NA PRIMAVERA DO
CORDEL
Quando me tornei migrante, a
saudade da minha terra fez festa dentro de mim.
Eu não queria matar a saudade! Queria,
sim! Ter o meu sertão sempre muito vivo perto de mim.
Poeta e filha de poetisa, não poderia
ser diferente, através dos versos eu cantava minhas lembranças e alimentava
minha nordestinidade.
Cantei meu rincão em prosa e
verso, mas foi através da Literatura de cordel que eu consegui traduzir meus
costumes e salvaguardar minhas tradições.
Hoje quero agradecer a oportunidade
do reconhecimento dessa minha dedicação, ao Ceará e a Literatura de Cordel, a
Doutora do Cordel, Paola Torres, que defendeu meu nome para ser homenageado pela
Cordelteca da UNIFOR que completará três anos e leva o nome de Maria das Neves Batista
Pimentel, considerada a primeira mulher a escrever Literatura de Cordel.
Muito obrigada, Paola Torres, por
mim e por tantas mulheres que levantam a bandeira do Cordel.
Dalinha Catunda
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