Seguidores

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

NO PAÍS DO ESCULACHO!

 

No país do esculacho!

 E no país em que tudo é relativo, a vida segue por um fio...

1

Caros amigos, leitores!

Olhem só que confusão,

Em que suruba danada,

Foram meter o povão.

Parece coisa do demo

                                                    Tamanha complicação.           

2

Os governos revoltam

Com sua democracia,

Que na miséria do povo,

É pura demagogia.

Parecendo até cinismo,

Falar em cidadania.

3

Dizem sempre: Eu não sabia!

E eu não fui um presepeiro.

Mas, se tem farinha pouca,

Quero meu pirão primeiro!

O povo vai se ajeitando,

Talvez saia do atoleiro.

4

E as tais privatizações,

E com o Estado falido,

E vendendo o patrimônio.

O povo vive aturdido.

Sem saber pra onde correr,

Vivendo sempre oprimido.

5

Vamos voltar para o tempo

Com a luz de lampião.

E que afeta nossa vista,

Estraga nosso pulmão.

Tudo como consequência.

Da tal privatização.

6

E no ponto em que chegamos,

Não existe “data vênia!”,

Pois, salvo melhor juízo,

Na cozinha eu uso lenha.

Cada qual faz o que pode,

Da forma que lhe convenha.

7

Para cumprir a medida,

Inventaram uma meta.

No consumo lá de casa,

Parece coisa incorreta.

E bisbilhotando a vida,

De quem anda em linha reta.

8

Até o nosso São Pedro

Recebeu sua incumbência:

Providenciar que chova,

Pela divina clemência!

Assim ficou de plantão,

Sem perder a paciência.

9

Ah! Que saudades que tenho

Dos tempos que já se vão.

Toda chuva que caía,

Anunciava o trovão.

Nosso querido São Pedro,

Nem pensava em apagão.

10

Há governantes que olham

Pra saúde do povão.

Mas aqui, é diferente

Pois o nosso cidadão

Só é bem visto e lembrado,

Quando chega uma eleição.

11

E sofrendo as ameaças,

Com a saúde abalada.

As famílias constrangidas,

E com a vida isolada,

Aguardam pela vacina,

Para sair desta enrascada.

.12

Não se pode ouvir o rádio,

Na corrente é ligado.

Televisão, nem pensar,

O lazer foi controlado.

A gente tem que ficar

No escuro e abafado.

13

E não consigo entender

A tal globalização.

O mundo todo alinhado.

O Brasil na contramão.

Se isto é globalizar...

Fora, a globalização!

14

E veja, as nossas riquezas

São pelo mundo, empenhadas.

Nossas maiores empresas,

Já foram arrematadas,

Em leilões constrangedores,

No país, espoliadas.

15

Sem ter a quem reclamar,

Paga conta exorbitante.

Liga para a Ouvidoria,

Com ouvidos de mercante.

Cansado, o povo desiste,

Do sonho de reclamante.

16

O distante dirigente,

                Quando chega a eleição,

Beija o povo ardentemente.

Chega perto da nação.

Foge dela quando vem

O final da votação.

17

O Brasil é sempre jovem,

Como país do futuro.

Vamos chegar à velhice,

Em regime muito duro.

Nossas crianças vivendo

Neste universo obscuro.

18

Até mesmo o futebol,

Já está prejudicado

Com os estádios vazios.

Está tudo controlado.

Para se ganhar a Copa,

O sonho ficou adiado.

19

Do jeito que a vida anda,

Com as coisas escrachadas,

Nossa seleção não ganha,

Nem dos times de peladas.

Só falta agora perder,

As Copas já conquistadas.

20

Nosso país hoje vive

A grande guerra civil.

A violência parece

Ser de pólvora um barril.

A continuar assim,

Morrerão de mil em mil.

21

Os jornais televisivos,

Só trazem a violência.

E não é simples opção.

É somente a consequência,

Do descaso com o povo

E da falta de decência.

22

O povo passando fome,

Sua a barriga vazia.

E já perdeu as esperanças

E também a fantasia.

Pagando pelos enganos,

Com erros em demasia.

23

Mesmo assim, ainda acredito,

Num pais, mais limpo e justo.

Sem fome, sem corrupção.

Vivendo longe do susto.

Numa vida igualitária.

Que desconheça o injusto.

24

Sem censuras às leituras

E numa discussão igual.

E governos que assumam:

Educação é vital.

Varrer toda a ignorância.

Isto é fundamental!

25

Pelo que a história nos diz,

Pelo tanto que vivemos,

Não queremos repetir,

Tantos erros que tivemos.

Dias de medo e de dor.

Vivendo sempre em extremos.

26

Quem tem o dom de poeta,

Rimando sente alegria.

O cordel é uma luz,

Que a todos “alumia”.

E não existe apagão

Que apague a poesia.

27

Meu nome? Rosário Pinto.

Fiz questão de ressaltar

As amarguras do povo,

Em momento singular.

Deus! Ilumine o poder

Nestes tempos de amargar.

Maria Rosário Pinto

rosariuspinto@gmail.com

FIM

2021

Nenhum comentário:

Postar um comentário