SE FOR PARA
LABUTAR
NA CHIBANCA
PONHO A MÃO
1
Sou
nordestina arretada
Nunca fujo
da labuta
Assim é
minha conduta
Na força sou
preparada
Não desisto
de jornada
Aguento
qualquer rojão
É grande a
disposição
Que tenho
pra trabalhar:
SE FOR PARA LABUTAR,
NA CHIBANCA
PONHO A MÃO!
Mote e Glosa
de Dalinha Catunda
2
Da estrada
sou viageiro
já faz tempo
que viajo,
sendo
andarilho interajo,
com gente do
mundo inteiro,
gente da paz
ou rafeiro.
E jamais fiz
distinção,
eu planto
até fruta pão,
cavo leira
pra plantar
SE FOR PARA
LABUTAR,
NA CHIBANCA
PONHO A MÃO!
Glosa: Zé
Salvador PoiZé!
2
Dulce
Esteves
Minha verve
nordestina
Eu tenho por
referência
Carrego na
minha essência
A garra
desde menina
Pois, a vida
nos ensina
Termos
determinação
Pensarmos na
solução
Sem ter medo
de falhar
SE FOR PRA
LABUTAR
NA CHIBANCA
PONHO A MÃO!
Glosa: Dulce
Esteves
3
Eu já cavei
meu espaço,
Digo e não
peço segredo.
De lutar não
tenho medo
Nem que eu
ouça estardalhaço,
Eu
transformo risco em traço,
Mas evito
confusão.
Não gosto de
louvação,
Porém,
preciso avisar:
SE FOR PARA
LABUTAR,
NA CHIBANCA
EU PONHO A MÃO!
Glosa: Nilza
Dias
4
Eu não nasci
abonado,
Não tive
berço de ouro,
Meu pai não
tinha tesouro,
Meu avô era
agregado!
Por isso,
sou bem mandado,
Sempre
pronto pra missão!
Se é pra
ganhar meu pão,
Comigo pode
contar...
SE FOR PARA
LABUTAR,
NA CHIBANCA
PONHO A MÃO!
Glosa:
Compadre Lemos
5
pra plantar
feijão e milho
Eu já levo o
meu bisaco
Na lavoura
não sou fraco
Vou cantando
um estribilho
Não saio
fora do trilho
Nem ando na
contramão
Se é pra
debulhar feijão
Uma sacola
eu vou pegar
SE FOR PARA LABUTAR,
NA CHIBANCA
PONHO A MÃO!
Glosa:
Rivamoura Teixeira
6
Sou do bom
na cavadeira
Picareta ou
enxada
Deixo a cova
bem cavada
E enterro a
sementeira
Mesmo pronta
a capoeira
Não espero o
clarão
Saio na
escuridão
Para a terra
destocar
SE FOR PARA LABUTAR,
NA CHIBANCA
PONHO A MÃO!
Glosa:
Giovanni Arruda
7
Sou aqui do
Cariri,
Moro em
Crato Ceará
Minha vida é
trabalhar
Da luta não
vou fugir
Do Brasil
não vou sair
A me aventurar
em vão
Eu prefiro o
meu torrão
Mesmo no sol
a penar
SE FOR PARA
LABUTAR
NA CHIBANCA
PONHO A MÃO!
Glosa: de
João Roberto Coelho
8
Pronto vim
lhe atender
Pra fazer o
seu trabalho
O seu
chamado não falho
E só basta
me dizer
Que fundura
vou fazer
E me der a
permissão
Com toda
disposição
Seu buraco
vou cavar
SE FOR PARA
LABUTAR
NA CHIBANCA
EU PONHO A MÃO.
Glosa: F.de
Assis Sousa
9
Ando sempre
a passos largos.
Assumo toda
jornada.
Seguro muita
parada.
Já provei
dias amargos.
Carrego
muitos encargos.
Já vivi na
solidão
Tempos de
muita tensão.
Nunca me
deixo quebrar.
SE FOR PARA
LABUTAR,
NA CHIBANCA
PONHO A MÃO!
Glosa:
Rosário Pinto
10
Na cidade eu
vim morar
Atrás de
vida melhor
Pois no
tempo de vovó
Era grande
meu penar
Mas a Deus
eu sempre peço
Que prepare
meu regresso
De volta pro
meu sertão
Eu não temo
trabalhar
SE FOR PARA
LABUTAR
NA CHIBANCA
EU PONHO A MÃO
Glosa:
Kleber Torres
11
Nunca corri
de serviço
Ando sempre
preparado
Corto lenha,
pego gado
Faço
qualquer reboliço
Eu nasci pra
fazer isso
Nesse pedaço
de chão
Milho, arroz
e feijão
Planto sem
pestanejar
SE FOR PARA
LABUTAR
NA CHIBANCA
EU PONHO A MÃO
Glosa:
Jerismar Batista
12
Eu faço
cerca pra gado
Limpo mato,
arranco toco
Comigo não
tem sufoco
O meu rojão
é pesado
Corto lenha
de machado
Faço a
coivara no chão
Pra poder
fazer carvão
Boto tudo
pra queimar
SE FOR PARA
LABUTAR
NA CHIBATA
PONHO A MÃO
Glosa: Paulo
Silva
13
Se nasci na
capital
Não foi lá
que fui criada
Passei para
uma morada
Maravilhosa
e legal
Com
fruteiras no quintal
E gaiolas e
alçapão
Afazeres do
sertão
Me fazia
trabalhar
SE FOR PARA
LABUTAR
NA CHIBANCA
PONHO A MÃO.
Glosa: Vânia
Freitas
14
Sou o toco
da jurema
Pedra bruta
de lajedo
De nada eu
tenho medo
Meu lidar
não tem dilema
Sou a parte
de um poema
De Guimarães
no sertão
Eu piso
forte amasso chão
Faço assim
meu caminhar
SE FOR PARA
LABUTAR
NA CHIBANCA
PONHO A MÃO.
Glosa:
Carlos Silva
15
Eu sou
mulher Nordestina
O sertão é
minha praça
Foi com água
de cabaça
Que minha
sede matei
Na roça eu
trabalhei
Pra mesa
levar o pão
Tomei caldo
de feijão
Para me
fortificar
SE FOR PARA
LABUTAR
NA CHIBANCA
EU PONHO A MÃO!
Glosa: Maria
de Lourdes da Silva
*
Pois vou
pegar a deixa
E depois
passar o pano
Sou um caba
trabalhador
Eu não sou
nem um fulano
Se é para
levar a sério
Eu vou ficar
labutano.
Setilha de
Jorge Antônio
De
Figueiredo
.
Xilo: Cícero
Lourenço
Obrigada aos
poetas e poetisas que participaram do: Glosando na Rede com Dalinha.
Glosando na
Rede com Dalinha, tem como proponente, Dalinha Catunda que coordena este
movimento no Facebook. Além da postagem no facebook, a postagem vai para outros
espaços virtual.
Dalinha
Catunda dalinhaac@gmail.com
Gostei muito! Meu abraço a todos.
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