O Blog Cordel de Saia idealizado e criado pela poeta de cordel, Dalinha Catunda, é direcionado à cultura popular, a mulher aparecerá como figura principal. Aqui receberemos democraticamente, homens e mulheres praticantes deste contagiante mundo encantado da Literatura de cordel. O blog tem também como função divulgar eventos relacionados a literatura de cordel além de descobrir e divulgar a mulher cordelista.
Contatos: dalinhaac@gmail.com e rosariuspinto@gmail.com
Quem quiser saber mais sobre Marcos Mairton basta acessar o blog: http://www.mundocordel.blogspot.com/ um blog bem democrático onde o mesmo com sua generosidade abre as portas para todos os seguimentos do cordel.
O TEMPO
Foto: Rosário Pinto : acervo da Biblioteca Amadeu Amaral - que possui mais de 8.600 títulos de folhetos de cordel em Base de Dados e, mais de 5 mil digitalizados; e também disponibiliza outros links e sites de poetas e instituições detentoras de acervos de literatura de cordel
www.cnfcp.gov.br
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100 Cordéis Históricos Segundo a ABLC
Editora: Queima-Bucha Formato: 21 X 28 Páginas: 568 Capa: Papel Triplex 350g 2 cores Miolo: Papel Off-Set 90g P/B Preço: R$ 50,00 (caixa com dois volumes)
Para envio por Correios será acrescentado o valor correspondente para cada cidade. A coleção está à venda pelo e-mail 100cordeis@ablc.com.br.
Josenir Lacerda, do Crato, já tomou posse na Academia Brasileira de Literatura de Cordel. É a segunda cearense
Crato.Uma região destaque na produção de cordéis passa a ter, pela primeira vez, uma representante na Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC). Josenir Alves de Lacerda, do Crato, é a primeira mulher caririense a fazer parte da entidade, e a segunda cearense. Ela foi empossada na cadeira número 37, no Rio de Janeiro, no último mês de dezembro. A cordelista teve um grande incentivador na sua caminhada: o poeta popular Antônio Gonçalves da Silva, o conhecido Patativa do Assaré, que chegou a fazer rimas de elogios ao trabalho da poeta cratense. Um momento de emoção, em que o Cariri passa a ter uma representante na ABLC. Para Josenir, que assumiu a cadeira do titular Gonçalo Ferreira da Silva, é uma honra hoje estar nesse lugar. Ela está preparando o cordel, já que essa é uma missão de quem assume um lugar na academia, do seu titular. A presença da mulher e dos cordelistas cearenses na academia têm uma ênfase feminina. Josenir, agora imortal, passou a fazer parte a partir do seu contato com outra cearense, há cerca de 30 anos morando no Rio de Janeiro, Maria de Lourdes Aragão Catunda. Josenir, nesse momento, prepara dois novos trabalhos para serem lançados por grandes editoras do cordel do Brasil. O primeiro deles, com um tema exclusivo sobre o cangaço, e que traz uma de suas características de trabalho, que é a pesquisa apurada. A "Medicina no Cangaço" será lançado pela editora Luzeiro, de São Paulo. A cordelista está ampliando um cordel que fez anteriormente, já que o cordel, que será lançado pela editora paulista, tem um formato maior e requer pelo menos 100 estrofes. Ela utilizou livros de pesquisadores do cangaço para verificar um tema diferenciado para explorar no cordel. Outro trabalho virá pela editora Ensinamentos, de Brasília. Uma reedição do cordel, em livretos, escrito em parceria com o cordelista João Nicodemos. O cordel "Segredos da Natureza" fará parte da coleção Cesta Básica da Cultura e do Conhecimento. Mas a também integrante da Academia dos Cordelistas do Crato tem trabalhos na sua carreira de sucesso e com várias edições publicadas. Um deles é "Linguajar Cearense", na quinta edição. Duas delas pela Tupinambá Editora, Livro Técnico e o primeiro pela Academia de Cordelistas do Crato. Esse trabalho, em particular, fez um giro pela internet, e serviu mais ainda para divulgar esse trabalho de Josenir, também fruto de uma pesquisa de resgate da linguagem coloquial do cearense. Termos, que segundo a cordelista, já não se fala mais. Por isso, a importância desse e a contribuição do cordel para o resgate. Ainda criançaJosenir iniciou cedo no cordel. A menina tímida que começou a escrever versos de verdade para extravasar a sua timidez aos poucos conquista o seu espaço. De pequena, quando lia os clássicos do cordel para a avó, veio o tempero do imaginário. A memória passa a ser povoada pelos príncipes e princesas, reis e rainhas, os dragões, os heróis nordestinos, o Pavão Misterioso. Ela vive cercada pela arte. Em casa, tem uma pequena lojinha de artesanato. O local é ponto de encontro de artistas, onde podem ser encontrados vários exemplares de cordéis, inclusive os seus. São 63 livretos escritos. Desses, 14 parcerias, 16 coletâneas e 33 particulares. A inspiração surge de repente e os versos começam a ser decantados, entrando pelas suas origens. Josenir é funcionária pública aposentada. No trabalho brincava com os seus versos. Desde que assumiu a Academia de Cordelistas do Crato, a convite do mestre Elói Teles, relembra a importância do folclorista que lutou pela preservação da literatura de cordel, teve uma preocupação em incentivara a participação da mulher.
Elizângela Santos, repórter MAIS INFORMAÇÕES Espaço Cordel e Arte, localizado na Rua José Carvalho, 168, Bairro do Centro, Município do Crato - CE Telefone: (88) 3512. 0827
Poeta de cordel, natural de Alagoa Grande (PB), nasceu em 25 de maio de 1950, em Zumbi, distrito de Alagoa Grande, (PB). Veio para o Rio de Janeiro em 1969. Atualmente faz o sacrifíco de voltar, periódicamente, à Paraíba para realizar cuidadosas pesquisas da cultura popular brasileira, junto ao mar, aos amigos e porque não, regar todas essas pesquisas com uma boa "branquinha" ou vários chops. Membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, ocupa a cadeira, nº 31, patronímica de Umberto Peregrino.
1
Foi notícia nos jornais,
Mostrou a televisão
A desordem na cidade
A tamanha confusão
O ataque de bandidos
E o terror no Alemão.
2
Ó meu São Sebastião,
Mártir Santo Padroeiro,
Proteja a população
Deste Rio de Janeiro
Que sofre com a violência,
Dum grupo de bandoleiro.
3
É polícia pra todo lado
É bandido e caveirão.
Com essa violência toda
Quem sofre é a população
Que fica presa em casa
Com medo da situação.
4
É todo mundo botando
Em suas portas tramelas.
É bala comendo solto,
No asfalto e nas favelas.
Sofre pobre, sofre rico,
Fugindo destas Mazelas.
5
Por falta de segurança.
Escolas foram fechadas.
O terror é bem visível
Nas imagens propagadas.
Com tanta barbaridade,
Só com as forças armadas!
6
Até a igreja da Penha
Recinto de oração
Nesta guerrilha urbana
Foi vítima de invasão
Pelo espaço sagrado
Faltou consideração
7
Ônibus incendiados,
Motos, carros, também.
Com a revolta do povo,
A resposta logo vem.
Autoridades unidas,
Traçam planos que convem
8
Sofreu a Vila Cruzeiro,
E tremeu o Alemão.
Ao ver as autoridades
Tomando a decisão
De invadir a favela...
E houve a invasão!
9
Exército compareceu
Com seu verde esperança.
E mostrando sua força
A todos deu e confiança
Anunciando enfim
Que chegaria a bonança.
10
Bandido foi transferido,
Pra outra jurisdição.
Alguns foram mortos,
Com a polícia em ação.
E outros se entregaram
Indo parar na prisão.
11
O reboliço foi feio,
O bicho de fato pegou.
Teve até mãe de bandido
Que seu filho entregou
Querendo salvar a cria
Que um dia ela gerou.
12
Policiais e políticos,
E toda sociedade,
O povo todo unido,
Teve, sim, autoridade
Para colocar um fim
Na cruel barbaridade.
13
Eu não sei se realmente,
Mudará a situação,
E todo esse processo
Sem a continuação
Não ajudará em nada
O morro do Alemão.
14
Que essa comunidade,
Seja então pacificada.
Que crianças corram livres
Sem temer sua estrada.
E que os trabalhadores
Voltem a sua jornada.
15
Espero que os políticos
Cumpram a obrigação
De dar estudo, trabalho
A carente população,
Das pobres comunidades
Sedentas de solução.
16
Na favela tem bandido,
Isso é uma verdade.
Mas também tem gente boa,
Com sua dignidade.
Que merece nova vida
Com menos dificuldade.
17
Aonde o poder público,
Firme, não se manifesta,
E a tropa do mal chega
Fazendo a sua festa
No comando do lugar
Aparece sempre um testa.
18
Tanto pode ser bandido
Como algum miliciano.
Que lá na comunidade
Acaba então mandando.
E quem mora na favela
Sofre com este comando.
19
Mais uma vez eu convoco
Ao meu Santo padroeiro,
Que proteja a cidade
Que é o Rio de Janeiro.
Ó meu São Sebastião,
Livrai-nos deste salseiro.
20
Neste cordel eu registro.
Um caso que se passou
No fim de dois mil e dez.
E a todos apavorou,
Mas o Rio de Janeiro
Bem alegre ressuscitou.
21
Neste cordel eu registro.
Um caso que se passou
No fim de dois mil e dez.
E a todos apavorou,
Mas o Rio de Janeiro
Bem alegre ressuscitou.
Chico Salles é cantor, compositor e músico. Natural de Sousa na Paraiba. Ocupa a cadeira de nº 10, que tem como patrono Catulo da Paixão Cearense.
Para a Josenir e as demais mulheres: Mulheres do meu Brasil Agora em novo papel Escrevendo para o mundo Lindos textos em cordel Colorindo nossa praia No Blog Cordel de Saia Feito a douçura do mel. Chico Salles
* Chico Salles obrigada Por abrigar-se nas saias, Dessas Marias poéticas, Quem jamais fogem das raias. De poetas menetréis, Cumprindo os seus papéis Nestas Saias sem tocaias. Rosário *
A mulher pediu licença,
Entrou na roda e cantou.
Começou a fazer versos
Com seus versos encantou.
Hoje faz roda e ciranda
No cordel de saia manda,
Seu espaço conquistou.
Dalinha
*
Ao poeta Chico Salles
O nosso agradecimento
Semear rimas e versos
Pra nós é contentamento
Mas nosso "Cordel de Saia"
Não é só renda e cambraia
Homem tem acolhimento.
Josenir Lacerda - Crato-Ceará
* O poeta Chico Salles que a mulher exaltou aqui de meus Verde Vales sua lira me tocou sou grata, caro poeta sua setilha é uma seta que minha alma flechou! Bastinha - Crato-Ceará
Erivaldo nasceu no Rio de Janeiro, porém tem suas raízes no Nordeste. Filho do poeta popular Expedito F. Silva, cedo criou intimidade com a arte popular vendo seu pai vender cordéis na Feira de São Cristovão e mais tarde vendendo-os também.
Apaixonado por desenhos logo se transformou em artesão confeccionando xilogravuras. Um trabalho interessantíssimo em desenhos, esculpidos em madeira se transformam em matrizes dando origem às xilos que enriquecem as capas dos cordéis.
Em seu aprendizado teve a presença marcante de J. Borges um dos mais conceituados xilogravurista do Brasil.
J. Borges vindo ao Rio de Janeiro, para um evento na Feira de São Cristovão, hospedou-se na casa do pai de Erivaldo. Vendo aquele garoto tão interessado na arte de desenhar e esculpir, deu importantes dicas a Erivaldo, que apesar da pouca idade soube aproveitar bem os ensinamentos do mestre.
Atualmente, Erivaldo pode ser encontrado aos sábados e domingos na feira dos nordestinos ou Feira de São Cristovão como conhecemos, fazendo demonstrações de suas xilos e recebendo encomendas de trabalhos.
Tive o prazer de receber o artesão em minha casa, para uma visita de negócios, fiquei maravilhada com as peças para demonstração. Já conhecia o trabalho de Erivaldo, de quem sou cliente, mas ele se supera a cada novo trabalho.
Pela competência de Erivaldo, pelo seu profissionalismo e por sua simpatia achei por bem fazer uma matéria sobre este artesão que merece ser conhecido por uma quantidade maior de pessoas.
Literatura de cordel – forma de expressão sedimentada
O programa Globo Rural, em sua data de aniversário, 02 de janeiro de 2011, dedicou toda uma pauta à literatura de cordel. O programa é apresentado por Helen Martins e Nélson Araújo.
A programação ressaltou o valor de Leandro Gomes de Barros como pioneiro na arte da impressão e da distribuição de folhetos de cordel, atividade que gerou renda para muitas famílias. Pudemos notar a relevância social da poesia popular. Hoje, Leandro é nome de rua em sua cidade natal, Pombal, PB, onde a professora e pesquisadora Ione Severo se dedica a preservar a memória e arte do poeta, levando folhetos seus e de outros autores para as feiras com o único intuito de manter viva a presença da literatura de cordel em espaços públicos como as feiras populares.
Observe os versos do poeta Delarme Monteiro referindo-se a esse caráter social das atividades de Leandro, no folheto Nordeste, cordel, repente, canção, [19--].
"(...)
Dos poetas de cordel
Foi Leandro, o pioneiro
Aqui dentro do Recife
Assim foi ele o primeiro
A distribuir folhetos
Por este nordeste inteiro
Leandro Gomes de Barros
Homem que tinha pujança
Na feitura dos seus versos
Com beleza e segurança
Morreu só deixando rimas
Pra viúva como herança”
É importante ressaltar que o grande dramaturgo Ariano Suassuna esclarece que seus trabalhos são fundamentados nas pesquisas realizadas em folhetos de cordel.
Importante ver os poetas divulgando seus talentos, Mestre Azulão (José João dos Santos), que tem mais de 60 títulos depositados na Cordelteca – Memória da literatura popular, da Biblioteca Amadeu Amaral, com seu talento para a notícia e para o humor, foi praticamente o fio condutor da programação, como vemos no folheto Terror nas Torres Gêmeas, 2001:
“(...)
Como poeta repórter
Nordestino, brasileiro,
Descrevo neste cordel
Um lamentável roteiro
Do mais cruel fanatismo
Num ato de terrorismo
Que abalou o mundo inteiro”
Gonçalo Ferreira da Silva, presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, contribui para o acervo com cerca de 200 títulos. Tem memória prodigiosa e guarda viva a historia da poesia de cordel no Brasil; Manoel Monteiro da Silva guarda na Cordelteca mais de 100 título; revela em seu depoimento a importância sobre a arte de composição poética; Abraão Batista da Silva, de Juazeiro do Norte, CE, poeta e xilógrafo, com mais de 50 títulos depositados, demonstra a arte de confeccionar as capas em xilogravura. Quanto aos versos, para ele, devem ter: “cara de povo, cheiro de povo e fala de povo”. Afinal a poesia de cordel é arte feita pelo povo, com a linguagem do povo, para leitura do povo.
Arievaldo Viana e Rouxinol do Rinaré falaram sobre a repercussão da literatura de cordel nas salas de aula.
O professor Aderaldo Luciano esclarece sobre os equívocos autorais da obra de Leandro Gomes de Barros, que teve seu acervo vendido, após sua morte para João Martins de Athayde. Veja o que nos diz Delarme Monteiro no folheto Nordeste, cordel, repente, canção, [19--].
“(...)
Com a morte de Leandro
A viúva precisando
Vendeu tudo a Athayde
Que já vinha se entrosando
Com versos de sua lavra
Aos poucos se levantando
Na direção do Athayde
A poesia cresceu
O acervo de Leandro
Ele juntou com o seu
O cordel em pouco tempo
Atingia o apogeu
Athayde adoecendo
Vendeu a tipografia
A José Bernardo Silva
Que do ramo conhecia
Levando pro Ceará
Toda a nossa poesia.”
A mais antiga editora de folhetos de cordel ainda em atividade, a Luzeiro, em São Paulo, SP, em seus 60 anos de atividade, foi a primeira a publicar folhetos com capas em policromia e num formato de tamanho maior que os folhetos tradicionais. Foi o primeiro passo no avanço em novas tecnologias. O poeta Varneci Nascimento, selecionador de textos, da Luzeiro, nos esclarece sobre a feitura dos versos: “o cordel deve ser difícil para escrever e fácil para entender”
O acervo da Cordelteca, da Biblioteca Amadeu Amaral, do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, um dos maiores e mais raros foi divulgado, na programação.
"(...)
No Centro Nacional
De Cultura Popular
Acervo de cordel é
Referência singular
Poeta de toda parte
Vem aqui depositar
Seus folhetos de cordel
Para conosco gravar
A Memória permanente
Da cultura popular
A Cordelteca respalda
A poesia popular"
A programação foi encerrada com notícia do momento sobre a invasão no Morro do Alemão, com os versos da poeta Dalinha Catunda:
“(...)
É polícia pra todo lado
É bandido e caveirão
Com essa violência toda
Quem sofre é a população
Que fica presa em casa
Com medo da situação”
*
(Maria Rosário Pinto)
Visite também:
www.cnfcp.gov.br
www.ablc.com.br
http://cordeldesaia.blogspot.com
http://cantinhodadalinha.blogspot.com
*
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100 Cordéis Históricos Segundo a ABLC
Editora: Queima-Bucha Formato: 21 X 28 Páginas: 568 Capa: Papel Triplex 350g 2 cores Miolo: Papel Off-Set 90g P/B Preço: R$ 50,00 (caixa com dois volumes)
Para envio por Correios será acrescentado o valor correspondente para cada cidade. A coleção está à venda pelo e-mail 100cordeis@ablc.com.br.
Foto na casa de Ricardo em Ipu-Ce onde caí de paraquedas para filar um almoço. Cordel na Mídia
Caro amigo AS e demais amigos e amigas, fiquei gratamente surpreso quando no domingo, ao ligar a TV, me deparei com esse programa Globo Rural dedicado exclusivamente à Literatura de Cordel. Ainda mais animado fiquei, ao ver o nosso conterrâneo e correspondente da AILCA, o poeta e cordelista Gonçalo Ferreira da Silva sendo entrevistado e dando um show de conhecimento. Como se não bastasse, me deparei com outra entrevista, dessa vez à amiga cordelista Rosário Pinto, com quem tenho frequentes contatos. Mas, para a emoção não parar por aí, eis que surge... Quem? Quem? ... MINHA AMADA MESTRA! DALINHA CATUNDA!!! Mas apenas em forma de verso, tratando sobre a invasão ao Morro do Alemão no Rio de Janeiro. Nem preciso dizer que ganhei o dia, logo bem cedinho! Aliás, a semana toda! Pois fico muito feliz em ver a maior expressão da Cultura Popular Nordestina tendo a devida valorização e reconhecimento, ainda mais através de gente da gente como os citados acima, sobretudo minha madrinha Dalinha... eita orgulho!!!
Ricardo Aragão
Gostaria de agradecer ao meu amigo Ricardo Aragão que deixou este comentário no site da AFAI, ao Airton Soares, que postou um texto de minha autoria também na AFAI e agradescer aos amigos que por telefone ou e-mail tem nos dado um ótimo retorno sobre o programa Globo Rural.
Um feliz 2011 a todos!
Dalinha catunda
A Literatura de Cordel Começa 2011 com força total. O programa Globo Rural Comandado pelos apresentadores: Helen Martins e Nelson Araujo, da um show de bola quando reúne num programa sensacional cordelistas de todo Brasil.
Eu que sou uma tiete assídua do programa Globo Rural fiquei nas nuvens vendo o cordel ser prestigiado e enaltecido num programa de tanta importância para o Brasil.
O programa Globo Rural fez 31 anos está de parabéns, entretanto quem ganhou o presente maior foi sem dúvidas o cordel e seus seguidores que grudados na telinha assistiam com atenção a ascensão da Literatura de Cordel.
A ABLC por abrigar grandes cordelistas teve momentos relevantes no desenrolar do programa.
Mestre Azulão sem dúvidas foi o astro maior do programa abrindo com brilhantes versos quase todos os tópicos do programa.
O presidente Gonçalo Ferreira da Silva com seu conhecimento profundo deu importantes declarações sobre a origem do cordel.
Maria Rosário foi a mola mestra a indicar caminhos para o programa, saiu-se muito bem com seus versos e mostra que a mulher é um elemento importante em qualquer atividade.
Manoel Monteiro um veterano do Cordel em seu admirável depoimento mostra o cordel antigo e a sua renovação.
Arievaldo Viana Junto com Rouxinol do Rinaré falam da importância do cordel nas escolas, no cordel cantado e declamado.
Eu Dalinha Catunda, também dei minha contribuição falando em versos da invasão do morro do Alemão, mostrando que a Literatura de Cordel, desde sempre, tem sua função jornalística.
Quero agradecer ao programa Globo Rural esta imensa alegria que ele concedeu aos cordelistas neste inicio de 2011. Entramos com o pé direito!
Parabéns ao Globo Rural pelos 31 anos, e viva o vivo Cordel!