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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

O QUE ME FALTA É PARCEIRO


NÃO ME FALTA INSPIRAÇÃO 
O QUE ME FALTA É PARCEIRO
Mote de Dalinha Catunda
*
GIOVANNI ARRUDA
Não sou poeta afamado
Meu nome não corre o mundo,
Mas algo me faz fecundo
E não me deixa calado:
É me ver desafiado
Em peleja de brejeiro,
Junto rimas de balseiro 
Eu entoo essa canção 
NÃO ME FALTA INSPIRAÇÃO 
O QUE ME FALTA É PARCEIRO
*
DALINHA CATUNDA
O sujeito destemido
Que no seu taco confia
Não foge duma porfia
Nem teme ser rebatido
O sucesso é garantido
No salão ou no terreiro
Se for um bom companheiro
Mostro a minha vocação:
NÃO ME FALTA INSPIRAÇÃO 
O QUE ME FALTA É PARCEIRO.
*
MARCOS MEDEIROS
Na poesia faltando
quem aos meus versos responda,
vou logo tirando onda
dizendo que está sobrando.
Comigo vou poetando,
inventando companheiro.
Faço tudo bem ligeiro
pra chegar na conclusão:
NÃO ME FALTA INSPIRAÇÃO
O QUE ME FALTA É PARCEIRO.
*
DALINHA CATUNDA
Onda também sei tirar
Pois sei fazer bem meu verso
Navego nesse universo
E o remo não vou largar
Aprendi a mergulhar
Tenho instinto timoneiro
Meu verso é alvissareiro
E digo de antemão:
NÃO ME FALTA INSPIRAÇÃO
O QUE ME FALTA É PARCEIRO
*
MARCOS MEDEIROS
Para escrever não preciso
ter gente aqui do meu lado.
Tenho que estar animado.
Pronto para o improviso.
Exercito meu juízo.
Escrevo um poema inteiro
pautado na solidão.
NÃO ME FALTA INSPIRAÇÃO
O QUE ME FALTA É PARCEIRO.
*
DALINHA CATUNDA
Quando começo escrever
O verso vem bem bolado
Talvez psicografado
Eu só faço transcrever
Eu vejo o verso verter
Do meu cérebro coiteiro
Já fazendo seu roteiro
Sem que eu dê opinião:
NÃO ME FALTA INSPIRAÇÃO
O QUE ME FALTA É PARCEIRO.
*
MARCOS MEDEIROS
Estando ou não em debate,
meus versos sempre dirijo.
Na direção eu exijo
não cometer disparate.
Por saber que sou um vate,
que só rima bem ligeiro,
procuro não ser “cangueiro”.
Ao guiar minha oração,
NÃO ME FALTA INSPIRAÇÃO
O QUE ME FALTA É PARCEIRO.
*
DALINHA CATUNDA
Confesso tenho cuidado
Sempre tento ser fiel
Pois regas tem o cordel
Isso é fato comprovado
O verso de pé quebrado
É um tema corriqueiro
Eu alerto o tempo inteiro
Mas vejo a repetição.
NÃO ME FALTA INSPIRAÇÃO
O QUE ME FALTA É PARCEIRO.
*
MARCOS MEDEIROS
Por ser cabra nordestino,
apresento destemor.
Sou de Deus um portador
aqui cumprindo o destino.
Tenho um elevado tino,
sendo simples mensageiro.
Mensagem dou sem carteiro
fazer distribuição.
NÃO ME FALTA INSPIRAÇÃO
O QUE ME FALTA É PARCEIRO
*
DALINHA CATUNDA
*
Eu sou filha do Nordeste
Sou da terra alencarina
Essa inspiração divina
Não tem ninguém que conteste
Se for para fazer teste
O lugar tiro o primeiro
Aqui no Rio de Janeiro
Meu verso chama atenção.
NÃO ME FALTA INSPIRAÇÃO
O QUE ME FALTA É PARCEIRO
*

Xilo de Cícero Lourenço.



quarta-feira, 26 de setembro de 2018

O REGISTRO DO CORDEL



O REGISTRO DO CORDEL
*
Nosso querido cordel
Do Nordeste é natural
É agora do Brasil
Patrimônio nacional
Reconheceu o IPHAN
Quando deu o seu aval
*
Dezenove de setembro
Dia da reunião
Desse dois mil e dezoito
Para oficialização
Reuniu nosso universo 
Repleto de emoção
*
Professora Rosilene
De Melo iniciou
Toda essa caminhada 
Com pesquisa encaminhou
Academia Brasileira
De Cordel solicitou
*
Foto do acervo de Dalinha Catunda
Versos de Rosário Lustosa

terça-feira, 25 de setembro de 2018

SEI QUE A SAUDADE NÃO MATA/MAS PASSA TIRANDO FINO


Poetas e poetisas glosando o mote
 De ELIODORO MORAIS
*
"SEI QUE SAUDADE NÃO MATA
MAS PASSA TIRANDO UM FINO”.
*
DALINHA CATUNDA
A saudade quis chegar
Mas guarida não dei não
Conheço meu coração
Que não vive a ruminar
E vendo alguém se achegar
Maroto que nem menino
Acolhi com meu bom tino
Pois eu sou mulher sensata:
"SEI QUE SAUDADE NÃO MATA         
MAS PASSA TIRANDO UM FINO”.
*
ELIODORO MORAIS
A solidão acompanha
Quem anda sempre sozinho
Como se fosse um espinho
Cravado na sua entranha
É como o pranto que banha
As dores do seu destino
Quando o adeus assassino
Machuca, fere e maltrata
Sei que saudade não mata
Mas passa tirando um fino
*
Chega de lugar nenhum
Deixando o peito em pedaço
E toma conta do espaço
Da vida de qualquer um
Habita a vala comum
Da casa do desatino
Como invasor clandestino
Da relação abstrata
Sei que saudade não mata
Mas passa tirando um fino
*
JOAMES MENDES
Saudade não é doença,
Mas com doença parece,
Causa mal estar, estresse
E uma solidão imensa;
Remediar não compensa,
Só aumenta o desatino;
Para curá-la eu ensino
Carinho na dose exata;
SEI QUE SAUDADE NÃO MATA,
MAS PASSA TIRANDO UM FINO!
*
GEVANILDO ALMEIDA
 Essa saudade é culpada,
Tá sempre me perturbando,
No meu peito vai entrando,
Sem rumo destrambelhada,
Não consigo fazer nada,
Já tentei não lhe domino,
No meu peito virou hino,
Tocando igual serenata,
SEI QUE SAUDADE NÃO MATA,
MAS PASSA TIRANDO UM FINO.
*

JOSENIR LACERDA
A saudade traiçoeira
Vem como quem não quer nada
Seja noite ou madrugada
Ela ataca sorrateira
Manifesta-se faceira
Num solo de violino
No som do tango argentino
Provoca, fere e maltrata
"Sei que a saudade não mata
Mas passa tirando um fino"

*
GIOVANNI ARRUDA
A saudade corre chão...
Deixa a cuca escangalhada
Quando o cheiro da amada
Sopra feito um furacão;
E tomado da invasão 
O cabra vira menino
Vê estrela, ouve sino 
Salta que nem acrobata
SEI QUE SAUDADE NÃO MATA
MAS PASSA TIRANDO UM FINO

*
VÂNIA FREITAS
A saudade pela estrada
Busca sempre o coração
Veloz não pisa no chão
Para não ser espancada
E nele fazer morada
Com seu instinto felino
Essa força não domino
Porque ela é abstrata
SEI QUE SAUDADE NÃO MATA
MAS PASSA TIRANDO UM FINO.

*
FRANCISCO DE ASSIS SOUSA
Ela é ausência na lembrança
De alguém que não ficou
E a presença nos levou
Sem deixar nem semelhança
Às vezes é desesperança
É um sentimento ferino
Eu não sei como a defino
Se ela concreta ou abstrata
"SEI QUE SAUDADE NÃO MATA 
MAS PASSA TIRANDO UM FINO”.

*
Interações organizadas, por Dalinha Catunda



O BRAVO CORDEL DE SAIA


O BRAVO CORDEL DE SAIA
*
O bravo "Cordel de Saia"
Que com Dalinha e Rosário 
Cumpre seu itinerário
Sem nunca fugir da raia
Em vigilante tocaia
É do cordel, guardião
Merece aplauso e menção
Nesse momento de glória
Pois faz parte dessa história
No zelo e divulgação.

*
Homenagem da poetisa Josenir Lacerda
Ao Cordel de Saia.

ATIVIDADE CORDEL DE SAIA



ATIVIDADE CORDEL DE SAIA
A convite da professora Maria Isaura o grupo Cordel de Saia esteve presente na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Formação de Professores, Centro de Educação e Humanidades Departamento de Letras, campus São Gonçalo, em 20 de setembro 2018, ocasião em que apresentou recital poético. No encontro as gestoras do grupo anunciaram a boa nova do Registro da Literatura de Cordel como BEM DE PATRIMÔNIO IMATERIAL
A abertura coube ao presidente da ABLC, Academia Brasileira de Literatura de Cordel, Gonçalo Ferreira da Silva.
A apresentação constou de roda de conversa e de animação com pelejas e versos engraçados, o que chamou a atenção da plateia e tornou o encontro mais alegre.
Na ocasião a professora Maria Isaura, que vem trabalhando a literatura de cordel em sala de aula e é estudiosa do tema, foi convidada pelo presidente da ABLC para ocupar uma cadeira de pesquisadora na Academia Brasileira de Literatura de Cordel.
rosariuspinto@gmail.com

domingo, 23 de setembro de 2018

PLENÁRIA DA ABLC DE SETEMBRO



PLENÁRIA DA ABLC DE SETEMBRO


A plenária da ABLC, aconteceu quarta feira dia 19 - 09 - 2018. Aqui um pequeno registro fotográfico do evento. Na plenária contamos com a presença de membros da ABLC de outros Estados, além da presença do Cordel de Saia, representado por Dalinha Catunda e Rosário Pinto, tivemos a nobre presença da presidente da ACC, Anilda Figueiredo, Moreira de Acopiara, Arievaldo e Klevisson Viana, Abraão Batista entre muitos outros e também a prata da casa. Foi uma plenária movimentada e seu ponto alto foi a posse, como pesquisador, de Gustavo Dourado.
Dalinha Catunda.

sábado, 22 de setembro de 2018

CORDEL dentro da Oficina Literária do HUGG




Noções de Literatura de cordel com Dalinha Catunda,
 dentro da Oficina Literária do HUGG, com Regina Macri.

A THEREZA RODRIGUES
*
Numa letrinha bonita
Pra minha SATISFAÇÃO
Um recado eu recebi
E tocou meu CORAÇÃO
A mensagem me encantou
Pois estava escrita a MÃO.
*
E foi Thereza Rodrigues
Quem escreveu cada LINHA
Meu nome ela não lembrava
Repito agora é DALINHA
Disse que eu era “arretada”
Razão sobrando ela TINHA.
*
Com palavras carinhosas
Ela disse o que QUERIA
Falou que tinha adorado
E demonstrava ALEGRIA
Por ter vivido comigo
Momentos de POESIA.
*
Até cobra no seu texto
Que eu cumpra meu PAPEL
Que é o de ensinar ao grupo
Fazer versos de CORDEL
Na medida do possível
Eu tentarei ser FIEL.
*
O cordel tem o poder
De entreter e ALEGRAR
Você com as companheiras
Contentes irão FICAR
Com essa literatura
De cordel que é POPULAR.
*
Dalinha Catunda
Sextilhas usadas na Oficina Literária do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle.
 Noções de Literatura de cordel com Dalinha Catunda,
 dentro da Oficina Literária, com Regina Macri.
dalinhaac@gmail.com

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

A Dor da Saudade por Lindicássia Nascimento


A DOR DA SAUDADE
*
Hoje vivo de ilusão
Tenho lágrimas no rosto
Por conta de um amor
Ter me causado desgosto
Eu não amo mais ninguém
Não consigo, não convém
Nem mesmo, meu lado oposto.

Ficou cravado no peito
A dor tirou-me a alegria
Explodiu e não tem jeito
Não existe sintonia
Pois ainda sinto o cheiro
Do caboclo, cangaceiro
Que sugou minha poesia.

Lindicássia Nascimento colunista do blog: Cordel de Saia
Poeta de Cordel e Presidente da Sociedade dos Poetas de Barbalha.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

A NOSSA LITERATURA/ TEM QUE SER MAIS DIVULGADA




A NOSSA LITERATURA
TEM QUE SER MAIS IVULGADA

*
DALINHA CATUNDA
A nossa arte em cordel
Atualmente é modismo
Quanto exibicionismo
Recebendo até laurel
Cada um com seu papel
Vai seguindo sua estrada
Uns de forma equivocada
Deturpam nossa cultura
A NOSSA LITERATURA
TEM QUE SER MAIS DIVULGADA

*
JERSON BRITO
Pela mídia brasileira
Desfila uma enormidade
De atrações sem qualidade,
Inúteis... Quanta besteira!
A cultura verdadeira
Não tem espaço, coitada,
Mendiga pra ser mostrada,
Em poucos meios figura.
A NOSSA LITERATURA
TEM QUE SER MAIS DIVULGADA.

*
Mote: Zilmar de Souza



segunda-feira, 10 de setembro de 2018

As Mulheres do Cordel


ONDE E COM QUEM
*
No troféu do Gonzagão
Em noite espetacular
Em Fortaleza encontrei
Uma mulher singular
Ivonete de Morais
Que é poeta até de mais
E veio para ficar.
*
Sorridente e bem feliz
E demonstrando alegria
Ela me ofertou seu livro
Apinhado de poesia
Agradeci a guerreira
Que vence qualquer barreira
Pra viver o dia a dia.
*
Recomendo o livro: “Beleza poética em versos rimados”
De Ivonete de Morais, com apresentação da poetisa Josenir Lacerda,
e arte de Nonato Araújo.
*
Versos e fotos de Dalinha Catunda.