CORDEL
DE SAIA
tem a alegria de publicar o poema Cultura
nordestina,
de Creusa Meira, Salvador, BA, que conquistou o 1º Prêmio do Concurso Rádio
Sociedade da Bahia, neste ano de 2012. Cruesa percorre com
simplicidade e maestria os caminhos da cultura popular brasileira.
Fala do sertão e das cidades com suas festas, memórias da
orialidade, a riqueza e beleza de tradições e costumes, dos
artistas populares que difudiram e difundem toda essa cultura popular
que se irradia pelos quatro cantos do país
*
CULTURA
NORDESTINA
O
Nordeste brasileiro
Pela
seca, castigado
Não
se dobra às intempéries
Nem
se sente injustiçado
Ao
contrário, mantém viva
A
riqueza que cultiva
Nos
anais de cada estado
Os
estados que compõem
Esta
vasta região
Desde
Rio Grande do Norte
Sergipe,
Bahia, vão
Paraíba,
Ceará
Piauí,
Alagoas a
Pernambuco
e Maranhão.
Neste
pedaço de chão
A
alegria predomina
Nos
festejos populares
Que
a tradição ensina
A
deixar a chama acesa
Irradiando
a beleza
Da
cultura nordestina
Um
traço que determina
Neste
tão belo cenário
Ativa
nossa memória
Inspira
o imaginário
Lembrança
que nos afaga
Do
mestre Luiz Gonzaga
No
ano do seu centenário
O
filho de Januário
Nasceu,
cresceu no sertão
De
Pernambuco saiu
Sem
ter do pai, permissão
Foi
mais tarde, consagrado
No
Brasil considerado
O
eterno Rei do Baião.
Nordeste
é a região
De
destacados luzeiros
São
nomes que repercutem
No
cenário brasileiro
Da
música, literatura
Danças,
ritmos, cultura
Correndo
o mundo inteiro
E
no versejar ligeiro
Faço
a minha homenagem
Aos
poetas populares
Que
deixam sua mensagem
Cantando
com maestria
Transformam
dor em poesia
Dificuldade
em coragem
Faço
também a viagem
Pelos
cercos do passado
Revivendo
os costumes
Que
ficaram preservados
Construindo
a história
Na
lembrança, na memória
Um
tempo eternizado
Festa
de São João, reisados
Pau
de sebo, carnaval
Quadrilha,
bumba meu boi
Fogueiras
no arraial
Comidas,
artesanato
Folguedos
que são de fato
Um
celeiro cultural.
*
(Salvador,
julho de 2012)
*
Creusa Meira
– Salvador – Bahia
Poeta
de cordel, natural de Dom Basílio (BA), residente em Salvador.
Apaixonou-se pela literatura de cordel, após contato com a poesia de
Patativa do Assaré e os escritos de seu Pai Né Meira
(bandolinista), que escreveu Diários e ABCs em sextilhas e os
esqueceu entre papéis guardados. Com o advento do Cordel na internet
participou de um festival de versos virtuais e um concurso de Cordel.
Perfeito!
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