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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

ANO QUE VEM, VIDA QUE SEGUE


ANO QUE VEM VIDA QUE SEGUE



Quando um ano vai embora
Que um novo ano rebenta
Ser feliz a gente tenta
E promete a toda hora,
Tanto sorrir como chora
Nessa dita ocasião
Faz promessa e oração,
Mas a vida continua
Tanto a minha como a sua
É só continuação.
*

Quero aqui agradecer as parcerias, as visitas, os e-mails enviados com belas mensagens.

Gostaria de dizer que o blog Cordel de Saia continuará com as portas abertas para divulgação da literatura de cordel, apoiando e incentivando as mulheres cordelistas, neste ano que entra.

Um Feliz Ano Novo Com muita paz, saúde a todos que passaram por este blog.

Texto e foto de Dalinha Catunda
A foto é o raiar do dia de minha janela, no Rio de Janeiro.
*
Chegou Fred Monteiro 

O Ano Novo é um dia
só que começa em janeiro
chega em dezembro ligeiro
enquanto a vida corria
e a gente nesta agonia
de viver correndo tanto
entre riso, raiva e pranto
vai vivendo sem sentir
deixando a vida fluir
esquecendo o desencanto
*
Amiga Dalinha, tenha um Ano Novo só de encantos, sem muitas surpresas, mas com muita Saúde, Paz e Alegria.
 

domingo, 30 de dezembro de 2012

F E L I Z A N O N O V O !!!


CORDEL DE SAIA continua  a s  postagens  de  agradecimentos  aos  poetas  amigos, que  aqui  chegaram  para  deixar  suas mensagens, de NATAL em versos  ou  crônicas.

Moreira, muito obrigada,
Pela sua referência.
O NATAL foi bem tranqüilo,
Como manda a coerência.
Lá na nossa Academia,
Nas festas daquele dia,
Notamos a sua ausência.
(Rosário Pinto)

E quem mais natalizou
Foi mesmo o bardo Moreira
Pois a sua poesia
Pura, simples, verdadeira.
É roça e fertilizante,
É inverno que garante,
A divina sementeira.
(Josenir Lacerda)

Que chegue 2013!
Com muita tranqüilidade,
Que o Cordel, cada vez mais,
Mostre na realidade,
Que veio lá do sertão,
E conquistou a cidade !
(Marly Balthazar)

Neste Natal eu queria,
Um pouco menos de luz.
Queria mais humildade,
Nesta festa que conduz,
A pensar e refletir,
Nessa vida prosseguir,
Na estrada de Jesus.
(Chico Sales)

Se pudesse a humanidade,
No limiar do NATAL,
Festa da fraternidade,
Praticar o ritual,
Do perdão essencial,
Em qualquer  ocasião.
Seria a revelação,
De verdadeiro ANO NOVO,
Reunindo todo povo,
Em confraternização
(Zé Walter Pires)

Da minha terra distante,
Relembro os velho NATAIS,
Vividos com os meus pais,
Antes de ser retirante.
Mas deste tempo em diante,
Tudo ficou diferente,
Distante da minha gente,
A vida ficou mais fria:
O NATAL que me atraía,
Hoje me rouba o presente
(Dalinha Catunda)

Continue  conosco  e  DEIXE  suas  mensagens!
F E L I Z  A N O  N O V O!!! 

sábado, 29 de dezembro de 2012

CRÔNICA DE FRED MONTEIRO

CRÔNICA PARA UM ANO QUE SE VAI
O ano agoniza.  Cai, desfalecido, céu abaixo, amortecendo a queda num colchão de nuvens. Da minha janela eu observo tudo. Saudade dos momentos bons, também dos momentos tristes.
Duas faces da mesma moeda, duas texturas diversas da mesma massa que nos modela: sentimentos.  Sentimentos, o motor dos humanos. Animais, dizem alguns, também os têm. Mas, penso eu, não tão exacerbados quanto os humanos (os seres e os Sentimentos).
(E, apesar de tudo, o ano agoniza.)
Vai embora, aos pouquinhos, sem pensar na gente. Cumpre sua rotina.  Amanhecer, anoitecer, amanhecer, anoitecer, amanhecer..
O ano resume-se em cada dia que lhe cumpre existir. Amanhece a primeiro de janeiro, anoitece a trinta e um de dezembro.
(E, apesar de tudo, o ano agoniza.  E agonizamos nós, solidários.)
Cada dia nos acrescendo bons e maus momentos. Não maus de todo. Tristes, Apenas.  Tristes momentos de que temos até saudade. Cada dia, sua agonia. Cada dia, um fio de cabelo branco, um segundo que se foi.  Desperdiçado, algum.   aproveitado, outro.
Todos passando, todos desfalecendo, todos agonizando.
Negro, o céu agora.  Em repouso mortal. 
Para ressuscitar em janeiro.  Sob o barulho dos fogos, sob o clarão do Ano Novo.
*
Texto e foto de Fred Monteiro

CRÔNICA DE MARCOS MAIRTON


FIM DE ANO, COMEÇO DE ANO
Marcos Mairton

Eis
que se aproxima mais um fim de ano e, consequentemente, o começo de um
novo. Não há solução de continuidade. O “ano velho” se vai no exato
instante em que o “ano novo” chega.


Claro
que estamos diante de uma convenção. Escrevi certa vez que “o homem
tenta medir/ o tempo que há no mundo,/ em anos, meses e dias,/ horas,
minutos, segundos”. Nessa busca de medir o tempo...


Inventamos o relógio
e também o calendário.
Dividimos nossa vida
de um jeito arbitrário.
E, em frações de existência,
vivemos sob a regência
desse ser imaginário.

Continuo
convicto disso. Um ano, um mês, um dia são apenas medidas de tempo. O
suceder dos acontecimentos é constante, não importando se são 23:59 do
dia 31 de dezembro ou 00:00 do dia primeiro de janeiro.


“Mas,
a gente pára de trabalhar na tarde do dia 31, e só volta na manhã do
dia dois!”, dirão alguns, cobertos de razão. A questão é que o horário
de trabalho e os feriados também são convenções. Como o são igualmente
as relações de poder - do patrão sobre o empregado, do Estado sobre o
indivíduo, etc - e até o valor que atribuímos ao dinheiro.


Por
mais que essas convenções estejam entranhadas em nossa mente, não é
difícil perceber o quanto elas são diferentes das batidas de um coração,
do movimento dos astros e do fluir das águas de um rio. Ou mesmo de uma
paixão, capaz de sobreviver ao tempo e à distância, e de fazer do
reencontro entre duas pessoas um momento de abraços, beijos, lágrimas e
sorrisos.


Mas,
hoje não quero aprofundar questões de filosofia ou paixão. Afinal,
apesar de perceber a natureza convencional do tempo, reconheço que os
últimos dias de um ano são sempre um bom momento para se refletir sobre o
que aconteceu nele e o que pode vir a acontecer no próximo.


Penso
que verificar se objetivos foram alcançados e fixar novas metas seja
uma prática útil e saudável. Particularmente, tenho o hábito de fazer
por escrito o meu planejamento anual. Ponho no papel desde metas
ousadas, como “publicar um novo livro”, a outras aparentemente simples,
como “não me irritar no trânsito mais que uma vez por mês”.


Digo
“aparentemente simples” porque, após vários anos fixando por escrito
minhas metas, tenho observado que as supostamente simples são exatamente
as mais difíceis de serem alcançadas. Nos últimos sete anos, publiquei
mais de um livro por ano, mas continuo me irritando no trânsito quase
todo dia.


Pelo
que observo dos avanços tecnológicos deste século e do caos que vejo
nas ruas da minha cidade, concluo que não sou o único com esse problema.
Em geral, as nossas maiores dificuldades estão nas coisas do dia-a-dia.
Conseguimos realizar grandes projetos, mas tropeçamos nos pequenos
obstáculos da convivência com o outro.


Se
me fosse dado interferir no planejamento das outras pessoas, seria essa
a meta que eu incluiria para todos: “Respeitar a vida e a dignidade das
outras pessoas”. Como não posso, limito-me a fazer a anotação em meu
próprio planejamento, embora ciente de que meu egoísmo continuará
reivindicando seu espaço.


Creio
que posso encerrar por aqui minhas reflexões de fim de ano, desejando a
cada um dos meus leitores que suas metas pequenas e grandes para o
próximo ano sejam alcançadas. E que o alcançar dessas metas conduza a
uma vida mais feliz em um mundo melhor.

Foto do acervo do autor.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

MENSAGEM DO POETA GUAIPUAN VIEIRA

PAZ PARA TODOS! 
   
Que nestas festas, possamos libertar nossos corações das vaidades e dos egoísmos.
Não esqueçamos que somos passageiros nessa nave chamada Terra. Deixemos o orgulho de lado.
Procuremos amar o nosso próximo e que a LUZ do NATAL e o AMOR de CRISTO ilumine nossas vidas e que assim possamos contribuir um pouco para que tenhamos um 2013 melhor que 2012. FELIZ ANO NOVO!
 
Que a luz divina ilumine
Muito mais a nossa vida;
Paz em nossos corações,
Pra essa luz ser traduzida
No multiplicar dos anos,
Nos permitindo guarida.
 
Guaipuan Vieira

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

NATALIZAÇÃO por Moreira de Acopiara

Moreira, Dalinha, Gonçalo, Sepalo, Manoel Monteiro, Rosário e Lobisomem
Natalização

                Moreira de Acopiara

Hoje constatei que em
Dois mil e doze lutei,
Enfrentei umas contendas,
Caí e me levantei,
Chorei e ri muitas vezes,
Mas desde os primeiros meses
Em bem que natalizei.

Nem sei se esse verbo existe!
Se não, está inventado.
Quero que o dois mil e treze
Não apareça zangado.
Que ele depressa comece
E que você o atravesse
Muito bem natalizado.

Marco Haurélio resolveu
Natalizar na Bahia,
Mas se ficasse em São Paulo
Também natalizaria.
Foi construir novas metas,
Ciente de que os poetas
Natalizam todo dia.

Eufra Modesto e Aldy,
Valdeck, Nando Poeta,
Cleuza Santo, Benedita
(Turminha que não se aquieta),
Não sei onde se esconderam,
Mas já sei que empreenderam
Natalização completa.

UM BRINDE AOS AMIGOS!

UM BRINDE AOS AMIGOS!

Aos amigos ofereço
Estes versos de aprendiz
Desejando a todo preço
UM ANO NOVO FELIZ...

2012 está indo,
2013 chegando,
Um dá adeus, vai embora,
O outro se aproximando
Abre as portas do futuro
Chama a gente e vai entrando.

Daqui de onde estou avisto
De gente uma infinidade
São bisnetos, netos, filhos,
Junto a grande quantidade
De amigos acumulados
Sobre os quais jogo punhados
De confetes de amizade.

Aos meus amigos desejo
Um Ano Novo sobejo
De alegria e de festejo,
Ventura e felicidade,
Já no meu caso, em verdade,
Desejo e quero somente
Que no Ano Novo aumente
O meu círculo de amizade.

Manoel Monteiro. 
Foto do acervo de Dalinha Catunda.
Na Foto: Dalinha Catunda, Manoel Monteiro e Rosário Pinto

domingo, 23 de dezembro de 2012

NATAL ENTRE AMIGOS

O Natal que me atraía
Hoje me rouba o presente.
*
Da minha terra distante
Relembro os velhos natais
Vivido com os meus pais
Antes de ser retirante,
Mas deste tempo em diante
Tudo ficou diferente
Distante de minha gente
A vida ficou mais fria
O Natal que me atraía
Hoje me rouba o presente.
Dalinha Catunda
*
No meu tempo de criança
a vida era mais singela
eu via pela janela
até onde a vista alcança
uma grande esperança
que luzia em minha mente
um noel bem sorridente
pra fazer nossa alegria
O Natal que me atraia
hoje me rouba o presente.
Fred Monteiro 
*
Presente pra receber
presente pra se ganhar
mensagem pra se trocar
o TER sufocando o SER
o Deus para renascer
no  âmago de cada Ente
perdeu-se no inconsciente
e hoje é pura utopia:
O natal que me atraía
Hoje me rouba o presente
Bastinha Job

*
Me lembro que no passado
minha mãe organizava
e não se preocupava
por que nada era comprado
hoje está tudo mudado
não é como antigamente
está tudo diferente
do natal que mãe fazia
O natal que me atraia
hoje me rouba o presente
Aldemá de Morais
*
  Mato verde no quintal
Cheiro de terra molhada
Lembro a sala iluminada
Nessa noite especial
Presépio com o coral
Arrodeado de gente
Saudando alegremente
Menino Deus que nascia
O Natal que me atraía
Hoje me rouba o presente
Creusa Meira 
*
Lembro papai preocupado
Em sempre nos agradar
Mamãe querendo poupar
O que já era minguado
E a gente tudo animado
E sempre tão inocente
Tudo deixava contente
E a cada um divertia,
O Natal que me atraía
Hoje me rouba o presente.
Williana Brito
Mote de Dalinha Catunda
Xilo de Erivaldo