Mulheres
do Cordel de Saia, Glosando na Rede com Dalinha.
Participação
de Dulce Esteves
*
NÂO
ABRO PARA NINGUÉM
QUANDO
ME DANO A GLOSAR
Mote
de Dalinha Catunda
*
Eu
glosando boto é quente,
É
bom prestar atenção.
Com
o fiofó na mão,
Eu
não fico num repente.
Já
glosei com muita gente,
Sem
medo de me lascar.
Bastinha
pode chegar,
Giovanni
e Araquém:
NÂO
ABRO PARA NINGUÉM
QUANDO
ME DANO A GLOSAR
Dalinha
Catunda
*
Eu também não fico atrás
Pois,
só boto bem pesado
Quem
vier já tá lascado
Gloso
bem até demais
Pode
vir o satanás
Pros
quintos irá voltar
E
quem mais puder chegar
Pra
deixar de xenenhém
NÃO
ABRO PARA NINGUÉM
QUANDO
ME DANO A GLOSAR.
Dulce
Esteves
*
Como
já nasci lascada
Eu
aguento o rojão
Não
tenho medo do cão
Pois
eu sou da pá virada
Quando
tô “impriquitada”
Faço
o guaxinim suar
E
faço a pomba voar
Sem
provar do meu xerém.
NÂO
ABRO PARA NINGUÉM
QUANDO
ME DANO A GLOSAR.
Dalinha
Catunda
*
Pois,
nasci com muita sorte
Tenho
de Deus proteção
Mas,
eu me viro no cão
E
não tem quem me suporte
Quando
gloso bato forte
E
só boto pra torar
Mando
logo se lascar
Portanto
tem o porém:
NÃO
ABRO PARA NINGUÉM
QUANDO
ME DANO A GLOSAR.
Dulce Esteves
*
Com
Jesus e com Maria
Eu
arrasto meu repente
Também
sou mulher temente
Mas
se for na cantoria
Eu
parto pra putaria
Só
pra ver o pau torar
Quem
não quiser escutar
Cape
o gato e diga amém:
NÂO
ABRO PARA NINGUÉM
QUANDO
ME DANO A GLOSAR
Dalinha
Catunda
*
Obrigada e parabéns pela ótima participação, poetisa Dulce
Esteves.
dalinhaac@gmail.com
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