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sexta-feira, 7 de agosto de 2020

CARREIRÃO DE VÂNIA FREITAS

 Dalinha tu és poesia
Legítima e verdadeira
Vou entrar nessa história
Pois gostei da brincadeira
Vou pegar o carrilhão
E tocar a noite inteira
Pra a rainha do Cordel
Essa rosa da roseira
Que com belo verso exala
A subida da ladeira
Daqui de baixo eu olho
Vejo outra bem ligeira
É Lindicassia a dama
Da bela poesia brejeira
De gaiata me misturo
Com esta gente timoneira
"Devagar se vai ao longe..."
Mesmo sendo derradeira
Remando contra a maré
Embora ainda topeira
Faço da vida uma arte
Da arte minha videira
Donde tiro meu bom vinho
Que inspira minha dodeira
Pra criar novas ideias
E não ser prisioneira
Mas ser livre leve e solta
Pra fazer qualquer besteira
Como estou fazendo agora
Verso sem eira e sem beira
Para ocupar minha mente
E tirar da prateleira
Tudo que está cheio mofo
Também cheio de poeira
O meu canto é de segunda
Porque o seu é de primeira.
Glosa - Vânia Freitas
Mote de Dalinha Catunda só inverti, porque seria um atrevimento da minha parte achar que meu canto seria de primeira.
SE TEM CANTO DE SEGUNDA

O MEU CANTO É DE PRIMEIRA. 

2 comentários:

  1. Poeticamente delicioso de ler.
    .
    Bom fim de semana

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  2. O POETA FAZ NA CABEÇA O CANTOR DIZ NA GARGANTA / QUANDO A MULHER APARECE
    A POESIA SE LEVANTA E NO CORDEL NOS ENCANTA

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