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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

MULHERES E VERSOS

Williana Brito
Bastinha Job e Dalinha Catunda
















 Dalinha Catunda
Contemplar a natureza
O azul do céu apreciar,
Numa montanha cismar,
Mirando tanta riqueza
Farto os olhos de beleza
Não fujo a contemplação
Se enleva meu coração
Na hora do sol se pôr
Tudo isso chamo primor
Não vejo outra tradução.
*
Williana Brito
Sentir a brisa altaneira
Fazer dançar toda a mata;
Ver a lua cor de prata,
Ouvir uma cachoeira,
Tomar banho de biqueira
Sentindo os pingos na mão;
Ver chuva no meu sertão
Expurgar tristeza e dor
Tudo isso chamo primor
Não vejo outra tradução.
 *
Dalinha Catunda
O canto da passarada,
Festejando o amanhecer
É coisa que adoro ver
E que me deixa encantada,
Ver a campina orvalhada
E o brilho do sol no chão,
Iluminando o sertão
Nas manhãs do interior,
Tudo isso chamo primor
Não vejo outra tradução.
 *
 Williana Brito
Comer um fruto docinho
Tirado do pé na hora
Poder contemplar a aurora
Ver o mato bem verdinho
Ver mãe ninando o filhinho
Entoando uma canção
Irmão abraçando irmão
Num jardim cheio de flor
Tudo isso chamo primor
Não vejo outra tradução.
*
Bastinha Job
No Cantinho da Dalinha
encontrar Williana
a cordelista bacana,
as duas numa duplinha,
cada décima bem certinha
passou-me tanta emoção
digo com convicção:
Que versos cheios de cor
Tudo isso chamo primor
Não vejo outra tradução.
*
Mote de Dalinha Catunda





Um comentário:

  1. Três poetas da candura
    rimando com maestria
    na sua Filosofia
    vêm louvar à Mãe Natura
    em linguagem leve e pura
    feito água em riachão
    correndo do coração
    tomado de vero amor
    Tudo isso chamo primor
    Não vejo outra tradução.

    Para as amigas Dalinha, Williane e Bastinha Job. Sou "fão" de vocês, poetas !

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