Ivamberto em apresentação na ABLC
Ivamberto Albuquerque de Oliveira,
Nasceu em Alagoa Grande PB em 25 de maio de i950.
Veio para o Rio de Janeiro com vinte anos de idade. É técnico em metal-mecânica pelo colégio metal-mecânica pelo Colégio Metalúrgico e complementação pedagógica pelo SENAI, e outros. Trabalhou dez anos na indústria metalúrgica, no ofício de ferramenteiro. Exerce a docência no ensino profissionalizante, há vinte três anos no SENAI e cinco na Taétec, em curso. Radicado na cidade do Rio de Janeiro é membro da ABLC Academia Brasileira de Literatura de Cordel ocupando a cadeira 31 que tem como patrono, Umberto Peregrino.
O MEU NOME É CORDEL.
O meu nome é cordel
Literatura popular
Eu venho de muito longe
Muito alem de além-mar
Vi Esparta guerreando
Atenas filosofando
Desapertando o pensar
Assiste as guerras púnicas
Cartago muito lutou
Mas Roma destruidora
Cartago incendiou
Desde a antiguidade
Que o povo, na oralidade
Vem narrando o que passou
O desafio entre pastores
Vem dos tempos de Homero
Da Grécia mitológica
Daqueles tempos austeros
O cordel é um legado
De tradição e passado
Hoje relembrar eu quero.
Roma foi indiferente
Com o canto amebeu
Só depois de muitos séculos
Ele reapareceu:
Na Europa das cruzadas,
Nas terras colonizadas,
No nordeste floresceu.
Nasceu em Florença:
As cantigas de amor
As cantigas de amigo
A canção do trovador
O escárnio é desafio
Este contexto é o fio
E o cordel seu condutor
Desembarcou na Bahia
Com o colonizador
Os padres jesuítas
Dele se utilizou
Pra divertir e educar
E o futuro começar
Entre vencido e vencedor
Na direção para o norte
O semi-árido encontrou
No sertão paraibano
Foi ali que prosperou
Primeiro a oralidade
O cantador foi na verdade
No Brasil seu precursor
O primeiro cantador
Foi Ugulino do Teixeira
Na impressão do cordel
Leandro é dianteira
Foi uma revolução
O cordel vai pro salão
Sem abandonar a feira
No começo ele cantou:
A donzela Teodora
Porcina e Magalona
De Calais, lembrei agora
Os Doze Pares de França
Na alma é só lembrança
Dos romances de outrora
O cordel foi no Nordeste
A cartilha de abc
O jornal que informava
Também ensinava a ler
Um acervo, uma memória
O cordelista fez histórias
Pelo impulso do querer
O cordel é literatura
O violeiro cantoria
O xilo é gravador
Folheteiro é alegria
O cordel lido ou cantado
Vai dando o seu recado
Nas sendas da poesia.
autor: Ivamberto A. de oliveira
Foto do acervo de Dalinha Catunda
Ivamberto Albuquerque de Oliveira,
Nasceu em Alagoa Grande PB em 25 de maio de i950.
Veio para o Rio de Janeiro com vinte anos de idade. É técnico em metal-mecânica pelo colégio metal-mecânica pelo Colégio Metalúrgico e complementação pedagógica pelo SENAI, e outros. Trabalhou dez anos na indústria metalúrgica, no ofício de ferramenteiro. Exerce a docência no ensino profissionalizante, há vinte três anos no SENAI e cinco na Taétec, em curso. Radicado na cidade do Rio de Janeiro é membro da ABLC Academia Brasileira de Literatura de Cordel ocupando a cadeira 31 que tem como patrono, Umberto Peregrino.
O MEU NOME É CORDEL.
O meu nome é cordel
Literatura popular
Eu venho de muito longe
Muito alem de além-mar
Vi Esparta guerreando
Atenas filosofando
Desapertando o pensar
Assiste as guerras púnicas
Cartago muito lutou
Mas Roma destruidora
Cartago incendiou
Desde a antiguidade
Que o povo, na oralidade
Vem narrando o que passou
O desafio entre pastores
Vem dos tempos de Homero
Da Grécia mitológica
Daqueles tempos austeros
O cordel é um legado
De tradição e passado
Hoje relembrar eu quero.
Roma foi indiferente
Com o canto amebeu
Só depois de muitos séculos
Ele reapareceu:
Na Europa das cruzadas,
Nas terras colonizadas,
No nordeste floresceu.
Nasceu em Florença:
As cantigas de amor
As cantigas de amigo
A canção do trovador
O escárnio é desafio
Este contexto é o fio
E o cordel seu condutor
Desembarcou na Bahia
Com o colonizador
Os padres jesuítas
Dele se utilizou
Pra divertir e educar
E o futuro começar
Entre vencido e vencedor
Na direção para o norte
O semi-árido encontrou
No sertão paraibano
Foi ali que prosperou
Primeiro a oralidade
O cantador foi na verdade
No Brasil seu precursor
O primeiro cantador
Foi Ugulino do Teixeira
Na impressão do cordel
Leandro é dianteira
Foi uma revolução
O cordel vai pro salão
Sem abandonar a feira
No começo ele cantou:
A donzela Teodora
Porcina e Magalona
De Calais, lembrei agora
Os Doze Pares de França
Na alma é só lembrança
Dos romances de outrora
O cordel foi no Nordeste
A cartilha de abc
O jornal que informava
Também ensinava a ler
Um acervo, uma memória
O cordelista fez histórias
Pelo impulso do querer
O cordel é literatura
O violeiro cantoria
O xilo é gravador
Folheteiro é alegria
O cordel lido ou cantado
Vai dando o seu recado
Nas sendas da poesia.
autor: Ivamberto A. de oliveira
Foto do acervo de Dalinha Catunda
O cordel está narrando toda a beleza da sua própria história através de um grande cordelista e conhecedor da literatura. Parabéns ao amigo Ivamberto Albuquerque
ResponderExcluirBeijos nossos