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terça-feira, 30 de abril de 2013

MAIO NO MEU SERTÃO

MAIO NO MEU SERTÃO
*
É mais um maio que chega
E eu longe do meu sertão,
Só pensando nas quermesses,
Novenas e procissão,
Das festas em Ipueiras,
Dos parques e brincadeiras,
Das prendas e do leilão.
*
As festas religiosas
Animavam o interior.
Os fiéis acompanhavam
A Virgem Santa no andor.
A banda era tradição,
Animando a multidão
Em seu ato de fervor.
*
Ainda tem a bandinha,
Fazendo a animação.
Ainda escuto os benditos,
Na boca da população.
Fogos faíscam no ar
Ouvindo seu ribombar
Dispara o meu coração.
*
Saudade é feito coceira,
Quando começa a coçar.
Chegando fico inquieta,
E corro pro meu lugar,
Faço as malas vou embora
Festejar Nossa Senhora
Nas quermesses me esbaldar.
*
Versos e foto de Dalinha Catunda

segunda-feira, 29 de abril de 2013

ASSÉDIO, AINDA UMA VERGONHA !


Folheando velhos alfarrábios trago para o CORDEL DE SAIA o tema:  assédio - atitude que já deveria estar banida da nossa sociedade. Falta educação para varrer da sociedade esta conduta.

ASSÉDIO, AINDA UMA VERGONHA !

Também puxei a memória
E só lembrei solidão,
De doer o coração.
Adolescência inglória!
A lembrança é compulsória
Mas, logo me esquivei
O passado, eu guardei
Longas horas de tristeza
Numa vida de incerteza
Rasguei logo promissória.
*
Foram anos de agonia,
Naquele assédio constante,
Sem sossego, um instante
Da situação fugia,
Toda noite, todo dia.
Em tempos de solidão,
Em toda ocasião.
Aquelas horas malditas,
Eram sempre muito aflitas
Faltava-me harmonia.

Texto: Rosário Pinto

NA RODA DO CORDEL

NA RODA DO CORDEL
*
De tanto rodar a saia
A mulher, não a fulana!
Hoje roda a baiana
Sem medo de levar vaia.
Seu canto não mais ensaia
Sabe bem o seu papel,
E vai fazendo a granel
Sua arte que contagia
A inspirada poesia
Que o povo chama cordel.
*
Texto e foto de Dalinha Catunda

quinta-feira, 25 de abril de 2013

GLOSANDO UM MOTE


Cordéis de Dalinha Catunda
NOS BRAÇOS DE OUTRO AMOR
EU CUREI MINHA PAIXÃO.
Mote: Dalinha Catunda

DALINHA CATUNDA
Foi você que disse um dia
Que a paixão ficou pequena
Inda hoje lembro a cena
Que levou minha alegria
Mas já não me contraria
Sua antiga decisão
Coloquei o pé no chão
Tratei de me recompor
Nos braços de outro amor
Eu curei minha paixão.
*
ARISTEU BEZERRA
Pensei que fosse eterno
Quando me apaixonei
Na emoção delirei
Iludi com o externo
Vivi foi num inferno
Não caí em depressão
Depois da separação
Passei por cima da dor
Nos braços de outro amor
Eu curei minha paixão.
*
NONATO
A saudade que senti
Foi grande e verdadeira
Juro, não foi brincadeira
Pra você nunca menti
Se bem que eu pressenti
Que era fraca a construção
Por certo iria ao chão
Por isso não fiz clamor
Nos braços de outro amor
Eu curei minha paixão.
*
MOTE
Forma poética cujo tema é expresso em versos para ser glosado ou cantado. É também denominado tema, e pode ser de um, dois ou quatro versos, geralmente de sete ou de dez sílabas métricas.
Fonte: Dicionário Brasileiro de Literatura de Cordel.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

A poesia - por Josenir Lacerda

Josenir Lacerda
A poesia - por Josenir Lacerda
A poesia pra mim
É uma amiga sincera
Que assume meus queixumes
Faz de inverno, primavera
Compreende os meus medos
Guarda fiel meus segredos
Meu sonho, minha quimera.
*
O Cariri Cearense é uma região onde a fartura de mulheres cordelista é uma verdade indiscutível. Josenir Lacerda faz parte desta constelação que brilha iluminando a Literatura de Cordel.
Nota e foto de Dalinha Catunda

terça-feira, 23 de abril de 2013

LIVRO E CUIDADO



LIVRO E CUIDADO

O livro que você usa
Sempre vai de mão em mão
Por isso vou lhe pedir
Tenha com ele atenção
Pois um livro bem cuidado
E por todos preservado,
Não chega a degradação.
*
Dalinha Catunda
*
Dia 23 de abril, comemora-se o dia mundial do livro e dos direitos do autor.
Na ilustração, o livro Gramática em Cordel que ganhei do repentista e cordelista Zé Maria de Fortaleza.