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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Dalinha, Nicodemos, a vara e a rabeca

Josenir Lacerda, Miguel Teles, Nicodemos e seu Zezé

PASSE A VARA NA RABECA!
*
Já estou me preparando
Para ver um show no Crato.
Se Niko não for ingrato
Com Miguel solicitando
Talvez acabe tocando
Junto com o mestre Zeca,
Que dança c’uma boneca,
Na hora de se exibir
A Niko eu vou é pedir:
Passe a vara na rabeca!
*
Vamos logo Nicodemos
Que a festa vai começar
Sei que o bicho vai pegar
Atrasar nós não podemos,
Porém já que resolvemos
Tome banho e ponha a beca
Bote o chapéu na careca
Que o povo vai aplaudir
A Niko eu vou é pedir:
Passe a vara na rabeca!
 *
 Autêntico rabequeiro,
Também músico e poeta,
Niko tece sua Meta
Em Crato e no Juazeiro,
Mas vai pro Brasil inteiro
E segurando a peteca!
Quando sai com sua reca
Eu falo sem discutir,
A Niko eu vou é pedir:
Passe a vara na rabeca!
Dalinha Catunda
*
PASSO A VARA NA RABECA

A resposta na medida
Eu lhe mando neste verso
Ando um pouco mais disperso
Mas pra dor não dou guarida
Na dureza desta vida
Só se entrega quem quiser.
Homem, menino e mulher,
Quem vacila na peteca?
Passo a vara na rabeca
Sempre que você quiser.
*
Não refugo seu pedido,
Atendo com precisão.
Pra você não digo não
Nunca me dou por vencido
Com meu verso atrevido
Faço a rima que eu quiser.
Despenteie se puder
Doze “fio” dessa careca.
Passo a vara na rabeca
Sempre que você quiser.
*
 Com Miguel e seu pandeiro
Toco até amanhecer
É pra quem quiser saber
De nosso som brasileiro
Toco até no estrangeiro
Se no estrangeiro estiver.
Como com garfo e colher
Onça, jia e perereca.
Passo a vara na rabeca
Sempre que você quiser.
João Nicodemos
*
Versoos de Dalinha e Nicodemos
Foto do acervo de Dalinha 


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