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quarta-feira, 5 de junho de 2019

SÃO JOÃO por Nelcimá de Morais

São João
João, um belo menino
Com mel foi alimentado
Viveu com os pais num deserto
A um carneirinho abraçado
De beleza exuberante
Seu cabelo cacheado.

Ao Senhor S. João Batista
Todos queremos louvar
Uns lhe fazem bandeirinhas
Outros balões vão soltar
Fica tudo colorido
Para o seu dia saudar.

O nosso S. João Batista
Primo de Nosso Senhor
Grande é sua santidade
Merece o nosso louvor
Não esqueçamos que ele
Jesus Cristo batizou.

Por causa de Salomé
Também foi sacrificado
As maldades de Herodes 
O fizeram martirizado
Hoje rogamos por ele
Que no céu tá assentado.

O seu dia é festejado
Quadrilha, xote, baião
Muita gente animada
Pra dançar um forrozão
Ciranda e coco de roda
Pra te festejar, São João.

O céu fica colorido
Nessas terras brasileiras
E sob o brilho dos astros
Fazemos nossas fogueiras
E os mastros de São João
Passam a ser nossas bandeiras.

Nelcimá Morais
Dalinha Catunda cad. 25 da ABLC
dalinhaac@gmail.com

terça-feira, 4 de junho de 2019

Eu levo minha vidinha/ Do jeito que gosto e quero


EU LEVO MINHA VIDINHA
DO JEITO QUE GOSTO E QUERO.
Mote de Dalinha Catunda
*
Não nasci pra ser padrão,
Tenho manha e sou teimosa,
Não sou fraca ou desditosa,
Piso com força no chão.
Eu sou mulher do sertão!
Sem queixa, sem lero-lero,
Ti ti ti eu não tolero,
Quem diz isso é Dalinha:
EU LEVO MINHA VIDINHA
DO JEITO QUE GOSTO E QUERO.
*
BASTINHA JOB
Amo a vida simplesmente 
Do jeito que ela vier 
Não desfolho malmequer 
Não sou de usar pano quente;
Prefiro ser indecente 
Moralista não tolero 
Mando um redondinho zero 
Pra quem não entrar na minha:
EU LEVO MINHA VIDINHA 
DO JEITO QUE GOSTO E QUERO!

*
DALINHA CATUNDA
Resolvi ser diferente
Somente pra não ser santa
Eu sei que meu jeito espanta
Porém fico indiferente
Pra viver eu boto é quente
Tempo bom eu não espero
Levo na valsa ou bolero
A saga que é só minha
EU LEVO MINHA VIDINHA
DO JEITO QUE GOSTO E QUERO.
*
VÂNIA FREITAS
Abro a boca e solto o verso
Na estrada por onde passo
Sem régua e sem compasso
Eu faço meu universo
Cheio de verso e reverso
Dizem que sou nota zero
Porém não me destempero
Não ligo pra essa gentinha
EU LEVO MINHA VIDINHA
DO JEITO QUE GOSTO E QUERO.

*
ROSÁRIO PINTO
Rancor comigo não casa
Procuro limpar o astral
E sem conversa banal
P’ra fofoca não dou asa
E quando a besteira vasa 
A vida é um bolero
Confusão jamais tolero 
Não vivo de picuinha
EU LEVO MINHA VIDINHA 
DO JEITO QUE GOSTO E QUERO

*
RITINHA OLIVEIRA
Eu sou simples e caseira 
Não costumo viajar 
Sei me tele transportar 
E de forma aventureira
A minha mente matreira 
Me leva ao que mais venero 
Realizar eu espero 
A loucura que é só minha
EU LEVO MINHA VIDINHA 
DO JEITO QUE GOSTO E QUERO 
*

CREUSA MEIRA
Nem sempre falo de mim
Pode ser por timidez
Mas não perco a minha vez
De glosar um mote assim
Não sei se é bom ou ruim
Que seja melhor, espero
Para viver, considero
Ser do modo que se alinha
EU LEVO MINHA VIDINHA 
DO JEITO QUE GOSTO E QUERO

*
LINDICÁSSIA NASCIMENTO
 Nessa vida sou cigana
E não tenho paradeiro
Vivo com pouco dinheiro
Melhor do que quem reclama
Que tem tudo e não se ama
Eu canto e danço bolero
Sou provocante e paquero
Quando quero entro na linha
EU LEVO MINHA VIDINHA
DO JEITO QUE GOSTO E QUERO.

*
IVONETE MORAIS
Sou mulher determinada
E sei que feliz eu sou
Sempre caminhando vou
Curtir minha liberdade
Com real felicidade
Nos versos eu me esmero
As vezes danço um bolero
Tento andar sempre na linha
EU LEVO MINHA VIDINHA
DO JEITO QUE GOSTO E QUERO.

*
RITINHA OLIVEIRA
A caneta da alegria
Rabisca os versos meus
Ela foi dada por Deus
E eu a uso todo dia
Pra honrar a poesia
Componho verso sincero
É simples mais eu espero
Agradar em cada linha
Eu levo minha vidinha
Do jeito que gosto e quero.
*
MANA CARDOSO 
Eu gosto do meu lugar 
Meu pacato Romualdo 
Aqui eu tenho respaldo 
E gosto de ensinar
Alunos a versejar 
Confusão eu não tolero
Um Brasil melhor espero 
Sei que não luto sozinha
EU LEVO MINHA VIDINHA

DO JEITO QUE GOSTO E QUERO.
*
DAVID FERREIRA
Essas nossas poetisas, 
a começar por Dalinha, 
Bastinha Job e Ritinha, 
todas reais e concisas, 
Rosário e Vânia (precisas)
para o que der e vier 
cada qual no seu mister
harmoniza a própria lida...
Cada uma leva a vida 
do jeito que gosta e quer

*
Mote de Dalinha Catunda
Xilo de Maércio Lopes
Golas das mulheres do cordel
*
Dalinha Catunda cad. 25 da ABLC
dalinhaac@gmail.com

segunda-feira, 3 de junho de 2019

A MULHER por Joames, Joaquim Mendes


À MULHER:
A mulher é co-autora
Das coisa que o homem cria,
Assim fora no passado,
Como está sendo hoje em dia,
Qualquer homem sem mulher
Tem uma vida vazia.

A mulher sempre auxilia
Na solução dos problemas,
Protagoniza os roteiros
Dos mais variados temas
Por isso a parabenizo
Nos versos dos meus poemas..

Mulher está nos cinemas
Brilha na televisão,
A famosa da cidade,
A modesta do sertão,
Todas elas são iguais
Na minha concepção.

Hoje as mulheres estão
Conquistando seu lugar
No trabalho, no amor
Ou na gerência do lar,
Mas há homem que esquece
Que toda mulher merece
Trabalhar, viver e amar!
*
Versos de Joames - Joaquim Mendes

Dalinha Catunda cadeira 25 da ABLC
dalinhaac@gmail.com

domingo, 2 de junho de 2019

Peleja virtual, Anilda Figueiredo e Dalinha Catunda














A RINHA ENTRE DALINHA CATUNDA E
ANILDA FIGUEIRÊDO
1)
Dona Anilda anda sumida,
Mas não por vontade minha,
Poeta que faz bom verso
Nunca peleja sozinha,
Venha pelejar comigo,
Saia logo do castigo,
Vamos armar nossa rinha.
(Dalinha)
2)
Parabéns, cara Dalinha,
Nossa grande poetisa,
No verso você é craque,
Na rima é uma papisa,
E se pegar cabra frouxo,
Sei que vai dar um acocho,
Ou matar de uma pisa.
(Anilda)
3)
Amiga que improvisa
E que canta em meu louvor,
Se for pra bater, eu bato,
É pequeno o meu temor,
Basta oferecer o mote,
A língua vira chicote,
E tome chiqueirador!
(Dalinha)
4)
Neste sertão sofredor,
Não me escondo de ninguém,
Já dei surra em poeta,
Que rimava muito bem,
Você é boa poetisa,
Mas não troco de camisa
Pra lhe exemplar também.
(Anilda)
5)
Do jeito que você vem,
Tá querendo enfrentamento.
Se vier com desaforo,
Já sabe que não aguento,
Não vou lhe poupar da pisa,
Minha língua não alisa
Quem vem com atrevimento.
(Dalinha)
6)
Vem montada num jumento,
Eu vim no meu alazão,
Quando a gente se encontrar,
Venha estirando a mão,
Pois a minha palmatória
Vai mandar você pra glória,
Rezar com Frei Damião.
(Anilda)

7)
Quem chama aquilo alazão,
Não conhece pangaré.
Meu jumento não empaca,
Nele monto e boto fé,
Aproveite a palmatória
Para usar na trajetória,
Não pague promessa a pé.
(Dalinha)
8)
Deixe desse rapapé,
Eu conheço a sua fama,
Já vi você em Brasília,
Foi vestida num pijama,
Massageando gelol,
Procurando um urinol,
Debaixo da sua cama.
(Anilda)
9)
Anilda, não faça drama,
Pois não procurei penico,
A história do pijama
Foi ideia de jerico,
O seu era de florzinha,
O meu era de bolinha,
As duas pagaram mico.
(Dalinha)
10)
Sendo assim, eu calo o bico,
Para não dizer asneiras.
Eu falo do Cariri,
E você, de Ipueiras,
Pode até ficar legal,
Nosso cordel virtual
Pra lançar em nossas feiras.

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Cordel de Saia na Biblioteca Parque



Cordel de Saia na Biblioteca Parque
Ontem, dia 28 de maio, O Cordel de Saia representado por Dalinha Catunda e Rosário Pinto, participou de uma reunião entre poetas, escritores, cordelistas e representantes da cultura do Rio de Janeiro, na Biblioteca Parque.
O assunto principal foi nos informar sobre os novos rumos da cultura e como poderemos participar.
O mais importante foi saber que podemos nos organizar para fazer eventos naquele espaço e nós do Cordel de Saia, saímos animadas e conversamos com Severino Honorato, membro da Caravana do Cordel para programarmos um evento juntos.
Os espaços começam aparecer, aqui no Rio de Janeiro, para a Literatura de Cordel e o Cordel de Saia que já tem bagagem com certeza não perderá essa viagem.
No evento tivemos a grata surpresa de encontrar o poeta Mano Melo e aproveitamos para fotos e um papo da hora. Conversamos com a professora Solange Medeiros, doamos cordéis para alimentar a cordelteca de sua escola e trocamos ideias com o cordelista Severino Honorato.
*
Nota do Cordel de Saia
Dalinha Catunda – dalinhaac@gmail.com
Rosario Pinto – rosariuspinto.@gmail.com

Maria Sem Véu. Cordel de Dalinha Catunda

MARIA SEM VÉU
1
Eu de Maria sou filha
Neta e bisneta também
Herdei da prole esse nome
Que da sucessão provém
Portanto, eu sou Maria
Guerreira do dia a dia
Que na luta se mantém.
2
Eu sou Maria de Lourdes,
Sou Aragão e Catunda.
É na gleba nordestina
Minha raiz mais profunda
Minha alma não fraqueja
Sou Dalinha sertaneja
Do Ceará, oriunda.
3
Quantas Marias eu fui
A quantas me comparei
Nas linhas desse cordel
Em versos discorrerei
Quem nasceu pra ser Maria,
Jamais se acovardaria
Para viver me alistei.
4
Fui Maria-sem-vergonha
Nos jardins daquele chão
A tal Maria teimosa
Em era de reinação
Tempos de felicidade
Bem na flor da mocidade
Das primícias e emoção.
5
Como Maria das graças
Eu esbanjei alegria
Faceira desaforada
Replena de rebeldia
Uma flor a ser colhida
Que multiplicou na vida
Sem ser a Virgem Maria.
6
Assim então me tornei
A tal Maria das Dores
Em tempos de pouca idade
Acreditei em amores
E saí no prejuízo
Pois perdi meu paraíso
Provei dos velhos rigores
7
Em Maria Madalena,
Eu logo fui transformada
A torpe sociedade
Não se esqueceu da pedrada
Sem lembrar que era vidraça
Quase que me despedaça
Então fui expatriada.
8

segunda-feira, 6 de maio de 2019

CORDEL DE SAIA EM AÇÃO

Estive representando o CORDEL DE SAIA na FLIRME-RJ & 1ª Festa Literária do CREJA, em Outubro de 2018, a convite da professora Neyla Tafakgi,
Informamos que estamos à disposição de Coordenadores e Professores para as atividades artísticas de 2019. Temos novidades no repertório e acreditamos levar entretenimento e cultura em um só momento.
No dia 25 de outubro, o CREJA realizou a sua 1ª Festa Literária, a FLICREJA, juntamente com a Festa Literária da Rede Municipal de Ensino – FLIRME-RJ.
A 1ª FLICREJA homenageou a literatura nordestina. Sua programação contou com a apresentação de cordéis, textos diversos de autores nordestinos, vídeos, cirandas e a presença das cordelista convidada Rosário Pinto.
 Por ocasião da FLIRME-RJ, homenageou também o poeta Manoel de Barros.
“Nossa feira literária é a expressão de um processo de envolvimento com a literatura que atravessa o ano letivo, a escola e todo o trabalho pedagógico” (Daniel de Oliveira – Coordenador Pedagógico)

Para ver mais sobre a 1ª FLICREJA, acesse: http://crejarj.wixsite.com/creja/galeria-imagens-2018 
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 Faça contato:
Rosário Pinto
(21) 9 8100-9159
&
Dalinha Catunda
(21) 9 8225-0145