LUIZ GONZAGA:
O
Nordestino do Século
É o nosso Rei do Baião
Zé Walter Pires, acadêmico
da ABLC e, parceiro do Cordel de Saia nos envia o poema Luiz Gonzaga: o nordestino do século é o nosso rei do baião, do
músico e, também poeta de cordel, Moraes Moreira. Mais uma vez, agradecemos aos
irmãos baianos a ilustre parceria.
*
LUIZ GONZAGA:
O
Nordestino do Século
É o nosso Rei do Baião
*
Chegou
aquele rebento
Seu
povo ficou feliz
Brilhou
a luz de Luiz
Gonzaga
do Nascimento
Ali
naquele momento
Iniciando
a missão
Valorizou
seu torrão
Consolidou
este vínculo,
O Nordestino
do Século
É o nosso Rei do Baião
*
Pernambucano de Exu
Eis o nosso mensageiro
De corpo e alma um
vaqueiro
Brasileiro como tu,
A flor do mandacaru
A vida de pé no chão
O que vem lá do sertão
Pra receber esse título:
O Nordestino do Século
É o nosso Rei do Baião
Por outro lado eu diria
Bons nomes é que não
faltam
Há outras que se destacam
Com muita sabedoria,
É grande a minha alegria
De ver alguém do povão
Equilibrando o bastão
Num verdadeiro espetáculo!
O Nordestino do Século
É o nosso Rei do baião
*
Marquei no meu calendário
Dia 13 de dezembro
A cada ano eu me lembro
Do filho de Januário,
No dia do aniversário
Fazendo a minha oração
Eu trago o livro na mão
E vivo cada capítulo,
O Nordestino do Século
É o nosso Rei do Baião
*
Gibão e chapéu de couro
Uma inventiva figura
Fiel à sua cultura
Um verdadeiro tesouro,
É da boiada o estouro
O aplauso é da multidão
Pra conduzir a emoção
O amor é o grande veículo,
O Nordestino do Século
É o nosso Rei do Baião
*
Ao som do seu instrumento
Seguindo a trilha sonora
Foi como quem foi se embora
Retratando o sofrimento,
Veloz, que nem pensamento
O desafio era então
Seguir naquele rojão,
Sem conhecer obstáculo,
O Nordestino do Século
É o nosso Rei do baião
*
Nas asas de uma asa branca
Seguiu a perder de vista
Exercitando a conquista
Com sua conversa franca,
Onde o saber não estanca
Eu faço uma indagação
Quem é este cidadão?
Que ampara e é
sustentáculo,
O Nordestino do século
É o nosso rei do Baião.
*
Sem nunca temer a lida
Aproveitou a viagem
E não foi só de passagem
Que esteve aqui nesta vida
Foi triste a sua partida.
A saga de Gonzagão
Vai nos servir de lição
Consulta aí este oráculo,
O Nordestino do Século
É o nosso Rei do Baião.
(Moraes Moreira)
*
Traga, você também, sua homenagem aos 100 anos de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, deixando aqui seu comentário ou o enviando para cordeldesaia@gmail.com
Fotos extraídas da internet
CENTENÁRIO DO REI DO BAIÃO EM 2012
ResponderExcluirAO DIVINO ESPIRITO SANTO
PEÇO LUZ DA SABEDORIA
PARA QUE POSSA ILUMINAR
MEU PENSAMENTO NESSE DIA
PRA FALAR DO GONZAGÃO
REI DO XOTE, XAXADO E BAIÃO
ERA DO NORDESTE ESSA CRIA
NASCIDO NO ANO DE 1912
NA CIDADE DE EXU
NO SERTÃO PERNAMBUCANO
TERRA DO MANDACARU
MESMO NO PÉ DA SERRA
ONDE O BODE PULA E BERRA
EMBAIXO DO PÉ DE IMBU
GRANDE SANFONEIRO FOI
NAS QUEBRADAS DO SERTÃO
TOCANDO FORRÓ PE DE SERRA
NO TERREIRO OU NO GALPÃO
NO NORDESTE ESSE SENHOR
ERA HOMEM DE GRANDE VALOR
E AQUI CUMPRIU SUA MISSÃO
GONZAGÃO ERA UM POETA
DA CULTURA POPULAR
CANTANDO XOTE E BAIÃO
FAZIA SUA ESTRELA BRILHAR
DO NORDESTE BRASILEIRO
SAIU ESSE BANDOLEIRO
PARA O MUNDO FOI CANTAR
O "CABRA DA PESTE" GONZAGA
ERA NORDESTINO ARRETADO
VIAJOU POR TODO BRASIL
QUANDO NOVO FOI SOLDADO
SAINDO DO SERTÃO BREJEIRO
CHEGOU AO RIO DE JANEIRO
E LOGO FICOU ENCANTADO
ABANDONANDO A FARDA
NOS CABARÉ FOI TOCAR
PUXANDO SEU ACORDEÃO
QUERIA SEMPRE MELHORAR
MAIS NÃO TOME POR DESAFORO
CANTANDO SAMBA E CHORO
ELE ERA RUIM DE LASCAR
FOI AI QUE ELE COMEÇOU
A CANTAR XOTE E BAIÃO
NUM PROGRAMA DE CALOURO
CHAMOU LOGO A ATENÇÃO
O PÚBLICO APLAUDIO DE PÉ
E ELE COM MUITA FÉ
ENCANTOU TODA NAÇÃO
CANTANDO COM SABEDORIA
TUDO QUE VIA NO SERTÃO
DESDE O VÔO DA ASA BRANCA
ATÉ A NOITE DE SÃO JOÃO
MOSTRANDO A TODO BRASIL
O VERDADEIRO PERFIL
DE NOSSA RESPEITADA REGIÃO
NO FORRÓ E VAQUEJADA
PROGRAMA DO GRANDE JATÃO
TOCO A VIDA DESSE REI
E NÃO MÚSICA DE BAIXO CALÃO
UMA TAL DE "INFINCA" TEM
MAIS EU NÃO TOCO NEM POR CEM
EM RESPEITO A GONZAGÃO
QUER ESCUTAR MÚSICA BOA
ESCUTE "SANGUE NORDESTINO"
DO GRANDE LUIZ GONZAGA
EU ESCUTO DESDE MENINO
CONTANDO A HISTÓRIA
DE LUTA E DE GLÓRIA
DO NOSSO POVO NORDESTINO
TEXTO: JATÃO VAQUEIRO
SONETO DO REI DO BAIÃO:
ResponderExcluirTreze do doze mil nove centos doze,
Nasceu uma estrela e ave cantora,
Sertanejo, apesar de tudo não chora;
Sofre, faz poesia, canta. Uma Arcoze.
Tocando sanfona uma pé de bode,
Começou sua história lá em Caiçara;
Em São Paulo tocou no Pirajuçara,
Ninguém do Gonzaga falar mal pode.
Fez poesia com santo, cangaço e Aves
Gonzaga sempre lembrava sua terra,
Ajudou muitos como Carmélia Alves.
Seu estado teve três reis um Luís,
No nordeste mais cantou foi Piauí,
Bom sanfoneiro só não sendo Juís.
Demparaso/Salina