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terça-feira, 31 de maio de 2011

ANGÚSTIA

 Quero cuspir esta dor
Que me invade e assola
Sem saber pr’onde seguir
Porque nada me consola
Só pensamento canhesto
Nesta hora me arrola

CUSPIR A DOR
1
Peço perdão aos deuses
Por esta minha evocação
Tenho uma dor tão aguda
Dentro deste coração
Que ás vezes até penso
Não resistir à pressão
2
Com os olhos encharcados
O corpo feito em chaga
As pupilas dilatadas
E a alma espedaçada
Os rumos estão perdidos
E minha vida parada
3
Os amigos estimulam
Vencer esta depressão
Mas quem vive em agonia
Não enxerga a solução
É uma dor dilacerante
Que atormenta o coração
4
Sei que ainda vou sorrir
E conseguir ir adiante
Hoje, tudo está escuro
Mas é preciso ir avante
Chorar dia, noite e dia
Num soluçar constante
5
Sinto a vida decair
Equilibrar-se por um fio
Tão tènue, inverossimel
No olhar, só desafio
O cansaço me abate
Mas a vida, eu desafio
6
Andando de léu em léu
A vida eu vou levando
A tristeza invade a alma
E vou me conformando
Perdi toda a esperança
Nesta vida estou vagando
7
Desse frágil equilíbrio
Quisera sorrir, cantar
Mas o medo me apavora
Louca, não vou ficar
Se Deus não me esqueceu,
Ainda hei de me levantar
8
Há noites de grande insônia
Há um vazio tão profundo,
Que nada restabelece
A minha crença no mundo
Um sofrer silencioso
Carrega-me para o fundo
9
Fundo d’uma grande dor
Há muito tempo guardada
Sem gritar, alardear
Estou no chão colada
Desejo me soerguer
Não me sinto encorajada
10
O medo me espreitava
Lutei muito com a sorte
Ela só me açoitava
Sem oferecer suporte
Cheguei até a pensar
Que a saída seria a morte
11
Andei por plagas arenosas
Com luta em demasia
Almejando, certamente
Dias de mais calmaria
Aturdida, sem saber,
Se eu a conquistaria
12
Estou c’alma abalada
Misturando sentimentos
Mas, sofrer: é mesmo assim:
Pois se traduz em tormentos
Este poema “non sense”
Reflete meus sentimentos.
(Rosário Pinto)
Foto da autora
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quinta-feira, 26 de maio de 2011

José Bernardo da Silva

Homenagem a José Bernardo da Silva

Acredito não ser possível falar de José Bernardo da Silva sem marcar a figura de Padre Cícero Romão Batista e sua unanimidades na cidade de Juazeiro do Norte (CE) e, em todo o Nordeste. Ir aos festejos do dia do romeiro em Juazeiro é algo absolutamente estarrecedor, nos tira o fôlego... nos deixa perplexos diante de um mito que permanece vivo na memória popular há mais de 100 anos, a figura do Padre Cícero Romão Batista (1844-1934).

A pesquisadora Rosilene Alves de Melo narra, em sua tese vencedora do 1º Prêmio no Concurso Sílvio Romero, 2003, intitulada Memórias impressas: trajetória da literatura de folhetos em Juazeiro do Norte, relata o nascimento e a prosperidade da Tipografia São Francisco, evidenciando a saga de um homem que de vendedor ambulante conquistou o patamar de um dos maiores editores de folhetos de cordel no Nordeste brasileiro.

Juazeiro do Norte permanece como um mito vivo até nossos dias, guiado pela imponente figura do pequenino homem, Cícero Romão Batista. As histórias que rondam a memória popular são fielmente descritas pelos poetas populares, artistas responsáveis, em grande parte, pela aura que envolveu os grandes acontecimentos da cidade. Poetas que empenharam seus talentos na permanência do conhecimento oral: o mistério do milagre da hóstia – o encontro do Padre Cícero com o sangue de Jesus, pela boca da beata Maria de Araújo; a passagem de Lampião, Virgulino Ferreira da Silva e seu bando de cangaceiros pela região (1926). Foram estes os assuntos mais “cantados” e publicados naquela ocasião.

Ao assumir a cadeira de José Bernardo da Silva – nascido em Palmeira dos Índios (AL), em 02 de novembro de 1901, patrono da Cadeira nº 18, da Academia Brasileira de Literatura de Cordel - ABLC, poeta popular e um dos maiores editores de folhetos de cordel do Nordeste, cujo centenário de seu nascimento foi celebrado em 2001, o fiz com alguns receios, por não me acreditar poeta. Entretanto, me vali de citação do saudoso acadêmico Francisco Siva Nobre, que na página 81, vol. 5, da Antologia Brasileira de Literatura de Cordel, publicada pela ABLC, em 1998, consta a afirmação:

quarta-feira, 25 de maio de 2011

SEM REGRAS E DE BODE


SEM REGRAS E DE BODE
*
Tenho a rima na cabeça
Tenho muita inspiração
E não me atenho à métrica
Por dever e obrigação
Meu poema é pra quem gosta,
Se você acha uma bosta
Aposte noutra opção.
*
Se faltam ou sobram sílabas,
Em minha arte de criar,
Ousadia nunca falta
Pois nasci para ousar.
Dispenso dona prudência
Sigo a desobediência,
Somente para afrontar.
*
Se na vida quebrei regras
Preferindo a contramão
Rasguei o véu da mentira,
Sem nunca pedir perdão,
Não vai ser na poesia,
Que perderei a magia
Para dar satisfação.
*
Escrevo com as entranhas,
Com a alma e o coração,
Sem de fato contar sílabas,
Sem buscar erudição
Do meu jeito singular,
Sem tentar ornamentar
O que chamo emoção.
*
Vou pecando em meus poemas,
Atraindo pecadores.
Que é gente da mesma laia,
Não sofrem com tais pudores.
Sem ligar pra mediocridade
Vou apostando na verdade
Nos versos contraventores.
*
Estou falando em poemas,
Não no regrado cordel.
Onde a regra é importante,
E cumpre bem seu papel,
Mas ninguém nasce sabendo
Porém termina aprendendo
Tentando ser mais fiel.


Texto e foto de Dalinha Catunda
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www.rosarioecordel.blogspot.com

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Cadê o Prêmio???

Cadê o Prêmio

O coração do poeta
Hoje lamenta o descaso
Ministério faz dieta
O prêmio passa do prazo
Ta virando historinha
Ou quem sabe ladainha
Ou mesmo assombração
Tratam-nos com desrespeito
E isto eu não aceito
É uma violação

Publicaram um edital
Convocaram o poeta
Para um prêmio orbital
Cada um com sua meta
Elaboraram projeto
Dentro daquele decreto
Cumpriram todas as normas
Cada item observado
Poeta não é tapado
Tudo agora se transforma

Patativa do Assaré
Certamente está vendo
Remamos contramaré
Com isso nos abatendo
Mas o grito ecoando
Feito novilho berrando
Contra esta aberração
De Prêmio abduzido
E o poeta seduzido
Pede a aclaração

(Rosário Pinto)
Rio de Janeiro, maio 2011

Revisão: Dalinha Catunda
http://cantinhodadalinha.blogspot.com
Imagem: Jangada Brasil
http://www.jangadabrasil.com.br/index.asp

domingo, 22 de maio de 2011

O PRÊMIO PATATIVA A DECEPÇÃO E O GRITO

"Por Manoel Belizario
Tinha tudo para ser um dos maiores momentos de valorização da Literatura de Cordel brasileira, mas o tiro saiu pela culatra. E o pior é q entramos em contato, nos números e emails sugeridos e só nos são dadas respostas vagas. Bem meus amigos, daqui a pouco completa um ano que o edital foi lançado. Todo mundo reclamando pela internet no site do MINC, mas eles fingem que não nos ouvem. A partir de agora vou publicar poemas meus e de colegas abordando o assunto. Abaixo algumas estrofes que Flávio Domingos Dantas publicou em: http://www.cultura.gov.br/site/2010/06/08/premio-mais-cultura-de-literatura-de-cordel-2010-edicao-patativa-do-assare/"

Texto e foto colhidos no blog:http://www.cordelparaiba.blogspot.com/ do amigo cordelista Manoel Messias Belizario Neto

Flávio Domingos Dantas
15 de maio de 2011
.
O poeta vem voando
Como faz a arribaçã,
Desdeu do alto da serra
Da querida Jaçanã,
Com destino a Brasília
Segunda pela manhã.
.
Vou voando pelo alto
Cantando feito um canário,
Cortando o meu Brasil
Encantado com o cenário,
Tô buscando o meu prêmio
Me sentindo um otário.
.
Tô buscando o respeito
Pro poeta do cordel,
Que em janeiro pensava
Por pouco estar no Céu,
E hoje tá amargando
O triste sabor do féu.
.
Tô chegando em Braília
Tem políticos até demais,
O discurso é bonito
Cada um quer falar mais,
Ministra pague aos poetas
Pois assim retorno em PAZ.
.
Minha fé tá se acabando
A esperança também,
Pois Lula saiu devendo
E Dilma deve também,
Será que vamos esperar
As eleições, ano que vem.
.
O poeta tá partindo
Ainda com decepção,
Esperando o seu prêmio
Não pensem que é milhão,
E retorna pro Nordeste
O Poeta do Povão.
.
Flávio Dantas
51º classificado no concurso
Produção do folheto.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Prêmio Patativa do Assaré: vai caducar?

Caros leitores,
A comunidade de poetas de cordel, que concorreu ao Edital Mais Cultura do MinC - Prêmio Patativa do Assaré, em 2010 e foi classificada, ainda aguarda a premiação e, está preocupada com o não cumprimento das normas publicadas. Será que vai caducar, o Prêmio Patativa do Assaré? CORDEL DE SAIA está dedicando-se, nesta fase, a publicar os vários protestos que ecoam por todo o pais. De norte a sul, leste e oeste. Não podemos ficar calados e amofinados. O poeta Antônio de Araújo (Campinense) explode em versos:
 x
Prêmio Patativa do Assaré: vai caducar?
x
Eu participei do prêmio
Por título literatura
De cordel fui premiado
Porém até esta altura
A cor do prêmio citado
Não vejo de tão escura...
x
 A Ministra da Cultura
Será que não sabe disso?
Então vai saber agora
Pois estou dando o serviço
Perdoe-me, mas já está
Caducando o compromisso.
x
 Peço a Vossa Excelência
Com o poeta não se ofenda
Por gentileza Ministra
Mande pagar nossa prenda
Transforme em realidade
O que está virando lenda. 
x
 Coloque na sua agenda
Pra não esquecer Ministra
Só a música americana
A mídia daqui registra
 Isso deixa nossa música
Em situação sinistra! 
x
 Disse certo brasileiro
O que é pro americano
É também para o Brasil
Mas que pensamento insano
Deles não somos quintal
Mas um país soberano
x
                  Antonio de Araújo (Mestre Campinense)
Rio de Janeiro, maio 2011 
x
Consulte ainda:
http://rosarioecordel.blogspot.com
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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Edital PATATIVA DO ASSARÉ?


Lembram do prêmio MAIS CULTURA - Edital PATATIVA DO ASSARÉ?
Aquele, que seria a redenção do poeta popular...
O ingresso definitivo do cordelista no Panteão do Ministério da Cultura?
Pois bem, o tempo vai passando e o desrespeito aumentando.
Todo mundo recebe o dinheiro do MINC,
Todo mundo... Só cordelista é que fica de fora.
Como diria o sapo que não foi convidado à festa no céu:

Ô INJUSTIÇA!!!
O cordelista é o sapo
Que vive vagando ao léu
O MINC premia a todos
E paga, de déu em déu
Mas no meu ponto de vista
Só não chamam CORDELISTA
Pra ir à festa no céu.

Já pensei com meus botões:
Vou receber meu tutu
Eu vou entrar na viola
Do meu compadre URUBU
Mas Urubu, companheiro,
É poeta e violeiro
Também vai tomar... na rima!
 (Arievaldo Viana)
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segunda-feira, 16 de maio de 2011

CADÊ A GRANA?

Dalinha Catunda


CADÊ A GRANA?
+
Se o Lula saiu devendo,
E Dilma não quer pagar,
É hora dos cordelistas,
Botarem a boca no ar,
E saber qual o mistério,
Que tem esse ministério
Que o prêmio não quer pagar.
+
Coitado do Patativa
Respeitável cidadão,
Deve estar se contorcendo
Dentro do seu caixão,
Vendo que este projeto
Que tem um nome correto,
Hoje virou gozação.
+
Tudo que vem do governo
Parece ter armação.
O pobre poeta ganha
Mas fica sempre na mão,
Pois a verba destinada
Não chega a ser liberada,
Causando desilusão.
+
Cordelistas contemplados,
Com esta premiação.
Fizeram os seus projetos,
Porém sonharam em vão.
Hoje a tristeza no rosto,
Estampa um ar de desgosto,
Vendo tal situação.
+
Braveja Rosário Pinto,
Lamenta Mestre Azulão.
Lamenta o Campinense,
Só porque tem precisão.
Lamento de todo canto,
Regados ou não a pranto,
Ecoam na imensidão.
+
Da ministra da Cultura,
Queremos uma resposta.
Queremos cartas na mesa
Nela a verdade bem posta,
Pois a consideração
É coisa que um cidadão,
De bem e respeito gosta.
+
Todo poeta devia,
Fazer sua reclamação.
A voz de cada poeta,
É uma arma de precisão
Dando seus tiros certeiros
Neste bando de embusteiros,
Que tem o poder na mão.
+
Meus queridos poetas,
Da cultura popular,
Botem a boca no trombone,
É hora de reclamar,
Lutar pelos seus direitos,
Ganhar pelos seus feitos,
Vamos a verba cobrar.
+
Texto e imagem: Dalinha Catunda
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domingo, 15 de maio de 2011

DENÚNCIA DE MARIA DO ROSÁRIO LUSTOSA


CORDEL DE SAIA recebe mais uma denúncia ao Ministério da Cultura. 

Ainda bem que eu nesta
encrenca não me meti
quando aquele bafafa
aqui escutei e vi
desconfiei feito cego
acho que até presenti

Com o projeto Griô
do MINC fui contemplada 
12 parcelas completas
foi a proposta afirmada
mas só recibemos  10
2  ficou empancada

 Com este des-incentivo 
achei melhor me aquetar
pois podia  alguma coisa
pendente por lá ficar
foi dito e feito agora
bem que pude  comprovar

 Se os buracos de Lula
a Dilma nunca tampou
imaginem então os nossos
ela nunca se importou
esqueçam este dinheiro
ele já se evaporou

Um conselho eu quero dar
ao pobre do inocente
bote na conta das almas
este projeto insolente
e não se meta jamais
em tal proposta indecente
(Maria do Rosário Lustosa)
Imagem de Maria do Rosário e Manoel Severo, obtida do blog Cariri Cangaço
cariricangaco.blogspot.com

sexta-feira, 13 de maio de 2011

DENÚNCIA : PRÊMIO PATATIVA DO ASSARÉ, Edição 2010

<b></b></b>
CORDEL DE SAIA recebeu do poeta Arievaldo Viana este poema de Pedro Paulo Paulino, natural de Canindé – CE, que já havia postado no link : 
*
*
 Entedemos que é importante fazermos esta denúncia do descrédito que sofre a cultura popular em nosso país e, em especial a literatura de cordel.
Senhora do Governo Federal e Sra.do  Ministério da Cultura - ISTO É ASSINTOSO!
*
Artistas populares de todo o Brasil que foram classificados no Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010 – Edição Patativa do Assaré, do Ministério da Cultura, estão insatisfeitos com a demora no pagamento da premiação. O edital do concurso foi lançado em Juazeiro do Norte, no dia oito de junho do ano passado. O resultado final foi publicado no Diário Oficial da União, no dia 14 de dezembro de 2010 e republicado duas vezes. Destinado a iniciativas culturais vinculadas à criação e produção, pesquisa, formação e difusão da Literatura de Cordel e linguagens afins (xilogravura, repente, coco e embolada, entre outras), o concurso dispõe de premiação total de R$ 3 milhões. Porém, Até agora, o MinC não informou quando será feito o pagamento aos ganhadores.
O cordelista Pedro Paulo Paulino, de Canindé, Ceará, manifesta em versos o seu protesto:
O LULA SAIU DEVENDO
E A DILMA NÃO QUER PAGAR 
*
Eu ganhei do Ministério
Da Cultura do Brasil
Um prêmio de 7 mil
Num concurso pouco sério
Pois não sei por qual mistério
A grana não quer chegar,
Não sei a quem reclamar,
Porém disso estou sabendo:
O Lula saiu devendo
E a Dilma não quer pagar.
*
No mês de junho que vem,
Já vai completar um ano
Que vivo no desengano
Sem receber um vintém.
Você, poeta, também,
Que pôde participar
E também classificar
O seu trabalho, está vendo:
O Lula saiu devendo
E a Dilma não quer pagar.
*
Será que o Lula levou
A grana dos cordelistas
E também dos repentistas
E a todos nós enganou?
Ou será que ele deixou
Escondido num lugar
Que ninguém pode encontrar?
O tempo assim vai correndo:
O Lula saiu devendo
E a Dilma não quer pagar.
*
Esse prêmio intitulado
Patativa do Assaré
Vem usando de má-fé,
Porque já foi publicado.
O MinC comprou fiado,
Sem da conta se lembrar.
Vamos todos levantar
Nossa voz assim dizendo:
O Lula saiu devendo
E a Dilma não quer pagar.
*
É assim que o MinC faz
Seu incentivo à Cultura,
Sem honradez, sem lisura,
Botando a gente pra trás?
Confesso que é demais
Dessa forma se humilhar
A Cultura Popular
Que há tanto já vem sofrendo:
O Lula saiu devendo
E a Dilma não quer pagar.
*
Se fosse prêmio à elite
Da cultura nacional,
Com certeza, o edital
Era nobre no convite.
Me deu até um palpite
Do Chico parodiar,
E pedra e bosta jogar
Na ministra, eu recomendo:
O Lula saiu devendo
E a Dilma não quer pagar.
*
Dê atenção, Ana Hollanda,
Aos poetas populares,
Pois quais serão os lugares
Que a ministra agora anda?
E por que é que não manda
O nosso prêmio entregar?
Com quem podemos falar,
Se ninguém tá respondendo?
O Lula saiu devendo
E a Dilma não quer pagar.
*
Poeta, ninguém engana,
Que está enganando a Cristo.
Parece que não vê isto
A ministra, dona Ana.
Será que ela se ufana
Dessa forma comandar
O ministério, e ficar
Todos nós aborrecendo?
O Lula saiu devendo
E a Dilma não quer pagar.
*
Fazemos Literatura
De Cordel com muito amor,
Mas é balela o valor
Que dizem dar à Cultura.
Eu digo: é mentira pura!
E podemos comprovar.
Só fazem nos enganar,
Como vem acontecendo:
O Lula saiu devendo
E a Dilma não quer pagar.
*
Você, lá do outro lado,
Ó poeta Patativa,
Defenda a memória viva
Do seu nome festejado!
Que você foi enganado,
Pois resolveram botar
O seu nome num lugar
Que não está merecendo:
O Lula saiu devendo
E a Dilma não quer pagar. 
*
Autor: Pedro Paulo Paulino – Canindé - CE
(13/05/2011) 
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