O Blog Cordel de Saia idealizado e criado pela poeta de cordel, Dalinha Catunda, é direcionado à cultura popular, a mulher aparecerá como figura principal. Aqui receberemos democraticamente, homens e mulheres praticantes deste contagiante mundo encantado da Literatura de cordel. O blog tem também como função divulgar eventos relacionados a literatura de cordel além de descobrir e divulgar a mulher cordelista. Contatos: dalinhaac@gmail.com e rosariuspinto@gmail.com
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segunda-feira, 24 de outubro de 2022
sexta-feira, 21 de outubro de 2022
PORÉM NUNCA VOU CHEGAR A SER CORA CORALINA.
PORÉM
NUNCA VOU CHEGAR
A
SER CORA CORALINA.
Mote
de Dalinha Catunda
*
Sou
poeta e sou doceira,
E
na farofa sou boa,
Faço
verso, canto loa,
As
vezes sou cantadeira,
E
metida a cirandeira!
E
nessa minha rotina
De
cabocla nordestina,
Eu
nasci pra versejar:
“Porém
nunca vou chegar
A
ser cora coralina.”
Dalinha Catunda
*
Eu
nasci agricultor
Cultivando
o fértil chão
De
enxada e foice na mão
Em
meio a mata em flor
Sonhava
ser escritor
Da
cultura nordestina
Minha
obra é pequenina
Mas
preciso divulgar
“Porém
nunca vou chegar
A
ser Cora Coralina”
Araquém
Vasconcelos
*
Eu
me chamo Nelcimá
Sempre
gostei de escrever
Eu
só não quis entender
Que
um dia ia versejar
E
agora no pelejar
Vou
com a alma felina
Tentando
ser turmalina
Para
a todos agradar
“Porém
nunca vou chegar
A
ser Cora Coralina.”
Nelcimá
Morais
*
Não
faço como Dalinha
Abençoada
pela arte
Fazendo
aqui minha parte
Pela
casa e na cozinha
Pego
agulha enfio linha
Faço
isto desde menina
Tenho
inspiração divina
Peço
pra nunca faltar
“Porém
nunca vou chegar
A
ser Cora Coralina.”
Vânia Freitas
*
Sendo
pra nascer mulher
Desejava
ser Dalinha
Tendo
vaga pra Mocinha
Até
Pagu se quiser
Mas
tinha outra colher
Caso
fosse Messalina
Um
homem em cada esquina
Para
experimentar
"Porém
nunca vou chegar
A
ser Cora Coralina"!
Ésio
Rafael
*
O
seu verso apimentado
E
o doce dos quitutes
São,
sem dúvida, desfrutes
Para
os fãs apaixonados
Nesse
jeito misturado
De
pimenta e sacarina
Tá
completa a sua sina
Não
convém se lamentar:
“Porém
nunca vou chegar
A
ser cora coralina”
Giovanni
Arruda
*
Na
vida já fiz de tudo
Conquistei
o infinito
Escrevi,
soltei meu grito
A
quem o queria mudo
Transformei
rima em escudo
Numa
verve cristalina.
Com
mamãe, desde menina
Aprendi
a cozinhar,
“Porém
nunca vou chegar
A
ser cora coralina”
Nilza
Dias
*
Sou poeta de cordel
Versejo
com alegria.
Não
vivo de fantasia.
À
verdade sou fiel.
Vou
traçando meu painel,
Na
escrita sou feminina
E
também sou nordestina
Pois
gosto de versejar
“Porém
nunca vou chegar
A
ser cora coralina.”
Rosário Pinto
*
Não
precisa que eu grite
Mas
vou dizer nesta rima
Eu
não sou de obra prima
Não
chego a esse limite
Tenha
calma não se agite
Essa
poetisa fina
Muito
muito me ensina
Deixa
o mundo me julgar
“Porém
nunca vou chegar
a
ser cora coralina.”
RivaMoura
Teixeira
*
Pareço
na escalada
Da
montanha dessa vida
Cada
pedra removida
Será
uma flor plantada,
Se
a semente é germinada
Cumpro
um pouco a minha sina
CORA
chega e me ensina
Cair
e se levantar
“Porém
nunca vou chegar
A
ser Cora Coralina!”
Bastinha
Job
*
Obrigada
a todos que glosaram o mote. Amei!
E
viva Cora Coralina!
Foto
do acervo de Dalinha Catunda
Dalinha
Catunda cad. 25 da ABLC
Idealizadora
dos blogs: Cordel de Saia
E
Cantinho da Dalinha
quarta-feira, 12 de outubro de 2022
AS MULHERES DO CORDEL COM: ALAÍDE SOUZA COSTA
BIOGRAFIA DE
ALAÍDE SOUZA
COSTA, nascida em 25/11/60 em Goiânia -GO, reside em Aracaju -SE há 60 anos. É filha de Antônio
Oliveira da Costa e Domingas de Souza Costa. Professora por vocação e por
titulação ( Graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Sergipe -2001/1
e Pós Graduação em Educação e Gestão Escolar pela Faculdade Pio Décimo -
2016), lecionou por 30 anos em escolas
públicas e particulares de Aracaju. Nessa época, criou e desenvolveu projetos
educacionais de incentivo à prática da leitura e da escrita, entre os quais ela
destaca: (RE) CONHECENDO O BAIRRO JOSÉ CONRADO DE ARAÚJO e O BAIRRO SANTA MARIA; GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA; DO
DIÁRIO AO BLOG: APRENDENDO A ESCREVER HISTÓRIAS.
Alaíde é cordelista e membro fundador e efetivo da Academia Sergipana de Cordel(ASC), ocupando a cadeira 12, desde 2017. É membro correspondente da Academia de Letras, Música, Artes de Salvador, Bahia(ALMAS), desde 2015.
www.alaidescosta.recantodasletras.com.br
caalaide@hotmail.com
VERSOS DE
ALAÍDE COSTA
*
PRA SUA FACA
AFIADA/ TEM COURO MINHA BAINHA
Chega no
forró sorrindo
Gasta
dinheiro e alegria
Diz que não
perde folia
Puxa a dama
e vai saindo
Pelo salão
sacudindo
Porém,
deixou a esposinha
Que ele
chama de "mainha"
No lar, com
fome, sem nada
PRA SUA FACA
AFIADA
TEM COURO
MINHA BAINHA.
*
Homem
agredir Mulher?
Cai na MARIA
DA PENHA
Vai carregar
muita " lenha"
Pode ser um
Chanceler
Ou o macho
Xavier
Que
grita:" a mulher é minha!"
E bateu nela
agorinha
Mostrando
não valer nada
PRA SUA FACA
AFIADA
TEM COURO
MINHA BAINHA.
*
Glosa: Alaíde Souza Costa
Mote: Dalinha Catunda
*
Postagem de Dalinha Catunda
Poetas, técnicos e pesquisadores em Paraty
Poetas, técnicos e pesquisadores em Paraty
De ontem 10/10/2022
Detentores da Literatura de Cordel, do Rio de Janeiro e São
Paulo, estiveram reunidos no escritório técnico do IPHAN em Paraty, com seus
respectivos técnicos para tratar da participação dos cordelistas, na próxima
FLIP que acontecerá de 23 a 27 de novembro de 2022.
Conversamos, principalmente, sobre espaços e programação e
de lá saímos animados.
Dalinha Catunda
dalinhaac@gmail.com
sábado, 8 de outubro de 2022
quarta-feira, 5 de outubro de 2022
Cordelistas discorrendo sobre o poder da Mulher na Literatura de Cordel
Cordelistas discorrendo sobre o poder da Mulher na Literatura
de Cordel
De ontem terça feira, dia 04-10.
Eu, Dalinha
Catunda e Rosário Pinto na Ilha do Governador, Rio de Janeiro- RJ,
A convite da
Professora Ana Cristina Rosito, participamos do SARAU LITERÁRIO CE TIA LAVÔR,
Na (Escola Estadual,) CE Professora Maria de Lourdes De
Oliveira
Nosso tema foi sobre o poder da mulher na Literatura de
Cordel, Rosário e eu nos revezamos no assunto. Foi uma conversa agradável e
proveitosa.
A Escola muito receptiva, os alunos bem atentos e atenciosos
Gratidão, a todos!
Nota de Dalinha
Catunda. Cordelista, artesã e cirandeira
dalinhaac@gmail.com