temos os seguintes convidados: Dalinha Catunda, (Lobisomem) Victor Alvim, Rosário Pinto, que não poderá viajar, pois está se reestabelecendo de uma cirurgia, do Cariri, representando a ACC, a presidente da Academia dos Cordelistas do Crato, Anilda Figueiredo, que já faz um intercâmbio com o CNFCP na organização dos seminários que acontecem no Crato.
Fico feliz, pois sei que faremos bonito, daremos nosso toque feminino e com certeza seremos a representação de mulheres abrindo espaço para outras mulheres no futuro.

Dalinha Catunda cad. 25 da ABLC
dalinhaac@gmail.com.

CACIMBA DE INSPIRAÇÃO - Um mimo que recebi do poeta José Walter Pires.


CACIMBA DA INSPIRAÇÃO

.
Eu queria beber água 
Nessa cacimba profunda,
Onde Dalinha Catunda 
A sua verve deságua,
Sem jamais revelar mágoa,
Da sua vida nativa,
Da qual não se fez cativa
Como mera “nordestina”;
Porém, Transformando a sina
Fez-se cordelista altiva
.
Rompendo os grilhões da sorte,
Numa luta sem cansaço,
Conquistou o seu espaço,
Vislumbrando além do “norte”,
Como mulher livre e forte,
Sendo amante da verdade,
Cantando com liberdade,
Sonhos, desejos, paixões,
Sem dar vez às convenções
Pra sua saciedade!
Soube cantar o sertão
Como poucos vi cantar!
Com versos pra revelar
A mais sincera paixão
Que devota ao seu rincão:
Árvores, flores, animais,
E as beleza naturais,
A sua gente e a cidade,
Mas morrendo de saudade
Do que não volta jamais!
.
José Walter Pires

quinta-feira, 4 de julho de 2019

FLIP – FEIRA LITERÁRIA INTERNACIONAL DE PARATY – DE 10 a 14 de JULHO 2019


Fui convidada pela Superintendência do IPHAN/RJ – www.iphan.gov.br/rj – através de sua superintendente Mônica Costa, em conjunto com o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular/CNFCP – www.cnfcp.gov.br – com Elisabeth Costa diretora do Departamento de Pesquisa, em parceria com Iphan/Paraty, para participar da organização das atividades de literatura de cordel na FLIP – Feira Literária Internacional de Paraty.
O Iphan Paraty disponibilizou seus espaços para que os autores/as de literatura de cordel e repentistas façam dali um ponto de apoio na divulgação, exposição, venda e atividades variadas de poetas e poetisa de cordel.
CORDEL DE SAIA estará representado pelas poetisas Dalinha Catunda e Anilda Figueiredo. Por motivos de saúde, não poderei participar mais ativamente, entretanto, assumo a responsabilidade de fazer a divulgação dos acontecimentos.

Nota: Rosário Pinto

terça-feira, 2 de julho de 2019

CORDEL BEM CULTURAL E IMATERIAL BRASILEIRO


CORDEL BEM CULTURAL E IMATERIAL BRASILEIRO
*
O cordel literatura
Agora já tem aval
Já ganhou o seu registro
É bem imaterial 
Cultural e brasileiro
Na banca no Tabuleiro
Mostra seu potencial.
*
Ele saiu do nordeste
Chegou as grandes cidades
Está na televisão
E nas universidades
Em revistas e jornais
E nas redes sociais
Com as suas novidades.
*
Pelos versos bem rimados
Pela metrificação
Pelas histórias narradas
E respeito a oração
O cordel encanta, sim,
Tem começo, meio e fim,
É bom prestar atenção.
*
Cordel não é presepada
Tem regras para ser feito
Quem diz que faz, mas não faz,
E se sente no direito
De ensinar, mas sem saber,
Papel feio vai fazer
Além de ser desrespeito.
*
Ministrar uma oficina
Apenas com teoria
É simplesmente zombar
De quem tem sabedoria
Pois quem quer mesmo ensinar
Deve se capacitar
Tem que ter categoria.
*
O cordel é popular
Mas tem normas a seguir
Quem se assina cordelista
Não pode se permitir
Um cordel mal acabado
Capenga, de pé quebrado,
Carecendo corrigir.
*
Tem curioso infiltrado
Na cultura popular
Se valendo do cordel
Sem as regras dominar
Dizendo que é ensaio
Exibindo em balaio
Para projetos ganhar.
*
Versos e fotos de Dalinha Catunda
Dalinha Catunda cad.25 da ABLC
dalinhaac@gmail.com