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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Sobre o II Encontro Nordestino de Cordel em Brasília

Sobre o II Encontro Nordestino de Cordel
Entre os dias 13 e 15 de fevereiro de 2013 ocorreu em Brasília o 2º Encontro Nordestino de Cordel. O encontro discutiu o cenário pós-lei 12198/2010 que cria a profissão de repentista, pauta atendida pelo ex-presidente Lula a partir de reivindicações da categoria ocorridas no primeiro encontro de cordel realizado em 2009. Vejamos um trecho da lei:
Dispõe sobre o exercício da profissão de Repentista
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o Fica reconhecida a atividade de Repentista como profissão artística.
Art. 2o Repentista é o profissional que utiliza o improviso rimado como meio de expressão artística cantada, falada ou escrita, compondo de imediato ou recolhendo composições de origem anônima ou da tradição popular.
Art. 3o Consideram-se repentistas, além de outros que as entidades de classe possam reconhecer, os seguintes profissionais:
I - cantadores e violeiros improvisadores;
II - os emboladores e cantadores de Coco;
III - poetas repentistas e os contadores e declamadores de causos da cultura popular;
IV - escritores da literatura de cordel.

A lei motivou os repentistas a discutirem a situação da profissão no país. Para tanto, o encontro seguiu as seguintes pautas de discussão:
Acompanhamento das reivindicações do I encontro;
O espaço da poesia popular nordestina na mídia e repente e cordel como patrimônio imaterial;
Direitos previdenciários;
Criação de sindicato para o repente e o cordel;
A poesia e a xilogravura como negócio;
Repente e cordel nas escolas;
Oficina de literatura de cordel.
O ponto de pauta relativo à criação do sindicato tinha duas propostas: a criação de sindicatos estaduais ou de um sindicato nacional. Foi eleita a segunda proposta com a perspectiva de que o sindicato nacional possa auxiliar na criação dos sindicatos estaduais. Foi designada uma comissão de doze repentistas entre cantadores e violeiros, emboladores, cantadores de coco, declamadores e cordelistas para organizarem a criação do sindicato nacional.
O evento  foi patrocinado pela Caixa Cultural e teve como produtora executiva Marta Cristina; a coordenação do poeta Chico de Assis e o poeta Crispiniano Neto como curador.
Texto de Manoel Belizario, foto do acervo de Dalinha Catunda


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