O Blog Cordel de Saia idealizado e criado pela poeta de cordel, Dalinha Catunda, é direcionado à cultura popular, a mulher aparecerá como figura principal. Aqui receberemos democraticamente, homens e mulheres praticantes deste contagiante mundo encantado da Literatura de cordel. O blog tem também como função divulgar eventos relacionados a literatura de cordel além de descobrir e divulgar a mulher cordelista. Contatos: dalinhaac@gmail.com e rosariuspinto@gmail.com
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quinta-feira, 18 de março de 2010
DIA 19 de MARÇO DIA DE SÃO JOSÉ
Apelo a São José
Glorioso São José.
Santo da minha devoção.
Não se esqueça de mandar,
Chuva pro meu sertão.
Aqui o povo é sofrido,
E carece de proteção.
Olho pro gado no pasto,
Tão magro tão desnutrido...
Parece que lambe pedra,
O verde foi destruído.
Só se vê nessas paragens,
Galhos secos retorcidos.
À vontade de trabalhar é grande.
A fé em Deus não é menor.
A gente só quer do senhor,
Uma ajudinha maior,
Pois o nordestino é forte,
Não economiza suor.
Dá uma tristeza danada,
Ver nosso açude secar.
Primeiro vira lama,
Depois se dana a rachar.
Os peixes vão se sumindo,
E os urubus a rondar.
É a miséria chegando,
É a chuva sem chegar,
É a oração e o pranto,
E o pobre sempre a rogar:
Glorioso São José,
Venha nos ajudar.
Texto:Dalinha Catunda
Imagem:lcarol.wordpress.com/2009/01/
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Que coisa mais linda,Dalinha! Do teu jeitinho fizeste uma linda homenagem!beijos,tudo de bom,chica
ResponderExcluirDalinha... Que emoção..Lindo, amiga! Que São Jose, patrono das famílias abençõe sempre você e a sua família.
ResponderExcluirEste dia é esperado pelo nordestino na grande seca, como a única esperança de chover. Só São José pode ajudar , diante de tanta devoção.
Beijos e lindo fim de semana, querida amiga.
PELO VISTO O POETA SE PRECIPITOU
ResponderExcluirSeguindo o apelo da amiga Dalinha,
Pedimos por chuva no nosso sertão.
Água boa do céu pra molhar nosso chão
E a fertilidade pra nossa terrinha,
Que sente saudade da água que tinha
No poço, no açude, no riacho e no ar.
Do jeito que vai, onde vamos parar?
Pelo visto, o poeta se precipitou.
Pois o mar em sertão não se transformou.
Quem dirá o sertão virar-se no mar!
Ricardo Aragão