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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Homenagem a Campinense

Atenção colegiado, da Academia Brasileira de Literatura de Cordel.
A ABLC, na pessoa do seu presidente, Gonçalo Ferreira da Silva, convida os membros desta confraria a participarem de um cordel em homenagem ao acadêmico Antônio Araújo Campinense.
O poeta de cordel e repentista natural de Campina Grande, PB, ocupava a cadeira de nº 32 que tem como patrono o poeta popular Zé da Luz.
Campinense nos deixou no dia 18 de agosto. A passagem de Campinense deixou todo colegiado muito triste, pois todos tinham carinho, respeito e admiração pelo poeta que sempre plantou amizades.
Solicitamos quatro setilhas de sete sílabas de cada poeta.
Como sempre ocorre nesse tipo de edição, dividiremos entre os participantes, as despesas e os folhetos.
As setilhas devem ser enviadas para: dalinhaac@gmail.com goncalof09@gmail.com
Cordialmente,

Dalinha Catunda

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

A PASSAGEM DE CAMPINENSE

A PASSAGEM DE CAMPINENSE
*
Ontem, dia 18 de agosto, nosso querido Campinense, membro da ABLC - Academia Brasileira de Literatura de Cordel despediu-se do sofrimento e da sua luta maior, a peleja pela vida. A passagem de Campinense deixa todo colegiado triste, pois todos tinham carinho, respeito e admiração pelo poeta que sempre plantou amizades.
De palavras simples, de versos perfeitos e muitas vezes se arriscava em repentes, foi um grande representante da ABLC e fez jus cadeira que ocupou. As plenárias ficarão mais tristes sem a presença do Campinense e a saudade com certeza ocupara o seu lugar.
 Antônio Araújo – Campinense – Ocupava a cadeira de nº 32 que tem como patrono o poeta popular Zé da Luz.

Nota de Dalinha Catunda

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

ENTRE FLORES E VERSOS

ENTRE FLORES E VERSOS
*
BASTINHA JOB
E eu sou preta por fora
Cheiro mais do que coentro
Sou bem vermelha no meio
E tenho um pinguelo dentro
*
DALINHA CATUNDA
Que diabo de flor é essa
Que não sei e nunca vi
Só se for a flor que nasce
Pras bandas do Cariri
Que fede mais que tabaco
E até mata cabra fraco
Chamada flor de pequi.
*
BASTINHA JOB
Não é pequi essa flor
É uma arroxeada
De vez em quando, Anilda

Dá nela uma recitada
Acho até que ela é cara
Assim minha flor é rara
Dizem qu'ela é sagrada!
*
Dalinha Catunda
A tua flor não é rara
Nem aqui nem no Japão
Pois nasce em feijão de rola
Simples flor lá do sertão
Chamada ximbiu de freira
Que nasce em trepadeira
Priquitinho em meu torrão.
*
BASTINHA JOB
Pequi e nem priquitinho
Não dá em pé de feijão
Mesmo ele sendo de rola
A flor não se mete não
Já disse seu tom de roxo
Não nasce em ramo choço
E pé que não dá tesão!
*
DALINHA CATUNDA
Porém dá em trepadeira
Essa flor roxa e tão bela
E Catulo da Paixão
Já fez poema pra ela
Agora responda já
É flor de maracujá
Inspiração de Varella?
*
Foto do acervo de Dalinha Catunda 

terça-feira, 9 de agosto de 2016

JOSENIR LACERDA E DALINHA CATUNDA

JOSENIR LACERDA E DALINHA CATUNDA
*
JOSENIR LACERDA
 A poetisa Dalinha 
Tem no cordel sua praia
Topa qualquer desafio
Pois jamais foge da raia
Abraça nobre missão
Acolhe e estende a mão
Usando o "Cordel de Saia"

*
DALINHA CATUNDA
Aqui no “Cordel de Saia”
É meu ponto de cultura
Busco a mulher no cordel
N’arte da literatura
Montando essa galeria
Vou buscando a cada dia
Pra mulher mais abertura
*
Foto de Dalinha Catunda


segunda-feira, 8 de agosto de 2016

NA ESCOLA E NO VERSO


NA ESCOLA E NO VERSO
*
JOAQUIM MENDES - JOAMES
Esse tal "Cordel de Saia"
Deixa-me impressionado,
Fazendo Cordel bonito
Além de metrificado;
Se cordel fosse cachaça
Eu andava embriagado!
*
DALINHA CATUNDA
Quando rodo minha saia
Ou quando rodo a baiana
Cada girada que dou
Uma nova estrofe emana
A musa eu agradeço
Para meus amigos desço
Uma rodada de cana.
*
MARIA ELI
Prosseguindo essa loa
Cordel de Saia verseja
Mulher faz rima da boa
Faz presença na peleja
Da união extrai poesia
Pra versar no dia a dia
Aleluia que assim seja.
*
Sou grata Maria Eli
Pela sua interação
Parabéns pelo cuidado
Que tem na composição
Quem zela pelo seu verso
Navega nesse universo
Sem entrar na contramão. 
*
JOAQUIM MENDES - JOAMES
Quando pego na caneta
E a coloco sobre a linha
Do papel tento fazer
Minha poesia certinha,
Mas agora percebi,
Perco pra Maria Eli,
E também para Dalinha!
*
DALINHA CATUNDA
Ter um vate do seu naipe
Digo sem medo de errar
É ter um bom professor
Ter escola sem pagar
Aqui você é espelho
Quem seguir o seu conselho
Na lição vai melhorar.
*
Foto do meu acervo com cordéis da Sociedade dos Poetas de Barbalha, que a mim foram doados pelo atual presidente José Sebastiao Rodrigues. A quem muito agradeço.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Eles cantam para elas, com Rouxinol do Rinaré

ELES CANTAM PRA ELAS
Quero agradecer ao poeta Antônio Carlos da Silva, nosso Rouxinol do Rinaré, pelos excelentes versos numa bela montagem, que com certeza enriquecerão esta página. Espero continuar contando sempre com essa bendita parceria.

Dalinha Catunda

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

MULHER E COSTELA

*
JOAQUIM MENDES - JOAMES
Eu tenho muitas costelas,
Deus me tirou uma e fez
A mulher, mas se fizesse
Uma só de cada vez,
Poderia ter me tirado
Umas quatro, cinco ou seis!

*
DALINHA CATUNDA
D’um só pedaço de osso
Deus fez uma belezura
Imaginem se a mulher
Fosse só de carne pura
Tinha cabra indo mais cedo
Se deitar na sepultura.