O nosso famoso Pavão misterioso e suas edições. Folheto que gerou muitas polêmicas á sua época de publicação. Houve uma grande reviravolta em torno deste belo romance, que por mais que tenha sido reeditado por inúmeros poetas, manteve sua essência de marco na literatura de cordel brasileiro. Todas as versões só nos propiciaram prazer e grande deleite poética. Eu mesma me atrevi a comentar em versos esta grande quizila:
Veja aqui as pesquisa realizadas para levantar as várias versões:
VOA!!! PAVÃO, VOA!!!!
PAVÃO MISTERIOSO!!!!
I
O cordel tem dado mostras
De sua versatilidade
Navega na internet
Com a maior tranqüilidade
Escreve em verso o jornal
Cultura imaterial
É tema da atualidade.
II
Chegando à modernidade,
O cordel virou “global”
Vem de muitos idos tempos,
Na TV é cabedal.
Está presente na tela:
Acompanhe a novela.
Lá tem papel virtual.
III
Ouvimos muito falar
De um pavão encantado
De um pássaro formoso,
Em um reino afastado
Repleto de peripécia
“Que levantou vôo da Grécia”
De amor acalantado
IV
Foi num antigo reinado
Nos tempos da oralidade
Onde havia uma princesa
Menina de pouca idade
O seu pai muito grosseiro
Trancou-a em cativeiro
Num reino de falsidade
V
Essa história tem versões
De poeta afamado
José Camelo de Melo
É o mais reivindicado
Pela autoria dos versos
Por motivos adversos
Foi por outro aclamado.
VI
Esse outro poeta foi
O Melquíades Ferreira
Que vendeu muito folheto.
João Camelo, na carreira
Desgostoso e bem zangado
Rasgou os versos guardados,
Que não venderam na feira
VII
Tá chegando o Carnaval:
A temática é cordel.
O Salgueiro homenageia
Nosso vate menestrel
O poeta bem atento,
Acompanha o seguimento
Observando o plantel
VIII
Agora vem o Salgueiro
Com o Pavão Misterioso
Trazendo no seu desfile
Também Boi Misterioso
Tem zabumba, tem pandeiro
E tem velho mandingueiro:
Carnaval ambicioso
IX
Pavão Misterioso chega
Na avenida, vem voando
Soltando as suas plumas
A arquibancada gritando:
Voa, voa meu Pavão
Hoje é dia do povão
O Pavão está abafando
(Rosário Pinto)
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Abra o link e leia mais de 10 edições distintas e, realize suas pesquisas em:
Observe a nota ao final do folheto:
Viste ainda:
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www.ablc.com.br
www.cnfcp.gov.br
http://cordeldesaia.blogspot.com
http://cantinhodadalinha.blogspot.com
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Abra o link e leia mais de 10 edições distintas e, realize suas pesquisas em:
SILVA, João Melquíades Ferreira da. História do pavão misterioso. Ed. Especial. Campina Grande: [s.n.], 1955. 32 p.
Esta edição traz uma nota do poeta Abraão Batista acerca da autoria.
"Segundo Expedito Sebastião da Silva, poeta gráfico da antiga Editora de José Bernardo. João Melquíades plagiou o Pavão Misterioso, o "original" de José Camelo de Melo. O plágio vendeu melhor do que o original. A gráfica José Bernardo segui o gosto popular. José Camelo, desgostoso rasgou o seu original que perdera a concorrência"
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www.ablc.com.br
www.cnfcp.gov.br
http://cordeldesaia.blogspot.com
http://cantinhodadalinha.blogspot.com
às queridas amigas e grandes divulgadoras da poesia de cordel:
ResponderExcluirTrês folhetos de cordel
não podem faltar na estante
de quem ama a poesia
na sua força estuante
Poema bem nordestino
e que já serviu de ensino
pra tanto vate brilhante
"O Pavão Misterioso"
e "As proezas de João Grilo"
são folhetos importantes
esbanjam rimas de quilo
E "Lampião no Inferno"
faz parte desse caderno
foi escrito com estilo
A poesia matuta
no cordel representada
é de muita utilidade
no sertão é comparada
à cartilha do ABC
pois matuto aprende a ler
ouvindo história contada
Assim aprendendo a rima
vai o matuto seguindo
e pela vida rimando
o seu mundo descobrindo
assim ele é feliz
pode não ter o que quis
mas sua alma está rindo
E aqui eu agradeço
a essas moças prendadas
em beleza e poesia
ambas são muito dotadas
de Dalinha e de Rosário
eu digho no meu sumário
são duas predestinadas !
Uma pequena correção na penúltima estrofe:
ResponderExcluirEntão aprendendo a rima
vai o matuto seguindo
e pela vida rimando
o seu mundo descobrindo
E assim ele é feliz
pode não ter o que quis
mas sua alma está rindo
Obrigada Fred Monteiro pelos seus comentários. Aqui, sempre presente ajudando essas mulheres que metem suas colheres no cordel que é bem cantado.
ResponderExcluirBeijo no coração,
Rosário Pinto