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domingo, 16 de novembro de 2025

DO CULTIVO DA SEMENTE BROTA NOSSA PRODUÇÃO.


 

DO CULTIVO DA SEMENTE

BROTA NOSSA PRODUÇÃO.

1

Amigos bateu saudade

Das glosas do dia a dia

Da rotina da poesia

Que nos traz felicidade

Gosto da cumplicidade

De ver poeta em ação

Testando a inspiração

Medindo o poder da mente:

DO CULTIVO DA SEMENTE

BROTA NOSSA PRODUÇÃO

Mote Dalinha Catunda

Glosa Dalinha Catunda

2

Na vida já fiz canteiro

Coloquei estrume dentro

Plantei cebola e coentro

Alho e pimenta de cheiro

Tinha horta em meu terreiro

Com melancia e melão

Milho abóbora e feijão

Juntava diariamente

DO CULTIVO DA SEMENTE

BROTA NOSSA PRODUÇÃO

Mote Dalinha Catunda

Glosa Araquém Vasconcelos

3

Não pude deixar passar

Vendo Dalinha glosando

A vontade foi chegando

Decidi também glosar

No versejo popular

Foquei a minha atenção

Grato pela intenção

De ver brotar meu repente

DO CULTIVO DA SEMENTE

BROTA NOSSA PRODUÇÃO

Mote: Dalinha Catunda

Glosa: Gevanildo Almeida

4

Que bom que voltou a prosa

Da nossa amiga Dalinha

Eu pensava que ela tinha

Deixado de lado a glossa

Que coisa maravilhosa

A rainha do sertão

fez meu pobre coração

Pulsar e ficar contente

DO CULTIVO DA SEMENTE

BROTA NOSSA INSPIRAÇÃO.

Mote: Dalinha Catunda

Glossa: Jerismar Batista

.5.

É lindo ver o processo

Da mãe terra engravidar

E a semente perfurar

Seu ventre e gerar progresso

E também se ter acesso

Ao solo da inspiração

Que produz no coração

Poemas pra nossa gente

DO CULTIVO DA SEMENTE

BROTA NOSSA PRODUÇÃO

Mote: Dalinha Catunda

Glosa: Ritinha Oliveira

6

Poetisas e poetas

De forma cadenciada

Na dança bem ritmada

De forma forte, discretas

Faz brotar formas seletas

No fruto da criação

Brota na gente, emoção

De jeito bem consequente

DO CULTIVO DA SEMENTE

BROTA NOSSA INSPIRAÇÃO.

Rivamoura Teixeira

7

Minha verve é um pomar

Plantio de poesia

Zelo com sabedoria

Pra ver o verso brotar

Peço a Deus Pai pra orvalhar

A minha imaginação

Colho poema, canção

Pra armazenar mente

DO CULTIVO DA SEMENTE

BROTA NOSSA PRODUÇÃO

Mote: Dalinha Catunda

Glosa: Jairo Vasconcelos

8

Bilac assim dizia:

É preciso trabalhar

Para o fruto maturar

E a colheita ser sadia,

Plantar é arte e magia,

Colher é satisfação

E assim, de grão em grão

A safra é o grande presente:

DO CULTIVO DA SEMENTE

BROTA A NOSSA PRODUÇÃO.

Mote de Dalinha Catunda

Glosa de Bastinha Job

9

Dalinha, fico encantado

quando abraço seu versejo

que me enlaça feito beijo

sempre intenso e apaixonado.

Você com o seu reinado

da palavra em profusão

estimula à construção

deste meu verso insolente

DO CULTIVO DA SEMENTE

BROTA MINHA PRODUÇÃO.

Mote: Dalinha Catunda

Glosa: Émerson Cardoso

10

Comprei uma melancia

Lá na feira da Saúde

Reparti com quem eu pude,

Mas da parte que eu comia

O caroço que caía

Eu juntava com a mão

Pois seguia esse rojão

Já mirando lá na frente

DO CULTIVO DA SEMENTE

BROTA NOSSA PRODUÇÃO

Mote: Dalinha Catunda

Glosa: Giovanni Arruda

*

Poetas e poetisas, bem-vindos a continuação do: GLOSANDO NA REDE COM DALINHA.

Há tempos de tempestades e tempos de bons ventos, os bons ventos estão chegando e a cada sopro sinto um clima propício para a volta.

Espero continuar contando com os amigos e amigas dos versos.

Quero parabenizar a cada um de vocês pelas glosas tão bem desenvolvidas e agradecer a participação de todos.

Meu abraço a todos.

GLOSANDO NA REDE COM DALINHA é uma interação proposta por Dalinha Catunda.

dalinhaac@gmail.com

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Se tem mulher no cordel Você tem que respeitar. Glosas de Joames

AS MULHERES NO COR

Se tem Dalinha Catunda,
Bastinha Job, Josefina,
Marta Betânia, Marina
E Dulce Esteves profunda;
Rosário Pinto que inunda
De emoção nosso olhar,
Ivone Santos vem dar
Mais evidência ao plantel;
Se tem mulher no cordel
Você tem que respeitar.

Lindicássia Nascimento, Merecedora de aplauso, Faz cordel e conta 'causo', Eu, imitá-la nem tento; Jovelina tem talento, Rosa Regis, potiguar, Nascimento, p'ra citar Também temos Isabel; Se tem mulher no cordel Você tem que respeitar. Se temos Cordel de Saia, De calça ou de cinturão, Não vos faço distinção, Todos são da minha laia; Faço páreo nessa raia Sem com elas disputar; A todas vou divulgar Em palco, tela ou papel; Se tem mulher no cordel Você tem que respeitar. Mote de Dalinha Catunda. Glosas de Joames.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

SE FOI NOSSA TRADIÇÃO AO CHEGAR O CELULAR


 

Olá, amigos,

Obrigada pela interação. Gostei muito das glosas de todos vocês. Foi ótimo a abordagem do tema. Meu abraço a todos.

 

SE FOI NOSSA TRADIÇÃO

AO CHEGAR O CELULAR

Mote de Dalinha Catunda

.*

Nos tempos de antigamente

O povo se reunia.

Contava histórias, sorria,

Porém, hoje é diferente.

Nas calçadas nossa gente,

Não senta pra conversar,

Não brinca de adivinhar,

Nos alpendres do sertão:

SE FOI NOSSA TRADIÇÃO

AO CHEGAR O CELULAR.

 Dalinha Catunda

*

É visível a existência

Do antes para o agora

logo no romper da aurora

De rádio não há frequência

Acabou a audiência

Ví o seu botão travar

E o nosso dialogar

Virou essa intervenção

SE FOI NOSSA TRADIÇÃO

AO CHEGAR O CELULAR.

Glosa:Gevanildo Almeida

*

Mas cadê meus envelopes ?

Já se foram meus bilhetes !

Meus florais em ramalhetes,

Sumiram como galopes.

Inté mesmo aqueles dropes,

De menta pra refrescar,

É difícil de encontrar,

Sem ter bodega e balcão ;

SE FOI NOSSA TRADIÇÃO,

AO CHEGAR O CELULAR.

Wellington Santiago

*

Toda noite no terreiro:

Eu pulava, eu corria;

Eu cantava, eu sorria

Ou abria um berreiro,

Era assim o ano inteiro;

Na mangueira se atrepar,

Pegar frutas e chupar,

Se banhar no cacimbão;

SE FOI NOSSA TRADIÇÃO

AO CHEGAR O CELULAR.

 Arimatéa Sales.

*

Brincadeira de criança

Era boneca de pano.

Entrada de cada ano

Mais crescia a esperança.

O inverno era a bonança

Na hora de se plantar.

Às noites, em nosso lar

De histórias, contação.

SE FOI NOSSA TRADIÇÃO

AO CHEGAR O CELULAR.

 Chica Emídio.

*

Recordo saudosamente,

Do período de outrora,

Emoção me invade agora,

Me deixando tristemente,

Às coisas de antigamente,

Me comove, ao recordar,

Para se comunicar,

Por carta, era solução,

SE FOI NOSSA TRADIÇÃO,

AO CHEGAR O CELULAR.

 Joabnascimento

*

Tenho cartas e postais

Correspondências antigas

De paqueras e de amigas

E o tempo não volta mais

Classificado em jornais

De livros para comprar

Anúncios pra namorar

Era grande a diversão

"SE FOI NOSSA TRADIÇÃO

AO CHEGAR O CELULAR"

Creusa Meira

*

Brincadeiras de crianças,

As conversas nas calçadas

Em rodas bem animadas

Atiçam muitas lembranças

Progresso trouxe mudanças

A gente tem que pagar

E na saudade evocar

Os tempos belos de então:

SE FOI NOSSA TRADIÇÃO

AO CHEGAR O CELULAR.

Bastinha Job

*

Com a tecnologia

Distanciaram a gente

As conversas num batente

Ninguém ver mais hoje em dia

Pois esse bicho vicia

Mesmo distante o lugar

Substitui num piscar

Ninguém tá ligando não

SE FOI NOSSA TRADIÇÃO

AO CHEGAR O CELULAR.

 Dulce Esteves

*

Do rádio vinha o repente,

A viola a embalar,

Nas rodas pra se dançar

Cantoria era frequente.

Agora o povo ausente,

De cabeça a digitar,

Perde o tempo de sonhar

E cultuar a emoção.

SE FOI NOSSA TRADIÇÃO

AO CHEGAR O CELULAR.

 Chico Fabio

*

Chegou a tecnologia

Com força e gosto de gás

Do baralho é a carta ás

Para alguns trouxe alegria

Pra outros a nostalgia.

Muitos não conseguem usar

Para se comunicar

Através desta invenção

SE FOI NOSSA TRADIÇÃO

AO CHEGAR O CELULAR.

 Vânia Freitas

*

Fofoqueiro a moda antiga

Já perdeu a validade

Devido a velocidade

Da fofoca e da intriga

Não adianta fazer figa

Nem cruz credo murmurar

Pra notícia não chegar

Ôh tecnologia do cão!

SE FOI NOSSA TRADIÇAO

AO CHEGAR O CELULAR

Kleber Torres

*

O conto da carochinha

As histórias de vovó

O saci com a perna só

Pega pega amarelinha

A ciranda cirandinha

Vamos todos cirandar

Sereiazinha do mar

A mãe preta e o pai João

SE FOI NOSSA TRADIÇÃO

AO CHEGAR O CELULAR

Araquém Vasconcelos

*

Era no rádio de pilha

Que música boa se ouvia

Com a notícia e a cantoria

Era nós sintonizados

O povo era informado

Com o rádio sempre no ar

Para se comunicar

Era a melhor opção

SE FOI NOSSA TRADIÇÃO

AO CHEGAR O CELULAR

Maria de Lourdes da Silva

*

Do rincão que fui criada

Eu tenho rica lembrança,

Domingo era uma festança

Alegrando a criançada;

Passa-anel, roda ou queimada

Fazia o tempo passar,

Mas hoje se analisar

Chega aperta o coração:

SE FOI NOSSA TRADICIONAL

AO CHEGAR O CELULAR

Nilza Dias.

* 

No tempo de antigamente

A calçada reunia

Toda noite, todo dia

Os amigos e parentes

Pra trocar notícias quentes

Fazer verso, conversar...

Mas agora, fofocar

Virou uma obsessão

SE FOI NOSSA TRADIÇÃO

AO CHEGAR O CELULAR

Giovanni Arruda

* 

Os bilhetes perfumados

Dois nomes em união

Escrito no coração

Pra jamais ser separados

Colegas davam recados

Marcando pra se encontrar

No banco do patamar

Da igreja de são João

SE FOI NOSSA TRADIÇÃO

AO CHEGAR O CELULAR

Jairo Vasconcelos

*

Carrinhos feitos de lata

Contar estrelas no céu

A corrida do tetéu

Meu cachorro vira-lata

Preá entrando na mata

Pra fera não lhe pegar

E uma noite de luar

Servia de inspiração

"SE FOI NOSSA TRADIÇÃO

AO CHEGAR O CELULAR".

Jerismar Batista

*

Cartas com endereço certo

Pra não voltar e dá problema

A resposta era um dilema

Tanto pra longe ou pra perto

Na mercearia do Alberto

Tinha ficha para comprar

Cartão pra telefonar

Até fila no orelhão

SE FOI NOSSA TRADIÇÃO

AO CHEGAR O CELULAR.

 Fco. de Assis Sousa

*

Temos o mundo nas mãos

Quando usamos o celular

Dá para tudo pesquisar

Mas também tem traição

Os dados roubam em vão

Casamentos a se cessar

Os filhos a se viciar

Há herói e há vilão

SE FOI NOSSA TRADIÇÃO

AO CHEGAR O CELULAR.

João Roberto Coelho

*

Nos tempos de antigamente.

Era tanta brincadeira.

Coisa de criança arteira.

A vida era mais contente.

Tudo ficou diferente.

Não sabemos brincar,

Nem há tempo para amar.

Vivemos na solidão.

SE FOI NOSSA TRADIÇÃO,

AO CHEGAR O CELULAR!

Rosário Pinto

*

Já não temos mais a vida

que se havia antigamente.

Hoje a vida é diferente,

até parece invertida,

degredada, descabida,

sem mais jeito de acertar

muito menos demudar,

isso é minha opinião…

FOI-SE NOSSA TRADIÇÃO

AO CHEGAR O CELULAR.

David Ferreira

*

Pirueta na amplidão

Sonho de qualquer menino

Mas por força do destino

SE FOI NOSSA TRADIÇÃO

A rodada do pinhão

Faz esse mundo girar

Mas se queres navegar

Dentro desse mundo cão

Entrega te à solidão

AO CHEGAR O CELULAR.

Ésio Rafael

*

Hoje vejo muita gente

Na cultura dar reboque

Vem um tal de tik tok

Tem um x sem ser oxente

YouTube bem frequente

E tem mais pra atrapalhar

Não dá nem para citar

Internet é a opção

FOI- SE NOSSA TRADIÇÃO

AO CHEGAR O CELULAR

*

“GLOSANDO NA REDE” é uma ciranda de versos que tem como proponente, a poeta Dalinha Catunda.

dalinhaac@gmail.com