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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

ALFORRIADA

Dalinha Catunda

ALFORRIADA
*
O tempo da servidão,
Lá no passado ficou.
Sua carta de alforria
A mulher já conquistou,
Hoje ela quer um parceiro
Não um dono e cativeiro
Este tempo já passou.
*
Quem tem os passos contados,
Quem tem antolhos e peia,
Não vive apenas padece
Invejando a vida alheia.
Para falar a verdade
Desconhece a liberdade
Mas sabe o que é cadeia.
*
Quem fala alto pede grito,
Quem dá coice quer patada,
Assim diz minha cartilha
E por ela sou guiada.
Tenho meu discernimento
Conduzo meu pensamento
Não me vejo aprisionada.
*
Texto e foto de Dalinha Catunda

                                                                                  

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