CORDEL DE SAIA traz para sua pauta um dos mais lúcidos versos de José Walter, que expressa em versos a realidade em que vivemos. É competente no versejar e na coerência das denúncias. PARABÉNS, poeta.
VEM
PRA RUA, BRUMADO
Paciência
tem limite
Diz
o adágio popular
E
viver só de esperança
Já
não se pode aceitar
Pra
sair do berço esplêndido
O
povo tem de lutar
Ir
às ruas protestar
Sem
temer a reação
Do
Poder constituído
Que
comanda esta Nação
Em
todos os escalões
Num
mar de corrupção
Camuflando
a podridão
Vive
atuando o Congresso
Com
falsa legislação
Atravancando
o progresso
Favorecendo
a desordem
Em
que o país vive imerso
E
nesse falso processo
Do
seu Desenvolvimento
O
povo vai pelejando
Carregando
o sofrimento
Fruto
da desigualdade
Que
transborda no momento
Assim
o padecimento
Tem
motivos variados
Para
a revolta do povo
Pelos
direitos negados
Dentro
da realidade
Como
podem ser provados
Sendo
à sorte, relegados
E
à mercê das falsidades
Padecem
os brasileiros
Tanto
do campo ou cidades
Salvo
os privilegiados
As
mesmas desigualdades
São
reais necessidades
De
saúde e educação,
Terra,
trabalho e teto
Segurança
e proteção
Garantidos
pelo Estado
Sem
nenhuma distinção
Direito
à locomoção
Respeito
à dignidade
Para
todo ser humano
Com
vida de qualidade
Sem
drogas, sem violência
Garantia
de liberdade
Que
seja cada cidade
Um
espaço de prazer
De
alegria em cada praça
Com
muito esporte e lazer
Sem
diferenças de idades
Pra
dar gosto de viver
Acima
de tudo é dever
De
qualquer um cidadão
Saber
cobrar seus direitos
E
buscar a proteção
Nos
preceitos garantidos
Pela
Constituição
À
violência dizer, não
E
da droga ficar fora
Sem
se deixar corromper
Denunciar
sem demora
Corruptos
de plantão
Que
agem a toda hora
A
mentira não vigora
Quando
encontra resistência
Só
a coragem prospera
Frente
a qualquer prepotência
Defender
nossos direitos
É
ato de consciência
Não
é nenhuma imprudência
Os
protestos coletivos
Quando
o povo vai às ruas
Com
verdadeiros motivos
Em
manifesto pacífico
Distante
dos atos nocivos
Nos
momentos decisivos
Agir
com serenidade
Não
pichar nem destruir
Apenas
por crueldade
Bens
públicos e privados
Existentes
na cidade
É
boa a oportunidade
Do
protesto brasileiro
Para
mostrar aos turistas
O
cenário verdadeiro
Do
país do futebol
Que
gastou tanto dinheiro
Um
futuro alvissareiro
É
o desejo premente
De
um Brasil sempre mais novo
Construído
no presente
Pelo
labor do seu povo
Forte,
unido, consciente!
Marchemos,
pois, minha gente!
De
mãos dadas nesta tarde
Numa
só voz entoando
O
brado da liberdade
Pelo
mundo anunciando
A
nova realidade
A
hora e a vez da verdade
Ecoando
sobranceira
Não
mais a corrupção
É
o fim da roubalheira
Mude
querida Brumado
Mude
Nação Brasileira!.
José
Walter Pires
Uma
colaboração para a marcha de Brumado em 20.06.2013
Muito legal Ro!
ResponderExcluirLúcido e poético.
bjs