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terça-feira, 31 de julho de 2012

ESPEDITO SELEIRO NO RIO DE JANEIRO

Espedito Seleiro e Dalinha Catunda
Daniele, Josenir, Dalinha Espedito e Luiz
Dalinha e a produção de Espedito


Dalinha e a produção de Espedito
 ESPEDITO SELEIRO UMA EXPOSIÇÃO E TANTO!

Amigos, estive em Nova Olinda conheci Espedito Seleiro pessoalmente e o trabalho dele com couro é simplesmente maravilhoso. Sem contar que ele, apesar, do artista que é, é uma homem especial.
Sua arte é um oficio que passa de pai para filho e tanto os filhos como as noras trabalham com ele levando esta tradição familiar em frente.
Fico feliz com esta exposição, irei prestigiar, pois o Rio de Janeiro receberá com certeza um artista como poucos.
Por tudo que vi no espaço de Espedito Seleiro reforço o convite do CNFCP

Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular - CNFCP/IPHAN
Rua do Catete, 179 - Catete
22.220-000 - Rio de Janeiro - RJ
cnfcp@iphan.gov.br
  -  www.cnfcp.gov.br  -  www.iphan.gov.br
 (21) 2205-0090 / 2285-0441 / 2285-0891 ramais 209 e 211.
Fotos do acervo de Dalinha Catunda, convite do CNFCP, texto Dalinha 

segunda-feira, 30 de julho de 2012

RECEBI, LI E GOSTEI

RECEBI, LI E GOSTEI
Recebi do meu amigo, Airton Soares o livro de crônicas intitulado: “CUIDE BEM DO SEU JARDIM”, este livro que já li e recomendo, você pode encontrar na Livraria Opção - Av. Duque de Caxias, 122 - Centro- Fortaleza - 3226.7407.
“Cuide Bem do Seu Jardim” - crônicas do mundo e da vida - Conhecimento Editora, filiada à Câmara Brasileira do Livro (CBL), com projeto gráfico, capa e ilustração de James de Castro e Charles Monte, com revisão de Ednardo Gadelha e equipe da editora.
No livro, Airton Soares faz uma dedicatória a sua mãe que já não se encontra neste plano. Veja no verso a seguir:
“Á minha mãe Gonçalinha
que só mudou de vestimenta...
pra viver noutro jardim,
já bem perto dos oitenta!”
*
"Quanto mais alguém cuida de seu jardim,
menos ele lhe pertence."

O CANTO DE FRED MONTEIRO


*
A Dalinha, poeta consagrada
aportou pelas praias do cordel
aumentando o valor do menestrel
sugerindo um estilo na jornada
e eu aqui vou topar essa parada
começando nas décimas tão boas
pra cantar todas essas minhas loas
à poesia e à cultura sertaneja
pois, então, doravante que assim seja
para a oitava eu remo essa canoa
*
Oito versos e também outras idéias
vou buscar entre terras galiléias
tal inseto vagando entre as colméias
busco o mel pr 'uma rima entre o floral
nordestinos terrenos parecidos
feito a terra de Cristo são feridos
pela seca e o calor tão repetidos
mas com tanta beleza visual
*
Pois agora no meio do percurso
da poesia ordenada como quis
minha amiga e parceira de cantar
a Dalinha do verso Imperatriz
Poesia ela guarda na su'alma
e transborda de forma leve e calma
cristalina qual canto do concríz
*
Em seu blog bebi sabedoria
pura fonte de rimas bem traçadas
conduzidas na pena da magia
uma arte por Deus presenteada
Academicamente ela porfia
dos cordéis pela vida consagrada
*
Finalmente chegando a porto firme
decassílabos em quadra eu confirmo
para que a parceira me confirme
se está certa a chegada que afirmo !
*
Foto e texto de Fred Monteiro

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Na roda com Moreira de Acopiara e Luiz o rei do baião

Da esquerda para direita: Rosário Pinto, Moreira de Acopiara e Dalinha Catunda

NA RODA COM MOREIRA DE ACOPIARA E LUIZ REI DO BAIÃO
*
Luiz Gonzaga nasceu,
No dia de Santa Luzia.
Cantou a dor e alegria
A todos embeveceu.
E o povo reconheceu
Como alteza do baião!
Reinou em serra e sertão
O nosso cabra da peste
Rei caboclo do agreste
Orgulho desta nação.
Dalinha Catunda
Mais um brasileiro nobre,
Nascido no interior,
Que se tornou cantador
Para alegrar rico e pobre.
E eu quero mais é que sobre
Tempo bom e ocasião,
Talento, disposição,
São João, noites de luar,
Pra se reverenciar
Seu Lua, o rei do baião.
Moreira Dalinha
Lampião foi encontrando
Luiz Gonzaga no céu
Fez um grande escéu
Foi de pronto afirmando
Você fique aí cantando,
Isto aqui não é pra mim,
É coisa muito ruim.
Gosto mesmo é de inferno
Não quero saber de inverno
No inferno tem botequim.
 Rosário Pinto
Foto do acervo de Dalinha Catunda

NO GAZETA DA NOTÍCIAS TEM DALINHA CATUNDA

Quer acompanhar minha coluna no Gazeta de Notícias da região do Cariri? Clique no link:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoqzDnYOq5SBbDmW3GnX761Ts6PXAk4IeLXZdAqZr0or8Y1cMdgWJAVD1DjrOlbNJ08pgUo8jUSzrRl_LRd5hlmA9qvjowjrW6fwR4dyvPw9s2lMweGa2I2npdmSU1AenlAwsH0lv44m1O/s1600/pag+02A.jpg

terça-feira, 24 de julho de 2012

NA RODA DO CORDEL DE SAIA


NA RODA DO CORDEL DE SAIA

Entrar no CORDEL DE SAIA 
eu já sei cumé que é,
lá tem fama, tem talento
tem tapioca e café
num é pra quarquer sujeito
pois lá tem verso que é feito
exclusivo por muié.
Aldemá de Morais
*
Aqui tem homem e mulher,
Notícias e poesia,
E se aqui canta José
Muito mais canta Maria.
Você entra e nem ensaia,
Aqui no Cordel de Saia,
Vigora a democracia.
Dalinha Catunda
*
Se a saia aqui é rodada
A roda aqui é poesia
e no entra e saia da roda
não tem nenhuma agonia
pois este Cordel de Saia
é também a nossa praia
nosso Porto de Alegria
Fred Monteiro
Na roda da poesia
Balança meu coração.
Pois canto rodando a saia
Girando que nem pião
Junto com Fred Monteiro
Eu sacudo este terreiro
Não venha dizer que não!
Dalinha Catunda
A Dalinha e a Rosário
duas pedras preciosas
que guardo no meu rimário
amizades luxuosas
que me orgulho de louvar
no meu pobre poetar
pr' essas flores perfumosas !
Fred Monteiro

Tu cantando deste jeito
É o cantador principal,
E nem precisa de aval
Pois pra cantar leva jeito
E por ser um bom sujeito
Eu entro na cantoria
Peço pra virgem Maria
Que me dê inspiração
Só não quero é mangação
Não aceito covardia.
Dalinha Catunda 
Se Fred Monteiro afirma,
Quero bem acreditar.
Vou com ele emparelhar.
Deixo aqui a minha firma.
Se o poeta reafirma,
Vou entrar na cantoria
Ele tem sabedoria
Se gosta de nossa prosa
Às vezes, assino Rosa
Me chamam também Maria
Rosário Pinto
 Pr' essas jóias preciosas
eu canto com muito gosto
Pode ser no mês de agosto
em setembro ou fevereiro,
dezembro,março e janeiro
em maio, junho e outubro
eu cantando me descubro
pode ser julho ou abril
eu canto pelo Brasil
Novembro eu canto cordel
e até pra Papai Noel
eu canto com mais de mil !
Fred Monteiro 
Aqui no Cordel de Saia
A poesia tem lugar
Seja homem ou mulher
Podem vir aqui cantar
Há espaço pro poeta
Seja juiz ou atleta
Venham logo versejar
Rosario Pinto 
Não deixem parar a roda
a roda tem que rodar
poesia tá na moda
porque a moda é rimar
rimar acelera a cuca
o seu cérebro educa
ajuda a raciocinar.
Fred Monteiro

Esta roda tá girando,
E girando sem parar
No giro desta roda
Meu verso não vai falhar
Entre uma rima e um verso
Sustento meu universo,
Pois meu lema e versejar.
Dalinha Catunda
 Cordel de Saia congrega
Duas mulheres Maria
Há tantas na freguesia
Só poesia carrega
Muitos poetas agrega
São mulheres de coragem
Nunca perdem a viagem
Cantando com o coração
Expondo muita emoção,
Que trazem em sua bagagem 
Rosario Pinto 
Cordel de Saia é escola
e a gente tem a missão
de divulgar essa obra
que é fruto da tradição
do poeta popular
que passa a vida a rimar
as coisas do meu sertão
Fred Monteiro
Entrei no giro da roda
Rosário entrou também,
Aldemá iniciou,
E a roda foi muito além
Junto com Fred Monteiro
Toquei fogo no terreiro,
E fiz correr este trem.
Dalinha Catunda
Esse trem é bom demais
é como diz o mineiro
um trem que corre sem trilho
mas corre muito ligeiro
no entoar da viola
sai a rima da cachola
e ganha esse mundo inteiro
Fred Monteiro

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Sentença em versos, por Marcos Maírton

CORDEL DE SAIA, espaço voltado para a produção e a temática feminina na literatura de cordel, replica sentença em versos do poeta-juiz, Marcos Maírton, em que relata o pedido de um amigo juiz federal para que exemplificasse algum modelo de senteça em versos sobre o direito civil. 
Vale a pena ressaltar que este espaço dedica-se também a publicar a produção de poetas preocupados com a condição feminina: seus direitos e suas conquistas Acompanhe abaixo o relato:
(...)
Eu havia terminado as audiências daquele dia e estava em meu gabinete, quase no final da tarde, quando meu amigo e colega juiz Federal, Nagibe de Melo Jorge Neto, telefonou-me dizendo que estava escrevendo um livro sobre a técnica na elaboração de sentenças.
  • Eu gostaria de incluir entre os exemplos uma sentença em versos da sua lavra, mas a única que conheço é uma que você fez em matéria penal, e o livro é sobre sentenças cíveis – disse-me ele.
  • De fato, amigo, não tenho nenhuma sentença em versos em matéria cível. Mas posso fazer uma, se você puder esperar... – respondi.
  • O livro está quase pronto, mas, quando fizer a sentença, me envie. Se ainda houver tempo, eu incluo...
  • Pois bem. Até receber o telefonema do Nagibe, eu nem estava pensando em escrever versos naquele dia. Mas o cordelista – assim como o repentista – recebe um pedido desses como um desafio. Diz-se que a maior vergonha para um repentista é não conseguir fazer versos sobre um mote que lhe seja proposto. Acho que o cordelista não chega a tanto, mas basta um estímulo assim para despertar o seu instinto de versejar.
  • Desliguei o telefone, acessei o sistema do Juizado Especial Federal, abri o primeiro processo que estava pronto para julgamento, e lá estava uma das muitas ações ajuizadas por mulheres que pretendem se aposentar como trabalhadoras rurais. No caso, o INSS alegara que a autora não havia apresentado nenhum documento que servisse para provar minimamente a sua condição de agricultora. Percebi, porém, que a certidão de casamento estava nos autos, e nela constava que o marido era agricultor. Por esse tempo, o STJ já havia decidido que uma certidão assim serviria como início de prova documental da condição de agricultora da esposa.
  • Duas horas depois, a sentença que Nagibe havia me pedido estava pronta. Ficou mais ou menos assim:
    Dona M. F. L.,
    Ajuizou esta ação,
    Pleiteando aposentar-se,
    E, em sua argumentação,
    Vem alegando a autora
    Que foi sempre agricultora,
    Vivendo em zona rural.
    Sendo essa a sua lida
    Deve ser reconhecida
    Segurada especial.
    *
    O INSS
    Não chegou a contestar
    O pedido em juízo,
    Mas eu posso constatar
    Que, no administrativo,
    Está escrito o motivo
    Daquele indeferimento.
    O motivo da ocorrência
    Foi a falta de carência
    Quando do requerimento.
    *
    Sendo assim, o que existe
    De ponto controvertido
    É apenas um aspecto
    Para ser esclarecido:
    É resolver se a autora
    Era mesmo agricultora
    Desde sua tenra idade,
    Ou se não é nada disso,
    E fazia seu serviço
    Só em casa ou na cidade.
    *
    As testemunhas disseram
    Com muita convicção
    Que a autora sempre teve
    Na roça a ocupação.
    Ocorre que o benefício
    Requer também um início
    De prova documental.
    Por isso, neste momento
    Procuro algum documento
    No processo virtual.
    *
    De tudo que examinei
    Destaquei a certidão
    De casamento da autora,
    Onde consta a profissão.
    Sem defeito nem rasura,
    Consta que agricultura
    É a profissão do marido,
    Que à autora se estende
    A Justiça assim entende,
    Decide nesse sentido.
    *
    Sabendo que a certidão
    Data de noventa e seis,
    E desde setenta e oito
    O casamento se fez,
    Eu me dou por convencido
    Que foi mesmo atendido
    O período de carência
    E ao pedido formulado,
    Na inicial estampado,
    Dou completa procedência.
    *
    Que se implante o benefício
    Que paguem os atrasados
    Que da presente sentença
    Sejam todos intimados.
    Mas, antes da intimação,
    Faço a determinação
    De que a Contadoria
    Faça a liquidação
    De toda a condenação
    Tal como a lei já previa."
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sábado, 21 de julho de 2012

Literatura de cordel na FLIT/Tocantins


ABLC
 na
 FLIT/TO

Cantinho da Dalinha publicou e o Cordel de Saia replica a notícia:

ABLC NA FLIT
 ABLC - Academia Brasileira de Literatura de Cordel esteve na Feira Literária Internacional do Tocantins e muito bem representada. Gonçalo Ferreira da Silva representou o Rio de Janeiro, numa mesa redonda onde o assunto debatido transcorreu sobre a importância da Literatura de Cordel aos três níveis do ensino.
Representando São Paulo, no mesmo evento, esteve o poeta cordelista da ABLC, Moreira de Acopiara e representando o Ceará, o grande repentista Geraldo Amâncio.
*
Texto e fotos de Dalinha Catunda