O Blog Cordel de Saia idealizado e criado pela poeta de cordel, Dalinha Catunda, é direcionado à cultura popular, a mulher aparecerá como figura principal. Aqui receberemos democraticamente, homens e mulheres praticantes deste contagiante mundo encantado da Literatura de cordel. O blog tem também como função divulgar eventos relacionados a literatura de cordel além de descobrir e divulgar a mulher cordelista. Contatos: dalinhaac@gmail.com e rosariuspinto@gmail.com
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sexta-feira, 28 de maio de 2010
A literatura de cordel na sala de aula
quarta-feira, 26 de maio de 2010
CORDEL NO HISTORY CHANNEL
Foto: acervo da ABLC
LEANDRO GOMES DE BARROS, O PRELO E A ABLC
Ontem, dia 25 de maio, por volta das 21hs assisti “DETETIVES DA HISTÒRIA” no canal HISTORY CHANNEL.
Uma das investigações que chamou minha atenção foi a respeito da saga do prelo que pertencera ao notável Leandro Gomes de Barro. Prelo este que conheço de perto, pois está exposto no museu da ABLC e faz parte do acervo da Academia de Cordel.
Acompanhei toda a investigação e foi bem interessante ver o repórter investigador perder e achar pistas até chegar à verdade para felicidade de Gonçalo Ferreira da Silva presidente da ABLC que orgulhoso exibe essa relíquia que atuou por muito tempo na confecção dos antigos folhetos.
A ABLC não é apenas uma academia de literatura popular com pesquisadores, cordelistas e beneméritos ela é detentora de um vasto e rico acervo onde a história do cordel é um leque a ser aberto. Está em constante movimentação em prol do crescimento do cordel.
Dalinha Catunda- Acadêmica titular da cadeira n° 25, de Juvenal Galeno.
Rio de Janeiro RJ, 26/05/2010
terça-feira, 25 de maio de 2010
NORDESTINO CARIOCA
Na foto, Chico Sales e Dalinha Na Feira de São Cristovão
NORDESTINO CARIOCA
De Sousa na Paraíba,
No Rio ele aportou.
A cidade maravilhosa,
Chico Salles encantou.
Deu, ela, chance ao poeta,
De seguir a sua meta,
Em tudo que projetou.
Cordelista de mão cheia,
Cantor e compositor,
A cadeira de Catulo
Por merecimento herdou.
Não é só um oportunista,
Seu talento salta as vistas,
Só cego não enxergou.
“Matuto Apaixonado”
“Tigre que virou doutor”
são cordéis interessantes,
que Chico já publicou,
Mas foi com “O Pai do Vento”
Que ele cheio de talento,
Narrando me conquistou.
Chico Salles fará jus
Afirmo e tenho razão
Ao mestre que nos brindou,
Com a mais bela canção.
Catulo da Paixão Cearense,
Esse nobre maranhense,
Pai do “Luar do Sertão”
Parabéns a Chico Salles,
Pela sua caminhada.
Nordestino destemido,
Que botou o pé na estrada.
Tão bonita é sua história
Que guardarei na memória,
Como exemplo de jornada.
Nordestino de nascimento,
Carioca de coração
Entrou nas rodas de samba,
Sem esquecer xote e baião,
Se diz carioca da clara,
Mas eu lavo a minha alma
Pois é gema do sertão.
Estes versos fiz para Chico Sales por ocasião de sua posse na ABLC.
Texto e foto de Dalinha Catunda
segunda-feira, 24 de maio de 2010
ANTOLOGIA DE 2010 DA ABLC
Foto do acervo do blog CORDEL DE SAIA
Da esquerda para direita: Gonçalo Ferreira da Silva, Fernando Assunpção, Dalinha Catunda, Maria Rosário, Sepalo Campelo.
Comissão Editorial da ABLC
Reunião : 27 abril 2010
Local : Biblioteca Amadeu Amaral/CNFCP
Pauta : publicação da Antologia da ABLC em 2010
Caros amigos,
Segue memória da reunião realizada em 27 de abril de 2010, no Salão de leitura da BAA/CNFCP, cujo tema central foi a elaboração e formatação da antologia 2010. Caso tenham alguma alteração a propor, dentro do que foi discutido, por favor, apontem que faço a revisão.
Abraços,
Maria Rosário Pinto
Participantes :
Gonçalo Ferreira da Silva – presidente da ABLC, titular da cadeira nº 01, de Leandro Gomes de Barros
Dalinha Catunda – acadêmica, titular da cadeira nº 25, de Juvenal Galeno
Fernando Assumpção – benemérito, cadeira patronímica Rogaciano Leite
Maria Rosário Pinto – acadêmica, titular da cadeira nº 18, de José Bernardo da Silva
Sepalo Campelo – acadêmico, titular da cadeira, nº 06, de Francisco Guerra Vaz Curado
Esta primeira reunião teve como objetivo pautar dados para a formatação da edição da antologia anual da ABLC, para manutenção de um padrão, tais como:
formatação da edição – ficou decidido que a edição obedeceria a formatação em padrão arial, tamanho 12, para pé de página (tamanho 8) e, entrelinha 1,5;
inserção de memória poética de cada participante em, no máximo 15 linhas, acompanhada da memória do patrono;
utilização de papel craft reciclável, com xilogravura na capa; e,
prazo para entrega de texto, no máximo, em SETEMBRO.
Rio, 17 de maio de 2010
Caros acadêmicos da ABLC,
Rosário e eu estamos, empenhadas no andamento de nossa antologia. É muito importante a participação de cada um de vocês, pois, a variedade de autores e temas tornará a antologia uma publicação mais interessante e certamente mais atraente.
Confirmem suas participações, tirem dúvidas e opinem sobre o assunto.
Cordialmente,
Dalinha Catunda
domingo, 23 de maio de 2010
Cinquenta anos de charme e beleza
Brasília, flor do cerrado
*
Brasília, brilhante e bela.
Logo que te conheci
Não pensei que um dia
Me apaixonaria por ti
Foram muitos os prazeres
No tempo que aí vivi
**
Aprendi a te amar
Brasília, raio de luz
De um horizonte infinito
De cor que a todos seduz
No peito ficou a saudade
Que até hoje me conduz
***
Lembro a linha do horizonte
Brasília, flor do cerrado
Com o brilho de seus dias
Meu coração encantado
De saudades de outros tempos
De um amor sedimentado
****
Sua bela arquitetura
Niemeyer imaginou
Com seu viço verdejante
Meu coração conquistou
Hoje que vivo distante
A saudade se instalou
(Maria Rosário Pinto)
13/05/2010
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Plenária dedicada a Leandro Gomes de Barros
Academia Brasileira de Literatura de Cordel/ABLC
Rua Leopoldo Fróes, 37 – Santa Teresa
Data : 15 de maio de 2010.
Pauta: Leandro Gomes de Barros
(1865 – 1918)
Plenária ABLC em homenagem ao poeta Leandro Gomes de Barros. O presidente da ABLC, Gonçalo Ferreira da Silva, retratou a vida e a obra do poeta Leandro Gomes de Barros, referindo-se aos pontos mais relevantes da trajetória do poeta, tais como a importância de Leandro como poeta, comerciante e empresário. Foi pioneiro na edição de folhetos de cordel e um dos mais produtivos de sua época. Responsável pela penetração da literatura de folhetos em todo o Nordeste, através da figura do folheteiro – vendedor ambulante – que cantava os grandes romances em feiras, praças e nas festas populares de todo o interior nordestino. Dedicou-se especialmente aos romances, dentre os títulos mais conhecidos, citamos: O cachorro dos Mortos, Batalha de Oliveiros e Ferrabraz, O cachorro dos mortos, Historia da donzela Teodora, O soldado jogador, A vida de Canção de Fogo e seu testamento, O cavalo que defecava dinheiro; foi também um grande criador de pelejas ficcionais, como: Peleja de Riachão com o diabo, A peleja de Leandro Gomes com uma velha de Sergipe, A peleja de Serrador e Carneiro, cuja autoria foi muitas vezes atribuída a João Martins de Athayde, que após a morte de Leandro adquiriu seu acervo, reeditando vários títulos com o seu próprio nome.
Em seguida o acadêmico William J. G. Pinto nos apresentou um breve e rico relato sobre a vida e obra de Chico Nunes das Alagoas, alcunha de Francisco Nunes de Oliveira, também conhecido como Rouxinol da Palmeira, poeta, cantador e repentista nascido em 1904, natural de Palmeira dos Índios (AL). O poeta William J. G. Pinto citou várias passagens da vida e da rica poesia de Chico Nunes.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Caderno técnico n° 1 - Catalogação de folhetos de cordel/CNFCP/IPHAN/MinC (Maria Rosário Pinto)
Caderno técnico publicado pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, com o objetivo de padronizar as informação básicas para a catalogação, indexação e disponibilização em banco de dados, facilitando a busca dos usuário.
Clic no link abaixo:
http://www.cnfcp.gov.br/pdf/Acoes_CNFCP/manualCORDEL.pdf
quarta-feira, 5 de maio de 2010
À MINHA MÃE
À Minha Mãe
Minha mãe estou distante,
Mas em mim nada mudou.
Conservo em meu coração
Lembranças do que passou.
Do lado esquerdo do peito
Guardo carinho e respeito
Que você, mãe, conquistou.
Lembro-me com saudades,
Daqueles tempos antigos.
Eu menina astuta e levada
E você brigando comigo.
Quantas surras eu levava,
E aí era que eu aprontava
Não tinha medo de castigo.
No fundo eu bem sabia,
Que tinha sua proteção.
Os castigos e as surras
Soavam como correção
Em cima desta menina
Que mesmo tão traquina,
Tinha um bom coração.
Saudades sinto muitas,
Ás vezes fico perdida.
Tentando em vão imitar
O sabor de sua comida.
E daquela boa comidinha...
Nunca mais sua Dalinha
Vai esquecer nessa vida.
Você já passou dos oitenta
Mas ainda briga pela vida.
Seus ombros estão arreados,
Anda um tanto esquecida,
Mas ainda faz versos e canta,
E por tudo isso me encanta,
Minha velhinha querida.
Hoje também sou mãe,
Tenho minhas obrigações.
Somente agora entendo
As suas preocupações.
Pois pelos filhos que pari
Já chorei e também sorri
Em tempos de emoções.
Foto:cantodapaz.com.br/images/maria_povo.jpg Texto: Dalinha Catunda
Aqui estou deixando uma homenagem à minha mãe, mas também homenageando todas as outras mães. Convido os leitores do blog a deixarem suas mensagens nos comentários.
terça-feira, 4 de maio de 2010
Fole poético
Da música regional
Tudo sabe o Sergival,
E o poeta sensível
Ivamberto, sem igual
Descreve em poesia
Um valor que é natural
Relembrar Luís Gonzaga
O nosso querido, Lua
Mexe com o coração
Com a sanfona só sua
Invade a nossa alma
Deixando-a toda nua.
A revitalização
Da Rádio Nacional é
Um projeto importante
Dizendo: o Nordeste é
Celeiro de tradição
E ninguém arreda pé
Ivamberto, PARABÉNS!
Puxando também seu fole
Sergival com sua música
Provando que não é mole
E você com a poesia,
Diz qu’ela também tem fole
(Rosário Pinto
Rio, 04/05/2010)
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Versos de Ivamberto Albuquerque em homenagem ao programa de Sergival, na rádio Nacional. Ivamberto e Sergival são membros da ABLC
Puxa o Fole.
Domingo de onze as treze
Na Rádio Nacional
Escute Puxa o Fole
Do cantador Sergival
É um desfile autêntico
Da música regional
Desfila o Gonzagão
O saudoso cantador
O Jackson do pandeiro
No ritmo foi professor
O Nordeste se renova
Com artistas de valor.
Sintonize a Nacional
Veja a programação
Puxa o fole aos Domingos
É a nova atração
Com o legado Nordestino
De Jackson e Gonzagão
Finalizo os meus versos
Com um abraço fraternal
Ouvindo Puxa o Fole
Do amigo Sergival
Irradiando alegria
Nas ondas da Nacional.
Um abraço do autor:
Ivamberto Albuquerque de oliveira
Rio de Janeiro 3-05-21010
domingo, 2 de maio de 2010
Imagem:Xilogravura de J. Borges
Texto: Dalinha Catunda
Dia 03 de maio é o dia do sertanejo. Eu como, Nordestina, cearense do sertão ipueirense, presto, com muito prazer, minha homenagem a todos os SERTANEJO.
O SERTAJEJO
O Sertanejo quando sai
Do seu querido torrão,
Só sai porque necessita,
Sai porque tem precisão.
Se fosse mesmo por gosto,
Jamais deixaria seu chão.
Nos alforjes carregados
Transporta tristeza e dor.
Saudades da lua cheia,
Das noites no interior.
Do amanhecer do dia
Com galo despertador.
Com olhos marejados,
Lacrimeja de emoção.
Quando escuta no rádio
Ou mesmo na televisão,
Canções que antes ouvia
Em seu saudoso sertão.
Dói na alma dói no peito,
É bem grande a emoção,
Do “sertanejo que é forte”,
Mas vira menino chorão,
Se sente a saudade telúrica
Batendo em seu coração.