Poeta de cordel e repentista natural de Campina Grande, PB. Em sua linguagem simples, abre mão de tecnicismos para mostrar de forma competente sua crítica bem humorada deste mundo do qual faz parte e é um atento observador. Membro da ABLC, cadeira, nº 32, patronímica do poeta popular Zé da Luz [Severino de Andrade Silva]. Faz palestras e oficinas em escolas e universidades.
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História do Bonde
O fato que vou narrar
A verdade corresponde
Quando isso aconteceu
Ainda havia Visconde
Mil oitocentos e cinquenta
E nove surgiu o bonde.
Ligando o Largo do Rocio
Ao Alto da Boa Vista
Dia vinte e seis de março
Como figura na lista
Para Família Real
Foi uma grande conquista.
O Marechal Floriano
Trinta e três anos depois
Inaugura o bonde elétrico
Ou seja, em noventa e dois
No dia oito de outubro
No trilho o bonde ele pôs
No ano sessenta e três
Do século passado então
Resolveram tirar o
Bonde de circulação.
Para implantar outro meio
Moderno de condução
Em nome da evolução
Tiram o bonde da praça
Para melhorar o trânsito
Mas que piada sem graça
Pois o trânsito do Rio
Duma balbúrdia não passa.
Como eu gostava de andar
De bonde pela cidade,
Lembro o bonde da Penha,
Andaraí, Piedade,
Andei de bonde e hoje o bonde
Anda na minha saudade.
De tanto sentir saudade
Eu mergulho na tristeza,
Lembro o bonde de Ipanema,
Também da Real Grandeza,
Felizmente ainda tem
Bonde em Santa Teresa.
Postagem: Rosário Pinto
Foto: Blog ABLC
Que lindo cordel desse poeta e durante um bom tempo ia de bonde ao colégio, no Tabuleiro da baiana, no Rio.;.. Adorei!beijos,tudo de bom,chica
ResponderExcluirEspetacular, amiga! Parabéns pela escolha do poeta e deste belíssimo cordel. Obrigada por esta partilha maravilhosa.
ResponderExcluirBeijos, querida.
Chica e Sam,
ResponderExcluirEstamos fazendo o possível para oferecer o melhor! Dalinha chega domingo.
Bjs,
rosário
Olá Rosário,
ResponderExcluirParabéns por postar nossa prata da caa o poeta Campinense, mestre da poesia popular.
Obirigada a Sam e a Chica pelos comentários.
Beijos,
Dalinha