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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

MATIZES DO BRANCO, por Chico Sales e amigos


QUATORZE ou NOVE tons de BRANCO

Hoje amanheci assim
Neste verão carioca
Querendo cordelizar
Este tema que me toca
O mundo não acabou
O Maia se enganou
Não vou ficar nessa loca.

Quatorze ou nove por quê?
Minha dúvida é cruel
Fazendo uma pesquisa
Procurando ser fiel
Aos tantos tipos de branco
Assim querendo ser franco
Escrevendo no papel.

O papel aceita tudo
É só você escrever
Certo ou errado permite
O que se pensa dizer
Aqui na minha pesquisa
Vou de maneira concisa
Procurar esclarecer. 
(...)
CLIC no link para LER na ÍNTEGRA
*
E, finaliza com as estrofes:

Agora do branco da paz
Paz que o mundo almeja
O branco que mais se quer
Que o povo todo deseja
O branco deste papel
Onde escrevo este cordel
Da espuma da cerveja.

Por fim o branco do terno
De linho branco amassado
Tem o tom da boemia
É um branco esmerado
Agora chegando ao fim
Falo no branco cetim
Deixo o cordel encerrado.
(Chico Sales)
Jan. 2013
*
As noivas tem se vestido
De branco no casamento
Às vezes também de azul
Como cor do firmamento
A pureza na verdade
Tem o tom em irmandade
De branco como elemento. “
(Rosário Pinto)
*
O branco do guardanapo
Que limpa boca e nariz
Presente nas finas mesas
De mestre e aprendiz
Por incrível que pareça
Foi usado na cabeça
De políticos em Paris.”
(Ronald Cavaliere)
*
Participe, você também, dos vários matizes do branco, neste arco-iris poético. DEIXE AQUI seus comentários!!!



Voltando ao tema central
Desta minha incerteza
Sobre à justa quantidade
Com decoro e clareza
Esta minha inquisição,
Busca e investigação
Digo aqui com firmeza.

Com vários tipos de branco
Quase que fiquei maluco
Tem branco da Paraíba,
De Goiás e Pernambuco
Também tem branco sulista
Grego e surrealista
Branco barroco e tijuco.

Só branco neve são três
O branco gelo mais dois
O branco dos automóveis
Destes falarei depois
Ainda tem o branco alvo
Quero sair dessa salvo
E dá o nome dos bois.

Tem tons de branco da moda
Manhã, casual e festa.
Também tem preto no branco
Da balada e da seresta
O branco da Margarida
Do lenço da despedida
Branco que só a molesta.

Veja se não tenho razão
Para o nome deste texto
É impossível afirmar
Não falo como pretexto
Achei difícil demais
Se eu soubesse jamais
Metia-me neste contexto.

O branco do colarinho
Esse é o pior crime
É o crime do patrão
De quem é dono do time
O crime do responsável
De quem tem vida estável
De quem manda no regime.

Existe o branco leite
Branco açúcar e tapioca
Também tem a branca nuvem
O branco da mandioca
Chamada de aipim
Tem o branco do pinguim
Branco da pele da foca.

Já a louça sanitária
Traz o branco com o brilho
No bidê ou lavatório
Tem o tom no mesmo trilho
E o branco da privada
Quando às vezes mijada
É descarga no gatilho.

A chapa branca é de quem
Tem poder e mordomia
Já Casa Branca são duas:
Uma que é moradia
Do saudoso Zé Rodrix
E a outra que é um mix
De poder e galhardia.

O branco do meu cabelo
Foi o tempo que me deu
E o Branco lateral
Não sei onde se meteu
Fez um golaço na copa
Depois foi para Europa
Conhecer o Coliseu.

Voltando ao automóvel
Têm brancos que só o cão
É o branco Chevrolet
Branco Volks do fuscão
Tem o branco acetinado
Jateado, laqueado
Ambulância e caminhão.

O branco da rosa branca
Esse é bonito e cheiroso
O branco do vinho branco
]Geladinho é saboroso
Armários e geladeiras.
Prateleira, cristaleiras
Usam o branco leitoso.

Tem outros tipos de brancos
No gesso e no azulejo
Até no queijo de minas
O queijo do meu desejo
Na louça de porcelana
Piso de Copacabana
Lugar de muito festejo.

E quando o branco é na mente?
Momento de aflição.
Branco do esquecimento
Vem à preocupação
É quando o branco complica
Vem o doutor e explica
Precisa de atenção!

Dizem também nas escolas
Que o branco não é cor
Se não é cor é o que?
Pergunto ao professor
Dizer que é a ausência
De cor, prá mim paciência,
Eu vou parar de compor.

O pior branco que tem
O branco que contamina
É aquele que não faz
O homem ter seu domínio
Precisa da lei da toga
Chamado branco da droga
A droga da cocaína.

O dia branco é canção
Do Geraldo Azevedo
Sucesso da nossa música
Que tem singelo enredo
É níveo, claro e sincero,
Simples, franco e austero,
O branco não causa medo.

Agora do branco da paz
Paz que o mundo almeja
O branco que mais se quer
Que o povo todo deseja
O branco deste papel
Onde escrevo este cordel
Da espuma da cerveja.

Por fim o branco do terno
De linho branco amassado
Tem o tom da boemia
É um branco esmerado
Agora chegando ao fim
Falo no branco cetim
Deixo o cordel encerrado.
(Chico Sales)
Jan. 2013 

Um comentário:

  1. Poeta tu esgotaste
    do branco todo o matiz
    e assim nada restou
    pra este pobre aprendiz
    que tem rimas limitadas
    procurando nas jornadas
    um verso pra ser feliz

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