BARRACA
DA CHIQUITA 42 ANOS
1
Certa
vez uma guerreira
De
linhagem nordestina
Não
ficou chorando a sorte
Deu
asas a sua sina
Escolheu
bom paradeiro
E
no Rio de Janeiro
Fez
do trabalho rotina.
2
O
ano foi setenta e nove
Que
essa história começou
A
guerreira pôs em prática
Tudo
aquilo que sonhou
Numa
visita inocente
Naquela
feira ela sente
Que
sua estrela brilhou.
3
A
Feira de São Cristóvão
Lhe
serviu de inspiração
Tinha
tudo que ela amava
E
tocou seu coração
Tinha
comida gostosa
Bom
forró e boa prosa
E
lembrava o seu sertão.
4
E
foi assim que essa filha
De
Francisco e de Francisca
Protegida
pelo santo
O
seu roteiro rabisca
Sendo
Francisca também
Graça
divina ela tem
Nessa
empreitada se arisca.
5
Montou
a sua Barraca
Enfeitada
e bem bonita
Botou
chapéu na cabeça
E
linda saia de Chita
A
barraca era arretada
Por
ela foi batizada
De
BARRACA DA CHIQUITA.
6
Chiquita
seguiu à risca
Dicas
do seu pensamento
A
Barraca fez sucesso
Era
grande o movimento
E
a cada dia aumentava
E
a guerreira batalhava
Cheia
de Contentamento.
7
Começou
com pratos típicos
Na
primeira ocasião
Fazia
Baião de Dois
E
paçoca de pilão
Um
quitute invenção dela
Encantou
a clientela
O
Bolinho do Sertão.
8
A
Mulher empreendedora
Ligeiro
tomou ciência
Do
gosto de seus clientes
Com
sorriso e paciência
Tudo
que o freguês queria
Na
Barraca ela fazia
Cumprindo
cada exigência.
9
A
barraca evoluiu
Fez
um menu abrangente
Seu
cardápio variado
Agradava
muita gente
Chiquita
feliz sorria
Não
faltava freguesia
Seu
recanto era atraente.
10
Sua
fama foi crescendo
De
maneira natural
A
Barraca se expandiu
Aqui
não tem outra igual
É
uma casa sertaneja
Quem
não viu se avexe e veja
E
deixe lá seu aval.
11
Foi
com nordestinidade
Que
fez a decoração
Tem
abano tem peneira
Num
canto tem um pilão
Tem
o chapéu do vaqueiro
Ao
lado do Cabideiro
Onde
ela expõe um gibão.
12
Tem
bonequinha de pano
Toda
vestida de chita
Com
sacolinha de lado
Usando
laço de fita
Tem
reide para deitar
Se
quiser se balançar
E
tirar foto bonita.
13
La
Chiquita conviveu
Com
os nomes da poesia
Como
o querido Azulão
Manuel
Santa Maria
Gente
que honrava a pena
Como
foi o Santa Helena
Que
o povo bem conhecia.
14
Sua
casa tem a vida
Tem
a alma do sertão
Preservou
suas raízes
E
fez a propagação
Usa
a xilo e o cordel
E
faz bonito papel
Tendo
a cultura em ação
15
Quem
põe sua mão na massa
Com
luta e honestidade
A
tendência é só crescer
Mostrando
ter qualidade
Chiquita
mulher sem ócio
Expandiu
o seu negócio
Com
garra e capacidade.
16
Sua
primeira Barraca
Foi
na Feira Nordestina
Na
Feira de São Cristóvão
Onde
o povão se aglutina
Depois
foi pro pavilhão
E
lá chamou atenção
Pela
beleza agrestina.
17
A
Barraca da Chiquita
Copacabana
ganhou
E
nunca fica vazia
Porque
o povo aprovou
É
muito bem decorada
Por
turista é frequentada
A
mão Chiquita acertou
18
Niterói
abriu as portas
Para
Chiquita passar
Ela
atravessou a ponte
Para
o cliente agradar
Abriu
mais uma Barraca
Com
o seu leme ela atraca
Tem
rumo pra trabalhar
19
Em
Vista Alegre a caçula
Está
indo muito bem
É
a mais nova Barraca
Que
faz sucesso também
Quem
age tem resultado
A
Jesus tem agradado
E
os anjos dizem amém.
20
Assim
segue essa guerreira
Na
lida incansavelmente
Navegando
novos mares
Tocando
o barco pra frente
Seguindo
sempre adiante
Ajudando
o semelhante
Empregando
muita gente.
21
O
Ceará tem orgulho
Dessa
cabocla guerreira
Que
deixou o seu lugar
No
Sudeste fez carreira
E
na arte da culinária
Ela
é revolucionária
Profissional
de primeira.
22
A
Barraca da Chiquita
Com
sua ornamentação
Já
foi cenário de muitas
Cenas
de televisão
A
cultura popular
Está
em todo lugar
Causando
boa impressão
23
Quarenta
e dois anos são
De
aconchego e acolhimento
Dando
o melhor pro cliente
E
tendo bom crescimento
Parabéns
pelo progresso
A
razão do seu sucesso
É
o bom atendimento
24
Escrevi
esse cordel
Pra
celebrar esse dia
Dia
13 de dezembro
Dia
de Santa Luzia
Parabéns
para Chiquita
Pra
Barraca mais bonita
Espaço
que contagia.
*
Cordel
de Dalinha Catunda
Capa
de J. Borges
dalinhaac@gmail.com
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