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sábado, 28 de agosto de 2021

CONVERSA DE CALÇADA VIRTUAL VII - FUI À FONTE BEBER ÁGUA


 

CONVERSA DE CALÇADA VIRTUAL VII

FUI À FONTE BEBER ÁGUA

1

FUI À FONTE BEBER ÁGUA

Tropecei caí no chão

Meu amor estava lá

Logo ofereceu-me a mão.

Dalinha Catunda/Rio de Janeiro-RJ

2

FUI A FONTE BEBER ÁGUA

Levei Cabaça e marimba

Foi grande a minha mágoa

Estava seca a cacimba

Araquém Vasconcelos

Alvaçã/Santana do Acaraú/CE

3

Bastinha Job

FUI À FONTE BEBER ÁGUA

E voltei agradecida

No espelho não vi mágoa

Que me acompanham á vida.

Bastinha Job/Crato-CE

4

FUI A FONTE BEBER ÁGUA

com o copo na mão

Tentei lavar a mágoa

Que tenho no coração.

Israel Batista/Recife- PE

 5

FUI À FONTE BEBER ÁGUA

Eu só fingi, pode crer

Não era sede, nem mágoa

Só danação pra te ver.

Rivamoura Teixeira.

6

FUI À FONTE BEBER ÁGUA

Sexta-feira da Paixão,

Trupiquei num pé de malva,

Dei com a venta no chão.

Marco Haurélio

7

FUI À FONTE BEBER ÁGUA

Tinha um jardim no caminho,

Cheio de cravos e flores,

Trouxe para o meu benzinho.

Chica Emídio -Crato-CE

 8

Fui à fonte beber água

E não consegui beber

Eu fiquei parada olhando

Se via tu aparecer.

Vânia Freitas/Fortaleza – CE

9

FUI Á FONTE BEBER ÁGUA

Pra encontrar a minha dama

A cacimba estava seca

Só tinha no fundo a lama

Alberto Francisco/Cruz Ceará

 10

FUI À FONTE BEBER ÁGUA

Água pura cristalina

Na verdade, era despista

Pra beijar minha menina!

Gerardo Carvalho Pardal/Fortaleza CE

11

FUI À FONTE BEBER ÁGUA

Só pra ver o meu amor

Dei-lhe um aperto de mão

E ele me deu uma flor.

Creusa Meira/ Salvador/ Bahia

12

FUI À FONTE BEBER ÁGUA,

quando cheguei logo vi

um amor q’eu procurava

aí, um rei, me senti…

David Ferreira/ Teresina/ Piauí

 13

FUI A FONTE BEBER ÁGUA

Na mais vil escuridão

Vi Deus refletir na fonte

Bebi gotas de oração.

Ritinha Oliveira

14

FUI À FONTE BEBER ÁGUA

Esqueci a minha taça

Meu amor me ofereceu

Pra usar sua cabaça

Giovanni Arruda/ Fortaleza/CE

15

FUI À FONTE BEBER ÁGUA

numa noite de luar,

matei a cede com o brilho

que eu vi em teu olhar.

Anilda Figueiredo/Crato/ CE

16

FUI A FONTE BEBER ÁGUA

Para matar minha sede

Foi um sonho acordei

Deitado na minha rede

Lúcia Luna/Caruaru-PE

17

FUI NA FONTE BEBER ÁGUA

Esperei você, mas quede

Como que não entendeu

Qu'era por ti minha sede.

F. de Assis Sousa/Barbalha-Ce.

18

FUI À FONTE BEBER ÁGUA,

Era azul e cristalina.

E fquei tão embevecida,

Olhando fonte tão linda!

Rosário Pinto/ Rio de Janeiro/RJ

19

Fui à fonte beber água

Mas estava poluída

A natura devastada

Sem rio, sem mar e sem vida

Fabiana Gomes Vieira/Crato/CE

20

FUI A FONTE BEBER ÁGUA

Pisei descalço na areia

Encontrei perto da fonte

Teus lábios de sereia...

Jairo Vasconcelos/Santos, SP.

 21

FUI À FONTE BEBER ÁGUA

Tropecei e cai no chão

Veio alguém e levantou-me

Mas roubou meu coração.

Lindicássia Nascimento/Barbalha-CE.

22

FUI À FONTE BEBER ÁGUA

Porém a fonte secou

Senti uma grande mágoa

Mas você me consolou.

José Walter/Brumado/Bahia

23

Fui a fonte beber água

E tive decepção

Alguém para se vingar

Jogou dentro o sabão.

Fatima Correia – Crato-CE

24

FUI À FONTE BEBER ÁGUA,

e a pôça d'água inundava ;

A môça enchia a moringa,

E sem ela ver, eu secava.

Wellington Santiago./Maracanaú - Ce.

*

Poetas e poetisas, meus parabéns a todos.

Essa é uma forma de repassar nossas tradições, para as novas gerações e exercitar nossa cultura.

Converso de Calçada virtual, criada e organizada por Dalinha Catunda.

Postagem de Dalinha Catunda cad. 25 da ABLC

dalinhaac@gmail.com

terça-feira, 24 de agosto de 2021

GLOSANDO NA REDE COM DALINHA


 

GLOSANDO NA REDE COM DALINHA

*

PRA ROLA SÓ DOU XERÉM

SE COMER NA MINHA MÃO.

Mote de Dalinha Catunda

1

Nem bem o dia amanhece

Já está em meu quintal

O seu canto matinal

É canto que me enternece

Mas comida só merece

Quem tem rumo e direção

Não cedo alimentação

Pra quem sempre vai e vem:

PRA ROLA SÓ DOU XERÉM

SE COMER NA MINHA MÃO.

Glosa de Dalinha Catunda

2

Também não darei moleza

À rola ou a periquito,

Mesmo sendo bem bonito,

Pode ter toda a certeza;

Beleza nunca põe mesa

E nesses tempos então

Só abro uma exceção

Com aval de Araquem:

PRA ROLA SÓ DOU XEREM

SE COMER NA MINHA MÃO.

Glosa de Bastinha Job

3

Já tive no meu terreiro

uma rola sem futuro,

me procurava no escuro

e me acertava o traseiro,

com seu jeito interesseiro,

não queria meu pirão,

mas só arroz com feijão,

na hora do vai-e-vem.

PRA ROLA SO DOU XERÉM

SE COMER NA MINHA MÃO.

Glosa: Anilda Figueiredo

4

Eu adoro passarinho...

Mas sou fã do periquito

Esse do mote esquisito

Não põe ovo no meu ninho

Pra ficar tudo certinho

Eu digo com precisão

Essa rima é o cão

Esse verso não convém

PRA ROLA SÓ DOU XERÉM

SE COMER NA MINHA MÃO

Glosa: Giovanni Arruda

5

Quando o passaro é manso

Basta um dedo em riste

Botar painço e alpiste

Que vem fazer o descanso

Já criei patos e ganso

Sabiá corrupião

Acabava com a ração

Não me sobrava um vintém

PRA ROLA SÓ DOU XERÉM

SE COMER NA MINHA MÃO

Glosa Araquém Vasconcellos

6

Canta lá no cajueiro

Que fica no meu canal

Um rebanho de pombal

Me consola o dia inteiro

Mais não chega no terreiro

Nem na janela do oitão

Eu tenho essa opinião

Pode ser pardal, quem quem

PRA ROLA SÓ DOU XERÉM

SE COMER NA MINHA MÃO...

Glosa Jairo Vasconcelos.

7

Eu escuto o passarinho

Mas grito com dedo em riste

Posso dar xerem, alpiste

Se ele sair do ninho

Se eu escutar bem cedinho

Um canto em tom de canção

Mas se ele só diz não

E não canta pra ninguém

PRA ROLA SÓ DOU XEREM

SE COMER NA MINHA MÃO.

Glosa:rivamoura teixeira

8

Eu criava uma rolinha

Um dia fiquei zangada

Ela vivia escorada

Peguei a tal passarinha

Ficou mais mole a bichinha

Eu dei nela um arrochão

Sapequei ela no chão

E pelei o seu sedém

PRA ROLA SÓ DOU XERÉM

SE COMER NA MINHA MÃO

Glosa: Ritinha Oliveira

*

Mote de Dalinha Catunda coordenadora da roda de glosas.

dalinhaac@gmail.com

XILO DE VALDÉRIO COSTA


segunda-feira, 23 de agosto de 2021

A Poeta Rosário Pinto no Museu do Divino






 Hoje é o dia do Folclore e esta é a Poeta Rosário Pinto no Museu do Divino, ontem (21/08/2021) em Pirenópolis Goiás.


Uma das linguangens da região é As Cavalhadas.

As cavalhadas são representações teatrais com base na tradição européia da Idade Média, as mais importantes cavalhadas ocorrem na cidade de Pirenópolis, Goiás. No século VI, Carlos Magno, um guerreiro cristão, batalhou contra os sarracenos, de religião islâmica, pela defesa da região sul da França. A Batalha de Carlos Magno e os 12 pares da França é o grande centro das cavalhadas.

Instituídas pela rainha Isabel, de Portugal, motivada por novos conflitos religiosos, as cavalhadas representam a luta entre os cavaleiros vestidos de azul (cristãos) ou vermelho (mouros), armados de lanças e espadas. A nobreza é representada por reis, príncipes, embaixadores, etc., todos muito bem fantasiados com roupas de época. Os outros personagens mascarados representam o povo.

As encenações duram três dias, sendo que em cada um deles, há uma nova batalha. No final, os cristãos vencem os mouros, que se convertem ao cristianismo.
Fonte: @brasilescolaoficial

Museu do Divino - Antiga Casa de Câmara e Cadeia

R. dos Pirineus, 7 - Centro, Pirenópolis - GO, 72980-000
MUSEU DO DIVINO em Pirenópolis! Antiga Casa de Câmara e Cadeia em Pirenópolis/GO.
Texto e fotos de Rosário Pinto
Postagem de Dalinha Catunda cad. 25 da ABLC

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

DEBRUÇADA NO PASSADO RECORDO CADA PAIXÃO


 

GLOSANDO NA REDE COM DALINHA

*

DEBRUÇADA NO PASSADO

RECORDO CADA PAIXÃO

1

Desato o nó da memória

E liberto o pensamento

A saudade é um lamento

Nessa vida transitória

Mas bendigo cada história

Vivida com emoção

Que guardei no coração

E hoje tiro o cadeado:

DEBRUÇADA NO PASSADO

RECORDO CADA PAIXÃO.

2

Na janela dos meus sonhos

Revivo o bom que passou

Só a saudade ficou

Em pesadelos tristonhos

Antes suspiros risonhos

Alimentava a ilusão

Hoje preso num porão

De um barco encalhado

DEBRUÇADO NO PASSADO

RECORDO CADA PAIXÃO

Mote Dalinha Catunda

Glosa Araquém Vasconcelos

 3

Fechei a porta mais forte

Pra saudade não entrar

Abri a janela e a espiar

Eu vi a roleta da sorte

E dentro dela vi a morte

Levando o amor no caixão

Perdi então a razão

Por vê um sonho acabado

DEBRUÇADO NO PASSADO

RECORDO CADA PAIXÃO.

Vânia Freitas - Fortaleza

 4

Bastinha Job

Os tempos que já vivi

Não foram apaixonantes

Só amores bem calmantes

Na minha vida senti

Como poeta assumi

O enredo dum dramalhão

Era como obsessão:

Foi só um drama encenado:

DEBRUÇADA NO PASSADO

RECORDO CADA PAIXÃO.

Mote de Dalinha Catunda

Glosa de Bastinha Job - Crato

 5

Olho no retrovisor

Veja minha juventude

Lembro de Ana e Gertrude

Matilde, Helena e flor

A saudade causa dor

Acelera o coração

No rádio toca a canção

Na madrugada acordado

DEBRUÇADO NO PASSADO

RECORDO CADA PAIXÃO..

Mote, Dalinha Catunda .

Glosa, Jairo Vasconcelos.

6

Amei qual Chico Buarque

Como se a última fosse

Feito Gil dei rosa e doce

Em um Domingo no Parque

Se tem algo que me marque

Que gelou meu coração

Foi ruir a Construção

Desse peito apaixonado

DEBRUÇADO NO PASSADO

RECORDO CADA PAIXÃO

Mote: Dalinha Catunda

Glosa: Giovanni Arruda

7

Do meu tempo de outrora

Revivo todas lembranças

Relembro minhas andanças

Que me vêm na mente agora

Elas chegam sem demora

Pra adoçar meu coração

Me comovo de emoção

Com o que tenho lembrado

DEBRUÇADO NO PASSADO

RECORDO CADA PAIXÃO

Glosa: Joabnascimento

Camocim-Ce

Mote: Dalinha Catunda

8

Debrucei - me na janela

Passaram cenas tão linda

Para mim só foi bem-vinda

Pois, abri minha cancela

Vi meus sonhos dentro dela

Vividos com emoção

Feito suave canção

Cantada por namorado

DEBRUÇADO NO PASSADO

RECORDO CADA PAIXÃO.

Mote : Dalinha Catunda

Glosa : Dulce Esteves.

9

Como mudou de endereço!

Esse feliz sentimento

Divago meu pensamento

E deles jamais esqueço

Ora, Cônego Adesso

Ora rua da estação...

Estava meu coração

Envolvido e inebriado

DEBRUÇADO NO PASSADO

RECORDO CADA PAIXÃO.

Glosa de Francisco de Assis Sousa

Barbalha/CE.

10

Fui no tempo, na varanda

E lá armei minha rede

No pote matei a sede

Vi meninas na ciranda

Também vi na outra banda

Eu jogando o meu pião

Fiz ele dançar na mão

Vi drama circo e reisado

DEBRUÇADO NO PASSADO

RECORDO CADA PAIXÃO

Mote: Dalinha Catunda

Glosa: Rivamoura Teixeira.

*

Poetas e poetisas, muito obrigada pela participação,

Nessa roda de glosas.

Roda de glosa coordenada por Dalinha Catunda.Cad 25 da ABLC