“FAÇO
REMENDOS NO PEITO
COM
MOLAMBOS DE SAUDADE”
Mote
de Zé Bezerra
*
Minha
rede está puída
Pungiu
a transpiração
Foi
o vaivém da paixão
Que
me deixava moída
Mesmo
sendo proibida
Digo
com sinceridade
Dei
corda a minha vontade
Relembrando
me deleito:
“Faço
remendos no peito
Com
molambos de saudade”
Glosa
de Dalinha Catunda
*
Uma
colcha de retalho
Hoje
cobre o meu peito
Retalhos
de todo jeito
Descolorido,em
frangalho
Meu
coração é um paspalho
Vitimado
pela idade
É
essa realidade
O
mais ferino conceito;
Faço
remendos no peito
Com
molambos de saudade!
Glosa
de Bastinha Job
*
Há
tempo vivo um lamento
que
o tempo me faz bradar,
todo
dia - ao despertar -
por
vezes, já nem aguento
os
dias sem graça e lentos
sem
gosto e sem liberdade,
de
ter a própria vontade
que
é viver um novo jeito…
“Faço
remendos no peito
com molambos de saudade.”
Glosa
de David Ferreira
*
Pego
o fio da lembrança
E
faço crocheteado
Pra
ficar aliviado
Eu
capricho na entransa
E
com muita confiança
Tira
um pouco ansiedade
A
particularidade
Nos
detalhes dou um jeito
Faço
remendos no peito
Com
molambos de saudade
Glosa
de Rivamoura Teixeira
*
A
paixão é refrigério
Que
alivia a dor da gente,
Mas
se finda de repente
Sem
motivo ou nada sério
Seu
efeito deletério
Sem
nenhuma piedade
Corta
a gente na metade
Depois
pica em rejeito
"Faço
remendos no peito
Com
molambos de saudade"
Glosa:
Giovanni Arruda
*
Juntei
papel colorido
Picotei
todo em pedaço
Eu
vivi em cada um o abraço
Que
não dei e ficou perdido
No
beijo já esquecido
Deixei
a felicidade
Encostada
na bondade
Daquele
jovem sujeito
"Faço
remendos no peito
Com
molambos de saudade."
Glosa:
Vânia freitas
*
A
paixão já não me ilude
Carrego
essa dor no peito
A
saudade não tem jeito
Chorar
não é mais virtude
Já
mudei de atitude
Já
me livrei da maldade
Quando
a tristeza me invade
Não
me escondo desse efeito,
Faço
remendos no peito
Com
molambos de saudade!
Glosa
de Claude Bloc
*
Roda de glosas coordenada por Dalinha Catunda
dalinhaac@gmail.com
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