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terça-feira, 31 de outubro de 2017

UM CANTO PARA MACIÇO DE BATURITÉ


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UM CANTO PARA MACIÇO DE BATURITÉ
*
A sombra d’ uma mangueira
Ao calor do pensamento
Com o olhar fixo no nada
Reflete sobre o momento
Conjectura sobre vida
Abre e magoa a ferida
Em minutos de lamento.
*
Deixa a maleta de lado
Aberta largada ao chão
Enquanto bate no peito
As cordas do coração
Que pulsam pelo país
Sem conseguir ser feliz
Sem entender a nação.
*
A paz está no seu corpo
Entintando a vestimenta
Pois a guerra em cada esquina
É algo que lhe atormenta
Sentindo essa imprecisão
Sonha com a solução
E a realidade lamenta.
*
Foto de Tranqulino
Versos de Dalinha Catunda

.

DESENHANDO SONHOS


DESENHANDO SONHOS
*
Mesmo sendo tão alegre
Tenho cotas de tristeza
Não tenho a senha da mágica
Que me garanta a certeza
Que ares de felicidade
Possam vir sem tempestade
Soprando apenas nobreza.
*
Entre tristeza e alegria
Vou labutando na lida
Jamais ficarei amarga
Os versos me dão guarida
As estações que se alternam
Acordam sonhos que hibernam,
E dão luz a minha vida.
*
E se hoje o vento leste
Que chega desatinado
Resolver jogar por terra
O meu castelo encantado
Sem ligar pra insensatez
Desenho tudo outra vez
Refaço o sonho dourado.
*
Versos e foto de Dalinha Catunda

QUEM MEXE COM ROSAS ÁS VEZES SAI PICADO

QUEM MEXE COM ROSAS ÁS VEZES SAI PICADO
*
JOSÉ WALTER
Quem é rosa não se queixa
Pela falta de carinho
Pelo prazer sempre deixa
Sentir o pico do espinho.
*
DALINHA CATUNDA
Sou rosa não me abespinho
Nem fujo da picadura
Se tem zangão no caminho
Lhe apresento a sepultura
*
JOSÉ WALTER
“O cravo brigou co’a rosa”
Por um singelo desejo
De uma atitude amorosa
Traduzida por um beijo.
*
DALINHA CATUNDA
Depois de um acoleijo
A rosa ficou zangada
O cravo roubou um beijo
Completando a presepada.
*
JOSÉ WALTER
Vivendo em uma redoma
A rosa não é amada
Pois amor é o que soma
Na paixão compartilhada
*
DALINHA CATUNDA
A rosa bem assanhada
Não vivia em desalento
Só vivia arrepiada
Pois se entregava ao vento.
*
JOSÉ WALTER
Vou fazer uma pilhéria
Com Dalinha, provocada:
Não existe mulher seria
Porém , mulher mal cantada.
*
DALINHA CATUNDA
Existe mulher malvada
Que bate em mau cantador
Que canta e não é de nada
E acha que é professor.
*
.JOSÉ WALTER
Quem se diz rosa sem cravo
Um motivo sempre há
Não existe mel sem favo
Pois só recebe quem dá.
*
DALINHA CATUNDA
Sou rosa do Ceará
Bela flor de muçambê
O mel que em mim está
Não estará em você.
*
JOSÉ WALTER
Sobre a mulher, o preceito
Lá na Bíblia está escrito
De obediência e respeito
Ao homem, como descrito.
*
DALINHA CATUNDA
O respeito é restrito
Desde os tempos de Adão
Eva soltou o “priquito”
Pro homem entrar em ação
*
JOSÉ WALTER
Ainda no paraíso,
Eva mandava em Adão
Com seu jeito sem juízo
Para Deus, sem solução.
*
DALINHA CATUNDA
É a mulher no sertão
Foi Eva no Paraíso
Tomando sua direção
Para não ter prejuízo.
*
JOSÉ WALTER
Impossível existir
Uma rosa sem perfume
Ou u’a mulher sem sentir
Pelo seu cravo ciúme.
.*
DALINHA CATUNDA
Meu amigo se acostume
E vá mudando de prosa
Não venha com seu estrume
Pra não chatear a rosa.
*
JOSÉ WALTER
Às poetisas, parceiras
Mando aqui algumas trovas
Feitas como brincadeira
Que na peleja são novas.
*
DALINHA CATUNDA
Não sei se passei nas provas
Dessa peleja em quadras
Também não sei se me aprovas
Ou como louca me enquadras.
*
Trovas de Dalinha Catunda e  José Walter.
Foto de Dalinha Catunda

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sábado, 28 de outubro de 2017

Mulheres Cordelistas: as histórias e a contemporaneidade


Dia 24 de outubro 2017, a convite da bibliotecária Cláudia Gomes Canto, Eu e Dalinha Catunda participamos de palestra, representado o CORDEL DE SAIA, realizada na Biblioteca Escolar Municipal do Engenho Novo. A receptividade foi excelente.
Trabalhamos as noções básicas da literatura de cordel:
- sua história, a riquezas das expressões poéticas, as principais formas de composição (quadra, trova, sextilha e setilha), a trajetória do verso cantado para o verso impresso, as fontes de pesquisas (sites e blogs), locais de aquisição, a participação da mulher como autora; e, o valor social que a literatura de cordel agrega, tanto na escola como na família.
O debate foi recheado de versos em que ressaltamos o papel da mulher na literatura de cordel e a evolução da condição de mulher com tema dos grandes romances do início do século XX.
 __ retratada pela ótica masculina como a mãe zelosa, a filha recatada e a esposa exemplar. Em 1938, Maria José das Neves Batista Pimentel publica o primeiro romance de cordel, intitulado O viulino do diabo ou o valor da honestidade, mas... sob a alcunha de seu marido Altino Alagoano. Dessa forma, entendia que seria bem sucedida na venda em feiras populares.
Somente por volta dos anos 70 surgem as primeiras publicações de mulheres cordelistas com temática e linguagem própria de mulheres retratando seus anseios, desejos, modo de olhar o mundo e a inserção no mercado de trabalho.

Leia aqui na íntegra

Altino Alagoano [Maria das Neves Batista Pimentel] O viulino do diabo ou o valor da honestidade.  [S.l.]: MEC/Pronascec Rural - SEC/Pb - UFPb - Funnape, 1981. 48 p. 


    

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

CONVERSA DE MULHER



CONVERSA DE MULHER
*
LINDICÁSSI NASCIMENTO
Fica eu no meu cantinho
Fica tu lá no teu canto
Ficamos eu e você
Na peleja desse pranto
*
Eu querendo, tu querendo
Essa chama que é oposta
Não tem jeito que der jeito
É coisa que agente gosta.
*
Já tentei fugir de tu
Mas me perdi na paixão
Tu tentou fugir de mim
Mais roubou meu coração.
*
DALINHA CATUNDA
O que aconteceu contigo
 Não chega a ser novidade
Muita gente já sofreu
Vivendo a mesma verdade.
*
É amor que não se espera
Porém onde bate fica
É o amor que muitos falam
O famoso amor de Chica.
*
Pra resolver a questão
Sei que você é capaz
É fogo na lamparina
Se o cabra chegar com gás.
*
BASTINHA JOB
Lindicassia e Dalinha
Bombaram aqui na trova
Fazendo inveja a Bastinha
Que não passou nessa prova.

*
DALINHA CATUNDA
Lindicássia nem Dalinha
Não são melhor do que tu
Pois na arte de escrever

A mestra  é Oconcur.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

CORDEL FEMININO NO COLÉGIO PEDRO II

AS ANDANÇAS DO CORDEL FEMININO NO RIO DE JANEIRO.
Ontem dia 18 de outubro tive o prazer de apresentar uma palestra, O MUNDO FEMININO DO CORDEL, no Campus Engenho Novo II do Colégio Pedro II, com duração de uma hora, para turmas do Programa Nacional de Integração da Educação Básica com a Educação profissional na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos. (Proeja).
Contei com a participação da cordelista e acadêmica da ABLC Rosário Pinto que como parceira nessa minha caminhada não poderia faltar. Rosário em sua fala expôs sua caminhada na literatura de cordel com muita propriedade.
Na plateia tivemos a marcante presença do homem que faz teatro em cordel, Edmilson Santini, que logo após a palestra fez seu animado show.
Agradeço a professora Ana Paula Alves o convite e além do convite a organização.
Estou agradecida a todos que lá estiveram.  Era uma plateia atenta, participativa e posso dizer até calorosa.
Após a palestra, tosos queriam abraçar, tirar fotos, e além de comprarem bastantes cordéis, faziam questão do autógrafo.
Fiquei maravilhada com a receptividade e com as novas portas que se abrem para a literatura de cordel nas escolas do Rio de Janeiro.
OBRIGADA PEDRO II!

Nota de Dalinha Catunda

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Gente do Ceará

BENTO RAIMUNDO
GENTE DO CEARÁ
*
O vaqueiro está no jeito
Pra montar seu alazão
Já botou o seu chapéu
Não esqueceu o gibão
Se passar no meu terreiro
Pra janela vou ligeiro
Pra um aceno de mão.
*
Versos de Dalinha Catunda
Foto de Bento Raimundo.

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

DOS ENCONTROS NO CARIRI

DOS ENCONTROS NO CARIRI
A casa da poetisa Josenir Lacerda desde sempre é um ponto de cultura. Eu, em minhas idas ao Cariri, tenho lá, meu ponto de pousada.
Primeiro porque sou muito bem recebida e depois porque temos uma abençoada parceria.
Ser hospede do casal, Miguel Teles e Josenir Lacerda, é um grande privilégio, pois mesmo sem sair de casa respiramos cultura.
É difícil um dia que não tenha a visita de pessoas ligadas ao mundo da poesia e das tradições nordestinas.
Em cada canto da casa é visível as referências a cultura popular, seja em fotografias, objetos, música, enfim, em tudo que circunda o ambiente qualificado de Cordel e Arte.
Pensem na oportunidade que tive de passar uma tarde ao lado de Lulu Lacerda, Paiva Neves, Evaristo do Cordel, Josenir Lacerda, Clevinson Viana, Maércio Lopes Miguel Teles e Amora completando o quadro histórico.
Foi uma tarde como poucas, regada a muitas histórias, onde a gente aprende a respeitar, a conhecer melhor e a querer bem nossos amigos poetas. AMEI!

Nota e fotos de Dalinha Catunda

terça-feira, 10 de outubro de 2017

A POSSE DA NOVA DIRETORIA DA SPB

Finalizando o roteiro cultural: O JURAMENTO
No dia 17 de setembro de 2017, assisti com muito orgulho, com prazer, e até com emoção, no Geossitio, Riacho do Meio em Barbalha, a posse da nova diretoria da Sociedade dos Poetas de Barbalha.
Registrei o juramento. Naquele momento tive certeza que a SPB, que sempre fora tão bem administrada por presidentes do sexo masculino, não perderia sua continuidade, seu crescimento e seu brilho com a nova diretoria composta por esse grupo:
Presidente – Lindicássia Nascimento.
Vice – presidente - Maria de Fátima Vieira
secretária - Angela Maria Pereira
2ª Secretária - Maria Eliane Leite
1ª Tesoureira Maria do Rosário Lustosa
2º Tesoureiro – José Joel de Sousa
Quero aqui oferecer meu apoio a presidente, Lindicássia Nascimento e a sua vice-presidente, Fátima Vieira, e dizer que acredito na gestão dessas duas mulheres que com certeza arregaçarão as mangas e darão o seu melhor em prol da Sociedade dos Poetas de Barbalha.
Meus parabéns a todos que compõem essa entidade, que a união chegue em forma de elo unindo cada vez mais, cada membro dessa sociedade.
Estive no evento representando a Academia Brasileira de Literatura de Cordel
E como Madrinha da Cordelteca da Sociedade dos poetas de Barbalha.

Nota e fotos de Dalinha Catunda

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

A FILHA DE DONA FAFÁ



A FILHA DE DONA FAFÁ no roteiro cultural
A festa da posse da nova diretoria da Sociedade de Barbalha, teve de tudo um pouco. Violeiros, cantores, grupo Flor do Cariri, com cirandas, cocos e cantigas de roda.
A tarde foi pouca para tantas apresentações e uma delas foi a estreia da peça, “A FILHA DE DONA FAFÁ”.
A talentosa atriz, Fátima Correia, e eu, Dalinha Catunda, membros do grupo, FLOR DO CARIRI, juntas com Tranquilino Repuxado, nos apresentamos no evento levando um pouco de humor para a animada plateia.

Nota e fotos de Dalinha Catunda

SOMOS NORDESTINAS


SOMOS NORDESTINAS
*
Eu sou nordestina
Igualzinha a tu
Sou flor e espinho
Do mandacaru.
*
Sou a brisa mansa
Que traz calmaria
Mas sou tempestade
Se alguém me agonia.
*
Sou água que cai
Em pleno verão
Sou fogo que queima
Se o caso é paixão.
*
Versos Dalinha Catunda

Foto de Lindicássia Nascimento

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

No Crato na biblioteca Maria Socorro Lima











Seguindo a maratona cultural
Em 19 de setembro, estive me apresentando em mais um evento cultural, desta vez, na Escola Juvêncio Barreto que reinaugurou a Biblioteca com o nome de Maria Socorro Lima.
Eu e Josenir Lacerda, lançamos nosso cordel em parceria, VIVA A LEITURA! Na minha modesta avaliação, um cordel muito bom, leva a xilo de Maércio Lopes e cabe muito bem nas escolas.
Foi um belo evento com muitas atrações. Tranquilino Ripuxado se apresentou muito bem, foi bastante aplaudido. Entre muitas atrações, declamou também Dariany Sami que vem se especializando na arte de declamar.
Contamos com a nobre presença de Miguel Teles esposo de Josenir Lacerda, músico e apologista da cultura regional.

Dalinha Catunda

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

NO MEMORIAL PADRE CÍCERO EM JUAZEIRO



Da longa agenda cultural: Homenagem ao saudoso poeta Sílvia Grangeiro.       
Em Juazeiro do Norte, no Memorial Padre Cícero, uma bela e merecia homenagem ao saudoso poeta Sílvia Grangeiro, no dia 20 de setembro de 2017.
Na ocasião, no Palco com Simone Grangeiro, Rosário Lustosa, Josenir Lacerda. Participei junto com Josenir declamando nossas glosas em um mote de minha autoria: “Hoje não tem cantoria, tem só viola a chorar.”
Foi um bonito evento com figuras importante do mundo do cordel e do repente.
Foi muito bom abraçar os velhos amigos entre eles meu querido Pedro Bandeira do qual eu sou madrinha na Academia Brasileira de Literatura de Cordel.

Nota e fotos de Dalinha Catunda

Conte um conto














CONTE UM CONTO

Ainda no roteiro cultural, dia 22 de setembro, participei com a poetisa Josenir Lacerda, na Vila da Música, de um evento cultural na organizada biblioteca, intitulado CONTE UM CONTO. Além da roda de conversa, Josenir e eu apresentamos nossa peleja, NANÃ DE PRINCESA E CHIQUINHA DO CARRÍ. Contamos com a presença de Miguel Teles, Fátima Prado e Virginia Liduina.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

AS MULHERES DO CORDEL COM MÍRIAN TELES

AS MULHERES DO CORDEL
Com Mirian Teles
*
Mulher que ama seus filhos
Sempre protege seu lar
Ela é a base de tudo
Sabe tão bem educar
Na saúde é companheira
Na doença enfermeira
Bom exemplo tem pra dar.
*
Maria Mirian Teles, professora aposentada, poeta e cordelista, natural do Baixio das Palmeiras Crato Ceará, residente em Santa Fé.
Nascida aos 15 de junho de 1938, filha de Juvenal Ferreira Nobre e Raimunda Luzanira Teles Nobre.
Casada com José Valdo Teles, tem oito filhos e dezoito netos.
Entre os diversos trabalhos produzidos, destaca-se livro de poesias ”Minhas Memórias” editado em 2003.
É dedicada defensora da cultura regional.

Foto e pesquisa de Dalinha Catunda.

Festival de poesia em Crato





Festival de Poesias no Diocesano em Crato
No Colégio Diocesano no Crato, com muita honra, junto com Bastinha Job, Josenir Lacerda e Aldemá de Morais, fazendo parte do júri no Festival de Poesia. Emocionante ver jovens e crianças se iniciando na arte de versejar.

Dalinha Catunda

Peitudas e Prevenção

PEITUDAS E PREVENÇÃO!
*
Você que é mulher peituda,
Tome sua decisão
O câncer de mama mata
Faça sempre a prevenção
Pra não ser surpreendida
E por em risco sua vida
Se valha da precaução.
*
Se já passou dos cinquenta
O exame é obrigatório
Corra e faça sem medo
Escape do purgatório
Não pense em ataúde
Cuide de sua saúde
Só isso é obrigatório.
*
Se na família tem casos
De câncer reincidente
Esse é mais um motivo
Pra você seguir em frente
Ultrassom, mamografia
Mudam sua biografia
Disso fique bem ciente.
*
O autoexame auxilia
Ajudando a detectar
Nódulos que por ventura
A mulher possa portar
Por isso tome coragem
Siga o que diz a mensagem
Prevenir é se cuidar!
*

Fotos e versos de Dalinha Catunda