Olá amigos! Querem participar da septilha sobre MAR? Mande seus versos através dos comentários que serão bem-vindos e postados pela ordem de chegada.
“Uma prova que as setilhas são uma modalidade relativamente recente está na ausência quase completa delas na grande produção de Leandro Gomes de Barros. Sim, porque pela beleza rítmica que essas estrofes oferecem ao declamador, os grandes poetas não conseguiram fugir à tentação de produzi-las. Para alguns, as setilhas, estrofes de sete versos e sete sílabas, foram criadas por José Galdino da Silva Duda (1866 a 1931). A verdade é que o ator mais rico nessas composições, talvez por se tratar do maior humorista da literatura, de cordel, foi José Pacheco da Rocha, 1890 a 1954.” Texto extraído da publicação de Gonçalo Ferreira da Silva, presidente da ABLC, Vertentes e evolução da literatura de cordel, 3ªed., 2005.
Pedro Monteiro cordelista do Piauí radicado em São Paulo é quem inicia a jornada.
Pedro Monteiro
Campo Maior-Piaui
O Mar é fonte da vida
Do jeito que o povo tem,
Jogando teimosas ondas
Sempre a procura de quem,
Mesmo sem faca e sem queijo,
Chegue pra lhe dar um beijo
Num gostoso vai e vem.
Dalinha Catunda
Ipueiras-Ceará
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Se o mar é fonte de vida
Neste mar vou mergulhar.
E as ondas tão teimosas,
Com garra vou enfrentar
Mesmo sem eira nem beira
Mas sendo mulher faceira,
Uma onda eu vou tirar.
Maria Rosário Pinto
Se o mar é fonte de vida
Neste mar vou mergulhar.
E as ondas tão teimosas,
Com garra vou enfrentar
Mesmo sem eira nem beira
Mas sendo mulher faceira,
Uma onda eu vou tirar.
Maria Rosário Pinto
Bacabal-Maranhão
É bom pegar uma onda
É bom nos banhar no mar.
O mesmo mar que atraí
Sempre vem nos assustar
Nele nos purificamos
Por Yemanjá clamamos
Mãe! Vem nos ajudar.
Rouxinol do Rinaré
Rinaré-Quixadá-Ceará
É bom pegar uma onda
É bom nos banhar no mar.
O mesmo mar que atraí
Sempre vem nos assustar
Nele nos purificamos
Por Yemanjá clamamos
Mãe! Vem nos ajudar.
Rouxinol do Rinaré
Rinaré-Quixadá-Ceará
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Mar, onde Dragão do Mar,
Nosso herói nacional,
Lutou para pôr um fim
No escravagismo brutal...
Mar de todos os lugares,
Mas recordo os verdes mares
De minha terra natal.
Mar, onde Dragão do Mar,
Nosso herói nacional,
Lutou para pôr um fim
No escravagismo brutal...
Mar de todos os lugares,
Mas recordo os verdes mares
De minha terra natal.
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Josenir Lacerda
Crato-Ceará
Fim de tarde, “mar” revolto
As ondas beijando a praia
No horizonte luminoso
O sol cansado desmaia
É cena da natureza
Plena de garbo e Beleza
Que um novo dia ensaia
Fim de tarde, “mar” revolto
As ondas beijando a praia
No horizonte luminoso
O sol cansado desmaia
É cena da natureza
Plena de garbo e Beleza
Que um novo dia ensaia
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Creusa Meira
Dom Basílio-Bahia
Dom Basílio-Bahia
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Primeiro dia do ano
As flores eu vou levar
São as minhas oferendas
Para a rainha do mar
Jogo gotas de alfazema
Leio um belo poema
Nas ondas a caminhar
Geraldo Oliveira Aragão
Nossa Senhora da Gloria-Sergipe
Primeiro dia do ano
As flores eu vou levar
São as minhas oferendas
Para a rainha do mar
Jogo gotas de alfazema
Leio um belo poema
Nas ondas a caminhar
Geraldo Oliveira Aragão
Nossa Senhora da Gloria-Sergipe
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O mar parece distante...
O mar parece distante...
Prá quem no Sertão nasceu
eu como um viajor
Que o seu rumo não perdeu
Aportei no mar de rosa
Cidade maravilhosa
O segundo berço meu
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Ricardo Aragão
Ipu-Ceará
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Quando criança eu ouvia
Muitas vezes uma canção
Anunciando a profecia
Sobre o meu pobre sertão
Que iria se transformar
Todinho em um grande mar
E o mar num vasto torrão.
Muitas vezes uma canção
Anunciando a profecia
Sobre o meu pobre sertão
Que iria se transformar
Todinho em um grande mar
E o mar num vasto torrão.
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J Victtor
Belo Horizonte-MG
Quando olhei para o horizonte
E vi chegando Navios
Assustei-me com as velas
Presas em mastros esguios;
Aproximando uma nau
Vi a face de Cabral
Trazendo dias sombrios.
Quando olhei para o horizonte
E vi chegando Navios
Assustei-me com as velas
Presas em mastros esguios;
Aproximando uma nau
Vi a face de Cabral
Trazendo dias sombrios.
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Nezite Alencar
Campos Sales-Ceará
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São verdes mares bravios
os mares que eu vou cantar,
são mares da minha terra,
que é a mesma de Alencar,
onde banhou-se Iracema,
que é a virgem do poema,
encanto do meu lugar.
os mares que eu vou cantar,
são mares da minha terra,
que é a mesma de Alencar,
onde banhou-se Iracema,
que é a virgem do poema,
encanto do meu lugar.
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Adauberto Amorim
Crato-Ceará
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Ao som do mar eu relembro
Um momento eternizado,
Um trinta e um de dezembro
Consumido e consumado.
As ondas molhando a areia
E eu beijando uma "sereia"
Num sonho bem acordado.
.
Ao som do mar eu relembro
Um momento eternizado,
Um trinta e um de dezembro
Consumido e consumado.
As ondas molhando a areia
E eu beijando uma "sereia"
Num sonho bem acordado.
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Anilda Figueiredo
Crato-Ceará
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Estava Olhando o mar
Pus o teu nome na areia
A onda enciumada
Apagou nu’a volta e meia
Qualquer dia volto lá
Pra contigo navegar
Nos braços duma sereia.
.
Bastinha
Amaro, Assaré-Ceará
Crato-Ceará
.
Estava Olhando o mar
Pus o teu nome na areia
A onda enciumada
Apagou nu’a volta e meia
Qualquer dia volto lá
Pra contigo navegar
Nos braços duma sereia.
.
Bastinha
Amaro, Assaré-Ceará
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Mar profundo, tão imenso
Mar profundo, tão imenso
quanto mistério contém;
olho para o mar e penso
nos enigmas que ele tem:
mar de Moisés, dos hebreus
prova a existência de Deus
SER-Supremo, Sumo Bem
.
Gonçalo Ferreira da Silva
Ipu- Ceará
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Quando vejo o mar viajo
No doce rumorejar
A saudade evanescente
Como ao ouvido ditar:
Poeta a sua saudade
Recorda a necessidade
De novo retorno ao mar.
Do mar tenho saudades
ResponderExcluirestá tão longe de mim
nunca dele esqueço
guardo suas ondas cada uma
em seu lindo vai e vem
bem junto do coração
mesmo longe, pertinho de mim.
Dalinha, não precisa publicar, só brinquei um pouco!beijos,chica
Quando criança eu ouvia
ResponderExcluirMuitas vezes uma canção
Anunciando a profecia
Sobre o meu pobre sertão
Que iria se transformar
Todinho em um grande mar
E o mar num vasto torrão
Ricardo Aragão
Ipu(CE), Junho/2010
J. Victtor
ResponderExcluirQuando olhei para o horizonte
E vi chegando navios
Assustei-me com as velas
Presas em mastros esguios;
Aproximando uma nau
Vi a face de Cabral
Trazendo dias sombrios.
A bela virgem Iracema
ResponderExcluirQue banhou-se lá no mar
Como bem lembrou Nezite
Que também é Alencar
Morava na minha terra
Meu Ipu, no pé da serra
Segundo Zé de Alencar
Ricardo Aragão
Ipu-Ceará
Estava olhando o mar
ResponderExcluirpus o teu nome na areia
a onda enciumada
apagou nu´a volta e meia
qualquer dia eu volto lá
pra contigo navegar
nos braços duma sereia.
ANILDA FIGUEIREDO
CRATO-CE
Esse mar que tanto inspira
ResponderExcluirQue tanto causa emoção,
Por ele o poeta delira
Navegando em solidão,
Nas suas ondas balança
E o pensamento não cansa
De ir em outra direção!!!!
Adauberto Amorim (CRATO-CE)
Se permitem a intromissão de um mineiro que navegou por córregos e riachos em busca do mar e acabou chegando a um... Rio, embarco no bote/mote da última setilha postada:
ResponderExcluirDe novo retorno ao mar
Em busca de meus navios
Que ficaram a adernar
À matroca, aos ventos frios
E a certo desassossego –
Astrolábio dos desvios
De um não amar que renego.
Tuca Zamagna