Seguidores

quinta-feira, 23 de junho de 2016

O DÃO DE JAIME PEDINDO PRA APANHAR

O DÃO DE JAIME PEDINDO PRA APANHAR
*
DÃO DE JAIME
*
Eu vou bulir com Dalinha
Só pra ver o alvoroço
Dizem que ela é mais dura
De que carne de pescoço
Não tolera desaforo
Eu vou preparar meus coro
Que aí vem chumbo grosso.
*
DALINHA CATUNDA
Dão eu estou sossegada
Vem você me aperrear
Quem não tem o que fazer
Procura até encontrar
Se prepare para o tombo
Pois eu vou lanhar seu lombo
Só pra você se mancar.
*
DÃO DE JAIME
Dalinha se eu te pegar
Na cidade de Barbalha
Vou botar uma cangalha
Um jogo de cassuar
Uns tronco de jatobar
E uns pau de arrueira
Pra fazer minha fogueira
Depois lhe dou uma pisa
Acabo com a poetisa
Da cidade de IPUEIRAS.
*
DALINHA CATUNDA
Vou fazer um juramento
Vou até deixar escrito
Em você boto é cambito
Pra deixar de ser marrento
A carga de um jumento
Vou fazer você levar
Se resolver empacar
Eu lhe como no cipó
Vou bater mesmo sem dó
Pra você me respeitar
*

Xilo de Cícero Lourenço.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

EM LOUVOR A NATUREZA

EM LOUVOR A NATUREZA
*
DALINHA CATUNDA
Entre a estrada e o céu
Entre a folhagem e a flor
A vida segue adiante
Mostrando seu esplendor
Perante tanta beleza
Vou louvando a natureza
E a Deus pai o criador.
*
BASTINHA JOB
Louvo esse céu anilado
Tanta planta verdejante,
Flores lindas e rosadas
Da paisagem insinuante;
E ergo os olhos meus 
Admirando esse Deus
E sua obra gigante!
*

Foto de Cayman Moreira

terça-feira, 14 de junho de 2016

ENTREVISTA EM VERSOS




ENTREVISTADA: DALINHA CATUNDA (DC)  
ENTREVISTADOR: Gilberto Cardoso dos Santos (GCS)
*
GC: Cara Dalinha Catunda,
Poetisa e cordelista,
Quero, em forma de cordel,
Fazer-lhe esta entrevista
Rainha dos menestréis,
Fale-nos de seus cordéis
Esboce uma mini lista.
 *
DC: Gilberto, caro poeta
Eu agradeço o convite
E fico lisonjeada
Com a proposta acredite
Vou puxar pela memória
E lhe contar minha história
Se a musa assim me permite.
 *
Dos cordéis que escrevi
Bem mais de cinquenta são
O mais ilustre de todos
É a Invasão do Alemão
Tem pelejas virtuais
Até sobre animais
E o cordel do Lampião.
 *
GCS: Como foi a sua infância?
Tem alguma formação?
Fale-nos de sua origem
Do que traz-lhe inspiração
A rimar, quando aprendeu?
Como se desenvolveu
Essa tão grande paixão?
 *

segunda-feira, 13 de junho de 2016

MULHERES CANTANDO QUADRÃO À BEIRA MAR EM BARBALHA

MULHERES CANTANDO QUADRÃO À BEIRA MAR EM BARBALHA
*
O Cordel, “MULHERES CANTANDO QUADRÃO Á BEIRA MAR” foi lançado no evento cultural do dia 24 de maio em Barbalha. Esse lançamento aconteceu lá, porque a maioria das mulheres era do Cariri. Quero mais uma vez agradecer a todas que participaram deste cordel coletivo atendendo meus apelos e enriquecendo a caminhada das mulheres cordelista. E agradeço de coração as poetisas que lá estiveram lendo suas estrofes e prestigiando o evento.

Dalinha Catunda

domingo, 12 de junho de 2016

Êx namorad@s

Êx namorad@s
*
Você foi meu namorado
Você foi minha paixão
Você foi o meu suspiro
Foi a minha inspiração
Foi o amor da minha vida
Mas deixou-me entristecida
Ao ferir meu coração.

*
Ao ferir meu coração
Você foi e não é mais
Não é mais o meu querer
Meu querer ficou pra traz
Por traz de uma velha história
Da velha e gasta memória
Memória frívola fugaz!

*
Lindicássia Nascimento 12 de junho de 2016.


quinta-feira, 9 de junho de 2016

TRIBUTO A VANDINHO PEREIRA

TRIBUTO A VANDINHO PEREIRA
*
Quem gosta de cantoria
De poeta e Violeiro
É só vir ao Juazeiro
Que vai ter essa alegria
Na Verde Vale a magia
Envolve peleja e verso
Quem conduz esse universo
E nele já fez carreira
É o Vandinho Pereira
E no Ceará DiVerso.
*
Sempre envolvido em cultura
Ele assim segue adiante
Seu empenho é constante
Promove a literatura
E o cordel que configura
Nossa arte popular
Está sempre a propagar
Essa nossa tradição
Em rádio e televisão
Onde costuma atuar.
*
Festival de repentistas
Cantoria de Viola
Ele faz e vira escola
Dá vez e voz aos artistas
Encanta os apologistas
Deste mundo do repente
E deixa o povo contente
Em cada competição
Em sua organização
Comprova ser competente.
*
Tem espaço garantido
Nossa arte popular
Vandinho soube abraçar
E sempre tem promovido
Por isso é tão querido
Esse ser abençoado
Que por Deus pai foi mandado
Pra cumprir a sua sina 
E sua missão divina
É da cultura cuidar
Dalinha Catunda 
*

quarta-feira, 8 de junho de 2016

O Lançamento do meu Cordel em homenagem a SPB

Lançamento do meu Cordel em homenagem a SPB
Este é meu cordel em homenagem a Sociedade dos poetas de Barbalha.
Sou muito bem acolhida no Cariri Cearense, onde fui adotada e foco meu movimento cultural.
O Cariri é farto em movimentos onde a tradição jorra em suas múltiplas formas.
Hoje dou nome a Cordelteca, Dalinha Catunda, que fica em Barbalha e assim sendo cresce minha responsabilidade em divulgar e abastecer esse nicho de cultura popular onde a Literatura de Cordel se faz presente.
Não poderia deixar de citar e com louvor a grande participação de Vandinho Pereira que patrocinou e lançou o cordel através do seu programa Ceará Diverso Itinerante, pela TV Verde Vale o que resultou numa concorrida festa

Dalinha Catunda

A CORDELTECA E A SOCIEDADE DOS POETAS DE BARBALHA


A CORDELTECA E A SOCIEDADE DOS POETAS DE BARBALHA
1
Barbalha terra querida
Roteiro de tradição
Que tem no Pau da Bandeira
Sua Maior atração
A festa do padroeiro
Mostra a força do guerreiro
A garra e disposição.
2
Povo amigo dessa terra
Poetas deste lugar
Nestas versejadas linhas
Hoje eu quero lhes falar
E agradecer o abrigo
Que tive de cada amigo
Que resolveu me apoiar.
3
Não caí de pára-quedas
No meio desta cidade
Um convite recebi
Pra minha felicidade
E foi com satisfação
Que eu pisei nesse chão
Reino da simplicidade.
4
E foi Josenir Lacerda
Que o convite me fez
Com ela fui a Barbalha
Voltei mais de uma vez
Para beber da cultura
Que na cidade perdura
Dando a terra altivez
5
Assim também conheci
O grupo: Sociedade
Dos Poetas de Barbalha.
E com naturalidade
Adentrei com alegria
Ao mundo da poesia
Também da simplicidade.
6
Josélio era o presidente
Recebeu-me muito bem
Ernane eu já conhecia
E José Joel Também
Lá da casa do Miguel
Casa de Arte e Cordel
Que dona Josenir tem.
7
Confesso já conhecia
O José Sebastião
Que hoje é presidente
Da nobre congregação
E junto ao colegiado
Num rito organizado
Fez-me a convocação.
8
Com concordância de todos
O convite eu recebi
Para emprestar o meu nome
O que eu logo acolhi
Alcunhar a cordelteca
Fazer parte desta meca
Fez meu coração sorri.
9
Fiquei muito satisfeita
Tratei de me preparar
E feito menina besta
Não via a hora chegar
Com muito gosto relembro
Se deu em dois de dezembro
Este evento singular.
10
A abertura bonita
Não sai da minha lembrança
Um coral bem ensaiado
Composto só de criança
Cantou com tanta emoção
Que tocou meu coração
O maestro, canto e dança.
11
Poeta de todo canto
Prestigiou o evento
A casa ficou lotada
Foi bem grande o movimento
Poetas da ACC
Também da ABLC
Mostraram o seu talento
12
Ivaldo Batista Veio,
Veio Luiz Ademar,
E Izabel Nascimento
Madrinha Mena e seu par
Nesta festa do Cordel
Esteve também Miguel
Que não podia faltar.
13

terça-feira, 7 de junho de 2016

SERTÃO, MEU REINO ENCANTADO

SERTÃO, MEU REINO ENCANTADO
1
Sou filha do Ceará
Sou cabocla nordestina
Por força das circunstâncias
Eu me tornei peregrina
Mas trago no matulão
As lembranças do sertão
Que minha alma rumina.
2
Em Ipueiras nasci
Amparada por parteira
Já me botaram quebranto
Curou-me a rezadeira
Figura sempre presente
Nos tempos de antigamente
Não faltava benzedeira.
3
Para mim, digo é sagrado
Seguir essa tradição
Eu tomo minhas mezinhas
Como nos tempos de então
O Chá da malva e cidreira
Inda faço na chaleira
E tomo como infusão.
4
Lembro do meu velho pai
Que chegou pertos dos cem
Vivia tomando chás
Das plantas que o sertão tem
Muito chá pra ele fiz
De casca, folha e raiz,
Jalapa, angico, e torém.
5
Eu acordava com o galo
Cantando ao raiar do dia
O meu café da manhã
Era mamãe quem fazia
Com goma de mandioca
Produzia a tapioca
Nosso pão do dia-a- dia.
6
Oito filhos mamãe tinha,
Enchendo seu casarão
Menino pra todo lado
Não faltava confusão
E na hora do conflito
Papai já metia o grito
E baixava o cinturão.
7
Era tempo de calçadas,
Brincadeiras e quintais
Bons tempos da meninice
Efêmeros, porém reais
Tatuados na memória
Mosaicos da minha história
Que não esqueço Jamais.
8

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Dalinha Catunda no Cordel na Feira na cidade de Crato


Fotos da minha participação no projeto: CORDEL NA FEIRA
Segundo os presentes e representantes do SESC do Crato, esse foi o cordel mais animado que já se lançou na feira. Quero agradecer, ao SESC, ao ótimo conjunto de forró pé de serra, que fez o povo dançar e todos os poetas e amigos que lá estiveram prestigiando o evento.

Dalinha Catunda

sábado, 4 de junho de 2016

O MENINO QUE ATRAVESSOU O ARCO-ÍRIS

O MENINO QUE ATRAVESSOU O ARCO-ÍRIS

*
Vou contar uma história
E garanto que é verdade
Pois o fato acontecido
Deu-se na minha cidade
Com um pai ignorante
Que de maneira arrogante
Quis mostrar autoridade.
2
Juninho era diferente,
Dos meninos do lugar,
Gostava de ver a mãe
Sentadinha a costurar
Fazia casa na mão
Até pregava botão
Tinha jeito pra ajudar.
3
O jovem cresceu alegre
Repleto de animação.
Ô menino dançador!
Dizia a população,
Dançava bem de verdade
Essa era a realidade
Chamava mesmo atenção.

4
Tinha o cabelo bonito
Bem cheiroso e bem tratado
Era muito vaidoso
Mas o pai desconfiado
Achava tão diferente
Aquele faceiro ente
Por ele um dia gerado.
5
Vendo sua mãe ocupada
Corria para ajudar
Botava os pratos na mesa
No almoço e no jantar
Muito jeito ele tinha
Limpava toda cozinha
Pois gostava de arrumar.
6
Um dia Junior chegou
Com as orelhas furadas
Duas bonitas argolas
Nas orelhas penduradas
A mãe achou tão bonito...
O pai meteu logo o grito
Quis dar umas bofetadas.
7