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sexta-feira, 23 de setembro de 2022

NA PRIMAVERA DO CORDEL

 


NA PRIMAVERA DO CORDEL

Quando me tornei migrante, a saudade da minha terra fez festa dentro de mim.

Eu não queria matar a saudade! Queria, sim! Ter o meu sertão sempre muito vivo perto de mim.

Poeta e filha de poetisa, não poderia ser diferente, através dos versos eu cantava minhas lembranças e alimentava minha nordestinidade.

Cantei meu rincão em prosa e verso, mas foi através da Literatura de cordel que eu consegui traduzir meus costumes e salvaguardar minhas tradições.

Hoje quero agradecer a oportunidade do reconhecimento dessa minha dedicação, ao Ceará e a Literatura de Cordel, a Doutora do Cordel, Paola Torres, que defendeu meu nome para ser homenageado pela Cordelteca da UNIFOR que completará três anos e leva o nome de Maria das Neves Batista Pimentel, considerada a primeira mulher a escrever Literatura de Cordel.

Muito obrigada, Paola Torres, por mim e por tantas mulheres que levantam a bandeira do Cordel.

Dalinha Catunda

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