DIA DA ÁRVORE

VELHA CARNAUBEIRA

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Minha velha carnaubeira,
Que se embala ao vento,
Batendo palmas te vejo,
E viajo em pensamento.
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Tua cantiga me traz
Saudades da minha rua,
Detrás de tua folhagem
Mais bela nascia a lua.
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O teu fruto me atraia,
Chamando-me atenção.
Quando maduro caia,
Caído, apanhava do chão.
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Aquilo era feito uva
P’ra menina do sertão,
Que degustava feliz,
Os sabores da região.
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No meu cavalo de pau,
Quantas vezes montava
Com o talo da carnaúba
Habilmente eu fabricava.
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Hoje te vejo solitária,
Sem perder tua beleza.
Tomara que te preservem.
Para o bem da natureza.
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Quero ver multiplicada,
Essa tua escassa família.
Que vem perdendo espaço
Enquanto perco alegria.
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Escutei tua cantiga,
Teu fruto alegre comi
Pelas ruas da cidade
No meu cavalo corri.
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Minha velha carnaubeira,
Companheira de infância.
Na cidade de Ipueiras
Alegraste uma criança.
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Texto e foto de: Dalinha Catunda

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