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domingo, 1 de dezembro de 2024

SE FOR PARA LABUTAR NA CHIBANCA PONHO A MÃO



SE FOR PARA LABUTAR

NA CHIBANCA PONHO A MÃO

1

Sou nordestina arretada

Nunca fujo da labuta

Assim é minha conduta

Na força sou preparada

Não desisto de jornada

Aguento qualquer rojão

É grande a disposição

Que tenho pra trabalhar:

SE FOR PARA LABUTAR,

NA CHIBANCA PONHO A MÃO!

Mote e Glosa de Dalinha Catunda

2

Da estrada sou viageiro

já faz tempo que viajo,

sendo andarilho interajo,

com gente do mundo inteiro,

gente da paz ou rafeiro.

E jamais fiz distinção,

eu planto até fruta pão,

cavo leira pra plantar

SE FOR PARA LABUTAR,

NA CHIBANCA PONHO A MÃO!

Glosa: Zé Salvador PoiZé!

2

Dulce Esteves

Minha verve nordestina

Eu tenho por referência

Carrego na minha essência

A garra desde menina

Pois, a vida nos ensina

Termos determinação

Pensarmos na solução

Sem ter medo de falhar

SE FOR PRA LABUTAR

NA CHIBANCA PONHO A MÃO!

Glosa: Dulce Esteves

3

Eu já cavei meu espaço,

Digo e não peço segredo.

De lutar não tenho medo

Nem que eu ouça estardalhaço,

Eu transformo risco em traço,

Mas evito confusão.

Não gosto de louvação,

Porém, preciso avisar:

SE FOR PARA LABUTAR,

NA CHIBANCA EU PONHO A MÃO!

Glosa: Nilza Dias

4

Eu não nasci abonado,

Não tive berço de ouro,

Meu pai não tinha tesouro,

Meu avô era agregado!

Por isso, sou bem mandado,

Sempre pronto pra missão!

Se é pra ganhar meu pão,

Comigo pode contar...

SE FOR PARA LABUTAR,

NA CHIBANCA PONHO A MÃO!

Glosa: Compadre Lemos

5

pra plantar feijão e milho

Eu já levo o meu bisaco

Na lavoura não sou fraco

Vou cantando um estribilho

Não saio fora do trilho

Nem ando na contramão

Se é pra debulhar feijão

Uma sacola eu vou pegar

 SE FOR PARA LABUTAR,

NA CHIBANCA PONHO A MÃO!

Glosa: Rivamoura Teixeira

6

Sou do bom na cavadeira

Picareta ou enxada

Deixo a cova bem cavada

E enterro a sementeira

Mesmo pronta a capoeira

Não espero o clarão

Saio na escuridão

Para a terra destocar

 SE FOR PARA LABUTAR,

NA CHIBANCA PONHO A MÃO!

Glosa: Giovanni Arruda

7

Sou aqui do Cariri,

Moro em Crato Ceará

Minha vida é trabalhar

Da luta não vou fugir

Do Brasil não vou sair

A me aventurar em vão

Eu prefiro o meu torrão

Mesmo no sol a penar

SE FOR PARA LABUTAR

NA CHIBANCA PONHO A MÃO!

Glosa: de João Roberto Coelho

8

Pronto vim lhe atender

Pra fazer o seu trabalho

O seu chamado não falho

E só basta me dizer

Que fundura vou fazer

E me der a permissão

Com toda disposição

Seu buraco vou cavar

SE FOR PARA LABUTAR

NA CHIBANCA EU PONHO A MÃO.

Glosa: F.de Assis Sousa

9

Ando sempre a passos largos.

Assumo toda jornada.

Seguro muita parada.

Já provei dias amargos.

Carrego muitos encargos.

Já vivi na solidão

Tempos de muita tensão.

Nunca me deixo quebrar.

SE FOR PARA LABUTAR,

NA CHIBANCA PONHO A MÃO!

Glosa: Rosário Pinto

10

Na cidade eu vim morar

Atrás de vida melhor

Pois no tempo de vovó

Era grande meu penar

Mas a Deus eu sempre peço

Que prepare meu regresso

De volta pro meu sertão

Eu não temo trabalhar

SE FOR PARA LABUTAR

NA CHIBANCA EU PONHO A MÃO

Glosa: Kleber Torres

11

Nunca corri de serviço

Ando sempre preparado

Corto lenha, pego gado

Faço qualquer reboliço

Eu nasci pra fazer isso

Nesse pedaço de chão

Milho, arroz e feijão

Planto sem pestanejar

SE FOR PARA LABUTAR

NA CHIBANCA EU PONHO A MÃO

Glosa: Jerismar Batista

12

Eu faço cerca pra gado

Limpo mato, arranco toco

Comigo não tem sufoco

O meu rojão é pesado

Corto lenha de machado

Faço a coivara no chão

Pra poder fazer carvão

Boto tudo pra queimar

SE FOR PARA LABUTAR

NA CHIBATA PONHO A MÃO

Glosa: Paulo Silva

13

Se nasci na capital

Não foi lá que fui criada

Passei para uma morada

Maravilhosa e legal

Com fruteiras no quintal

E gaiolas e alçapão

Afazeres do sertão

Me fazia trabalhar

SE FOR PARA LABUTAR

NA CHIBANCA PONHO A MÃO.

Glosa: Vânia Freitas

14

Sou o toco da jurema

Pedra bruta de lajedo

De nada eu tenho medo

Meu lidar não tem dilema

Sou a parte de um poema

De Guimarães no sertão

Eu piso forte amasso chão

Faço assim meu caminhar

SE FOR PARA LABUTAR

NA CHIBANCA PONHO A MÃO.

Glosa: Carlos Silva

15

Eu sou mulher Nordestina

O sertão é minha praça

Foi com água de cabaça

Que minha sede matei

Na roça eu trabalhei

Pra mesa levar o pão

Tomei caldo de feijão

Para me fortificar

SE FOR PARA LABUTAR

NA CHIBANCA EU PONHO A MÃO!

Glosa: Maria de Lourdes da Silva

*

Pois vou pegar a deixa

E depois passar o pano

Sou um caba trabalhador

Eu não sou nem um fulano

Se é para levar a sério

Eu vou ficar labutano.

Setilha de Jorge  Antônio

De Figueiredo

.

Xilo: Cícero Lourenço

Obrigada aos poetas e poetisas que participaram do: Glosando na Rede com Dalinha.

Glosando na Rede com Dalinha, tem como proponente, Dalinha Catunda que coordena este movimento no Facebook. Além da postagem no facebook, a postagem vai para outros espaços virtual.

Dalinha Catunda dalinhaac@gmail.com

Gostei muito! Meu abraço a todos.

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