Seguidores

domingo, 31 de março de 2019

Esse meu jardim florido/é cacimba de saudade


ESSE MEU JARDIM FLORIDO,
É CACIMBA DE SAUDADE!
*
Quando rego minhas flores,
Desperto a recordação,
Que mora em meu coração.
Entre suspiro e rumores,
Evoco antigos amores,
E choro a fugacidade,
Do que foi felicidade,
Porém hoje é fenecido...
ESSE MEU JARDIM FLORIDO,
É CACIMBA DE SAUDADE!
*
BASTINHA JOB
Anilda fotografou 
Esse jardim invernado 
esse mote bem bolado 
Dalinha fez e glosou 
O perfume se espalhou 
Por toda minha cidade 
Trouxe a fraternidade
E o verso foi atingido:
ESSE MEU JARDIM FLORIDO 
É CACIMBA DA SAUDADE.
*
ANILDA FIGUEIREDO
No jardim da minha vida
Plantei as mais lindas flores,
Umas foram dessabores,
Que eu encontrei na lida.
Agora, já na descida,
Enfrento a realidade,
Esqueço o que foi maldade,
Recordo o amor vivido,
ESSE MEU JARDIM FLORIDO
É CACIMBA DE SAUDADE.
*
Mote de Dalinha Catunda
Foto de Anilda figueiredo
Mote inspirado na postagem de Anilda.

quinta-feira, 28 de março de 2019

Cordéis do poeta Ernane Tavares


Cordéis do Poeta Ernane Tavares
*
Ganhei de Ernane Tavares,
E fiquei muito contente,
Um bocado de cordéis.
Hoje agradeço o presente
Ao prezado cordelista.
Aumentei a minha lista.
Na cordelteca vigente.
*
Verso de Dalinha Catunda.

A IMPORTÂNIA DO REGISTRO DA LITERATURA DE CORDEL

CORDEL DE SAIA traz, mais uma vez, notícias sobre o Registro da Literatura de Cordel como Bem de Patrimônio Cultural Brasileiro, pelo Iphan, ocorrido no final de 2018.

A pauta teve a iniciativa de Luana, secretária da ABLC e contou com a participação do Presidente Gonçalo Ferreira da Silva e das acadêmicas: Alba Helena, Dalinha Catunda e Rosário Pinto. Nas entrevistas falamos de patrimônio e da inserção da literatura de cordel na sala de aula e de sua importância educacional, cultural e social.

https://tvescola.org.br/videos/17347/?fbclid=IwAR0FBUXofWTh5BvIqDoHI2I8FunuJJwLI7lu2d3CBhdyCZJj5hS9evlhxlg

Texto: Cordel de Saia
Rosário Pinto e
Dalinha Catunda

Mais um elo de Dalinha Catunda com a Sociedade dos Poetas de Barbalha

COMUNICADO
A sociedade dos Poetas de Barbalha, tem a honra de comunicar, que estará empossando nesta agremiação, como SÓCIA BENEMÉRITA, a poetisa Dalinha Catunda. A indicação e defesa foi da presidente Lindicássia Nascimento e aceita por unanimidade, em assembléia realizada em Dezembro de 2018. Sua posse está marcada para a noite do dia 26 de Abril de 2019, as 19 horas na Escola de Saberes de Barbalha, no evento Mungunzá com Poesias Versos e Prosas da Sociedade dos Poetas de Barbalha.
Como madrinha da Cordelteca da SPB, Dalinha, tem se dedicado á Sociedade dos Poetas de Barbalha, intermediando novos horizontes culturais e literários que eleva essa agremiação.
Nos sentimos imensamente honrados e honradas, pela aceitação do convite, .
MARIA DE LOURDES ARAGÃO CATUNDA, conhecida como Dalinha Catunda, nasceu
Na cidade de Ipueiras - Ceará, no dia 28 de outubro de 1952.
É cordelista e ocupa a cadeira 25 na ABLC, que tem como patrono o poeta e
folclorista cearense Juvenal Galeno.
É declamadora e como tal já participou da Feira Literária Internacional do
Tocantins e de muitos outros palcos.
É membro correspondente no Rio de Janeiro, da AILCA – Academia Ipuense
de Letras, Ciência e Artes.
É membro da Academia dos Cordelistas do Crato Como sócia benemérita.
Gonzagueana, por honra e mérito e foi agraciada com o troféu centenário Luiz Gonzaga em Fortaleza CE em Agosto de 2017, pelo programa Gozagão na Cidade o Poeta e a Sanfona, pelo produtor cultural Pedro Sampaio.
Além de construir o Espaço Cultural Saberes do Sertão, implantou uma cordelteca itinerante em Ipueiras.
É Promotora e patrocinadora exclusiva do evento: Encontro Nacional de Poetas e Cordelistas na sua cidade natal, desde o ano de 2014, esse ano realizou a edição de numero 06.
É madrinha da Cordelteca da Sociedade dos Poetas de Barbalha que leva seu nome. Já publicou três cordéis, enfatizando a Sociedade dos Poetas de Barbalha, onde demonstra seu respeito, carinho e dedicação com a agremiação.
Como colaboradora, tem textos publicados nos dois principais jornais do Ceará.
“O Povo,” “Diário do Nordeste.”
Escreve no Jornal Gazeta de Notícias na região do Cariri cearense.
Assina uma coluna no blog: www.luizberto.com: Jornal da Besta Fubana de Recife.
Na internet faz um amplo trabalho de divulgação da Literatura de Cordel em
sites e blogs. Administra os blogs: www.cantinhodadalinha.blogspot.com e
www.cardeldesaia.blogspot.com

sexta-feira, 22 de março de 2019

PLENÁRIA ABLC DE 20 DE MARÇO DE 2019



Pauta: Posse Isaura Rodrigues Pinto – professora/Doutora em Letras da UERJ, Campus São Gonçalo, no quadro de pesquisadores.

A Sessão Plenária da Academia Brasileira de Literatura de Cordel do dia 20/03/2019 deu posse à professora Maria Isaura Rodrigues Pinto – UERJ – Campus São Gonçalo.

A apresentação coube à bibliotecária Rejane Monteiro, responsável pela Cordelteca Gonçalo Ferreira da Silva, da UERJ São Gonçalo, idealizada pela professora.

Maria Isaura, em seu discurso trouxe para a pauta a importância das academias universitárias realizarem pesquisas na área de literatura de cordel. Movida por esta preocupação conquistou na UERJ, Campus São Gonçalo, espaço não apenas para a implantação de uma Cordelteca, mas também de fomento a pesquisas, cursos, oficinas, palestras e atividades recreativas junto aos alunos à volta da literatura de cordel e da cultura popular.

Dalinha Catunda ofereceu as boas vindas à professora Maria Isaura e aproveitou a oportunidade para repassar às mãos do Presidente Gonçalo Ferreira da Silva as comendas referentes ao Prêmio recebidas por ocasião do Centenário Gonzagão 2018, promovido pelo poeta Pedro Sampaio, em Fortaleza, Ce. Na sequencia, vários poetas fazem seus pronunciamentos ressaltando suas preocupações com a produção, edição e distribuição dos folhetos de cordel. João Batista Melo foi veemente no debate destas questões. Chamou atenção para as dificuldades na produção e, a falta de remuneração adequada para a realização de palestras e oficinas. Moraes Moreira, Diretor Cultural, trouxe seu violão e seu canto em Martelo Agalopado.



O presidente chamou o acadêmico Dideus Sales, visitante, direto do Aracati, Ce.

Dentre as mulheres acadêmicas, estiveram presentes Dalinha Catunda, Rosário Pinto e Alba Helena. O acadêmico Sepalo Campelo apresentou dramatização do clássico de Leandro Gomes de Barros, O soldado jogador.

A reunião foi muito movimenta e rica em seus debates. As polêmicas, sempre ricas para a sedimentação da literatura de cordel.

Nota: CORDEL DE SAIA
Rosário Pinto e Dalinha Catunda

segunda-feira, 11 de março de 2019

Homenagem à mulher por Bastinha Job

*
Mulher tu foste gerada
num ventre feito de ouro
por Deus, sempre abençoada
da mina, o mapa, o tesouro;

A tua sabedoria
discernimento e nobreza,
és a musa da poesia
és do fraco, a fortaleza;

Mereces todo o respeito
toda honra, todo o preito
no teu dia de homenagem

Salve, salve oh mulheres!
aqui e onde estiveres
perpetua a tua imagem!
*
Foto e sonetilho de Bastinha Job

sexta-feira, 8 de março de 2019

TRABALHO DE MULHER














TRABALHO DE MULHER
*
Hoje é dia do trabalho,
Escutei alguém dizer.
Dizia a dona de casa
Tendo muito que fazer.
Há muito estava de pé
Já tinha feito o café
No escuro do amanhecer.
*
No ombro o pano de prato
E a pia superlotada.
Como num passe de mágica
Logo a louça foi lavada.
Com pano ainda na mão
Pega o rumo do fogão
Para uma nova jornada.
*
É tarefa o dia inteiro
Café, almoço e jantar,
A boa dona de casa
Tem mesmo que se virar.
Lava inda passa e cozinha,
E varre a casa todinha
Sem tempo pra descansar.
*
Depois que sai da cozinha,
Depois que larga o fogão,
Banha-se para dormir,
Mas dormir não pode, não
No quarto esta o marido,
Exigindo já despido:
- Cumpra sua obrigação!
*
Se você não acredita
Digo: - pode acreditar!
Ainda vivem assim,
Neste atraso secular
As mulheres submissas
Que ainda assistem missas
E cumprem juras de altar.
*

Versos e foto de Dalinha Catunda

quarta-feira, 6 de março de 2019

MEMÓRIAS DO CORDEL DE SAIA



Então amiga Dalinha Catunda! Estes nossos Encontros no CORDEL DE SAIA, com as CIRANDAS (a primeira foi uma de Natal), PELEJAS VIRTUAIS (naquela época era o ORKUT), lomgp tempo na estrada.

E lá em dois mil e nove
Surgiu CORDEL DE SAIA
Convidamos as mulheres
Para compor em nossa praia.
Primeiro com as CIRANDAS
Versos de todas as bandas
Foi uma grande propaganda.
*
Uma das primeiras poetisas convidada a entrar na Sala de Visitas do CORDEL DE SAIA foi Creusa Meira, em 2010, com seu poema Pelas ruas da cidade, poema com mote aberto a quem desejasse participar. Foi, assim, aberta a temporada de “venha poetar conosco.” Naquela ocasião respondi a Creusa:
“Olá amiga Creusa,
Você já está em nossa Sala de Visitas. Esperamos que goste do espaço, da iluminação, das anfitriãs, dos amigos que andam por cá, dos docinhos, dos recitais que ocorrem com muita frequência, das CIRANDAS POÉTICAS, sempre acompanhadas de depoimentos de ilustres poetas. Somos essencialmente nordestinas, portanto, estaremos com as portas sempre abertas e, há sempre mais um lugar à mesa. (Rosário Pinto, 2010)

Pelas ruas da cidade
1
Pelas ruas da cidade
Vão em marcha, confiantes
Carregando nos semblantes
Seus anseios de igualdade
Lutam com dignidade
Por respeito, sonhos mil
Vencem qualquer desafio
Heroínas resistentes
São fortes e são valentes
As mulheres do Brasil
2
Tantas vezes agredidas
Por maridos, pais ou estranhos
Não contabilizam ganhos
Somente grandes feridas
Apesar de tão sofridas
Enfrentando um mundo hostil
Não perdem jamais o brio
Vão à luta sorridentes
São fortes e são valentes
As mulheres do Brasil

3
Pelo fim da violência
Nunca deixem de lutar
É preciso erradicar
Esse mal e dar ciência
De uma lei que com urgência
Em nosso país surgiu
Maria da Penha é mil
Fiquem, pois, todos cientes
Que são fortes e valentes
As mulheres do Brasil
4
Já existe uma central
De atendimento à mulher
Ligue de onde estiver
Quando sofrer algum mal
Terá amparo legal
Que enquadrará o vil
Colocando-o num covil
De bandidos indecentes
São fortes e são valentes
As mulheres do Brasil!
(Creusa Meira) 

segunda-feira, 4 de março de 2019

PUXANDO O CORDÃO DAS CORDELISTAS


PUXANDO O CORDÃO DAS CORDELISTAS 
*
DALINHA CATUNDA
Sou poeta cordelista
Sou guerreira na missão
Faço meu cordel com zelo
Com apego e devoção
Eu também estou na lista 
Onde a mulher cordelista
Registra sua oração.
*
LINDICÁSSIA NASCIMENTO
Sou poeta cordelista
Com muita satisfação
Versejo com alegria
E amor no coração
Defendo a literatura
O Cordel é arte pura
Em qualquer ocasião
*
BASTINHA JOB
Também mexo com Cordel
E ele mexe comigo
Passeio em sua temática
Conectada,eu sigo
Com todas as Cordelistas
Inspiradas e benquistas
Nesse aconchego amigo!
*
ROSÁRIO LUSTOSA
E para ser cordelista
Nordestino tem que ser
Valorizar sua origem
Do Nordeste entender
Saber falar sua língua
Ler e também escrever.
*
ANILDA FIGUEIREDO
Adoro ser cordelista,
Digo sem pedir segredo,
Gosto de escrever versos,
Pois traço rima sem medo,
Valorizo o que eu faço,
E deixo aqui o abraço
De Anilda Figueiredo.
*
HELIANA LEITE
A vida do cordelista
Se resume numa rima
Na vida ele é artista
O astral ta la em cima
Canta a vida com beleza
Transformando dor em riso
Exaltando a natureza...
*
VÂNIA FREITAS
Também como Cordelista
Nesta farra vou entrar
Quero mostrar que a cultura
Se acha em qualquer lugar
Aqui do meu Ceará
Eu trago o verso de lá 
E junto com meu cantar.
*
ROSARIO PINTO
Há tanto tempo na estrada
A mulherada festeja!
Abrindo novos espaços 
O que sempre se almeja.
São as mulheres na pista.
Brasileira, cordelista,
Enfrentando a correnteza.
*
ESIO RAFAEL
A Dalinha é liderança
E cuida como ninguém 
Das mulheres cordelistas 
Deus dê saúde amém
Se um dia precisar 
Pode me convocar 
Dou de conta do harém.
*
Postagem de Dalinha Catunda cad. 25 da ABLC
dalinhaac@gmail.com

sábado, 2 de março de 2019

FOLIÃO QUE TEM PEGADA/NÃO PEGA SEM PERMISSÃO.


*
Vou brincar o carnaval
Hoje é dia de folia
Já vesti a fantasia
Eu vou de mulher fatal
Mas não avance o sinal
Sem minha autorização
Na cara eu lhe sento a mão
Se entrar nessa roubada:
FOLIÃO QUE TEM PEGADA
 NÃO PEGA SEM PERMISSÃO.
*
Vou dançar frevo e marchinha
No samba vou me esbaldar
Até o dia raiar
Danço sem perder a linha
Quero sua mão na minha
Quero aquele olhar pidão
E celebrar a paixão
Depois de ser conquistada
FOLIÃO QUE TEM PEGADA
 NÃO PEGA SEM PERMISSÃO.
*
Glosas de Dalinha Catunda
Mote de Tião Simpatia.