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terça-feira, 26 de dezembro de 2017

FIM DE TARDE


FIM DE TARDE
*
Vendo a paisagem tão bela
Eu me perco no arrebol
Vejo um resquício de sol
Desenhando uma aquarela
Quando a natureza apela
E recorre ao criador
O céu muda a sua cor
Vai ficando mais bonito
Os entretons do infinito
Abrolham com esplendor.
Dalinha Catunda
*
Da janela, neste instante
Vejo o céu avermelhado, 
Como num quadro pintado
De purpurina dançante. 
Atrás da nuvem, brilhante, 
Tal qual luz de um farol, 
Espia o raio do sol
Que ao ver a noite chegar
Se apaga pra descansar
Envolto nesse lençol.

Creusa Meira
*
Foto de Dalinha Catunda

domingo, 24 de dezembro de 2017

UM CANTO PARA CHICO SALLES


UM CANTO PARA CHICO SALLES
1
Chico Salles foi artista    
Não só no Rio de Janeiro
Mas sua voz ecoou
No nosso Brasil inteiro,
Amante da poesia
Conheceu toda a magia
Deste cordel brasileiro
.
Arquiteto respeitado
Humana e boa criatura
Luminoso  pensamento
Do verso na arquitetura
Se a rima resvaladiça
Não lhe atendesse a cobiça
Mas a ideia era pura
.
De acordo com o nosso
Pensamento pobre e raso
Nós perdemos Chico Salles
Mas esse não foi o caso
Porque da gora em diante
Temos um representante
No acolhedor parnaso

Do nosso grande Brasil
Os lugares mais remotos
Mostrado por Chico Salles
Em documentos e fotos
É sua brilhante voz
terapêutica para nós
Seus seguidores devotos.
Gonçalo Ferreira da Silva
2
De Sousa na Paraíba,
No Rio ele aportou.
A cidade maravilhosa,
Chico Salles encantou.
Deu, ela, chance ao poeta,
De seguir a sua meta,
Em tudo que projetou.
.
“Matuto Apaixonado”
“Tigre que virou doutor”
São cordéis interessantes,
Que Chico já publicou,
Mas foi com “O Pai do Vento”
Qu’ ele cheio de talento,
Narrando me conquistou.
.
Parabéns a Chico Salles,
Pela sua caminhada.
Nordestino destemido,
Que botou o pé na estrada.
Tão bonita é sua história
Que guardarei na memória,
Como exemplo de jornada.
.
Nordestino de nascença,
Carioca o coração
Entrou nas rodas de samba,
Sem largar xote e baião,
Foi carioca da clara,
Mas eu lavo a minha alma
Pois é gema do sertão!
Dalinha Catunda
3
Vinte e cinco de novembro
Ainda de madrugada
A morte passou correndo
Galopando em disparada
Levou Chico nos seus braços
Provocando embaraços
Pra quem ficou na estrada
.
Chico, cidadão de Souza
Lá do sitio Chabocão
Poeta de fino trato
Também brilhou na canção
Provavelmente no Céu
Jesus descobriu o véu
Pra ouvir seu vozeirão
.
Poeta, Compositor
Uma voz melodiosa
Cordelista dos maiores
Brilhou no verso e na prosa
Quem sabe  Mestre Azulão
Junto do Rei do Baião
Lhe convida pra uma glosa
.
Chico Salles, meu amigo
Amigo da Academia
Serás sempre um Imortal
Junto a nossa Confraria
Muito triste vou dizer:
Fez pena Chico Morrer
Ficou pobre a Poesia
William J G Pinto

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Cordel 80 anos de Gonçalo Ferreira da Silva

DALINHA CATUNDA
Cadeira, 25 da ABLC
*
Mestre Gonçalo Ferreira
Oitenta anos de idade
Com muita capacidade
Vencendo cada barreira
Lá no alto da ladeira
No cimo de Santa Tereza
Demonstra sua destreza
Na arte de versejar
Como sabe declamar
Disseminando beleza.
*
Lá no Ceará nasceu
Esse mestre da cultura
No cordel Literatura
Ele vive o apogeu
A classe reconheceu
Sua obra sua história
Vive seus dias de glória
Só colhendo o que plantou
Seu nome lugar ganhou
Numa legenda notória.
*
Fundador da Academia
Brasileira de cordel
Desempenha bom papel
Na casa da poesia
Lá se encontra todo dia
Muito bem acompanhado
Madrinha Mena ao seu lado
Cheia de dedicação
Cumprindo a Santa missão
Nesse ideal tão sagrado.
*
Parabéns ao presidente
Dessa nossa academia
Cuidando da confraria
Semeou boa semente
É voz forte e presente
Em nossa instituição
Ao poeta a louvação
Faço com muito carinho
Muita Luz em seu caminho
Desejo de coração.
*
ROSÁRIO PINTO
Cadeira, 18 da ABLC
*
Gonçalo, grande poeta
Hoje faz aniversário
Com nome no abecedário
Do verso, é grande esteta
Sua poesia arquiteta.
Pelas musas, abonado
Do cordel um apaixonado
Percorre todos os temas
Pra ele não há dilema,
Por seus confrades, aclamado
*
Fundou a Academia
E aos poetas irmanar
Reuniam-se num bar
Alegres e em harmonia.
Tudo ali se discutia.
A Academia cresceu
E atingiu seu apogeu.
E com seus 80 anos,
Tem lugar entre decanos.
Dezembro é seu jubileu.
*
E Gonçalo muito ativo
Nestes seus 80 anos
Une “gregos e troianos”
É sempre muito assertivo
Respeita o coletivo
E os poetas reunidos
Aplaudem hoje comovidos
Mena, sua companheira,
É também uma guerreira
Tantos folhetos vendidos.

ALBA HELENA CORRÊA
Cadeira, 16 da ABLC
*
20 de Dezembro – o dia!
Diligente o calendário,
comunica o aniversário,
de alguém que com energia,
desde bem jovem porfia.
Lutou demais e venceu,
porque nunca esmoreceu.
De viva voz eu propalo:
estou falando do GONÇALO,
que chegou ao apogeu!
*
Aos 80 anos de vida
ele escreveu bela história,
que culminou em vitória.
O tempo é que consolida,
a trajetória seguida.
Constrói cada octogenário,
o seu próprio relicário.
A idade nos enobrece:
prêmio que Deus oferece,
é glória em nosso fadário!
*
GONÇALO se dedicou
à difusão do cordel:
magistral em seu papel!
Muito saber propagou
sempre por onde passou,
recebeu consagração,
dentro e fora da nação.
Parabéns, mestre GONÇALO!
Todos querem abraçá-lo,
no seu dia de oitentão.
*
JOSENIR LACERDA
Cadeira 37 da ABLC
*
A data tem ar de festa
É dezembro, dia vinte
Tons de beleza e requinte
Em tudo se manifesta
Parecem fazer seresta
As aves no arvoredo
A natura, sem segredo
A novidade anuncia
E escreve com maestria
Mais um precioso enredo
*
Evento que tem começo
Na folha do calendário
Que registra o aniversário
De alguém alvo de apreço
Por isso tanto adereço
Cerca a comemoração
Alegria e emoção
Enchem festivos espaços
Sentimento vira abraços
Gestados no coração
*
Brilhante ação envolvida
No mais precioso halo
Pra homenagear Gonçalo
Que celebra o dom da vida
Com sua esposa querida
A doce madrinha Mena
Que a vivência faz serena
E com os filhos, completa
A musa acolhe o poeta
E sela uma vida plena
*
ANILDA FIGUEIREDO
Cadeira, 03 da ABLC
*
Vejo em Gonçalo Ferreira
Uma grande fortaleza,
O mar na sua grandeza,
Um tronco de aroeira,
A força da cachoeira,
Exercendo seu papel,
Quando derrama o cordel
Com rima, métrica e bravura,
O verso ganha estrutura
Nas mãos desse menestrel.

*
Conterrâneo de Iracema
Do romance alencarino,
Penso que, desde menino,
Pinta e borda em poema,
A natureza é um tema
Que lhe é peculiar,
Porém pode abordar,
Qualquer assunto ele escreve,
Pois é farta a sua verve
Na arte de versejar.

*
Oitenta anos de idade,
Amor e sabedoria,
Seu CPF é poesia,
Seu cordel, a identidade,
Sua pena é qualidade,
Seu tinteiro é escrever,
Títulos tem por merecer,
Arranca do coração,
Sua melhor criação
Foi fundar a ABLC.
*

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

POVO FELIZ

“POVO FELIZ”
*
Nessa terra de políticos,
Que prezam nosso torrão
Que nunca lesaram a pátria
Que nunca foram ladrão
Eu aplaudo o eleitor
Que defende com ardor
Os santos desta nação.
*
A justiça é mesmo cega
Muito mais que eu supunha
Prender o pobre Cabral
O santo Eduardo Cunha
O Garotinho e Rosinha
Casal que não sai da linha
E nunca foi de mumunha.
*
Confesso que não suporto
Ver tanta judiação
Tanto político preso
E só por perseguição
Nesse Rio de Janeiro
Calou-se o padroeiro
Que é São Sebastião.
*
Sempre foi pura invenção
Essa história de propina
Caixas cheias de dinheiro
Só se fosse numa mina
Na meia e numa cueca
Só se fosse uma merreca
É acusação cretina.
*
Uma mala não é nada
Não vale a pena Temer
O homem foi vice de Dilma
Por isso está no poder
Não vamos caluniar
Quem nunca foi de roubar
Nem fez o povo sofrer.
*
O pior de tudo isso
Que me corta o coração
É denunciarem Lula
E chama-lo de Ladrão
Mas pelo seu argumento
Anda montado em jumento
Não tem no banco um tostão.
*
Porém suas amizades
Com boa situação
Apoiaram o probo Lula
E lhe deram condição
De governar o país
Mas um juiz infeliz
Botou todos na prisão.
*
Lula é cara arrojado
Que só pensa no futuro
Para lutar ao seu lado
Ele chamou bem seguro
Mulheres empoderadas
Todas bem engajadas
Mulheres de grelho duro.
*
Por isso eleitor engajado
Vamos botar pra quebrar
Desabonar a justiça
Com juiz esculhambar
Não deixar ex-presidente
Este Santo inocente
A justiça o engaiolar.
*
Vamos logo prender Bretas
E Sergio Moro também
Dallagnol e outros mais
E quem tentar ir além
Vamos colocar pressão
Porque temos eleição
E é no ano que vem.
*
Vamos constranger na rua
A globo e seus jornalistas
Embora todos saibam
Vocês não são anarquistas
Creem num homem de luz
Que se compara a Jesus
Icem bandeiras nas pistas!
*
E vamos desabonar
A polícia Federal
Fazer a mesma coisa
Com o Supremo tribunal
Soltar os caluniados
Para sermos comandados
Por um novo tribunal.
*
É hora de preparar
A Arca da Salvação
Se é com fogo ou com água
Certeza não tenho não
Não é só pressentimento
Eu vejo a cada momento
Sinais de destruição.
*
Versos de Dalinha Catunda

Charge: SPONHOLZ – JORNAL DA BESTA FUBANA

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

MULHERES GLOSANDO O MOTE DE MEDEIROS BRAGA

MULHERES GLOSANDO O MOTE DE MEDEIROS BRAGA
*
DALINHA CATUNDA – Rio de Janeiro - RJ
Berço da mulher rendeira,
E de Maria Bonita.
A Raquel trouxe na escrita
Maria Moura Guerreira,
A força da brasileira,
A que enfrentou cada ardil!
Mostrando bem seu perfil
De forte mulher do agreste:
NÃO FORA NOSSO NORDESTE

SERIA POBRE O BRASIL.

*
BASTINHA JOB – Crato - Ce
O Ceará de Alencar

De Peri, de Iracema,
De Ceci prosa em poema
Do verde-azul do mar;
Tem o Ferreira Goulart,
Gonzagão, Gilberto Gil,
Patativa é nota mil
Nossa Arte é inconteste:
NÃO FORA NOSSO NORDESTE
SERIA POBRE O BRASIL

*
VÂNIA FREITAS – Fortaleza - Ce
O nordeste brasileiro

Banhado de sol e mar
Tem nas noites de luar
O canto do violeiro
Que embala nosso terreiro
Com seu verso mais sutil
Que encanta com mais de mil
O sul norte leste e oeste
NÃO FORA NOSSO NORDESTE
SERIA POBRE O BRASIL.
*

RÓSARIO PINTO – Rio de Janeiro -RJ
A mulher faz seu papel 

Escreve com linhas finas
Histórias de heroínas
Maneja bem o pincel
Em versos de menestrel.
São muitas na poesia,
E na prosa, em demasia,
Nos romances, mais de mil.
Do Norte até o Leste
NÃO FORA NOSSO NORDESTE
SERIA POBRE O BRASIL
*

DODORA PEREIRA DA SILVA – Juazeiro- Ce
Mulher guerreira e forte

Enfrenta o sol causticante
Com um sorriso intrigante
E o amor é seu suporte
O poeta é que tem sorte
Essa musa é nota mil
Contrastando o céu de anil
Com esse seu solo agreste
NÃO FORA NOSSO NORDESTE
SERIA POBRE O BRASIL

*
LNDICÁSSIA NASCIMENTO – Barbalha-Ce
O Nordeste brasileiro

É de fato um braço forte
Esse país tem é sorte
De não ser um estrangeiro
Sendo bravo e tão guerreiro
De arte e belezas mil
Nós traçamos o perfil
Do rico cabra da peste
NÃO FORA NOSSO NORDESTE
SERIA POBRE O BRASIL.

*
Xilo de Maércio Siqueira

Trabalho coordenado por Dalinha Catunda

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

VOU VIVER DO MEU JEITO

VOU VIVER SÓ DO MEU JEITO,
*
MARCOS MEDEIROS
Vou me embora pra distante
de onde a inveja mais permeia,
onde ver a vida alheia
é cada vez mais minguante.
Longe do gesto aviltante
da gritante inveja ativa,
tão danosa e tão nociva
pra todo e qualquer sujeito,
VOU VIVER SÓ DO MEU JEITO,
LONGE DA VIDA CATIVA.

*
DALINHA CATUNDA
Não vou fugir de querela
Porque ergo outra bandeira
Escancarei a porteira
Joguei no mato a tramela
A vida é mais do que bela
E me faz provocativa
Quem tem língua corrosiva
Desabono e desrespeito
VOU VIVER SÓ DO MEU JEITO,
LONGE DA VIDA CATIVA.

*
Mote de Marcos Medeiros

Xilo Erivaldo Ferreira

terça-feira, 28 de novembro de 2017

POETAS NO BRILHO DA LUZ


POETAS NO BRILHO DA LUZ
*
Rompendo a barra do dia
Vejo o sol aparecer
Levanto-me com prazer
Pois viver me contagia
O sol transmite energia
Eu aspiro a sua luz
Esse brilho me conduz
Em cada nova jornada
Sou mulher iluminada
Pois a vida me seduz.
Dalinha Catunda
*
Você é como uma luz
Iluminando a poesia
A bela rima conduz
Seu estilo contagia:
O seu dom nos contamina
Poetar é sua sina
Versejar seu universo
De catarse e emoção
Do real da ficção
De pé, aplaudo o seu verso!

Bastinha Job
*
No primeiro despertar
Me visto de lucidez
Ao romper a sensatez
Da aurora ao madrugar
Insípida ao declamar
A poesia é um pranto
Vestida com este manto
Sinto saudade do dia
Da noite que fez magia
Com o toque de acalanto.

Lindicássia Nascimento
*
 Vou falar em alto som 
Pra viver é muito duro 
Ninguém sabe do futuro 
Se vai ser ruim ou ser bom 
Saiba que Deus dá o dom 
Aquele que merecer 
Pra onde a gente correr 
Não tá livre do perigo 
Por isso eu sempre digo 
Como é difícil viver 

Dão de Jaime
*
Vendo o dia amanhecer
Renovo minha esperança
De ter paz e ter a bonança
Pra poder melhor viver.
Vou também agradecer
Pela família e a guarida
Pelos amigos na vida
E o pão que Deus me deu,
Por tudo que concedeu
Me sinto assim bem servida.

Rosário Lustosa
*
Nascimento é o começo
De uma estrada finita,
Sem nenhuma regra escrita
Sem destino ou endereço.
Cada escolha tem um preço
Nenhum de nós é isento,
De alegria ou sofrimento
Se o passado é bem deserto,
Nosso futuro é incerto,
A vida é só o momento.

Esaú Nunes