Acaba de sair do forno pela
Cordelaria Manoel Monteiro a segunda edição da publicação O poeta e o folheteiro, da edição à venda, 2019.
O folheto nos traz a
trajetórias desses “dois figurões”, em tempos em que a divulgação da notícia
era raro. Então, o poeta de cordel e o folheteiro assumiram esse papel.
A importância não ficou
restrita à notícia, mas ao Registro das manifestações da cultura popular, das
festas religiosas, das brincadeiras, das cantigas e do conhecimento de rezas,
benzeduras e da influência climática no plantio e na vida de cada pessoa.
O poeta e o
folheteiro
1
Dois figurões importantes
Neste mundo do cordel
Um compõe o outro vende
Andando de léu em léu
Marcando assim, uma vida
De poesia, sortida
Divulgando o menestrel
2
LEANDRO foi precursor
A narrar toda esta saga
Do folheto de cordel
Que até hoje se propaga
Por este Brasil inteiro
Por isto que o pioneiro
Da lembrança
não se apaga...
3
Poeta e grande tipógrafo
Seus folhetos imprimia
Entregando ao folheteiro
Que logo os distribuía
A correr feiras e vilas
E o povo fazendo filas
Para comprar poesia
4
Poucos recursos havia
O comércio era precário
Sustentou muita gente,
Vendendo: de Abecedário
Aos romances de Amor,
De Aventura e de Terror,
Pelejas e Anedotário.
5
Por sítios, vila e cidade,
Viajando toda a vida
Seu Lendro produzindo
E o folheteiro na lida
Apurando alguns mil réis,
Com a venda dos cordéis,.
Tinha renda garantida.
6
O folheteiro enfrentava
Todo impasse, todo obstáculo
Andando de sol a sol
Em busca do espetáculo
De ver o povo sorrir,
Pensar, amar, refletir,
Fazendo do
verso oráculo.
7
LEANDRO compôs uns mil
Títulos foram vendidos
Sua Tipografia era
Um trabalho de aguerridos
O seu eterno borralho
Foi montando o cabeçalho,
Folheteiros atendidos.
8
Ferramentas mudaram
Esta bela profissão.
O folheteiro hoje vende
Folhetos em profusão,
Mas, nas Redes Sociais,
Não nas feira naturais,
Como foi na
ocasião.
9