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quinta-feira, 26 de abril de 2012

DALINHA, DIDEUS E O VIRTUAL

Da esquerda para direita: Moreira de Acopiara, Daniele del Giudice, Dalinha Catunda e Dideus Sales.



DIDEUS SALES E DALINHA CATUNDA
DS
Dalinha, quando degusto
A tua literatura,
Às vezes até me assusto
Com tanta desenvoltura.
Acho que tu és elétrica,
Pois produz muito, e a métrica
Agora está bem na linha!
O verso tá bom de um jeito,
Que ao ver um verso bem feito
Já penso que é de Dalinha!
DC
Dideus eu fico contente
Com tua apreciação.
És um vate competente
Esta é minha opinião.
Nos versos tu és atleta
Que traz a alma repleta
De inspiração e magia
A tua maior riqueza
Concentra-se na beleza
De difundir alegria.
*
DS
Com elegância e magia
Sem pensamentos dispersos
Dalinha borda em seus versos
As questões do dia a dia,
Com vigorosa poesia
Aborda hodiernos temas,
Alegrias e problemas
Dos sertanejos valentes
São fortes ingredientes
Contidos em seus poemas.
DC
Tento cantar a riqueza
Típica do meu sertão,
E sem mudar a feição
Vou retratando a beleza
D’uma agreste natureza,
Campesina a me encantar
Lá das terras de Alencar
Onde a bonita palmeira
Chamada carnaubeira
Ensina o vento a cantar.
DS
Dalinha é cria silvestre
Nascida no sertão virgem,
Suas rimas têm origem
No florescer do campestre.
Foi Deus o eterno mestre
Que lhe doou este oásis,
O seu versejar tem bases
No encanto e na beleza,
E a sagrada natureza
Lhe dá de presente as frases.
DC
Sim, sou cria do sertão,
E da natureza amante
Até mudo meu semblante
Quando piso no meu chão.
Nos festejos de São João
Danço em volta da fogueira
Como milho e macaxeira
Ponho vestido de Chita
Ponho até laço de fita
Só pra desfilar faceira.
DS
Dalinha, sempre altaneira,
Merece aplauso e laurel
Por hastear a bandeira
Do verdadeiro cordel,
Poetisa inteligente,
Canta o berço e sua gente
Com a mais forte expressão
Do seu canto natural,
Como fez o magistral
Gerardo Mello Mourão.
DC
Dideus teu canto bonito
É canto de sertanejo
O verso vem num lampejo
Trazendo com ele um mito,
Assim seguimos o rito,
Cantando nosso rincão
Escorados num Mourão
Da estirpe de Gerardo!
Com certeza o maior bardo,
Que conheceu o sertão.
DS
A seca sem compaixão
Assola o meu Ceará,
Não se ouve o sabiá
Na caatinga do sertão,
O vento da precisão
Soprando desembestado,
O matuto apavorado,
Imerso em mar de quizília
Sem feijão para a família,
Sem forragem para o gado.
DC
Apelando pro sagrado
O pobre faz oração.
Repleto de precisão
Se sentindo atordoado
Suplica pelo roçado
Pede chuva ao criador,
E o céu não muda de cor
O sol queima a plantação
Ele chora e molha o chão,
Com seu pranto e sua dor.
*
Amigos, o Cordel de Saia tem tentado uma interação maior entre os poetas e aqui, estou postando esta minha troca inacabada com Dideus.
Tenho trocado versos com Fred Monteiro poeta de mão cheia e poderá ser com outros, gosto de ver a mistura de poetas. Venha!!!!!
Foto do acervo de Dalinha Catunda

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