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quarta-feira, 26 de março de 2014

Homenagem de Ivamberto Albuquerque ao poeta Pedro Bandeira

Homenagem ao Mestre Pedro Bandeira.
(Ao Mestre Com Carinho.)
*
Vitalino com o barro
Modelou a tradição
Do nordeste brasileiro
Do litoral ao sertão
Sua luta não foi perdida
Pelas estradas da vida
Irradiou Inspiração.
*
O Gonzaga musicou
A paisagem do sertão
Com Marcolino e Zé Dantas
Humberto lhe deu a mão
O legado de Gonzaga
É uma luz que não se apaga
Enquanto existir baião.
*
Nordeste dos jagunços
E cangaceiros cruéis
Para cantar estas sagas
Deus mandou os menestréis
Violeiros, cantadores
Do povo cantando as dores
No sertão dos coronéis.
*
O avô Manoel Galdino
Seus netos Pedro e João
O Daudeth e Francisco
Seguem a mesma direção
Dos antigos cantadores
Aedos e trovadores
Rapsodos do sertão.
*
Na aquarela do repente
Tem um traço de primeira
É a viola e o canto
Do mestre Pedro Bandeira
Um pandeiro ritmado
O Pedro traz o legado
De Inácio da Catingueira.
*
Vou fechando a cortina
Da minha verve rasteira
No mastro da poesia
No alto fica Bandeira
Fez da arte lua e sol
E o mais belo arrebol
Da cultura brasileira.
*
autor:Ivamberto Albuquerque de Oliveira
Rio de Janeiro-  11-03-2014

terça-feira, 25 de março de 2014

JUMENTO NO CARDÁPIO













JUMENTO NO CARDÁPIO
*
DALINHA CATUNDA
*
Pra que tanta crueldade
Com o coitado do jegue
Tomara Deus, que não pegue,
A moda em minha cidade
E que tenham piedade
Do Jegue do meu sertão,
E mesmo com precisão
Poupem o pobre jumento
Procurem outro alimento
Mas não comam nosso irmão!

*
HÉLIO CRISANTO
*
Já se encontra no mercado,
Nos bares de Apodi
Porção de burro grelhado
Jumento a catupiry.
Tem lombo na frigideira
Jerico ao molho madeira
Ovo de burro na brasa
Bisteca de jegue preto
Tripa assada no espeto
Como franquia da casa.
*

Rito de passagem


CORDEL DE SAIA traz a lume um rito de passagens, daqueles que machucam nossas vidas:

Ritos de passagem

Rito de passagem é
Situação bem difícil,
Às vezes, é sacrifício.
A felicidade é
Sentir-se assim, mulher.
Para a mãe, dores do parto,
Com o filho, eu reparto,
Toda a perplexidade,
Depois, a felicidade,
Se ao Rito se ativer.
*
Mas há Ritos dolorosos,
Que só trazem dissabores,
São os manipuladores,
São aqueles acintosos,
De aspectos asquerosos
Por perversos orquestrados,
Em cargos empoleirados,
Tramados, só em surdina,
Que a todos subordina,
Às vezes, são gangrenosos
*
CUSPIR é má educação
É expurgo extraído,
E, quando é expelido,
Vai direto para o chão
E não há qualquer senão.
Sem responsabilidade,
Só reflete a maldade.
Quem o faz é incapaz,
Mas, parece que lhe apraz,
Expurgar sua maldade.
(Rosário Pinto)

quarta-feira, 19 de março de 2014

São José e a Chuva

Dia 19 de março é o dia dedicado a São José.
O nordestino acredita que se chover neste dia o inverno será bom trazendo grande fartura.
Viva São José!!!
SÃO JOSÉ E A CHUVA
*
Tomara que chova hoje,
Em meu querido rincão
Quero fartura de milho,
Pras bandas do meu sertão.
Apostando em São José
O santo que tenho fé.
Vou fazer minha oração.
*
Meu querido São José,
Mande chuva de verdade
Pra nascer milho na roça,
De mim tenha piedade!
 Quero pular a fogueira,
Comer milho e macaxeira,
Quero matar a saudade.
*
Texto de Dalinha Catunda

quarta-feira, 12 de março de 2014

POSSE DE PEDRO BANDEIRA NA ABLC

 POSSE DE PEDRO BANDEIRA NA ABLC
1
A Deus peço inspiração,
E com a musa converso
Para passar com meu verso
Nesta minha louvação.
No peito meu coração,
Já preparou seu roteiro,
E o santo de Juazeiro
Já me deu seu veredito:
- Cante, mas cante bonito!
 Pois merece o cavalheiro.
2
Sei que não sou a primeira
A falar deste expoente,
Que soube tão habilmente
Consagra-se na carreira
 É ele, Pedro Bandeira!
Violeiro e advogado,
Matuto do pé rachado,
Que se tornou bacharel
Luzindo em cada papel
Por ele representado.
3
Bendito foi o menino,
Que entre versos viveu
O universo conheceu
Do repente nordestino.
Junto a Manoel Galdino
Seu mestre e avô querido.
Sendo menino sabido
Com as rimas se entendia.
Gostava da cantoria
Por ela foi atraído
4
Filho de mãe poetisa
Herdeiro por natureza
Na alma guarda a riqueza,
Que todo bardo precisa.
Entre palavras desliza
Sem faltar vocabulário
Na mente traz um glossário
Onde não lhe falta a rima
Pelo bom verso ele prima
Pois é esse o seu fadário.
5
Cada irmão que Pedro tem
Traz na veia a poesia
Dádiva que contagia,
Uma herança do bem,
E junto com Pedro vem:
Daudeth, Antônio e João,
E eles com Francisco são
Galhos duma mesma planta,
Duma família que encanta
No canto de geração.
6