Josenir Lacerda, Miguel Teles, Nicodemos e seu Zezé |
PASSE A VARA NA
RABECA!
*
Já estou me preparando
Para ver um show no Crato.
Se Niko não for ingrato
Com Miguel solicitando
Talvez acabe tocando
Junto com o mestre Zeca,
Que dança c’uma boneca,
Na hora de se exibir
A Niko eu vou é pedir:
Passe a vara na rabeca!
*
Vamos logo Nicodemos
Que a festa vai começar
Sei que o bicho vai pegar
Atrasar nós não podemos,
Porém já que resolvemos
Tome banho e ponha a beca
Bote o chapéu na careca
Que o povo vai aplaudir
A Niko eu vou é
pedir:
Passe a vara na
rabeca!
*
Autêntico rabequeiro,
Também músico e poeta,
Niko tece sua Meta
Em Crato e no Juazeiro,
Mas vai pro Brasil inteiro
E segurando a peteca!
Quando sai com sua reca
Eu falo sem discutir,
A Niko eu vou é pedir:
Passe a vara na
rabeca!
Dalinha Catunda
*
PASSO A VARA NA
RABECA
A resposta
na medida
Eu lhe
mando neste verso
Ando um
pouco mais disperso
Mas pra
dor não dou guarida
Na dureza
desta vida
Só se
entrega quem quiser.
Homem,
menino e mulher,
Quem
vacila na peteca?
Passo a
vara na rabeca
Sempre
que você quiser.
*
Não
refugo seu pedido,
Atendo
com precisão.
Pra você
não digo não
Nunca me
dou por vencido
Com meu
verso atrevido
Faço a
rima que eu quiser.
Despenteie
se puder
Doze
“fio” dessa careca.
Passo a
vara na rabeca
Sempre
que você quiser.
*
Com
Miguel e seu pandeiro
Toco até
amanhecer
É pra
quem quiser saber
De nosso
som brasileiro
Toco até
no estrangeiro
Se no
estrangeiro estiver.
Como com
garfo e colher
Onça, jia
e perereca.
Passo a
vara na rabeca
Sempre
que você quiser.
João Nicodemos
*
Versoos de Dalinha e Nicodemos
Foto do acervo de Dalinha
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